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TERRAPLENAGEM

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AULA – PROJETO DE ESTRADAS 2

TERRAPLENAGEM

Prof. Leandro Vaz


Terraplenagem

É o conjunto de operações de escavação,


carga, transporte e descarga, com eventual
compactação e acabamento executados a
fim de passar-se de um terreno em seu
estado natural para uma nova conformação
topográfica desejada.
Terraplenagem

 Terraplenagem manual
 Terraplenagem mecanizada
Terraplenagem mecanizada

 Grandes investimentos: alto custo;


 Exige serviços bem planejados e
executados;
 Reduz a mão de obra, porém exige mão

de obra especializada;
 Permite que as operações sejam de

grande volume de material.


Ciclo de operação

I. Escavação;
II. Carga do material;
III. Transporte;
IV. Descarga e espalhamento.
Classificação dos Materiais

Existe grande diversidade de solo materiais que


podem ser removidos.
Logo, há necessidade de uma classificação
específica para os trabalhos de terraplenagem.
Materiais
Rochas: materiais da crosta terrestre. Provenientes
da solidificação do magma ou da consolidação de
depósitos sedimentares.
Solos: Materiais constituintes da crosta terrestre
provenientes da decomposição “in situ” das rochas
pelos agentes geológicos e/ou agentes
atmosféricos.
Terminologia das rochas

 Bloco de rocha: pedaço isolado de rocha com


 médio superior a 1m.
 Matacão: pedaço de rocha com  médio
superior a 25cm e inferior a 1m.
 Pedra: pedaço de rocha com  médio
compreendido entre 7,6cm e 25cm.
Desmonte de rochas
Rocha branda – constituída por materiais
compactos que exigem o emprego de explosivos
de baixa potência.
Rocha dura – rocha cujo desmonte só se torna
possível com emprego de explosivos de alta
potência.
Terminologia dos solos
 Pedregulho: solos com  superiores a 4,8mm e inferiores a
76mm.
 Areia: com  máximos superiores a 0,05mm e inferiores a
4,8mm.
 Silte: solo que apresenta coesão para formar quando seco
torrões facilmente desagregáveis, com  máximo superiores
a 0,005mm e inferiores a 0,05mm.
 Argila: solo que apresenta característica marcante de
plasticidade, quando úmido apresenta fácil moldagem,
quando seco apresenta coesão com difícil desagregação por
pressão dos dedos, apresenta  máximos inferiores a
0,005mm.
Terminologia dos solos
 Solos que não apresentam predominância de
propriedades caracterizadas anteriormente são
designados pelo nome composto. Ex.: argila
arenosa, silte-argiloso, etc.
 Solos com matéria orgânica: apresentam teor
apreciável de material orgânico.
 Turfas: grandes porcentagem de partículas
fibrosas de material carbonoso ao lado de
matéria orgânica do estado coloidal.
Critério para a classificação
em relação à escavação
O principal critério consiste na maior ou menor
dificuldade ou resistência ao desmonte, seja
manual ou mecanizado.

Obs.: Em relação a classificação geológica, não


há uma relação entre a classificação e a
dificuldade de desmonte.
Categorias
Com a mecanização, a classificação passou a ser
definida por razões econômicas.

Assim, foi definida a classificação em categorias.


