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1 Diversidade Na Biosfera

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BIODIVERSIDADE

 Diversidade na biosfera (PPT8-BG10)

 Organização dos seres vivos


e dos ecossistemas (PPT9-BG10)

 Base celular da vida (PPT10-BG10)

Simbologia
Ligação para um
Nota de rodapé
recurso externo
Biodiversidade

DIVERSIDADE GENÉTICA, DE ESPÉCIES E ECOLÓGICA

 Biodiversidade ou diversidade biológica refere-


-se à diversidade ou variedade de seres vivos
que existem na Terra e das suas interações.

 A diversidade genética refere-se às variações


entre indivíduos da mesma espécie, inscritas
no seu material genético e transmissíveis
aos descendentes.

 A diversidade de espécies refere-se


à variedade de espécies num determinado
local ou habitat.

 A diversidade ecológica refere-se à diversidade


de interações entre seres vivos e entre
estes e o meio.
INTERAÇÕES ENTRE SERES VIVOS
Os seres vivos vivem em permanente interação
com outros seres vivos e com o meio.

 Espécie – Os seres vivos são da mesma espécie se


puderem realizar entre si trocas de material genético
no contexto da reprodução. O ambiente físico onde
cada espécie desenvolve as suas atividades vitais
constitui o seu habitat. A utilização que cada
espécie faz do seu habitat chama-se nicho
ecológico.

 População – Conjunto de organismos da mesma


espécie que vive, simultaneamente, na mesma área.

 Comunidade – Conjunto de diferentes populações Ecossistema


em interação num determinado local e período Comunidade
de tempo. Populações
Organismos
(de duas
 Ecossistema – Sistema que inclui o ambiente espécies diferentes)
físico e a comunidade, ou seja, os organismos e as
relações que estes mantêm entre si e com o meio.
INTERAÇÕES BIÓTICAS

Interações bióticas ou relações bióticas são relações que


se estabelecem entre os seres vivos.

As interações bióticas podem ser:

 Interespecíficas – se ocorrem entre seres de espécies diferentes.

 Intraespecíficas – se ocorrem entre indivíduos da mesma espécie.

EXEMPLO
Os gaios macho e fêmea constroem o ninho juntos e partilham
os cuidados com as crias. Frequentemente, a fêmea do cuco põe
os seus ovos nos ninhos de gaio que, deste modo, choca e cuida
das crias de cuco como se fossem suas.
Entre os gaios macho e fêmea há relações intraespecíficas.
Entre o gaio e o cuco há relações interespecíficas, com prejuízo Gaio
para um deles – o gaio.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES BIÓTICAS INTERESPECÍFICAS

Na predação, o predador alimenta-


-se de outro ser de uma espécie
diferente (presa), conduzindo
Predação
à sua morte.
É o caso do crocodilo quando
come um peixe.

No comensalismo, um dos
indivíduos é beneficiado e o outro
Comensalismo não é beneficiado nem prejudicado.
É o caso da rémora, quando vai
«à boleia» de um tubarão.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES BIÓTICAS INTERESPECÍFICAS

No parasitismo, um indivíduo
(parasita) vive à custa de outro
Parasitismo (hospedeiro) prejudicando-o, mas
sem lhe causar a morte imediata.
É o caso da carraça no cão.

No mutualismo, ambos os seres


vivos intervenientes são
Mutualismo beneficiados.
É o caso da abelha que poliniza
as flores, mas retira delas o néctar.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES BIÓTICAS INTERESPECÍFICAS

Na simbiose, ambas as espécies


intervenientes são beneficiadas.
Nesse caso, os indivíduos mantêm
uma relação permanente, sendo
Simbiose impossível que cada um viva
sem o outro.
É o caso dos líquenes, que são
associações obrigatórias entre um
fungo e uma alga.

Na competição, os seres vivos


disputam um recurso, por exemplo
água ou alimento. Todos os seres
que intervêm na relação são
Competição prejudicados, uma vez que perdem
o recurso disputado ou, ganhando-
-o, gastaram energia para o
conseguirem. É o caso das árvores
da floresta competindo pela luz.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES BIÓTICAS INTRAESPECÍFICAS

Sociedades
Agrupamentos cooperativos
em que há divisão de
Cooperação tarefas e uma hierarquia
entre os membros.
Relações de entreajuda
estabelecidas entre
indivíduos da mesma
Colónias
espécie.
Agrupamentos temporários
ou permanentes em que
não há divisão de tarefas
nem hierarquia entre os
membros. Têm como
objetivo a obtenção de um
benefício para todos.
IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DAS INTERAÇÕES BIÓTICAS
As relações bióticas, para além de vitais para os indivíduos que participam nelas,
têm uma grande importância ecológica.

