Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Literatura - Aula 3 - Arcadismo

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 21

COLÉGIO DIOCESANO PE.

ANCHIETA

Literatura
Estudo dos aspectos linguísticos

C
da língua portuguesa

5, 6
Aula Arcadismo ou
H 15, 16 3 Neoclassicismo
Prof. Johnantan S. Moura

Competência de área 5 - Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando
textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de
acordo com as condições de produção e recepção.
H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do
contexto histórico, social e político.
H16 - Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto
literário.
SONDAGEM
O que significa

ARCADISMO?
Árcade
1. adj. e sub. de dois gên. relativo à
Arcádia, antiga região do Peloponeso
(Grécia), ou o seu natural ou habitante;
arcadiano, arcádio.
2. que ou quem é membro de uma arcádia.
Fracasso aos ideais de igualdade da Revolução Francesa
Fim da Era napoleônica – poder nas mãos da burguesia capitalista
A doutrina filosófica do Iluminismo – A racionalidade acima dos dogmas religiosos
(Kant, Descartes, Newton) – A enciclopédia (Diderot e D’Alembert) - O despotismo
esclarecido (O marquês de Pombal)
Combate às ideias católicas enfatizadas no Barroco
Ênfase no bucolismo, na vida mediana, no agora

Arcádia Lusitana (Portugal), 1756 Cupidos


X Arcádia Ultramarina (Brasil), 1769)

O idílio – o poema descritivo e dramático


Citera, a ilha do amor – a utopia de um mundo de perfeição Afrodite

Símbolo da mitologia grega: Afrodite

Peregrinação à Ilha de Citera (1717), Antoine Watteau; Fête galante (A festa galante).
AS ARCÁDIAS - TOME NOTA, p. 64

Representação da Arcádia, Friedrich von Kaulbach,


O ILUMINISMO – Sair das trevas, à
luz do conhecimento.
O Rococó – arte setecentista
• Origem pejorativa: barroco + rocaille (estilo
extravagante de enfeites de pedra.
• “degeneração do Barroco”
• Exuberância barroca + simetria clássica
BARROCO ARCADISMO
Quanto ao conteúdo
Conflito entre antropocentrismo e Antropocentrismo
teocentrismo
Oposição (material/ espiritual; fé/razão) Racionalismo, busca pelo equilíbrio
Cristianismo Paganismo; elementos da cultura greco-
latina
Restauração da fé religiosa medieval Imitação aos clássicos renascentistas
Idealização amorosa, sensualismo e Idealização amorosa, neoplatonismo,
sentimento de culpa cristão. convencionalismo amoroso
Consciência trágica da efemeridade do Fugere urbem, carpe diem, aurea
tempo, carpe diem mediocritas
Raciocínios complexos, intricados, Busca da clareza das ideias
desenvolvidos em parábolas e narrativas
bíblicas
Morbidez Pastoralismo, bucolismo
Universalismo
Influências da Contrarreforma Ideias iluministas
BARROCO ARCADISMO
Quanto à forma
Vocabulário culto Vocabulário simples
Gosto por inversões e por construções Gosto pela ordem direta e pela
complexas e raras simplicidade na linguagem
Gosto pelo soneto e pelo decassílabo Gosto pelo soneto e pelo decassílabo
Linguagem figurada Ausência quase total de figuras de
linguagem
CEREJA, William Roberto. Literatura brasileira: em diálogo com outras literaturas e
outras linguagens. 4.ed. refor. Atual: São Paulo, 2009
Neoclassicismo
• Retorno ao ideal greco-latino.
• Representações burguesas: virtude, moral e
domínio das emoções.
• Arte antiga como parâmetro para busca do
espírito de liberdade e de harmonia;
• Inspiração em Homero e Virgílio;
• Jacques-Louis David (pintor) – mudar a
moralidade pública pela divulgação da
nobreza estoica (Grécia antiga – livrar-se de
sentimentos externos) e patriótica.
O Arcadismo no Brasil e a
Inconfidência mineira
• “Ciclo de ouro”
• Acesso da juventude mineira às universidades
portuguesas;
• Desenvolveu-se uma elite intelectual;
• Impostos e taxações: “O quinto dos infernos” e
“contribuições voluntárias”
• Os inconfidentes: Revolta de intelectuais contra as
determinações absurdas de D. Luís da Cunha Meneses.
• Exceção da elite: o alferes (cadete) José da Silva Xavier
(Tiradentes)
Tiradentes
esquartejado, Pedro
Américo, 1893
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM ARCÁDICA

