Modernismo - Movimento Do Orpheu - CONTEXTUALIZAÇÃO
Modernismo - Movimento Do Orpheu - CONTEXTUALIZAÇÃO
Modernismo - Movimento Do Orpheu - CONTEXTUALIZAÇÃO
o histórica e
literária
Fernando Pessoa
OBJETIVOS
• Conhecer o contexto histórico-literário, cultural e político de Fernando Pessoa.
Proposta de trabalho
• Põe este PowerPoint em modo de apresentação e sintetizando a informação sobre o Modernismo
Português, e a vida e obra de Fernando Pessoa
Fernando
Pessoa
1888 1894
No dia 13 de junho, nasce Morre o seu irmão Jorge. A
Fernando António Nogueira mãe conhece o seu segundo
Pessoa, no Largo de São marido, João Miguel Rosa.
Carlos, em Lisboa.
1893
O pai, Joaquim Seabra
Pessoa, morre vítima de
tuberculose.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1895 1899
A mãe casa-se, por Ingressa na Durban High
procuração, com o School.
comandante João Miguel
Rosa, cônsul de Portugal em
Durban, África do Sul.
1896
Parte para Durban com a
mãe. Frequenta a
St. Joseph’s Convent School,
um colégio de freiras.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1901 1903
Viaja com a família para Realiza um exame de admissão à
Lisboa. Universidade do Cabo. Ganha o
Prémio Rainha Vitória, de melhor
ensaio em Inglês, do exame.
1902
Em junho, a mãe, o padrasto e os
meios-irmãos partem para Durban,
mas Pessoa fica em Lisboa. Em
Setembro, embarca, sozinho, para ir
ter com a família.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1904 1907
Matricula-se novamente na Abandona o Curso Superior de
Durban High School, onde Letras, na sequência de uma
faz o seu primeiro ano de greve de estudantes.
estudos universitários.
1905
Embarca para Portugal.
Começa a frequentar o Curso
Superior de Letras em
Lisboa.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1911 1913
Começa a traduzir obras Escreve o drama estático
inglesas e espanholas para O Marinheiro.
português, destinadas Conhece Almada Negreiros.
à Biblioteca Internacional de
Obras Célebres.
1912
O seu melhor amigo, Mário de
Sá-Carneiro, parte para Paris, o
que dá início a uma assídua
correspondência entre ambos.
Contextualização histórica e literária
Fernando Pessoa – Poesia do ortónimo
1915
Saem os dois primeiros
números da revista
Orpheu.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1919 1929-1932
Pessoa conhece Ofélia Publica em revista onze
Queiroz, sua primeira e fragmentos da obra Livro do
única namorada. Desassossego, atribuído ao semi-
heterónimo Bernardo Soares.
1925
Morre a mãe, Maria Madalena
Pinheiro Nogueira.
Vida e obra de Fernando Pessoa
1934 1935
Sai Mensagem, único livro de poesia A 30 de novembro, morre devido a
em português publicado por cólica hepática, no Hospital de São
Pessoa, premiado pelo Secretariado Luís dos Franceses, sendo enterrado
de Propaganda Nacional, na no dia 2 de dezembro no Cemitério
categoria «Poema». dos Prazeres, em Lisboa.
1935
Em janeiro, escreve, para
Adolfo Casais Monteiro, a
famosa carta sobre a
génese dos heterónimos.
«I know not what tomorrow will bring».
Põe em causa todos os fundamentos da Revela a complexidade da pessoa, Põe em causa o conhecimento
moral e da conduta humana ocidental a importância da sexualidade, os sonhos científico, revolucionando a ciência
Vida e obra de Fernando Pessoa
O General Carmona é
eleito Presidente da
Sidónio Pais é
Entrada de República. Formação
eleito Presidente
Regicídio de D. Carlos I. Portugal na da República, de um novo governo,
Primeira Guerra sendo assassinado com Salazar à frente
Subida ao trono de Mundial. no ano a seguir. das Finanças.
Manuel II.
valoriza a palavra, os
defende a “arte pela
efeitos musicais e cria o
exprime o cansaço, o arte” contra a
indescritível, sugerindo
tédio, a busca de novas subjetividade e excessos
os elementos da
sensações de imaginação
construção de novos
românticas
objetos
base do Modernismo
Contextualização histórica e literária
O Modernismo
Filippo Marinetti,
autor do Manifesto
futurista (1909).
Filippo Marinetti
Marcel Duchamp, Guilherme Santa Rita-Pintor. c. 1910,
Nu descendo uma escada (1912). óleo sobre tela, 65,3 x 46,5 cm
Dadaísmo
Futurismo
O final do século XIX e os primeiros anos Sob a influência dos avanços técnicos e
do século XX foram marcados por um científicos, surgiu um movimento cultural
grande progresso técnico, em que se que se denominou «Futurismo» e que fazia
verificou o surgimento de novas máquinas a exaltação dos principais elementos da
e tecnologias que modificaram a vida das civilização industrial:
sociedades mais industrializadas. • a máquina;
• o movimento;
• a velocidade.
