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Materno Infantil 2

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Nutrição e Alimentação da Nutriz

Estágios da Lactação
• A ansiedade ou angústia materna pode prejudicar a
ação da ocitocina e o não esvaziamento adequado da
mama faz com que o alvéolo secrete menos leite, dando
início à parada total da produção.
• Fatores que inibem a liberação de ocitocina:
– Estresse
– Temor
– Ansiedade
– Dor
– Cansaço
– Ingestão de bebidas alcoólicas.
Recomendações Nutricionais na
Lactação
• A lactação é uma fase de maior demanda
energética do período reprodutivo
humano, sendo as necessidades maiores
do que a gestação.

• As necessidades nutricionais durante a


lactação dependem primariamente do
volume e composição do leite produzido e
do estado nutricional materno.
Energia
Recomendações Energéticas para a Lactação Exclusiva

Calorias Adicionais Requeridas = 500 kcal/dia


OMS, 1998

• Cálculo do GET para a nutriz:


GET (pré-gestacional) + 500 kcal
Energia
• A perda de peso entre mulheres durante a
lactação é variável e em muitos casos ocorre
ganho de peso, deve avaliar cada caso em
relação ao acréscimo ou não de calorias.
• Em situações em que a nutriz apresenta
sobrepeso e obesidade, deve-se atentar para o
fato que fazer “dietas” é um fator de estresse
e que com certeza pode prejudicar a lactação.
Água
• 3,8 L / dia
• 13 copos de água/outras bebidas
– 14 a 50 anos

Avaliar individualmente:
prática de atividade física e temperatura
ambiente
Estado Nutricional Materno e
Produção Láctea
• As nutrizes de baixo nível sócio-econômico com
condições inadequadas de vida produzem em
média de 400 a 700 ml de leite/dia (1º semestre
da gestação) e 300 – 500 ml de leite/dia (2º e 3º
semestre).
• As nutrizes de nível sócio-econômico
privilegiado produzem de 600-900 ml/dia.
Plano Alimentar
• Atender às necessidades nutricionais da
Nutriz.
• Considerar a demanda energética
aumentada.
• Não visar perda de peso!!!
Plano Alimentar
• Ser completo e balanceado baseado no Guia
Alimentar
– Todos os grupos
• Ser fracionada (6x/dia)
– Programação das refeições entre as mamadas
• Restringir o consumo de bebidas com
cafeína
– café
– chá
– refrigerante
– chocolate
– cacau
Orientação Nutricional
• Estimular consumo de alimentos fonte de vitaminas A, C
e dos minerais Cálcio e Ferro.
• Desencorajar dietas com valor calórico < 1500 kcal, pois
estão relacionados com diminuição da produção de leite,
além da inadequação de vários nutrientes.
• Nos casos de deficiência nutricional comprovada, todo
empenho deve ser feito para que ela tenha acesso a
programas de suplementação alimentar.
• Estimular atividade física.
Orientação Nutricional
• No caso de suspeita de associação do consumo de
algum alimento com as còlicas do recém-nascido,
restringir o consumo dos mais suspeitos (cebola, alho,
repolho e brócolis).
• A eliminação de fontes importantes de cálcio, como é o
caso de leite, não é recomendada, a não ser que haja
comprovação de intolerância.
• Investigar tabus e práticas alimentares adotadas para
aumentar a produção de leite.
Alimentação e Nutrição dos
Lactentes
Características Fisiológicas
• Estômago
• Capacidade gástrica :
– 7 ml – fase inicial
– 70 ml – 3 ª semana
– 200 ml – 12 meses

