Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Laboratório de Gestão: Organizações Da Sociedade Civil

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Laboratório de Gestão:

Organizações da Sociedade Civil


Princípios Cooperativistas: origem, evolução e influência na
legislação brasileira

Airton Cardoso Cançado


Mário César Hamdan Gontijo

Prof. Renê Birochi


Departamento de Ciências da Administração
UFSC
13/08/ 2021
Introdução
 O cooperativismo é direcionado por princípios, que diferenciam este
tipo de organização das demais sociedades empresariais

 Primeira experiência em 1844, em Rochdale: cooperativa de consumo


(alimentos limpos a preços justos); educação dos membros e
familiares; acesso à moradia; e ao trabalho (através da compra de terra e
fábricas) para os desempregados e os mal remunerados; e
estabelecimento de uma colônia cooperativa auto-suficiente

 Robert Owen (1771-1858) - um dos precursores do cooperativismo

 Movimentos em prol da melhoria das condições de trabalho


Introdução
 Alemanha: cooperativas de crédito

 França: cooperativas de produção

 Brasil: imigrantes europeus (século XX): cooperativas de consumo na


cidade e de cooperativas agropecuárias no campo

 Aliança Cooperativa Internacional (1895): “entidade responsável” pela


discussão dos princípios cooperativistas
Princípios Cooperativistas
Princípios Cooperativistas
 Estatuto de Rochdale -> a organização cooperativa é diferente das
sociedades empresariais

 Os princípios rochdalianos básicos da adesão livre (porta aberta),


gestão democrática, retorno proporcional (pró-rata), educação dos
membros, cooperação entre cooperativas e juro limitado ao capital
(princípio da participação econômica dos membros), continuam
fazendo parte do ideário cooperativo

 Princípio da Preocupação com a Comunidade, em 1995, aumenta o


caráter social da organização cooperativa
Adesão Livre e Voluntária
 Relacionado à liberdade individual de cada um => ninguém poderá ser
obrigado a fazer parte do quadro social de uma cooperativa e possui a
prerrogativa de sair quando quiser

 Para que a cooperativa tenha êxito, é indispensável que haja


homogeneidade de interesses

 Receber a adesão de todas as pessoas sem preconceitos de raça, sexo,


cor, classe social, opção religiosa ou política

 Restrições à capacidade de prestação de serviços para o bom


funcionamento da organização => com a entrada de novos membros
Gestão Democrática
 Os associados devem participar ativamente, reunidos em assembléia,
onde irão discutir e votar as políticas, objetivos e metas de trabalho

 Cada pessoa tendo direito a um voto independendo da quantidade de


quotas-partes integralizadas

 Grande diferencial em relação às sociedades empresariais, pois faz da


cooperativa uma sociedade de pessoas, democraticamente gerida

 Autogestão
Participação Econômica dos Membros
 A ação da cooperativa tem duas faces, a econômica e a social

 Sem o econômico, o social fica prejudicado ou talvez até impraticável,


porém quando só existe o econômico, não existe mais cooperativa

 Objetivo de valorizar o trabalho e o indivíduo, fazer com que ele se


aproprie dos resultados do seu próprio trabalho, eliminando a figura do
atravessador

 A cooperativa não tem lucro, e sim sobras

 Em síntese, a cooperativa faz a intermediação entre o cooperado e o


mercado e desconta uma taxa cujo objetivo é a manutenção da própria
organização
Autonomia e Independência
 Princípio está diretamente relacionado com o da Gestão Democrática
=> que a participação do cooperado nas decisões não seja direcionada
por entidades externas à cooperativa

 A limitação do número de quota-partes que cada associado pode


subscrever, tem o objetivo de não permitir que um associado tenha
demasiada influência sobre a cooperativa. Pois, quando o cooperado
deixa a organização, por qualquer motivo, ele tem direito ao saldo de
sua conta de capital social
Educação, Formação e Informação

 Condição de crescimento continuado do associado como pessoa


(Educação) e como profissional (Formação), além do acesso deste
cooperado a todas as informações relativas à cooperativa (Informação)

 Promoção constante da educação cooperativista


Intercooperação
 Potencializa a nível macro a cooperação intra-organizacional inerente
às cooperativas

 Trocas de informações e experiências

 Compra e/ou vendas em comum, principalmente entre cooperativas do


mesmo ramo

 As cooperativas podem obter maior economia, a partir da distribuição


de produtos em conjunto com cooperativas do mesmo segmento
Preocupação com a Comunidade
 As cooperativas, como organizações de pessoas, tendem a estar vinculadas
estreitamente à comunidade onde os cooperados residem, e desta maneira, o
desenvolvimento desta comunidade reflete-se diretamente nos cooperados

 À maneira como a cooperativa age na comunidade => princípio deve ser


aplicado em conjunto com o da Gestão Democrática

 O princípio não deve ser confundido com “responsabilidade social para


cooperativas”

 Responsabilidade social = ferramenta estratégica de resultados

 A Preocupação com a Comunidade é diferente, na medida em que possui um


âmbito (a comunidade), e possui uma lógica mais próxima da Teoria da
Dádiva do que das ferramentas de marketing
Considerações Finais
 As cooperativas não dependem mais do Estado para serem constituídas

 Ênfase no social e no econômico (Rochdale) sem abandonar o


individual e o político

 Coincidência com o surgimento do Estado do bem-estar social em


substituição ao Estado liberal, e com o ciclo constitucional de direitos
de segunda geração (direitos sociais e os econômicos)

 Repensar os direitos individuais e políticos (direitos de primeira


geração)

 Surgimento do Estado Democrático de Direito => terceira geração de


direitos (direitos difusos e coletivos) – Constituição de 1988

Você também pode gostar