Primeira categoria
Terra em geral, piçarra ou argila, rocha em
adiantado estado de decomposição, seixos
rolados ou não, com diâmetro inferior a 15 cm,
qualquer que seja o teor de umidade,
compatíveis com a utilização de dozer, scraper
rebocado ou motorizado, e escavadeiras.
Primeira categoria
Facilmente escaváveis com equipamentos normais,
mesmo que apresentem-se rijos em função de
baixo teor de umidade;
Ainda que estejam misturados com pedras, seixos
rolados ou matacões, desde que sejam escaváveis
com o equipamento indicados;
No caso de rochas alteradas com pouca
compacidade.
Segunda categoria
Rocha com resistência à penetração mecânica
inferior ao granito, blocos de pedra de volume
inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro
médio inferior a 15cm, cuja extração se
processa com emprego de explosivos, máquinas
de terraplanagem e ferramentas manuais
comuns.
Terceira categoria
Rocha com resistência à penetração mecânica
superior ou igual à do granito, cuja extração e
redução se processam com o emprego contínuo
de explosivo.
Terceira categoria
A rocha viva, é a melhor caracterizada, porque
só a ela pertencem os materiais que apenas
admitem o desmonte pelo o emprego contínuo e
exclusivo de explosivos de média e alta
potência, e apresenta dureza igual ou superior à
do granito.
Fatores que influenciam
a escavação
 Tamanho e forma das partículas.
 Quanto maior o tamanho das partículas individuais de
um solo, mais difícil será o desmonte pelas bordas das
lâminas e das caçambas.
 Partículas com arestas vivas resistem mais ao corte e
requerem maior potência para efetuá-lo do que as
com formas arredondadas.
Fatores que influenciam
a escavação
 Vazios
 Quanto menor o volume de vazios, as partículas
individuais terão maior área de contato com as outras
que as circundam, o que implica aumento do atrito de
partícula a partícula.
 Um solo bem compactado, que tem pequeno volume de
vazios oferece maior resistência ao corte.
Fatores que influenciam
a escavação
 Teor de umidade
 Os baixos teores de umidade aumentam o atrito entre
os grãos, desta forma temos maior dificuldade no
desmonte dos solos mais secos.
 Solos muito úmidos que possuem grande quantidade
de água nos interstícios têm densidades maiores, o que
significa maior potência da máquina a ser utilizadas.
Observação

No caso de rochas com vária camadas de alteração


poderá ocorrer a utilização concomitante dos dois
processos.
- Uso da pré-escarificação e uso de explosivos de
baixa potência.
Equipamentos p/ terraplenagem

Motoscraper

Aplainadora
Equipamentos de Terraplenagem

Moto Scraper Dozer


Empolamento

Empolamento dos solos


Consiste em um aumento de volume devido a
incorporação de vazios.

O terreno no estado natural apresenta um determinado


estado de compactação.

Após o desmonte

Tem-se uma expansão volumétrica considerável.


Volumes
Após o desmonte:
A terra assume um volume maior em relação ao
estado natural.
Desta forma tem-se:
Volume solto Vs > Volume natural Vn.
Massa específica solta ( s) < Massa específica
natural ( n)
Coeficiente de empolamento

Este fator é definido pela relação entre as massas


específicas do material no estado solto em relação
ao material natural.

s
1  1
n
Coeficiente de empolamento

Pela definição de massa específica tem-se:

m
s 
Vs m
s
1  1 1 
Vs

Vn
n m Vs
m
n  Vn
Vn
Coeficiente de empolamento

Como a terraplanagem é paga pelo volume medido no corte,


portanto com a massa específica natural, convém sempre referir-
se o volume a seu estado natural ou seja de corte.

Vn
1  Vn  1.Vs Vc  1.Vs
Vs
Coeficiente de empolamento
Terraplenagem - execução
 SERVIÇOS PRELIMINARES
 CORTE
 ATERRO
 BOTA-FORA
 EMPRÉSTIMO
Terraplenagem - execução
 SERVIÇOS PRELIMINARES(DNIT 104/2009-ES)
 Condições mínimas para viabilizar o início da
execução das obras de implantação da rodovia:
 Exame do Projeto de Engenharia

 Estudos Técnicos e Serviços Topográficos

 Serviços Preliminares de Terraplenagem


Terraplenagem - execução
 CORTE (DNIT 106/2009-ES)
 Segmentos de rodovia, em que a implantação requer a
escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no
interior dos limites das seções do projeto (off-sets) que
definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa
terraplenada .
Terraplenagem - execução
 Seção Transversal
Terraplenagem - execução
 ATERRO (DNIT 108/2009-ES)
 Segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de
materiais provenientes de cortes/empréstimos no interior
dos limites das seções de projeto (off-sets) que definem o
corpo estradal , o qual corresponde à faixa terraplenada .
Terraplenagem - execução
 Seção Mista
Terraplenagem - execução
 Seção TRansversal
Terraplenagem - execução
 O custo do movimento de terra é significativo em
relação ao custo total da estrada.
 O equilíbrio entre volumes de cortes e aterros
acarreta em menores custos de terraplenagem.
 Para o engenheiro projetista de estradas, uma das
principais metas durante a elaboração de um projeto
é encontrar uma solução que permita a construção da
estrada com o menor movimento de terras possível.
Cálculo de Volumes
 O cálculo do volume de terra a mover numa
estrada, é realizado supondo a existência de
sólidos geométricos, cujo volume pode ser
facilmente calculado.
 Os sólidos geométricos usualmente considerados
são os prismóides formados entre duas seções
transversais, geralmente locadas em cada
estaca.
Cálculo de Volumes
Cálculo de Volumes
Diagrama de Bruckner
O diagrama de massas (ou de Brückner), facilita a
análise da distribuição dos materiais escavados,
permitindo o enfoque gráfico.
 Vantagem: possibilidade de se estudar a distribuição
dos volumes de terra com rapidez e precisão
aceitáveis, auxiliando no cálculo da distância média
de transporte.
 Para a construção do diagrama, calculam-se
inicialmente as chamadas Ordenadas de Brückner.
Diagrama de Bruckner
Limitações do Método:
 Considera-se que a massa de terra encontra-

