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Aula - 05 Ética e Reprodução Assistida

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Aula 1

Éticae reprodução assistida


Aula 5

Nome do Professor
Ética e Reprodução Assistida

A tecnologia é perigosa ou o uso que se


faz dela pode ser perigoso?

Assim como o laser pode ser usado para curar, pode


também ser utilizado para fins bélicos.
Ética e Reprodução Assistida

Sempre que a tecnologia


avança, seja em que
campo for, ela traz consigo
outros fatores paralelos à
evolução do conhecimento.
Ética e Reprodução Assistida

Os frequentes avanços tecnológicos na área da saúde:


•têm propiciado imensos benefícios para a sociedade
•têm também feito surgir novos problemas e questões éticas
a serem discutidas e consideradas.
•novas questões que surgem a partir de novas possibilidades
de intervenção do homem sobre os fatos.
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• As tecnologias estão envolvidas em várias questões que a


bioética trata, como transplantes, eutanásia, distanásia,
aborto e também na fertilização e reprodução assistida.
• Estes procedimentos levantam não apenas questões
éticas individuais, relativas aos direitos da pessoa e ao
modo como pretendem se beneficiar destas tecnologias.
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• Estes procedimentos nos incitam às questões relativas à


saúde coletiva;
• Estas tecnologias vêm associadas a novos instrumentos
de diagnóstico e tratamento;
• Implicam em princípios de justiça e alocação de recursos
na área de saúde que, normalmente são escassos e
caros.
Ética e Reprodução Assistida

O QUE É REPRODUÇÃO
ASSISTIDA?

O conjunto de técnicas para


tratamento da infertilidade
conjugal que envolvem a
manipulação em laboratório de
pelo menos um dos gametas:
espermatozoides ou óvulos.
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DADOS em 2016:
•66.597 embriões foram
congelados no Brasil
•foram realizados 33.790
procedimentos de estímulo
para a produção de óvulos
por mulheres.
•67.292 embriões foram
transferidos para dar início a
uma gravidez.
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VÍDEO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

https://www.youtube.com/watch?v=CsvhfjgGrPU
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Questões éticas

•O objetivo da reprodução é a geração da vida.


•O que pode ser considerado “vida humana”?
•Em que momento a vida biológica deve ser
reconhecida como pessoa?
•A escolha da cor dos olhos, da pele, do sexo da
criança, é ética?
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Documento (Donum Vitae) – Igreja Católica


•Datado de 1987.
•Estabelece que, pela perspectiva da Igreja, o início da
vida humana se dá no momento em que ocorre a
fecundação.
•Em 2008 - publica outro documento sobre aspectos de
Bioética ligados à dignidade humana.
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O documento de 2008:
•Considera como lícitas as tecnologias de fertilização que
auxiliam os casais a procriarem desde que estas respeitem a
preservação do ato procriativo em si.
•considera moralmente ilícitas as tecnologias que dissociam
a procriação do ato sexual como a criogenia ou a fecundação
“in vitro”.
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Bebê de proveta

É um bebê proveniente
de uma inseminação
artificial ou fertilização
in vitro. Ocorre a partir
de uma fecundação
gerada em laboratório.
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Primeiro bebê de
proveta brasileiro
1º bebê de proveta do mundo nasceu em 7 de
O nascimento de Louise Brown, outubro de 1984
através de fertilização “In Vitro”
(FIV), realizada em 1978, foi um Mãe da menina já
marco no desenvolvimento das tinha cinco filhos
tecnologias de reprodução quando resolveu
assistida. tentar a fertilização
'in vitro’.
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Inglaterra – 1981 - foi instituído um comitê de investigação


sobre fertilização humana e embriologia.

Objetivo é desenvolver um relatório sobre as implicações


éticas, sociais e legais provenientes da utilização desta
nova biotecnologia.