 Na predação, o número de presas determina o tamanho da população de predadores


e vice-versa. Os morcegos comem numa única noite o equivalente a metade do seu peso
em insetos, contribuindo assim para controlar as pragas.

 A predação contribui para o controle de doenças da população das presas, uma vez que
os indivíduos doentes tendem a ser mais facilmente caçados.

 A competição, tal como a predação, favorece os indivíduos mais aptos e elimina os mais
fracos, contribuindo assim para a regulação do tamanho das populações e para a evolução
das espécies.
INTERAÇÕES ABIÓTICAS

Interações ou relações abióticas são relações que se estabelecem entre os seres vivos
e os fatores não vivos do ambiente, como a temperatura, a luz, a água, o solo ou o vento.

Os fatores abióticos
limitam a distribuição dos
seres vivos, a abundância
das populações, o seu
estado de saúde, etc.

Fator limitante
Fator cujo valor
(alto ou baixo) influencia
o desenvolvimento da
espécie ou do indivíduo.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Temperatura

Quando a temperatura não é favorável, as plantas possuem estratégias de sobrevivência.

Temperatura
favorável

Oliveira Narciso Girassol

Temperatura
desfavorável
Bolbos Sementes

Planta de folha caduca


EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Temperatura

Quando a temperatura não é favorável, os animais possuem estratégias de sobrevivência.

A raposa-do-deserto necessita de Para diminuir a perda de calor corporal,


dissipar calor, daí possuir extremidades a raposa-do-ártico possui as orelhas
(focinho e orelhas) grandes e pelo e o focinho curtos e pelo espesso
curto e esparso. e abundante.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Temperatura

Estratégias de adaptação ao frio

Para evitar a perda de calor corporal


nas regiões mais frias, alguns A hibernação dos morcegos ou os estados
animais, como o urso-polar, possuem de dormência ou torpor dos esquilos são
uma camada densa de pelos ou estratégias para enfrentar as estações do ano
penas e uma camada de gordura mais frias. Nesses períodos , as atividades
subcutânea muito espessa. vitais são reduzidas ao mínimo.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Temperatura

Estratégias de adaptação a temperaturas desfavoráveis

Para evitar as horas mais quentes do A migração sazonal de alguns animais (aves,
dia, alguns animais tem adaptações insetos, mamíferos) permite a sua sobrevivência
comportamentais e passam esse em terras distantes, evitando assim a estação
tempo em tocas e tornam-se ativos do ano com clima desfavorável.
apenas à noite.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Temperatura

Animais homeotérmicos
ou endotérmicos
As aves e os mamíferos são animais cuja
temperatura corporal se mantém constante,
independentemente da temperatura
exterior; conseguem regular
a temperatura corporal produzindo calor
metabólico e/ou adotando mecanismos
de perda de calor.

Animais poiquilotérmicos
ou ectotérmicos
Nos restantes animais, a temperatura
corporal varia com a temperatura do
ambiente; dependem de fontes externas
de calor para manter a temperatura
corporal. Estes animais protegem-se
do calor ou do frio excessivos em refúgios
com condições favoráveis, por exemplo.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Luz

A luz condiciona a fotossíntese nas plantas e noutros seres produtores.

O tamanho, a forma e a posição das folhas


das plantas relacionam-se com
a intensidade e com a incidência da luz.

Plantas heliófilas – necessitam de grande


quantidade de luz.

Plantas umbrófilas – desenvolvem-se bem


em ambientes mais sombrios.

As plantas crescem orientando as folhas e


os caules na direção da luz – fototropismo
positivo.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Luz

A luz condiciona também os animais.

Animais lucífilos, como as mariposas, são


atraídos pela luz.

Animais lucífugos, como os bichos-de-conta,


evitam a luz.

Consoante o seu período de atividade, os animais


classificam-se como noturnos, diurnos e
crepusculares. O ouriço-cacheiro é crepuscular
pois está ativo ao amanhecer e ao anoitecer.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Luz

Fotoperíodo
É o tamanho relativo do dia e da noite. Influencia muitos fenómenos nos seres vivos.