Necessidade de maior número de mamadas


Características Fisiológicas
• Motilidade gástrica:
• Tempo médio de esvaziamento: 1 a 3 horas e
é dependente de fatores como: composição,
concentração e volume da refeição.
• Leite materno: 2 horas devido menor
quantidade de proteínas e gordura de melhor
digestibilidade.
• Aleitamento artificial: mais lento maior
concentração de PTN, amido e gordura.
Características Fisiológicas
• Intestino
• RN : células da mucosa são imaturas
• RN: imaturidade estrutural e sistema de
defesa não desenvolvido.
• risco de reações alérgicas, diarréia
infecciosa e má absorção.
Características Fisiológicas
• Desenvolvimento da Flora intestinal:
• O trato gastrintestinal do feto é estéril.
Após parto: início da alimentação
Invasão bacteriana.
• Composição da flora bacteriana: definida
pela dieta.
Avaliação Nutricional
Monitorização do Crescimento e
Desenvolvimento
• Iniciar a monitorização após o nascimento
• Uma criança no primeiro ano de vida
triplica seu peso ao nascimento, enquanto
o comprimento aumenta em 50%
(aumenta em média 25 cm)
• Para uma boa avaliação do crescimento
da criança, são necessárias pesagens
periódicas.

Traçado de peso ou curva da


criança
Peso
• 0 a 6 meses: Ganho de peso diário: 20
g/dia ( 600g/mês) e curvas de
crescimento
• 6 meses: Ganho de peso diário: 15
g/dia ( 400 g/mês) e curvas de
crescimento
Avaliação antropométrica
Características das curvas de ganho de peso por idade para
lactentes
Curva ascendente: velocidade de ganho de peso
adequada

Se a curva ficar reta: diminuição da velocidade do


ganho de peso

Curva descendente: processo inicial de desnutrição.

Vitolo, 2008
Necessidades Nutricionais
Energia
• O requerimento energético do recém-nascido a
termo é de 3 a 4 vezes maior do que o do
adulto.

Reflexo da alta taxa metabólica de repouso


+ especial requerimento para
crescimento e
desenvolvimento

Vitolo, 2008
Aleitamento Materno
• Amamentar na 1ª hora de vida →
importante tanto para o bebê quanto para
a mãe.
– Auxilia nas contrações uterinas
– ↓ o risco de hemorragia
– fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho
– ↓ Riscos de Câncer de mama e ovário
Em cada mamada oferecer um seio e depois, o outro se o
bebê quiser, isto vai estimular a produção de leite.

Deixar o bebê sugar o peito o tempo que ele quiser.

Na mamada seguinte, dar o peito em que o bebê


terminou a mamada anterior.
Duração das mamadas
O tempo de permanência na mama em cada mamada
não deve ser fixado.
• O tempo para esvaziar uma mama varia para cada
dupla mãe/bebê.
• Pode variar dependendo da fome da criança.
• Do intervalo transcorrido desde a última mamada.
• Volume de leite armazenado na mama, entre outros.
Aleitamento Materno
• Vantagens Econômicas
– Gasto Médio com Crianças nos 6 primeiros meses de
vida
– ↓ gastos com mamadeiras, bicos, chupetas, etc.
– ↓ gastos com doenças infantis e medicamentos
Aleitamento Materno
• ↓↓↓ EFEITO PROTETOR SE:
– Criança receber outros alimentos:
– Chás
– Água
– Sucos, etc.
• Na amamentação adequada → uso de
água, chás ou qualquer outro
alimento/bebida é DESNECESSÁRIO.
Leite Humano
• Espécie-específico
• ↓ Teor de PTN
– Adequado à velocidade de crescimento do
RN:
• Dobra peso entre 150-180 dias pós-parto
• PTN – AAs essenciais
• EQUILÍBRIO
Composição do Leite Humano
Colostro
• Primeiro produto da secreção láctea, permanecendo em
média até o 4 º ou 7 º dia pós-parto.
• Líquido espesso, de coloração amarelada (elevado
conteúdo de carotenóides), cujo volume varia entre 2ml
e 10ml por mamada.
• É rico em anticorpos e atua como uma vacina,
protegendo o recém-nascido contra
infecções.
• Favorece o estabelecimento de uma flora intestinal
bífida e com efeito laxativo, ajudando na eliminação do
mecônio.
• Contém mais proteínas e minerais (Na, Cl, K, Zn), e
menos gordura e carboidratos do que o leite maduro.
O colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio
(primeiras fezes do recém-nascido).

É importante deixar que o bebê pare de mamar


espontaneamente, pois se interrompermos a
amamentação, podemos fazer com que a criança não
receba quantidade suficiente do leite energético.
Amamentação exclusiva no seio significa que não é
necessário dar qualquer tipo de alimento para a criança
além do leite materno.

