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Nervos Cranianos

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NERVOS CRANIANOS

• 1) NERVO OLFATÓRIO
- Pesquisado com recipientes contendo café, baunilha,
limão ou outros odores.
- É feito uma narina por vez.

- Anosmia: perda do olfato


- Parosmia: percepção alterada do olfato
- Cacosmia: sensação de odores desagradáveis
NERVOS CRANIANOS
• 2) NERVO ÓPTICO - Hemianopsia: perda total ou quase total da metade do
- Acuidade visual: letras ou números a uma campo visual.
distância proporcional. Avaliar um olho de - Homônima: campo nasal de um olho + campo temporal
cada vez do outro olho afetados.
- Campo visual: estará alterado nas lesões - Heterônima: bitemporal ou binasal afetados.
quiasmáticas e retroquiasmáticas. - Quadrantopsia: perda de ¼ do campo de visão.
- - Fundo de olho

- Amaurose: perda total da visão


- Escotoma central: preservação
do campo periférico
NERVOS CRANIANOS
• 3) NERVO OCULOMOTOR a - diplopia (que desaparece se um dos olhos
- Motilidade ocular: olhar para cima, para baixo e para os lados. está fechado), indicando que o movimento de
Deve-se testar também as direções oblíquas. ambos os olhos não foram simétricos.
- Convergência ocular: colocar o dedo na linha mediana e b - a excursão de um ou de ambos os olhos não
aproximar. é total para uma ou mais direção testada.

- Quando um olho não excursiona, totalmente para fora, o nervo - Pupilas: midríase, surge na lesão do III nervo
abducente (VI) está lesado. Quando o olho tem várias limitações, e miose, na lesão do sistema nervoso
exceto para a sua abdução completa, o nervo lesado é o motor simpático cervical.
ocular comum (III).
- Quando os dois olhos não excursionam para uma direção, o
distúrbio é quase sempre no tronco cerebral.

• 4) NERVO TROCLEAR
- Exclusivamente motor. Sua função é realizar a movimentação do
músculo oblíquo superior.
NERVOS CRANIANOS
• 5) NERVO TRIGÊMEO (MISTO)
- Sensibilidade da face e mucosas.
- Mastigação: pedir para o paciente morder o abaixador
de língua. Sairá mais fácil no lado lesado.
- Desvio da mandíbula: sempre desviada para o lado
deficiente.
- Reflexo córneo-palpebral: o nervo realiza o fechamento
das pálpebras.
- Reflexo esternutatório: colocar algodão em cada narina
para gerar desconforto.
- O sinal de Chvostek (hipocalcemia):
percutir as glândulas parótidas. Em caso
positivo, haverá desvio de rima bucal para o
NERVOS CRANIANOS lado estimulado.

• 7) NERVO FACIAL - Paralisia facial central: - Paralisia facial periférica:


- Mímica facial: pedir para o paciente enrugar testa, fechar comprometimento da comprometimento da
os olhos, mostrar os dentes (m. plastina) e assobiar musculatura mímica do musculatura mímica
- Sensibilidade gustativa: 2/3 anteriores da língua. Usar andar inferior da face. unilateral
cotonete com conteúdo salgado, doce ou azedo. - Lesão supranuclear - Lesão nuclear ou abaixo

- Sinal de Bell (paralisia de um lado):


impossibilidade de fechar pálpebra.
Na tentativa de fechá-la esta
permanece aberta e olho roda.
NERVOS CRANIANOS
• 8) NERVO VESTIBULOCOCLEAR
- Surdez de condução: diminuição da audição aérea.
- Surdez de percepção: diminuição da audição aérea e óssea.
- Audição óssea: colocar cabo do diapasão no mastóide ou no alto da cabeça.
- Prova de Weber: colocar diapasão no alto da cabeça. Se o paciente acusar som do lado direito, pode
significar 2 coisas:
1) Surdez de percepção à esquerda
2) Surdez de condução à direita