se concentrada no perfil correspondente;


 A movimentação interna ao perfil não é
considerada;
Diagrama de Bruckner
Ordenadas:
 Volume de Corte = Positivos;
 Volume de Aterro = Negativo;
 Compensação Lateral
 é obtida automaticamente quando do cálculo das
ordenadas de Brückner, pois os volumes de corte e
de aterro são considerados em cada seção, de
forma que o acréscimo ou decréscimo nas
ordenadas será dado pela diferença entre os
dois volumes considerados.
Diagrama de Bruckner
As ordenadas calculadas são plotadas, de preferência
sobre uma cópia do perfil longitudinal do projeto.
 No eixo das abscissas é colocado o estaqueamento e

no eixo das ordenadas, numa escala adequada, os


valores acumulados para as ordenadas de Brückner,
seção a seção.
 Os pontos assim marcados, unidos por uma linha
curva, formam o Diagrama de Brückner.
Diagrama de Bruckner
Diagrama de Bruckner
PROPRIEDADES DO DIAGRAMA DE MASSAS
1. O diagrama de massas não é um perfil. A forma do
diagrama de massas não tem nenhuma relação com
a topografia do terreno.
2. Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama
indicam grandes movimentos de terras.
3. Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a
um trecho de corte (ou predominância de cortes em
seções mistas).
Diagrama de Bruckner
Diagrama de Bruckner
4. Todo trecho descendente do diagrama corresponde a
um trecho de aterro (ou predominância de aterros em
seções mistas).
5. A diferença de ordenadas entre dois pontos do
diagrama mede o volume de terra entre esses pontos.
6. Os pontos extremos do diagrama correspondem aos
pontos de passagem (PP).
7. Pontos de máximo correspondem à passagem de
corte para aterro.
8. Pontos de mínimo correspondem à passagem de
aterro para corte.
Diagrama de Bruckner
9. Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina
trechos de volumes compensados (volume de corte = volume de
aterro corrigido). Esta horizontal, por conseguinte, é chamada
de linha de compensação (ou linha de terra). A medida do
volume é dada pela diferença de ordenadas entre o ponto
máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha horizontal
de compensação.
10. A posição da onda do diagrama em relação à linha de
compensação indica a direção do movimento de terra. Ondas
positivas (linha do diagrama acima da linha de compensação),
indicam transporte de terra no sentido do estaqueamento da
estrada. Ondas negativas indicam transporte no sentido
contrário ao estaqueamento da estrada.
Diagrama de Bruckner
11. A área compreendida entre a curva de Brückner e a
linha de compensação mede o momento de transporte
da distribuição considerada.
12. A distância média de transporte de cada distribuição
pode ser considerada como a base de um retângulo
de área equivalente à do segmento compensado e de
altura igual à máxima ordenada deste segmento.
Momento de Transporte
 Define-se Momento de Transporte como o produto dos
volumes transportados pelas distâncias médias de
transporte.
 O método mais utilizado para estimativa das distâncias
médias de transporte entre trechos compensados é o
método do Diagrama de Brückner.
 O momento de transporte é igual à área da onda de
Brückner, que pode ser estimada pelo produto da
altura da onda (V) pela distância média de transporte
(dm), como é apresentado.
Momento de Transporte
Momento de Transporte
OBRIGADO!

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