Em livre demanda significa dar o peito ao bebê sempre


que ele quiser, sem impor horário às mamadas. Isto deve
ocorrer pelo menos nos três primeiros meses, pois ele
não tem noção de horário.
Entre dois e três meses de vida ele começará a
estabelecer os seus próprios horários.
Aspecto do leite
• Leite do início da mamada, o chamado leite anterior.
- Pelo seu alto teor de água, tem aspecto semelhante ao da
água de coco.
- Porém, ele é muito rico em anticorpos.

• Leite do meio da mamada


- Coloração branca opaca devido ao aumento da
concentração de caseína.

• Leite do final da mamada, o chamado leite posterior.


- Amarelado devido à presença de betacaroteno, pigmento
lipossolúvel provenientes da dieta da mãe.
Leite de Transição
• Do 7º ao 21º dia pós-parto, as alterações
na composição do leite ·
• Redução do teor protéico e de minerais
e aumento na gordura e lactose.
Leite Maduro
• Após 21º dia, a composição do leite torna-
se mais estável.
• Muda
– de mulher para mulher
– período do dia
– no início e final da mamada
– saúde materna
– condições socioeconômicas
Leite Maduro
• Embora aparência rala
– Muitos nutrientes
– ↑ biodisponibilidade
– ↑ teor energético
Manejo da Amamentação

• Cuidado com chupeta ou mamadeira


– Confusão de bicos
– Frustração do bebê
– Fontes de contaminação
Uso de mamadeira
- Água, chás e principalmente outros leites devem ser
evitados, pois há evidências de que o seu uso está
associado com desmame precoce e aumento da
morbimortalidade infantil.
- Observa-se que algumas crianças, depois de
experimentarem a mamadeira, passam a apresentar
dificuldade quando vão mamar no peito.
- Confusão de bicos, gerada pela diferença marcante
entre a maneira de sugar na mama e na mamadeira.
Uso de mamadeira
- o leite na mamadeira flui abundantemente desde a
primeira sucção,
- A demora de um fluxo maior de leite no peito no início
da mamada.
- Mesmo ingerindo pouco colostro nos primeiros dois a
três dias de vida, recém-nascidos normais não
necessitam de líquidos adicionais além do leite
materno, pois nascem com níveis de hidratação
tecidual relativamente altos.
Uso de chupeta
- A chupeta tem sido desaconselhada pela possibilidade
de interferir negativamente na duração do aleitamento
materno.

- Crianças que chupam chupetas, em geral, são


amamentadas com menos freqüência, o que pode
comprometer a produção de leite.

- É possível que o uso da chupeta seja um sinal de que a


mãe está tendo dificuldades na amamentação ou de que
tem menor disponibilidade para amamentar.
Uso de chupeta

- Além de interferir no aleitamento materno, o uso de


chupeta está associado a uma maior ocorrência de
candidíase oral (sapinho), de alterações do palato.

- A comparação de crânios de pessoas que viveram antes


da existência dos bicos de borracha com crânios mais
modernos sugere o efeito nocivo dos bicos na formação
da cavidade oral.
TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO
• Aleitamento materno exclusivo – quando a
criança recebe somente leite materno, direto da
mama ou ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com
exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas,
sais de reidratação oral, suplementos minerais ou
medicamentos.
• Aleitamento materno predominante – quando
a criança recebe, além do leite materno, água ou
bebidas à base de água (água adocicada, chás,
infusões), sucos de frutas.
Aleitamento materno – quando a criança recebe
leite materno (direto da mama ou ordenhado),
independentemente de receber ou não outros
alimentos.
Aleitamento materno complementado – quando
a criança recebe, além do leite materno, qualquer
alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de
complementá-lo, e não de substituí-lo.
- Nessa categoria a criança pode receber, além do
leite materno, outro tipo de leite, mas este não é
considerado alimento complementar.
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a
criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
COMO TERMINAR A MAMADA
- Deixar que bebê solte o peito sozinho, que é sinal que
ele está satisfeito.