-Lesão vestibular: durante a marcha, o paciente tende a desviar-se sempre para o mesmo lado, ao contrário
da lesão cerebelar que pode desviar para qualquer lado.
* Marcha em estrela

- Nistagmo: manter o olhar nas extremidades da fenda palpebral por alguns segundos. O nistagmo pode ser
unidirecional, multidirecional, horizontal, vertical, rotatório ou monocular.
NERVOS CRANIANOS
• 9) NERVO GLOSSOFARÍNGEO E 10) VAGO
- Disartria e disfagia
- Reflexo de vômito
- Sensibilidade gustativa: 1/3 posterior da língua
- Sensibilidade da faringe
- SINAL DA CORTINA: os nervos de um lado estão paralisados e somente o palato do lado oposto subirá,
desviando a úvula para este lado. O lado lesado fica com o palato hipotônico e abaixado (sinal da cortina)
NERVOS CRANIANOS
• 11) NERVO ACESSÓRIO (MOTOR)
- Inerva com o vago as cordas vocais, além do esternocleidomastóideo e trapézio
- Dificuldade de manter seguimento cefálico ereto se deficiência bilateral
- Trapézio: elevar os ombro contra a resistência do examinador
- Esternocleido: ao rodar a cabeça num eixo vertical para a direita, o examinador contrapõe resistência no rosto -> isto
exigirá contração do músculo do lado esquerdo.

• 12) NERVO HIPOGLOSSO (MOTOR)


- Observar trofismo e desvio da língua
- Quando a língua é colocada para fora da boca, ela desviará para o lado paralisado
SINAIS MENÍNGEOS
- Rigidez de nuca: se positivo, verificar se há resistência à lateralização. Se sim, pode ser distúrbio da coluna cervical.
- Brudzinski: flexão do pescoço + flexão dos membros inferiores
- Kernig: fletindo os membros inferiores nas articulações coxo-femorais e joelhos, mantendo-se um ângulo de 90°,
haverá resistência na extensão passiva dos joelhos.
- Lactentes = fontanelas.
OUTROS DISTÚRBIOS
- DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM - DISTÚRBIOS DA GNOSIA
- Disartria: lesão parelho fonador (anasalada IX,X e bitonal - Agnosia: incapacidade de reconhecer objetos
XI) pelo tato, visão, regiões do corpo
- Disfasia: incapacidade de se expressar pela fala (somatoagnosia).
- BROCCA: o paciente percebe sua deficiência, fica
angustiado na tentativa, mas não consegue falar.

- DISTÚRBIOS DA PRAXIA
- Incapacidade de realizar seqüências de atos motores
complexos
- Ex: dar um laço no cordão do sapato, vestir-se
- APRAXIAS surgem na lesão de áreas parietais do
hemisfério dominante ou no corpo caloso.
COMA
- Inspeção:
Pele, salivação, traumatismo, respiração
Posição membros: MI rodado para fora = paresia
Meningismo: decúbito lateral, pescoço e tronco estendidos e membros fletidos (cão em
espingarda)
- Estímulo doloroso:
Resposta motora global:
Descerebração: extensão de cabeça, tronco e membros com pronação MMSS
Decorticação: flexão antebraços e punhos em frente ao tronco
COMA
Prova de força muscular:
- Ergue-se, MMSS pelos punhos em 60º
com o eixo corporal. Observa-se mão
mais caída do lado plégico. Solta-se os
membros ao mesmo tempo, o lado
plégico cairá mais rápido.

Prova de Raimiste:
- Fletir antebraços sobre o braço estando
este, rente ao corpo e com o cotovelo
apoiado no leito. Solta-se os antebraços
ao mesmo tempo e, o hemiplégico cairá
mais rápido.
REFERÊNCIAS
- Speciali JG. Semiotécnica Neurológica.

OBRIGADO PELA Medicina. Ribeirão Preto,29:19-31,1996.

ATENÇÃO!

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