Exemplos:

Floração e queda das folhas, nas plantas. Reprodução ou migração, nos animais.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Água ou humidade

Quanto ao habitat, os seres vivos podem ser

Aquáticos ou hidrófilos Terrestres


Quanto à necessidade de água, os seres terrestres podem ser

Higrófilos Mesófilos Xerófilos

Vivem dentro de água.


Vivem em lugares Necessitam de Vivem em lugares
muito húmidos. quantidades muito secos.
moderadas de água.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Água ou humidade

Quando a água é escassa, as plantas adotam estratégias de sobrevivência.

As plantas podem passar os Folhas pequenas e, por vezes, transformadas em espinhos


períodos mais quentes e secos ou cobertas por pelos ou ceras são adaptações que
sob a forma de sementes. diminuem as perdas de água.

 Algumas plantas do deserto possuem raízes  Existem plantas, como o pinheiro, que têm
que se estendem por uma vasta área, captando raízes muito profundas de modo a
assim o máximo de água quando chove. captarem água a grandes profundidades.
 Outras plantas têm órgãos que funcionam como
reservatórios de água para épocas de escassez.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Água ou humidade

Quando a água é escassa, os animais adotam estratégias de sobrevivência.

Alguns animais, como os O rato-canguru-do-deserto As escamas que revestem o corpo


sapos, recorrem à estivação não transpira e a sua urina dos répteis e o exosqueleto dos
como forma de se protegerem é em pequena quantidade insetos reduzem a perda de água
dos períodos mais secos. e muito concentrada. por transpiração.

 Muitos animais passam as horas de maior calor nas tocas ou têm hábitos
noturnos, evitando deste modo a perda de água por transpiração.
 Os camelos e os dromedários conseguem obter água a partir da gordura
acumulada nas bossas.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Solo

O solo é formado por diversos componentes. As características do solo dependem


da proporção dos vários componentes e das respetivas propriedades.

Matéria Matéria
orgânica mineral

Água Seres
e ar vivos
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Solo

De um modo geral, as plantas são o grupo de seres vivos com uma interação
com o solo mais forte e interdependente.

Algumas plantas, como os musgos, Outras são exigentes relativamente


são pouco exigentes relativamente às características do solo.
à quantidade e ao tipo de solo. Por exemplo, algumas plantas das dunas
são exclusivas de solos de areia, no litoral.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ABIÓTICAS – Vento

O vento favorece alguns processos vitais.


Por vezes, o vento dificulta a sobrevivência dos organismos.

Dispersão de sementes
de dente-de-leão,
por ação do vento.

O vento facilita a polinização, dispersa Em locais expostos, como as dunas litorais,


sementes e ajuda as aves nas suas o vento dificulta a vida. As plantas são flexíveis
migrações. ou têm porte em almofada para resistirem
à ação do vento.
DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

Os ecossistemas em equilíbrio não estão sempre iguais.


O equilíbrio dos ecossistemas é dinâmico.

Existe, por exemplo, uma dinâmica produzida


pela alteração dos fatores abióticos ao longo
das estações do ano.

Existem também uma dinâmica associada à


reprodução das espécies e às relações
bióticas, como a predação ou a competição.
DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

Contudo, alguns fatores naturais ou antrópicos podem quebrar este equilíbrio dinâmico, conduzindo
a uma perda irreversível de biodiversidade.

Queda de meteoritos gigantes. Alterações climáticas. Poluição e degradação de habitats.


DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS – Dinâmica das populações

Diversos fatores Diversos fatores


bióticos afetam o abióticos e
pisco-de-peito-ruivo. antrópicos afetam
o pisco-de-peito-ruivo.

As populações
podem aumentar,
reduzir ou mudar a
área onde ocorrem.
As espécies alteram-
As populações -se de forma lenta
podem aumentar o e gradual, evoluindo
seu tamanho, para formas mais
diminuir ou mesmo aptas ao ambiente
extinguir-se. em mudança.
DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS – Dinâmica das populações
A abundância de uma população apresenta frequentemente flutuações em torno
de um valor médio, condicionadas por fatores bióticos e fatores abióticos.
É o caso dos linces e das lebres, cujas populações se regulam mutuamente.
DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

Exemplos de alterações
naturais do equilíbrio
dos ecossistemas,
após uma erupção
vulcânica catastrófica.
INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NOS ECOSSISTEMAS

As intervenções do ser humano


nos ecossistemas podem ser tão
profundas que alteram
irreversivelmente este equilíbrio
dinâmico, conduzindo a perdas
de biodiversidade ou mesmo
à extinção global de espécies.
INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NOS ECOSSISTEMAS

Exemplos de ações humanas que provocam desequilíbrios nos ecossistemas:


 Fogo e desflorestação.
 Destruição de habitats (para usar o solo na agricultura ou na construção de infraestruturas).
 Poluição da água e do solo.
 Poluição do ar, que leva às alterações climáticas, seca e desertificação.
 Introdução de espécies exóticas, que podem adquirir comportamento invasor.
 Sobre-exploração de recursos biológicos (caça e pesca excessivas, por exemplo).