- Se a criança não soltar o peito espontaneamente, pode


colocar a ponta do dedo mínimo no canto da boca dele,
para romper o vácuo, para soltar o peito sem machucar.
Retorno da mãe ao trabalho
O trabalho materno fora do lar pode ser um importante
obstáculo à amamentação, em especial a exclusiva.

Antes do retorno ao trabalho


- Manter o aleitamento materno exclusivo;
- Conhecer as facilidades para a retirada e
armazenamento do leite no local de trabalho (privacidade,
geladeira, horários);
- Praticar a ordenha do leite (de preferência
manualmente) e congelar o leite para usar no futuro.
- Iniciar o estoque de leite 15 dias antes do retorno ao
trabalho.
Retorno da mãe ao trabalho
Após o retorno ao trabalho
- Amamentar com freqüência quando estiver em casa, inclusive
à noite;
- Evitar mamadeiras; oferecer a alimentação por meio de copo e
colher;
- Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de
ordenha e guardar o leite em geladeira. Levar para casa e
oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte ou congelar.
- Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em
geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias;
- Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, este
deve ser descongelado, de preferência dentro da geladeira.
Após o retorno ao trabalho
- Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em
banho-maria fora do fogo.
- Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado
suavemente para homogeneizar a gordura;
- Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte
maneira;
• Dispor de vasilhame de vidro esterilizado para receber
o leite, preferencialmente vidros de boca larga com
tampas plásticas que possam ser submetidos à fervura
durante mais ou menos 20 minutos.
• Procurar um local tranquilo para esgotar o leite;
Conservação do LM
Aleitamento Artificial
Uso do leite de vaca (LV) na
alimentação do lactente
• O uso de LV durante todo o 1°ano de vida
– desaconselhado.
• Brasil LV é a principal alternativa para as
mães que não amamentam.
Problemas causados pelo leite
de vaca
• Causas: inadequação de sua composição em
relação às necessidades nutricionais e à
tolerância digestiva, metabólica e excretora da
criança e também à falta de cuidados no
manuseio e preparo das mamadeiras.
• Risco de infecção e desnutrição.
• Anemia ferropriva
• Risco aumentado de alergia devido à imaturidade
do TGI do RN
Fórmulas Industrializadas
Fórmulas Infantis – Definição
• Fórmulas - produtos modificados –
composição semelhante ao Leite materno
• Atender aos padrões do Codex
Alimentarius FAO/OMS
Tipos de Fórmulas Industrializadas

• Fórmulas de Partida
• Fórmulas de Seguimento ou Seqüência
• Fórmulas à Base de Soja
• Fórmulas Isentas de Lactose
• Fórmulas Anti-Regurgitação
• Fórmulas Semi-Elementares
• Fórmulas Elementares
• Fórmulas para Prematuros e/ou RNBP
Fórmulas de Partida
• Nan Pro 1
• Fórmula infantil de partida com perfil nutricional mais
próximo do leite materno (padrão de referência).
Indicada para lactentes de 0 a 6 meses.
• Nan Comfor 1
• Fórmula infantil de partida com Proteína Otimizada e
prebióticos na concentração de 4g/L. Indicada para
lactentes de 0 a 6 meses. Opção de fórmula infantil para
o tratamento nutricional da constipação.
• Nestogeno 1
• Oferece nutrição balanceada e acessível desde o
nascimento. Indicada para lactentes de 0 a 6 meses.
Fórmulas de Partida
• Nestogeno Plus
• Fórmula infantil acidificada.
Oferece nutrição balanceada, acessível e que contribui
para a redução de infecções gastrointestinais Indicada
para lactentes de 0 a 12 meses.
• Aptamil 1
• Fórmula infantil de partida, acrescida de Prebióticos
(GOS e FOS). Alimentação de lactentes desde o
nascimento até os 6 meses de vida.
• Milupa 1
• Fórmula infantil de partida enriquecida com ferro.
Fórmulas de Seguimento
• Nan Pro 2
• Fórmula infantil de seguimento com ingredientes que
estimulam beneficamente a resposta imunológica. Indicada
para lactentes à partir do 6°mês.
• Nan Comfor 2
• Fórmula infantil de seguimento com Proteína Otimizada e
prebióticos na concentração de 4g/L. Indicada para lactentes
a partir do 6º mês. Opção de fórmula infantil de seguimento
para o tratamento nutricional de lactentes com constipação.
• Nestogeno 2
• Oferece nutrição balanceada e acessível. Indicada para
lactentes a partir do 6º mês, podendo ser utilizada até os 36
meses.
Fórmulas de Seguimento
• Nestogeno Plus
• Fórmula infantil acidificada.
Oferece nutrição balanceada, acessível e
que contribui para a redução de infecções
gastrointestinais Indicada para lactentes
de 0 a 12 meses.
Fórmulas de Seguimento

• Nestogeno Plus

• Fórmula infantil acidificada.


