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AULA 4 - Semiologia Do Sist Urinário

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Semiologia d o

Sistema
Urinário
PROF. MARINA HERTHEL
DISCIPLINA : SEMIOLOGIA EM PEQUENOS
A NIM A IS
Sistema urinário:
1 Rins
2 Ureteres
3 Vesícula urinária
4 Uretra
ANAMNESE DO ANIMAL COM
PROBLEMAS NO SIST URINÁRIO
▶ IDENTIFIC A Ç Ã O D O PACIENTE E PERGUNTAS GERAIS
SOBRE O QUADRO – sp, raça, sexo, idade,
procedência
▶ EXAME FISIC O GERAL
▶EXAME FISICO ESPECÍFICO : C ã o / G a t o
Macho/Fêmea
▶ EXAMES COMPLEMENTARES
ANAMNESE D O ANIMAL C O M
PROBLEMAS N O S I S T U R I N Á R I O
LEMBRAR QUE :

▶ Muitas doenças d o sistema urinário envolvem quadros


sistêmicos
▶ Muitas doenças c o m sinais sistêm icos comprometem
o sistema urinário
 diabetes melito, lúpus eritematoso, erliquiose, toxemia
e miopatia de esforço, piometra
Exame Físico Geral
 Peso corporal
 Temperatura
 Frequência de pulso e respiratória
 Mucosas (coloração e estado dos vasos)
 Grau de hidratação
 Boca (úlceras, alterações da língua, inserção dos dentes, aumento maxilar, hálito urêmico)

 Palpação dos órgãos urinários, seja externa ou por via retal - verificação das características anatômicas e
avaliação da sensibilidade
 Aumento da sensibilidade ou dor - manifestado por gemidos ou reação de defesa durante o toque
suficientemente profundo, mas suave, da área afetada
Itens para a n a m n e s e e s p e c í f i c a d o t r a t o
urinário
Itens investigados Aspectos enfocados*
Urina Volume em cada micção, aspecto (coloração,
transparência/turvação, presença de material sólido ou
semissólido, viscosidade, presença de sangue)

Micção Frequência (número de vezes e intervalo), tipo (postura à


micção, sinais de dificuldade, sinais de dor ou
desconforto, tenesmo, incontinência)
Ingestão de água Frequência e volume

Doenças urinárias anteriores Histórico completo de doenças do trato urinário (com ou


sem conclusão diagnóstica), incluindo tratamentos feitos

Sinais relacionados a outros órgãos Detalhamento de informações referentes às manifestações


que possam ter relação com as causas ou consequências
da afecção urinária em curso
Itens para a n a m n e s e e s p e c í f i c a d o t r a t o
urinário
■RINS • Cálculos ou massas
• Ambos são palpáveis? palpáveis?
• Tamanho, simetria e Espessura d a pa r ed e ?
posição? Dor?
• Forma, contorno e
consistência?
• Dor? ■PRÓSTATA (e m cães)
■BEXIGA • Posição, tamanho,
• Posição? simetria, consistência?
• Tamanho, formato • Dor?
Itens para a n a m n e s e e s p e c í f i c a d o t r a t o
u r i n á r i o urinário
■URETRA DOS MACHOS
• Meato urinário
• Secreção uretral ou prepucial?
• Tamanho, formato e consistência das porções
palpáveis?
• Anormalidades periuretrais?
■M I C Ç Ã O
• Frequência?
• Disúria?
• Retenção?
• Incontinência?
• Hematúria macroscóp ica?
Itens para a n a m n e s e e s p e c í f i c a d o t r a t o
u r i n á r i o urinário
■EXAMES COMPLEMENTARES
• Análises d e urina (urinálise, razão
proteína:creatinina)
• Urocultura
• Diagnóstico por imagem
• Cateterização uretral (obstrução?)
• Provas d e função renal
• Biopsia
• Investigação d e possíveis causas primárias
• Provas para diagnóstico diferencial
Exame dos Rins
 Avaliar duas possibilidades:
(1) a de existência de alguma doença renal em curso, sem
comprometimento importante da função