Estas intervenções alteram as interações bióticas e abióticas nos ecossistemas.


FOGO
O fogo pode ser causa natural de desequilíbrio dos
ecossistemas. Contudo, atualmente muitos incêndios têm origem
antrópica ou são agravados por causas antrópicas (má gestão da
floresta, abandono do interior do país, alterações climáticas...).
DESFLORESTAÇÃO

Desflorestar implica:
 diminuir a fixação de carbono pelas plantas;
 aumentar o risco de erosão do solo;
 interferir com os ciclos de nutrientes;
 interferir com o ciclo da água;
 alterar localmente o clima.

A desflorestação causa perda direta e imediata de


muitos seres vivos, animais e plantas. A longo prazo,
os impactes negativos são ainda maiores, uma vez
que as manchas de floresta restantes ficam isoladas,
dificultando as relações bióticas entre organismos de
diferentes manchas. Esta fragmentação de habitats
é uma das grandes causas de extinção de espécies.
SECA E DESERTIFICAÇÃO
A seca e a desertificação também podem ter causas naturais ou origem antrópica.
Implicam severos desequilíbrios nos ecossistemas.

Temperaturas
anormalmente
elevadas
Período Ventos secos
prolongado de e quentes
baixa mais
precipitação frequentes

SECA
35
SECA E DESERTIFICAÇÃO

Excesso de
Cada vez
gado e de
menos
exploração
vegetação e
agrícola no
mais solo nu
solo

Solo exposto à
Seca erosão e
prolongada menos
permeável
DESERTIFICAÇÃO

36
SECA E DESERTIFICAÇÃO
A seca e a desertificação causam desequilíbrios nos ecossistemas.

Consequências Consequências
para os para as
ecossistemas populações

Menos
Mais
produtividade
incêndios
agrícola

Morte dos
Menos
seres menos
água
tolerantes à
potável
falta de água

Destruição Mais fome


de alguns e mais
habitats epidemias
POLUIÇÃO

A poluição do ar, da água e do solo causam desequilíbrios nos ecossistemas.


POLUIÇÃO DO AR

Poluição do ar ou poluição atmoférica


Principais poluentes
Monóxido e dióxido de carbono (CO e CO2)
Poeiras e cinzas
Dióxido de enxofre (SO2)
Óxidos de azoto (NO e NO2)
Clorofluorcarbonetos (CFC) Consequências
Chuvas ácidas
Destruição da camada de ozono
Efeito de estufa
Doenças respiratórias nas pessoas
POLUIÇÃO DO AR – Chuvas ácidas
Consequências para os habitats aquáticos

– Morte de seres vivos, sobretudo os menos tolerantes à acidez.

– São prejudicadas atividades ligadas ao turismo e à pesca.

Consequências para
os habitats
terrestres

– Solos ácidos são


menos produtivos.

– Destruição de
florestas e de outros
habitats.
POLUIÇÃO DO AR – Destruição da camada de ozono
Camada de ozono
POLUIÇÃO DO AR – Aumento do efeito de estufa

O efeito de estufa é muito importante para manter


uma temperatura amena à superfície da Terra e impedir
amplitudes térmicas extremas entre o dia e a noite.

Contudo, o aumento do efeito de estufa tem


consequências graves...

O CO2, o metano
e o vapor de
água são
exemplos de
gases com
efeito de estufa.
POLUIÇÃO DO AR – Aumento do efeito de estufa

Consequências do aumento do efeito de estufa


INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

Espécies exóticas são as espécies que tiveram origem num local e foram introduzidas
noutro território, pelo ser humano ou por fatores naturais (dispersão pelas aves migradoras,
por ventos excecionalmente fortes, etc.).
A introdução de espécies exóticas pode causar desequilíbrios nos ecossistemas.