Oferece nutrição balanceada, acessível e que contribui
para a redução de infecções gastrointestinais Indicada
para lactentes de 0 a 12 meses.

• Aptamil 2

• Fórmula infantil de seguimento enriquecida com ferro,


fornece nutrientes em quantidades adequadas para
lactentes a partir do 6º mês de vida.
Fórmulas de Seguimento
• Aptamil 3

• Alimentação de lactentes a partir do 10º mês de vida.


Fórmula infantil de transição em pó, adicionada de
prebióticos (10%FOS e 90%GOS), além de ferro,
vitamina C e DHA (ácido docosahexaenóico).

• Milupa 2

• Fórmula infantil de seguimento enriquecida com


ferro.
Fórmulas a base de soja
• Nan Soy
• Fórmula infantil à base de proteína isolada de soja
• Aptamil Soja 1
• Fórmula infantil à base de proteína isolada de soja.
• Aptamil Soja 2
• Fórmula infantil à base de proteína isolada de soja.
Isenta de sacarose, lactose e proteínas lácteas.
• Indicações:
Alimentação de lactentes com intolerância à lactose
ou em situações nas quais for indicado retirar o
leite de vaca da dieta, a partir do 6º mês de vida.
Fórmulas isentas de lactose

• Nan sem lactose


• Fórmula infantil isenta de lactose.
• Aptamil sem lactose
• Fórmula infantil isenta de lactose.
Fórmulas Anti-regurgitação
• Nan AR
• Fórmula infantil espessada com amido pré-gelatinizado.
Eficaz e segura na redução dos episódios de
regurgitação. Fórmula infantil espessada com amido.
• Aptamil AR
• Fórmula anti-regurgitação para lactentes com
composição específica para condições de refluxo
gastroesofágico. Indicações: Alimentação de lactentes
desde o nascimento até os 12 meses com sintomas de
regurgitação e/ou refluxo gastroesofágico.
Fórmulas para Prematuros e/ou
RNBP
• Pre Nan
• Fórmula infantil para o recém nascido
prematuro
• Aptamil Pre
• Fórmula infantil para prematuros com
ácidos graxos poliinsaturados de cadeia
longa. Indicações: Alimentação para
recém-nascidos de baixo peso.
Fórmulas Semi-elementares
• Alfaré
• Fórmula infantil à base de proteína do soro do leite
extensamente hidrolisada sem lactose.
• Nan HA
• Fórmula infantil à base de proteína de soro de leite
parcialmente hidrolisada.
• Pregomin Pepti
• Dieta semi-elementar e hipoalergênica à base de 100%
proteína extensamente hidrolisada de soro de leite.
Indicação: Alergia a proteína do leite de vaca e à soja
com estado nutricional preservado, diarréia persistente.
Alimentação Complementar
Alimentação Complementar
• OMS e UNICEF, 1980 “um processo pelo quais outros
alimentos são introduzidos gradualmente na dieta da
criança, primeiro para complementar o leite do peito e
progressivamente para substituí-lo e adaptar a criança
à alimentação do adulto”.