(2) a de haver déficit da função renal, neste caso, o exame do


paciente deve ser conduzido de modo a elucidar a causa
envolvida.
Palpação dos rins
 Feita com as gemas dos dedos (indicador, médio e anular), posicionados um junto ao
outro e ligeiramente flexionados.
 Posicionadas o mais profundamente possível, abaixo das apófises transversas das
vértebras lombares, a partir do ângulo formado com as últimas costelas, e vão sendo
deslizadas em direção caudal e caudo ventral.
 Feito com ambas as mãos, simultaneamente, aplicadas cada uma de um dos lados do
corpo, dirigidas uma contra a outra (como se as gemas dos dedos de uma das mãos
fossem tocar as da outra).
 Localizado o órgão, avaliar tamanho, formato, características da superfície, consistência e
sensibilidade
Doenças renais:
Causa ou origem Doença renal
Congênita, familial ou hereditária Displasia renal
Glomerulonefrite
Nefrite tubulointersticial (nefrite
intersticial) Rim policístico
Síndrome de Fanconi
Infecciosa Glomerulonefrite associada a infecção viral
Nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial)
na leptospirose
Pielonefrite
Autoimune Glomerulonefrite
Secundária a doença sistêmica Glomerulonefrite (diabetes melito, lúpus,
peritonite infecciosa felina, leucemia felina,
erliquiose, dermatite crônica, brucelose,
piometra, leishmaniose, cirrose hepática, entre
outras)
Doenças Renais

Causa ou origem Doença renal


Fármacos, agentes químicos e isquemia renal Lesão renal aguda química ou isquêmica (antes
denominadas nefrose ou necrose tubular
aguda) Nefrite tubulointersticial (nefrite
intersticial)
Obstrução ureteral Hidronefrose
Nefropatia obstrutiva
Parasitária Destruição do parênquima renal por
Dioctophyma renale
Idiopática Glomerulonefrite
Lipidose
glomerular
Outras causas Amiloidose renal
Doença renal cística
adquirida Neoplasia renal
Nefropatia hipercalcêmica
Quando o rim não funciona bem
causa azotemia:
Causas de azotemia (aumento das concentrações séricas de ureia e de creatinina)
■Causas pré-renais
• Desidratação grave
• Insuficiência cardíaca
• Hipoadrenocorticismo
• Outras
■ Causa renal
• Doença renal com comprometimento da função
■ Causas pós-renais
• Obstrução uretral (parcial ou total)
• Obstrução de colo vesical (parcial ou total)
• Ruptura de bexiga
• Deslocamento de bexiga com impedimento de fluxo de urina (hérnia perineal)
Síndrome Urêmica

 Sinaise sintomas que caracterizam as manifestações sistêmicas resultantes


de mau funcionamento dos rins.

 Comprometimentos gastrintestinais, neuromusculares, cardiopulmonares,


endócrinos, hematológicos e oftálmicos.

 Azotemia também é um dos achados laboratoriais da síndrome urêmica


Exame d e ureteres, bexiga e u r e t r a
Diagnóstico de problemas feito por exame de imagem:
▶ RX simples
▶ Ultrassonografia
▶ Urografia excretora
Palpação da Bexiga
 Posição quadrupedal ou em decúbito lateral.
 porção mais caudal do abdome, imediatamente à frente do púbis, comumente entre as
virilhas.
 As gemas dos dedos são deslocadas para frente, para cima e para baixo, até a localização
do órgão.
 Gatos e cães pequenos - pode ser feita com uma única mão, em forma de pinça.
 Bexiga distendida (retenção de urina) podem ser detectadas por inspeção direta do
abdome - conteúdo líquido pode ser identificado e delimitado por meio de percussão
digitodigital (som maciço)
Avaliação da micção