 Presença da mitologia (p. 67)


 Inutilia truncat (p. 67)
 Fugere Urbem (p. 67)
 Locus amoenus (p. 67)
 Aurea mediocritas (p. 67)
 Idealização feminina (p. 67 -68)
 Carpe Diem (p. 68)
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO ARCADISMO

 Tomás Antônio Gonzaga, “Marília de Dirceu” (p. 67)


 Tomás Antônio Gonzaga, “Cartas chilenas” (p. 69 – 70)
 Cláudio Manuel da Costa, “Sonetos” (p. 70)
 Silva Alvarenga, “O beija-flor” (p. 71)
 Basílio da Gama, “O Uruguai” (p. 71 – 72)
 Santa Rita Durão, “Caramuru” (p. 72 – 73)
QUESTÃO UNICAMP
(UNICAMP)A arte colonial mineira seguia as
proposições do Concílio de Trento (1545-1553),
dando visibilidade ao catolicismo reformado. O
artífice deveria representar passagens sacras. Não
era, portanto, plenamente livre na definição dos
traços e temas das obras. Sua função era criar,
segundo os padrões da Igreja, as peças
encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas
das artes em Minas Gerais.
(Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim
Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.), Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica. Europa, Américas e África. São
Paulo: Annablume, 2008, p. 385.)
QUESTÃO ENEM
Considerando as informações do enunciado, a arte colonial
mineira pode ser definida como:

(A) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria


do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos,
segundo os padrões do Concílio de Trento.
(B) barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era
financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos
artífices locais.
(C) escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de
Trento. Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas
reproduziam as obras de arte sacra europeias.
(D) popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam
escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se
colocavam sob a proteção das confrarias.
 
QUESTÃO ENEM

(BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São


Paulo: Banco Sudameris Brasil, 1989.)
QUESTÃO ENEM
(Enem 2008)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros, 
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros 
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino, 
Os meus fiéis, meus doces companheiros, 
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto, 
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia, 
E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002,
p. 78-9.
QUESTÃO ENEM
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos
do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema
eo
momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens
relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico
e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma
contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da
Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo
que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação
literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é
formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa
da Colônia sobre a Metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está
representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à
transformação do pranto em alegria.
MOMENTO PESQUISA

DICAS
AVALIAÇÃO DA AULA
1. ( ) O CONTEÚDO DA AULA FOI COMPREENDIDO.
2. ( ) HOUVE INFORMAÇÕES NOVAS QUE EU NÃO CONHECIA.
3. ( ) A MAIORIA DOS ALUNOS PARTICIPOU ORALMENTE.
4. ( ) OS RECURSOS DIDÁTICOS CONTRIBUÍRAM PARA O APRENDIZADO.
5. ( ) O PROFESSOR CONSEGUE SE EXPRESSAR COM CLAREZA.
6. ( ) O TEMPO DISPONÍVEL FOI SUFICIENTE?
7. ( ) A TURMA NECESSITA DE UMA AULA DE REVISÃO?
8. ( ) EU CONSEGUI PARTICIPAR EM ALGUM MOMENTO NA AULA.
9. ( ) O CONTEÚDO TEM RELAÇÃO COM ALGO DO COTIDIANO.
10. ( ) ESTAVA ME SENTINDO BEM NESTA AULA.

Você também pode gostar