• NÃO significa interrupção imediata da amamentação

• “Período de transição” ou “introdução da alimentação


complementar”

• Riscos introdução antes ou após o período


adequado.
Conseqüências da alimentação
complementar precoce

• Longo prazo: formação de hábitos


alimentares
• Sobrepeso e obesidade
• Hipertensão
• Aterosclerose, etc.
Conseqüências do atraso na introdução
da alimentação complementar

• Deficiências nutricionais
• Retardo do crescimento
• Deficiência imunológica
• > risco de infecções (diarréias freqüentes)
Idade ideal para introdução da
alimentação complementar: 5 – 6 meses
• A partir de 6 meses, o uso exclusivo de leite
materno não supre todas as necessidades
nutricionais da criança, sendo necessária a
introdução de alimentos complementares.
• Também é a partir dessa idade que a maioria
das crianças atinge estágio de desenvolvimento
geral e neurológico (mastigação, deglutição,
digestão e excreção), que as habilitam a
receber outros alimentos além do leite materno.
Como oferecer os alimentos
complementares
- Recomenda-se que os alimentos sejam oferecidos
separadamente para que a criança identifique os vários
sabores.
- A papa deve ser amassada, sem peneirar nem liquefazer.
- Não se deve retirar a carne, assim como as fibras.
- Não se deve acrescentar açúcar ou leite nas papas, o
que prejudica a adaptação da criança às modificações de
sabor e consistência das dietas.
- É importante dar água potável, pois os alimentos
oferecidos ao lactente apresentam maior sobrecarga de
solutos para os rins.   
- Deve-se assegurar a oferta, se possível diária, de
alimentos de origem animal ricos em ferro e de
frutas e vegetais, particularmente os ricos em
vitamina A.

- Dietas vegetarianas não fortificadas ou não


suplementadas não são recomendadas para
crianças menores de 2 anos, pois não suprem as
necessidades de alguns nutrientes, como ferro,
zinco e cálcio (WHO, 2000).
   
- Não recomenda-se oferecer leite de vaca não
modificado, principalmente quando cru e puro,
a menores de um (01) ano porque o seu uso
está associado a deficiência de ferro.

- Deve-se evitar também dar bebidas açucaradas


(refrigerantes e outras), pois elas diminuem o
apetite da criança para alimentos mais
nutritivos e podem causar fezes amolecidas.

- Chá e café também são desaconselháveis, pois


podem interferir na absorção de ferro (BRASIL,
2002).
 
Planejamento da alimentação
complementar
- A introdução dos novos alimentos deve ser:
• Gradual.
• Um de cada vez.
• A cada 3 a 7 dias.

- É comum a criança rejeitar novos alimentos, mas


este fato não deve ser interpretado como uma
aversão permanente da criança ao alimento.

- Crianças amamentadas podem aceitar mais


facilmente novos alimentos.
Planejamento da alimentação
complementar
- A consistência da dieta deve ser aumentada
gradativamente, respeitando-se as habilidades da
criança.
- A partir dos 8 meses, a criança pode receber os
alimentos consumidos pela família, desde que
amassados, desfiados, picados ou cortados em
pedaços pequenos.
Planejamento da alimentação
complementar
- Aos 10 meses, a criança já deve estar
recebendo alimentos granulosos, caso contrário
corre um risco maior de apresentar dificuldades
alimentares aos 15 meses.
- Aos 12 meses, a maioria das crianças pode
receber o mesmo tipo de alimento consumido pela
família, desde que com densidade energética e
consistência adequadas.
Planejamento da alimentação
complementar
- A partir de então, deve-se restringir o uso de
alimentos semi-sólidos e deve-se evitar alimentos
de consistência dura.
- Os alimentos complementares devem ser
oferecidos à criança utilizando-se colher e
copo.
- Mamadeiras devem ser evitadas.
- Os alimentos complementares podem ser
oferecidos antes como após a mamada no seio.
Alimentos que devem ser
controlados ou contra-indicados
• Difícil mastigação, deglutição e digestão: alimentos crus,
frituras, lingüiça, milho integral, feijão com casca (antes
dos 6 meses), batata frita, frutas com semente, pipoca,
etc.
• Potencialmente alergênicos: leite de vaca fresco, clara
de ovo, tomate, mariscos, amendoim, farinha de trigo,
chocolate e carne de porco.
• Oferecem risco de contaminação: enlatados, embutidos,
mel, mariscos, etc.
Alimentos que devem ser
controlados ou contra-indicados
• Ricos em fibras dietéticas e taninos: farinhas integrais,
farelo de trigo e aveia e cereais integrais.
• Açúcares e doces (caloria vazia, cárie)
• Podem estar contaminados com agrotóxicos: tomate,
morango, etc.
• Contêm nitrato (industrializados ou naturais): presunto,
embutidos em geral, espinafre, beterraba, etc.
• Contêm aditivos (corantes, conservantes, estabilizantes,
espessantes, etc.): industrializados, iogurtes, gelatinas,
etc.
Alimentos que devem ser
controlados ou contra-indicados