 Consideradas as informações obtidas durante a anamnese - informações


imprecisas

 Avaliação feita pelo próprio clínico (inspeção), assim que possível -


identificar os transtornos da micção, deve ser considerada a postura normal à
micção
MICÇÃO
:
Caninos Cadelas flexionam os membros pélvicos de modo que o períneo fique paralelo ao solo,
faltando pouco para tocá-lo. Machos levantam um dos membros pélvicos e direcionam o
jato para um objeto selecionado. Quando filhotes, antes da maturidade sexual, os
machos
adotam a mesma postura de micção das fêmeas. Os cães adultos, principalmente
os machos, podem urinar pequenas quantidades, muitas vezes seguidas, para
marcar território
Felinos A postura adotada, tanto pelas fêmeas como pelos machos, é a mesma das cadelas.
Os felinos fazem uma pequena cova, onde depositam a urina, cobrindo-a após a
micção.
Machos e fêmeas sexualmente maduros podem ter o hábito (indesejável) de eliminar
urina sob a forma de spray (marcação de território). Primeiro, o animal cheira o alvo, e
então se vira de costas e emite o jato. O alvo localiza-se sempre em uma superfície
vertical, a cerca de 20 cm acima do solo
MICÇÃO
:
MICÇÃO:
- Posição d e dor a o urinar
- Urina c o m sangue, escura, cheiro
forte...
- Gotejamento
- Incontinencia urinária
- Retenção urinária
-Frequencia d e v e ser d e
2-4 vezes a o dia
Nomenclatura e Definição – variações frequência de micção
Polaciúria – aumento marcante da frequência de micção (diferenciar de
poliúria)

Oligosúria – micção rara em razão da diminuição do volume de urina produzida


(diferenciar de oligúria)

Iscúria (retenção de urina) – falta persistente de eliminação apropriada de urina, apesar


de a bexiga encontrar-se cheia e de poder haver tentativas e esforço de micção.
(diferenciar de anúria)

Incontinência urinária – reflete perda total ou parcial da capacidade de conter


(armazenar) a urina, que é, então, eliminada sem a postura normal de micção
Poliúria – aumento do volume de urina produzida em 24 h. Aumento da
frequência de micção, e o volume a cada micção será normal ou acima do
usual. A urina terá coloração bem clara. De modo geral, o paciente poliúrico
apresenta polidipsia compensatória (diferenciar de polaquiúria)

Oligúria – diminuição do volume de urina produzida em 24h. A densidade


e a coloração da urina variam de acordo com a causa (diferenciar de
oligosúria)

Anúria – ausência de produção de urina ou produção de volume


desprezível (diferenciar de iscúria)
Disúria – desconforto ou dor à micção, podendo haver dificuldade para
eliminação da urina - Enfermidades dolorosas da bexiga, da uretra, da vagina
ou do prepúcio ou de outros órgãos comprimidos pela prensa abdominal
durante a micção. Peritonite aguda. Tumores ou cálculos vesicais. Obstruções
uretrais

Micção dolorosa: durante os esforços de micção, o animal apresenta gemidos,


desassossego, movimentos de um lado para o outro, olhares dirigidos para o
ventre, agitação da cauda, “sapateado”
Estrangúria: esforços prolongados, com intervenção enérgica da prensa
abdominal, sem eliminação de urina, ou eliminação de poucas gotas ou de
poucos jatos finos de urina, acompanhados de manifestação de dor (gemidos)

Tenesmo vesical: esforço constante, prolongado e doloroso para emissão de


urina. Em casos extremos, o animal pode conservar constantemente a postura de
micção. A vontade de urinar é constante, mesmo que a bexiga contenha volume
de urina pequeno ou esteja vazia
gato com retenção urinária Extrusão de tampão

Incontinência urinária em gato


incontinência urinária causada por ectopia de retenção urinária causada por deslocamento da bexiga para saco
ureter herniário inguinal
Quantidade de urina em 24h
HEMATÚRIA: Sangramento n a urina
Momento em que a perda de sangue é verificada ou fica mais evidente
Origem da hemorragia Momentos da micção
Início Meio Fim
Uretra* Presente Ausente Ausente

Bexiga* Variável Variável Intensa com possível eliminação de


coágulos

Rim Presente Presente Presente

Próstata/prepúcio Presente Ausente Ausente


Penis
Vulva/vagina/útero

* Hematúria acompanhada de disúria.


