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2020 04 24 Apresentação Rima

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL – PPGEA

Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA
Aluna: Aimê Cardozo
Prof. Dr. Adilson Pinheiro

1
Impacto Ambiental
De acordo com a Resolução Conama de 1986: impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente
afetam:
I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II. As atividades sociais e econômicas;
III. A biota;
IV. As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V. A qualidade dos recursos ambientais.

2
EIA

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA)


é um diagnóstico detalhado das
condições ambientais da área de
influência do projeto antes de sua
implantação, avaliando os meios
biótico, socioeconômico e físico. O
estudo deve abordar a análise das
consequências de sua implantação e
de sua não implantação,
considerando os impactos positivos e
negativos, as medidas mitigadoras e
compensatórias, e suas formas de
acompanhamento e monitoramento
por meio de programas ambientais.

3
EIA/RIMA

O EIA/RIMA constitui-se num importante meio de aplicação de uma


política preventiva, sendo, portanto, um documento de subsídio ao
processo de licenciamento ambiental.
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é o documento que reflete
as conclusões do EIA, redigido em linguagem acessível, de modo
que se possa entender as vantagens e desvantagens de um projeto,
bem como todas as consequências ambientais de sua implementação.

4
RIMA

Por ser um documento técnico, o EIA pode ser de difícil compreensão


pelo público em geral. Desta forma, as leis brasileiras definem que
deve ser apresentado um documento resumindo o conteúdo do EIA
e em linguagem acessível. O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA
é elaborado para que a população envolvida e demais interessados
conheçam o projeto e suas implicações. É importante ressaltar que o
RIMA é uma síntese do EIA, onde são destacados os principais
pontos abordados no estudo. Portanto, para informações específicas,
os documentos deverão ser consultados na íntegra do estudo.

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Legislações
• O Estudo de Impacto Ambiental – EIA, surgiu
nos Estados Unidos na década de 60;
• No Brasil, o primeiro EIA aplicado foi da
barragem e usina hidrelétrica de Sobradinho, em
1971;
• O primeiro regulamento oficial para a realização
de um EIA foi feito no Rio de Janeiro, em 1977: a
Norma Administrativa/CECA-NA-001, baixada
pela Deliberação CECA nº 3, de 28 de dezembro
de 1977.

6
O EIA/RIMA foi instituído no Brasil pela Política Nacional do Meio
Ambiente (PNMA), Lei 6938/81. A resolução do Conselho Nacional
de Meio Ambiente (CONAMA) nº 001 de 1986, regulamenta os critérios
básicos e as diretrizes gerais para aplicação da Avaliação de Impacto
Ambiental, assim como define as atividades que se enquadram nesta
modalidade e ainda estabelece os conteúdos mínimos para a
elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA).

7
A RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001/86 define que o Estudo de Impacto
Ambiental é o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas
áreas, com dados técnicos detalhados. O acesso a ele é restrito, em respeito
ao sigilo industrial.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) O RIMA é um documento público
que confere transparência ao EIA, um resumo em linguagem didática, clara e
objetiva, para que qualquer interessado tenha acesso à informação e exerça
controle social.

8
Funcionamento do EIA/RIMA
O diagnóstico ambiental do EIA/RIMA é dividido em três temas:

9
Elaboração do EIA/RIMA

Realizado por equipe multidisciplinar, às expensas do empreendedor,


e também avaliado por equipe multidisciplinar do Órgão Ambiental, os
estudos ambientais, na forma resumida de RIMA, submete-se à
apreciação pública, sendo um dos mais transparentes instrumentos de
licenciamento ambiental.

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Conforme previsto na Resolução CONAMA 001/86, Art. 9º Relatório de
Impacto Ambiental deverá conter os seguintes itens:
Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade
com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;
A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,
especificando para cada um deles, nas fases de construção e
operação, a área de influência, as matérias primas, e mão de obra, as
fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis
efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e
indiretos a serem gerados;
A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da
área de influência do projeto

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 A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os
horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os
métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação,
quantificação e interpretação;
 A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência,
comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas
alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
 A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em
relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não
puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;
 O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
 Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).

12
A aplicação deste estudo no processo de licenciamento
ambiental está somente condicionada àquelas atividades
que se enquadrarem nas características sendo
"potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente”.
As atividades que exigem o EIA/RIMA são determinadas
pelo artigo 2° da Resolução CONAMA 001/86 e pelo
IBAMA.

