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6.3. As Organizações Do Trabalho Novo

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ÁREA DE

INTEGRAÇÃO
-MÓDULO 5-
Tema-Problema 6.3:
As organizações do trabalho
O TRABALHO RECONHECIDO E A
PROTEÇÃO DO TRABALHADOR

 A partir do séc. XIX, um novo mundo do


trabalho começa a afirmar-se, fruto das
ideias de Karl Marx.

 Começa a configurar-se um novo mundo do


trabalho, em que se vão conquistando
melhores condições de vida, de trabalho e
proteção social.
 Tal deve-se:

- à luta dos trabalhadores conduzida pelas


organizações sindicais e materializada em greves,
paralisações, manifestações e revoltas;

- ao aparecimento de partidos operários que abriram


caminho ao aprofundamento da democracia (direitos
políticos para todos) e a um novo conceito de Estado
Social (direitos sociais para todos);

- ao aumento da capacidade negociadora do


movimento sindical;
- ao acesso ao poder de partidos sociais-democratas que
defendiam a construção de um Estado de bem-estar social;

- ao aparecimento do consumo de massas como


estratégia de expansão do capitalismo em ganhar mercado,
o que leva a um aumento da capacidade do poder de
compra dos trabalhadores. Os trabalhadores ganham o
estatuto de consumidores. Como consumidor, começa a
receber alguma proteção e recompensa social por parte do
Estado.

Começamos a assistir ao conceito de:

Trabalho reconhecido, justo e digno.


 Sindicatos, partidos e Estados envidam
esforços para que se reconheça que o
trabalho humano é a chave da questão
social.
 Assim ao trabalho deve corresponder:
 um salário justo que permite levar uma vida
digna em família e sociedade;
 condições para a sua realização em segurança,
sem discriminações ou qualquer forma de
exploração;
 a liberdade cívica de reunião e associação;
 a garantia de proteção na saúde, o acesso à
segurança social e a conciliação entre o exercício
de uma atividade e uma vida familiar.
 Durante o século XX, surge:

O trabalho remunerado;
 O trabalho em casa (educação dos filhos, lides
domésticas, apoio a idosos);
 O trabalho social (atividades de voluntariado em
diferentes áreas, como a saúde, a educação, o
desporto, a vida associativa…)
DIREITOS DO TRABALHO
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS

 No seguimento da II Guerra Mundial e num


contexto catastrófico de destruição, a ONU
(Organização das Nações Unidas) fez aprovar,
em 1948, um quadro referencial de direitos
económicos, sociais e políticos que se
pretendiam universais.

 A Declaração Universal dos Direitos Humanos


não esquece o mundo do trabalho, as relações
de trabalho, o associativismo, a segurança
social, os direitos do trabalho.
ARTIGO 4º

“Ninguém será mantido em escravatura ou em


servidão: a escravatura e o trato de escravos,
sob todas as formas, são proibidos.”

 Contudo, neste novo milénio, ainda


subsistem regimes e sistemas em que formas
de servidão e escravatura continuam a ser
praticadas sobre milhares de pessoas, como
se fossem objetos, sem direitos, sem
liberdade e sem dignidade. Os mais afetados
são crianças e mulheres.
ARTIGO 20º
“1) Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e
de associação pacíficas.”
“2) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.”

 Em 1948, numa altura em que uma grande parte da


população mundial vivia sob regimes de cariz
totalitário, de direita ou de esquerda, este artigo é
verdadeiramente importante, porque, por um lado,
permite a liberdade de associação e, por outro,
condena a obrigatoriedade de fazer parte de
qualquer associação. Este artigo foi fundamental para
o aparecimento de organizações de trabalhadores e
patronais livres da influência dos poderes políticos.
ARTIGO 23º
“1) Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre
escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o
desemprego.”

“2)Todos têm direito, sem discriminação alguma, a


salário igual por trabalho igual.”

“3) Quem trabalha tem direito a uma remuneração


equitativa e satisfatória, que lhe permita a si e à
sua família uma existência conforme com a
dignidade humana, e completada, se possível, por
todos os outros meios de proteção social.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
 Artigo 53º: Segurança no emprego (direito à segurança no
emprego e proibição dos despedimentos sem justa causa).

 Artigo 54º: Comissões de trabalhadores (direito de


organização em comissões de trabalhadores, e proteção
legal aos delegados sindicais).

 Artigo 55º: Liberdade sindical (reconhecimento da liberdade


sindical e do direito de associação sindical).

 Artigo 56º: Direitos das associações sindicais e contratação


coletiva (direito à negociação e contratação coletiva).
 Artigo 57º: Direito à greve e proibição do lock-out
(direito à greve e à manifestação pela defesa dos seus
interesses).

 Artigo 58º: Direito ao trabalho (direito ao trabalho e à


formação e valorização profissional, sem
discriminações de nenhuma natureza).

 Artigo 59º: Direitos dos trabalhadores (direito à


organização do trabalho em condições dignas e justas,
bem como o direito a salário justo, férias, apoio à
maternidade, paternidade, ao repouso e lazer).

 Artigo 63º: Segurança social e solidariedade (direito a


proteção na saúde e no desemprego e segurança
social e solidariedade).
ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO
 Os trabalhadores dispõem de duas grandes
organizações de defesa dos seus direitos.

A nível internacional – a OIT


(Organização Internacional do Trabalho)

A nível europeu – o CESE


(Comité Económico e Social Europeu)
CONVENÇÕES DA OIT RATIFICADAS POR
PORTUGAL
Convenção Assunto-Problemática
Nº 29 Supressão do trabalho forçado ou obrigatório sob todas as
formas.
Nº 87 Liberdade sindical, proteção do direito sindical e direito de
trabalhadores e empregadores se organizarem livremente, no
sentido de promover a defesa dos seus direitos.
Nº 98 Organização e negociação coletiva. Implica uma condição
fundamental para a cooperação tripartida e para o diálogo
social.
Nº 100 Igualdade de remuneração entre homens e mulheres para
trabalho de igual valor.
Nº 111 Procura acabar com a discriminação no acesso ao emprego
fundada na raça, cor, sexo, religião ou opinião política.
Nº 132 Férias anuais remuneradas, numa perspetiva de apoio ao repouso
e lazer do trabalhador.
Nº 138 Idade mínima de admissão ao emprego (15 anos). Em Portugal, a
idade mínima é 16 anos.
Nº 156 Igualdade de oportunidades.
 O CESE tem seis secções especializadas para
tratarem o vasto leque de competências
comunitárias:

 União Económica e Monetária e Coesão


Económica e Social;
 Mercado Único, Produção e Consumo;
 Transportes, Energia, Infraestruturas e Sociedade
da Informação;
 Emprego, Assuntos Sociais e Cidadania;
 Agricultura, Desenvolvimento Rural e Ambiente;
 Relações Externas.

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