Gato com cistite hemorrágica - jato de urina sanguinolenta (hematúria) obtido por
expressão manual da bexiga
Representação esquemática para localização d a origem d a
hemorragia no trato urinário (em vermelho), d e a c o r d o c o m a
quantidade d e sangue, ou presença d e coágulo, e m c a d a
amostra d e urina
Coleta de material para exame de urina

▶ M i c ç ã o espontânea, cateterização transuretral (sonda)ou


cistocentese (com u m a seringa/agulha direto d a bexiga)

▶ A amostra d e urina a c o n d i c i o n a d a e m recipiente estéril e livre


d e resíduos químicos

ideal é que não decorram mais de 40 min (máximo de 2 h) entre a coleta e


realização dos exames.
CASOS EM QUE SE DEVE SOLICITAR ANÁLISE DE URINA
■Paciente com sinais sugestivos de doença do trato urinário
(superior ou inferior)

■Paciente com sinais de doença sistêmica

■Paciente com quadro clínico de doença grave de causa


desconhecida

■Sempre que for examinado um paciente geriátrico

■Sempre que for feita avaliação antes de anestesias

■Sempre que for solicitado check-up


Orientações para diagnóstico de doenças do TU

 Distúrbios da micção são altamente relevantes


 Anormalidades da micção decorrem de problemas na bexiga, na uretra ou em ambas
 salvo os raros casos de transtornos do SNC que determinem alterações na frequência de
micção, os casos de doenças dolorosas localizadas no abdome ou pelve e as incapacitações
musculoesqueléticas
 Doenças renais, exceto pela possibilidade de alterações do volume de urina produzida e,
consequentemente, da frequência de eliminação de urina, não se manifestam por
distúrbios da micção
Orientações para diagnóstico de doenças do TU

 Doenças renais - detectadas por suas manifestações sistêmicas, observadas ao exame


geral, em associação aos achados da urinálise e, em parte dos casos, nos resultados de
exames especiais (provas de função renal, urografias excretoras e ultrassonografias
renais)

 Se forem detectados sinais de doença do trato urinário, ou se for necessário diagnóstico


diferencial, a urinálise (exames físico, químico e sedimentoscópico de urina) é
imprescindível
Orientações para diagnóstico de doenças
do TU
 Informações sobre o volume e aspecto macroscópico da urina são obtidas na anamnese ou
no exame físico

 Clínico deve considerar que o relato ou a observação de urina em volume normal ou


abundante e com aspecto macroscópico “bom” (urina clara e límpida) não são
informações que, por si sós, excluem a possibilidade de doença renal.
 Urina com essas características, muitas vezes, está relacionada com doenças renais graves e
possível insuficiência renal.
 Esse tipo de urina pode estar relacionado com doenças como diabetes melito ou insípido,
polidipsia psicogênica, uso de diuréticos não revelado pelo proprietário, entre outros
problemas
Orientações para diagnóstico de doenças
do TU
 Hematúrias podem ocorrer por lesão mecânica (trauma acidental ou por urólitos),
inflamação ou neoplasia de qualquer órgão do sistema urinário ou genital.
 observação precisa do tipo e momento de ocorrência da perda de sangue traz informações
decisivas para a localização do problema

 Gotejamento de sangue ou de secreção sanguinolenta pela vulva ou óstio prepucial, fora


dos momentos de micção, é indicativo de transtorno dos órgãos genitais
 doença prostática do cão
 manifestações fisiológicas de cio, parto e puerpério nas fêmeas

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