O resultado deste comitê foi a publicação, três anos após


sua instalação, do chamado Relatório Warnock, que
influenciou aspectos da Bioética e do Biodireito atuais .
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• O Conselho Federal de Medicina brasileiro, em 1992,


fundamentado no Relatório Warnock, instituiu com a
Resolução CFM 1358/92, as Normas Éticas para
Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida.
• A Resolução CFM 1957/2010 revogou a anterior (após 18
anos) alterando alguns poucos aspectos, dentre os
principais a substituição do termo “pré-embriões” por
“embriões”.
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Além disso, incluiu um item que afirma que:

“Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem


desde que haja autorização prévia específica do (a) falecido
(a) para o uso do material biológico criopreservado, de
acordo com a legislação vigente”.
Ética e Reprodução Assistida

Existem aspectos éticos vinculados a(o):


•Consentimento informado
•Seleção de sexo da criança
•Doação de espermatozoides, óvulos, embriões
•Seleção dos embriões com bases na evidência da
Possibilidade de doenças congênitas
•Maternidade substitutiva
•Clonagem
•Criopreservação de embriões
•Dentre outros.
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A Resolução CFM 1957/10 instituiu que a doação deve


preservar o anonimato entre receptores e doadores.

O argumento principal do anonimato é de que este


procedimento evitaria problemas futuros relativos às
situações emocionais e legais com repercussões no
desenvolvimento psicológico da criança. Esta
perspectiva, no entanto, também não é consensual.
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Outra questão associada à reprodução assistida envolve a


possibilidade de gestação em casais homossexuais
femininos.

A legislação autoriza que mulheres utilizem sêmen


doado para gestação independente da existência de
vínculo familiar formal. E tem também a possibilidade da
barriga solidária para casais homoafetivos masculinos.
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A atual Resolução CFM Nº 2168 DE 21/09/2017, considera,


dentre outras coisas que:

•a infertilidade humana como um problema de saúde, com


implicações médicas e psicológicas, e a legitimidade do
anseio de superá-la;

•as mulheres estão postergando a maternidade e que existe


diminuição da probabilidade de engravidarem com o avanço
da idade;
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• o avanço do conhecimento científico já permite


solucionar vários casos de problemas de reprodução
humana;

• o pleno do Supremo Tribunal Federal, na sessão de


julgamento de 5 de maio de 2011, reconheceu e
qualificou como entidade familiar a união estável
homoafetiva;
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A idade máxima das


candidatas à gestação por
técnicas de RA é de 50
anos, podendo haver
exceções desde que
baseadas em critérios
científicos fundamentadas
pelo médico responsável e
que haja esclarecimento
sobre os riscos envolvidos.
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• As técnicas de RA não podem ser aplicadas com a


intenção de selecionar o sexo (presença ou
ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra
característica biológica do futuro filho, exceto para
evitar doenças no possível descendente.

• É proibida a fecundação de oócitos humanos


(gameta feminino) com qualquer outra finalidade que
não a procriação humana.
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SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (CESSÃO


TEMPORÁRIA DO ÚTERO)

As clínicas, centros ou serviços de reprodução assistida


podem usar técnicas de RA para criarem a situação
identificada como gestação de substituição, desde que
exista um problema médico que impeça ou contraindique a
gestação na doadora genética, em união homoafetiva ou
pessoa solteira.
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• A cedente temporária do útero deve pertencer à família


de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o
quarto grau (primeiro grau - mãe/filha; segundo grau -
avó/irmã; terceiro grau - tia/sobrinha; quarto grau - prima).
Demais casos estão sujeitos à autorização do Conselho
Regional de Medicina.

• A cessão temporária do útero não poderá ter caráter


lucrativo ou comercial.
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REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST-MORTEM

É permitida a reprodução assistida post-mortem desde que


haja autorização prévia específica do(a) falecido(a) para o
uso do material biológico criopreservado, de acordo com a
legislação vigente.

*
Ética e Reprodução Assistida

Beatriz Acampora e Silva de Oliveira


Dra. Saúde Pública (UA-PY), Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF/RJ
(2006), Pós-Graduada em MBA Executivo em Coaching, Pós-Graduada em MBA
Executivo em Gestão de Pessoas e RH, Pós-graduada em Arteterapia em
Educação e Saúde - FAMESC / ISEC (2013), Pós-graduada em Hipnose Clínica,
Organizacional e Hospitalar SPEI - IBHA (2010), Pós-graduada em Psicologia
Humanista Existencial pela UNESA (2006), Pós-graduada em Cultura,
Comunicação e Linguagem pela FAFIC (1998), Graduada em Psicologia pela
UNESA (2005), Graduada em Comunicação Social - Jornalismo - FAFIC (1996).
Professora da área de saúde da Universidade Estácio de Sá desde 2006. Diretora
do ISEC. Autora de vários livros pela Amazon e Wak Editora.
Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/8083783572894169
Ética e Reprodução Assistida

Obrigada!

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