• Enlatados (contaminação por chumbo)


• Chás (açúcar, perturba reflexo sucção, tanino e
polifenóis)
• Café (cafeína)
• Sucos artificiais (açúcar, essências e corantes
artificiais)
• Refrigerantes (polifenóis)
Esquema para introdução dos
alimentos complementares
Papa de frutas
• OFERECER COMO
• Café da Tarde
• 14 – 15 h
• Frutas amassadas ou raspadas
• Início: 2 ou 3 colheres de chá
• Aumentar para ≈ 1 fruta média (100 g)
• Banana, Maçã, Pêra, Mamão, Abacate
Papa de Cereais
• OFERECER COMO
• Jantar
• 18 – 19 h
• Início: 2 colheres (chá) rasas
• Aumentar para ≈ 100 g
• Cereal mais utilizado: Fubá de Milho, mas
também, arroz, aveia, centeio, etc.
Papa de Vegetais
• OFERECER COMO
• Almoço
• 10 – 11 h
Carne/Frango/Peixe
• Introduzida como refeições salgadas
• Oferecer picadinho, desfiado.
• 50-70g / dia

Óleo vegetal e sal devem ser usados em menor quantidade, assim como,
deve-se evitar caldos e temperos industrializados
Ovo
• Após os 6 meses
• 15 a 20 dias após o início da papa
• Início - ¼ ovo cozido
• 2 a 3 x na semana
Papa de leguminosas
• Após 7º mês
• Papa de leguminosas
• Feijão, Lentilha, Soja, Ervilha, Vagem.
Refeições da criança
• Criança com AM
– 4 refeições ao dia
• 2 papas salgadas
• 2 papas de frutas

• Criança sem AM
– 7 refeições ao dia
• 2 papas salgadas
• 2 papas de frutas
• 3 de leite
Introdução do Suco de Frutas
• Se AM EXCLUSIVO
• Aos 6 meses – Suco de frutas cítricas
– laranja, limão, tangerina, caju, acerola etc.
• OFERECER
– Após as refeições principais
– 100 ml /dia
Aos 9 meses...
• Dieta- transição (comida da casa)
• Oferecer Verduras e legumes – salada
• Adaptar consistência considerando
presença ou não de dentes
• Substituição completa até o 1º ano
de vida
Oferecer Água
• Inserção de alimentos sólidos
• Maior necessidade de água
• Oferecer após e nos intervalos das
refeições.
Nutrição e Alimentação da
Criança Pré-Escolar e Escolar
A criança come o que ver seus pais e colegas comerem.

- É uma etapa de crescimento mais lento e estável:


• Crianças ganham a média de 2kg
• 5 a 6 cm de tamanho ao ano.

- As crianças desenvolvem grande atividade física


- Adaptar-se, seu consumo de calorias à nova realidade.

- Desenvolvimento psicomotor, alcança um nível que lhe permita


uma correta manipulação dos utensílios empregados durante as
refeições, sendo capaz de usá-los para levar os alimentos à boca.

Uma das características específicas dessa idade é a rejeição por


alimentos novos, pelo temor ao desconhecido.
A criança come o que ver seus pais
e colegas comerem.
- Processo de maturidade no aprendizado da
alimentação, o que não deve ser traduzido pela
falta de apetite.
- A criança pré-escolar pode reconhecer e
escolher os alimentos, igual ao adulto.
- A criança tende a comer o que vê comer seus
pais e outras pessoas que o acompanham.
- Eles observam e imitam, também, na
alimentação.
- Na escola, esse processo se ampliará, e a
criança adquirirá novos hábitos devido às
influências externas.
Características do Pré-Escolar