Sou uma espécie


Espécies
exótica, mas não
invasoras sou invasora porque
não tenho impacte
negativo nas
espécies e nos
Espécies exóticas
ou não indígenas habitats nativos
ou indígenas.
INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

A introdução de espécies exóticas pode causar desequilíbrios nos ecossistemas

As espécies invasoras:
• têm crescimento rápido e/ou grande capacidade
de dispersão;
• competem mais eficientemente pelos recursos disponíveis do
que as espécies nativas;
• produzem muitos descendentes em pouco tempo;
• no local onde são invasoras, não têm inimigos
naturais uma vez que que estão deslocadas
do seu local de origem.

Kudzu é o nome desta trepadeira oriunda do Japão, introduzida nos EUA para criar
rapidamente zonas de sombra e estabilizar solos. No entanto, o seu crescimento é tão
rápido e descontrolado (até 30 centímetros por dia) que cobre árvores e até edifícios em
curtos intervalos de tempo. Há milhares de quilómetros quadrados de campos e florestas
já desaparecidos à custa do kudzu em pelo menos vinte estados norte-americanos.
INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

As espécies invasoras causam impactes negativos:


• na economia, por exemplo, quando são espécies que
invadem áreas agrícolas, florestais ou piscícolas;
• na saúde pública, quando são espécies que provocam
doenças, alergias, ou funcionam como vetores de pragas;
• na disponibilidade de água nos lençóis freáticos,
no caso de espécies muito exigentes no consumo de
água;
• no equilíbrio dos ecossistemas conseguido ao longo de
milhares de anos de evolução, sendo atualmente uma das
principais ameaças à biodiversidade.

O jacinto-de-água é uma invasora muito


agressiva. Modifica os fatores abióticos
dos meios aquáticos causando diminuição
da biodiversidade. Impede o uso agrícola
e recreativo da água.
INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

O lagostim-vermelho-
-da-lousiana compete
com o lagostim-europeu;
é um predador voraz
de larvas de anfíbios
e provoca estragos
nas culturas de arroz.

A perca-sol é um dos muitos


A acácia e o chorão-das-praias peixes introduzidos nas
são duas plantas invasoras que barragens portuguesas, neste
estão a causar graves impactes caso para controlar as larvas
na biodiversidade dos habitats de mosquitos. Contudo, estes
das dunas em Portugal. peixes disseminaram-se por
O seu controlo é muito difícil. diferentes meios aquáticos,
competindo com espécies nativas
de peixes e pondo em perigo
algumas espécies endémicas.
INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NOS ECOSSISTEMAS

Perda de habitat Sobre-exploração


- Desflorestação - Pesca
- Incêndios - Caça
- Seca e desertificação - Colheita/corte

Extinção de
espécies

Introdução de espécies invasoras Poluição


- Terrestres Alterações climáticas
- Aquáticas Chuvas ácidas
CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES E DOS HABITATS

Exemplos de medidas para a conservação de espécies e habitats:

 Fazer o ordenamento do território (planos e programas que visam


usar o melhor possível o território e os seus recursos.
 Criar áreas protegidas, terrestres e marinhas.
 Fazer leis para regular a caça, a pesca e outras formas
de exploração de recursos naturais.
 Fazer uma gestão adequada das florestas.
 Promover o povoamento das regiões do interior.
 Aumentar o conhecimento dos processos ecológicos.
 Diminuir a emissão de gases com efeito de estufa.
 Diminuir a produção de resíduos.
Exemplos de medidas para a conservação das espécies e dos habitats

50
Exemplos de medidas para a conservação das espécies e dos habitats
Exemplos de medidas para a conservação das espécies e dos habitats
EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS

Para que os recursos naturais fiquem disponíveis para as gerações futuras é necessário diminuir
o ritmo a que são extraídos. Essa tarefa cabe a cada um de nós. Tem feito a sua parte?

Tem a preocupação de REDUZIR o consumo?


Ou compra coisas de que, de facto, não precisa?

Preocupa-se em REDUZIR a compra de produtos


embalados desnecessariamente?

Separa os resíduos para a RECICLAGEM?


Lá em casa há separação de lixo e compostagem?

REUTILIZA os sacos para as compras e RECUSA


amavelmente os sacos (sobretudo os de plástico)?

POUPA água e eletricidade nas suas rotinas diárias?

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CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
Conheça alguns projetos que visam conservar os ecossistemas.
Participe nesta tarefa!

http://www.100milarvores.pt/

https://www.wilder.pt/

https://www.rtp.pt/play/p4238/biosfera

https://www.lpn.pt/pt/cidadania-ambiental

https://zero.ong/

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