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Dependem de elaboração de EIA/RIMA, o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente, tais como:
I. Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II. Ferrovias;
III. Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV. Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-
Lei nº 32, de 18.11.66;
V. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários
de esgotos sanitários;
VI. Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;

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VII. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como:
barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou
de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e
irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques;
VIII. Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX. Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código
de Mineração;
X. Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos
tóxicos ou perigosos;
XI. Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de
energia primária, acima de 10MW;

15
XII. Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos,
siderúrgicos, cloro químicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo
de recursos hídricos);
XIII. Distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI;
XIV. Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100
hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
XV. Projetos urbanísticos;
XVI. Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos
similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia;
XVII. Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou
menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas
áreas de proteção ambiental.

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A Constituição Federal Brasileira de 1988, no Artigo 225, consolidou o
uso deste instrumento:
•Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
•§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder
público:
•IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;

17
Disposições legais - Decreto Estadual
2955/2010
Seção III - Do EIA/RIMA e sua Audiência Pública
•Art. 27 Será obrigatória a realização de audiência pública para toda atividade ou
empreendimento que exigir o EIA/RIMA, para fins de licenciamento ambiental.
•Art. 28 A FATMA, a partir da avaliação preliminar da adequação do EIA/RIMA, oficiará ao
empreendedor para que ele publique edital no Diário Oficial do Estado e na imprensa local
comunicando a abertura do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para consulta dos estudos.
•Parágrafo único. A audiência pública somente poderá ser realizada após o decurso do
prazo mencionado no caput deste artigo e seu agendamento deverá ser publicado no
Diário Oficial do Estado, na imprensa local e na página da FATMA, na Internet, com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias.

18
• Art. 29 A audiência pública tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do
produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos
presentes as críticas e sugestões a respeito, não possuindo caráter deliberativo.
• Art. 30 A audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos interessados, definido
pela FATMA, preferencialmente na localidade de instalação do empreendimento.
• § 1º Em função da localização geográfica do empreendimento e da complexidade do
tema, a FATMA poderá agendar mais de uma audiência pública sobre a mesma
atividade submetida a EIA/RIMA.

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• § 2º Deverá o empreendedor cumprir os requisitos exigidos pela FATMA para a
realização da audiência pública, constantes no Anexo Único, deste Decreto, sob pena
de adiamento da audiência pública.
• Art. 31 A audiência pública será dirigida por representante da FATMA que, após a
exposição objetiva do projeto e do seu respectivo RIMA, abrirá as discussões com os
interessados presentes.
• Art. 32 § 2º No prazo de 7 (sete) dias após a realização da audiência pública, poderão
ser encaminhadas manifestações escritas referentes à reunião pública.
• Art. 33 A ata da audiência pública, seus anexos, assim como os documentos enviados
na forma prevista no § 2º do artigo anterior, deverão ser considerados, juntamente com
o EIA/RIMA, na elaboração do parecer técnico conclusivo.

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Consultas

21
Literatura
 No Brasil, muitos Rimas são elaborados de
forma burocrática, apenas para atender à
exigência de que um documento com esse
nome seja apresentado.
 É muito comum que sejam feitos de
maneira apressada, cortando parágrafos
ou seções inteiras dos estudos de impacto
ambiental.

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Há, contudo, exceções cada vez mais frequentes.

 RIMA do projeto de dragagem do canal de Piaçaguera, em Cubatão, São Paulo = possui

poucas páginas com ilustrações abundantes.


 RIMA da usina hidrelétrica de Tijuco Alto, na divisa do Paraná e São Paulo = tem 140

páginas e foi impresso como uma brochura colorida com tiragem de mil exemplares, para
distribuição aos interessados e, em particular, para a comunidade local. Apresenta a estrutura
do EIA. A terminologia e o estilo de um relatório técnico foram em parte mantidos, mas o texto
é entremeado por desenhos, ou seja é atraente para a leitura.

23
Exemplo de um RIMA

Aterro de Resíduos Industriais


WEG Equipamentos Elétricos S.A em Araquari

24
Obrigada!

25
Referências
• SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de Impactos Ambientais: conceitos e
métodos. 2 ed., São Paulo: Oficina do Texto. 2013, 584 p.
• IMA – Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina. Consulta
EIA/RIMA. Disponível em:<
https://www.ima.sc.gov.br/index.php/licenciamento/consulta-eia-
rima> Acesso em: 20 abr. 2021.
• CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA.
Critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto
ambiental. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986.

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