• Grande desenvolvimento e aquisição de


habilidades.
• A criança aprende a falar, correr e tornar-
se um ser social.
• Desenvolvimento da imagem corporal.
– “Bonito” e “feio”
– “Alto” ou “Baixo”
– Pouca noção dos limites do seu corpo e
anatomia interna.
Características do Pré-Escolar
• 2 anos:
– Procura imitar tudo e todos
– Observa os movimentos
– Demonstra curiosidade e desejo em explorar
objetos
– Apresenta coordenação motora grossa
– Leva tudo a boca
Características do Pré-Escolar
• 3 anos:
– Possui pensamento intuitivo
– Demonstra intensa exploração motora
– Começa a ampliar o vocabulário
– Possui pouco tempo de concentração
– Fase dos porquês
Características do Pré-Escolar
• 4 a 6 anos:
– Possui um pensamento intuitivo ainda mais
forte
– Expande o vocabulário
– Gosta de atividades em grupo
– Apresenta maior controle dos grandes
músculos
– Começa a desenvolver a autocrítica
Dieta pré-escolar que a criança
necessita nesta etapa.

Normalmente, uma criança nesta etapa deve


consumir, em media:

1.600 calorias
50% carboidratos,
31% lipídios e cerca de 19% de proteínas.
Alimentação da criança em idade escolar

O principal problema:

- Preferência e maior acesso a alimentos ricos em


energia, gorduras e carboidratos.

- Esse fato contribui para o aumento de problemas


nutricionais, sendo assim, importante estimular a
formação e a adoção de hábitos alimentares saudáveis
durante a infância e a adolescência. 
Alimentação da criança em idade
escolar
- Um dos fatores para determinar uma
alimentação balanceada é estabelecer rotinas
alimentares bem definidas.

- Os horários para as refeições principais – são


importantes, bem como os horários para lanches
intermediários, que devem ser estabelecidos,
evitando-se o consumo de qualquer tipo de
alimentos nos intervalos das refeições
programadas
Características do Escolar
• Habilidades motoras já estão desenvolvidas
em sua forma básica - coordenação cada vez
maior para tarefas físicas.
• Aprendizado das habilidades sociais
adequadas com pessoas fora do círculo
familiar.
• Campo das relações:
– Meninos e meninas possuem mais amigos nesta
fase do que quando pré-escolares, amizades
mais estáveis.
Características do Escolar

• A vida diária é modelada:


– Pelas horas passadas na escola,
– Pela companhia dos amigos,
– Pelas circunstâncias econômicas da família,
– Pelos programas de televisão a que assiste
– Pela sociedade e cultura que a envolvem.
• Além de tudo isto, existem as diferenças
individuais.
Práticas e Preferências
Alimentares da Criança
• Dieta Materna na Gestação e Lactação:
– Sabores transmitidos pelo líquido amniótico.
• Sabores:
– Fatores ambientais
– Predisposição genética pelas preferências
alimentares:
• Preferência por sabores doces e salgados e
Rejeição do amargo e ácido
Práticas e Preferências
Alimentares da Criança
• Aprendizagem:
– Predisposição a rejeitar alimentos novos
– Aprender as preferências dentro de um
contexto familiar.
– Aprender por associação dos alimentos ao
contexto e às consequências após a
ingestão.
Aumento do Tempo Gasto com TV

• Brasil → significativo aumento


• Em 30`→ escolha do produto pela criança
• Conceitos incorretos sobre alimentação
saudável
Televisão e Obesidade

Assistir TV em
2 ou + refeições


c
o
n
s
u
m
o
Propaganda
• Resumo SBAN:
– Acompanhamento de dez dias da programação
infantil matutina de duas redes de TV.
– As propagandas de alimentos ocupavam o quarto
lugar na frequência do total de propagandas
veiculadas (7,5%).

Fast-foods
5% 2%
12%
Cereais Matinais

Biscoitos
53%
28% Óleos e
gorduras

Complementos
Alimentares
Medidas Favoráveis

• Participação ativa dos pais


• Refeição = momento agradável
• Colocação dos alimentos ao alcance dos
filhos
• Maior variedade possível do cardápio
– Introdução de novos alimentos em diferentes
formas de preparo
Plano de Ação para Prevenção
de Obesidade
• Adoção de práticas pela família
• Limitar o tempo de TV ou similar a no
máximo 2 horas por dia.

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