Contextualização histórica e literária
Marcas do Modernismo
O Orpheu
O Orpheu
Projeto fundado em 1915, por um grupo de artistas plásticos e escritores, entre eles Fernando Pessoa, Mário de Sá-
Carneiro e Almada Negreiros, que tinham o objetivo de explorar novas formas de expressão.
Por apresentar práticas de escrita e correntes artísticas vanguardistas, provocou grande escândalo na sociedade
conservadora da época.
Metáfora de uma geração de homens que não olham para trás, que querem esquecer o passado e centrar as suas
atenções no futuro.
Devido a falta de financiamento e às duras críticas de que foi alvo, a revista teve apenas dois números publicados, um em
abril e outro em julho.
O Orpheu
«No espaço de quatro meses, em 1915, Orpheu revirou a literatura portuguesa, que nunca
mais seria a mesma. A relativa exiguidade do espaço cultural português e o seu maior
conservadorismo foram decisivos para que Orpheu causasse tamanha perturbação, semelhante a
um novo terramoto que, desta vez, sacudiu a própria mentalidade levando à queda de valores
Orpheu Athena
Centauro A Águia
Exílio Contemporânea
Portugal
Presença
Futurista
O Notícias Ilustrado, 1929.
Algumas temáticas modernistas
• Crise existencial
• Fingimento artístico
(a máscara; o retrato; o espelho)
Consulte a nota explicativa sobre o
Manifesto Anti-Dantas, em anexo.
Contextualização histórica e literária
Fernando
Pessoa
tradicional modernista
Álvaro de
Alberto Caeiro
Ricardo Reis Campos
«O que Fernando Pessoa escreve pertence a duas categorias de
obras, a que poderemos chamar ortónimas e heterónimas. Não se
poderá dizer que são anónimas e pseudónimas, porque deveras o não
são. A obra pseudónima é do autor em sua pessoa, salvo no nome
que assina; a heterónima é do autor fora de sua pessoa, é de uma
individualidade completa fabricada por ele, como seriam os dizeres
de qualquer personagem de qualquer drama seu.»
Tábua bibliográfica
(Presença, nº 17, Coimbra, dez. 1928)
ORTÓNIMO
— Do grego «orthónymos».
— Significa «nome verdadeiro, real».
HETERÓNIMO
— Do grego «héteros», «outro; diferente» + «ónyma», por «ónoma», «nome».
— Significa «nome diferente».
— Refere-se a uma personalidade criada por um autor, com qualidades
e tendências próprias, claramente distintas das desse autor.
Fernando
Pessoa
Ortónimo
Teoria Razão
do fingimento e emoção —
artístico dor de pensar
Sonho
Infância
e realidade
45
Teoria do fingimento artístico
O poeta finge
(imagina Se o poeta é
Segundo a teoria artisticamente) o criador, fingindo
apresentada por as emoções as emoções que
Pessoa em apresentadas o poema
poemas como no poema. apresenta, o leitor
«Autopsicografia», é
o poeta não expõe o responsável
diretamente as Distancia-se
pela interpretação.
suas emoções — a daquilo que sentiu
sua «dor», que efetivamente.
«deveras sente» — Ele experiencia
na obra. emoções que
POESIA
o poema
≠ desencadeou.
SINCERIDADE
46
Razão e emoção — dor de pensar
A consciência Contradição
Uma vez que profunda:
Nos poemas torna-se um
a consciência o eu deseja ser
de Pessoa problema quando
traz inconsciente,
ortónimo, se converte na
infelicidade,
surge o tema omnipresença mas só é
o eu vai
da da razão: o eu verdadeirament
aspirar à
consciência passa a refletir e feliz tendo
inconsciência
da existência. constantemente consciência
de seres
sobre toda dessa
como o
a realidade e
«gato» ou felicidade —
Os que têm acerca das suas
a «ceifeira». e a consciência
esta próprias emoções.
consciência anula
são Acredita a felicidade.
superiores Intelectualizando
poder
aos demais. as emoções,
libertar-se Não existe
o poeta deixa
assim da dor solução para
de conseguir sentir
de pensar. a dor de
verdadeiramente.
pensar.
47
Infância
48
Sonho e realidade
49
Fernando Pessoa
ortónimo
O Pessoa ortónimo diverge muito de Caeiro e Reis, porque não apresenta uma norma de
comportamento.
Insatisfeito com o presente e incapaz de o viver em plenitude, Pessoa anseia por vivências,
estados de ilusão, sonhos que possibilitem «coisas impossíveis».
O desejo de viajar, de ser o que não é, reflete a sua insatisfação permanente.
Contextualização histórica e literária
Para saberes mais sobre Fernando Pessoa, podes visualizar o documentário dos Grandes
Portugueses, apresentado por Clara Ferreira Alves.
Referências
• Power-Points de editoras: ASA, Santillana, Texto Editora.