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Método de Custeio - Variável

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3.

CUSTOS PARA DECISÃO:


MÉTODOS DE CUSTEIO

Profa. Dra. Sonia Raifur Kos - Contabilidade Gerencial – 2023


CUSTEIO VARIÁVEL OU
DIRETO
 Custeio Variável (também conhecido como o Custeio Direto) é um tipo de custeamento que
consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os
custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo
de produção e sim como despesas sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.

Desse modo, o custo dos produtos


vendidos e os estoques finais e
produtos em elaboração e produtos
acabados só com terão custos
variáveis.
SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

 Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e


gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao
volume de produção/venda e gastos que se mantém estáveis
perante o volume de produção/venda oscilantes dentro de certos
limites.
 Partindo do princípio de que os custos de produção são, em geral,
apurados mensalmente e de que os gastos imputados aos custos
devem ser aqueles efetivamente incorridos e registrados
contabilmente, esse sistema de apuração de custos depende de
um adequado suporte do sistema contábil, na forma de um plano
de contas que separe, já no estágio de registro dos gastos, os
custos variáveis e os custos fixos de produção, com adequado
rigor.
SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
 O termo gastos variáveis designa os custos que, em valor absoluto, são proporcionais ao volume
de produção, isto é, o silo na razão direta dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas.
Assim teríamos:
 R$100.000 para produzir 100 U ou R$200.000 para produzir 200 U.

 Quando convertido em custos por unidade de produto o valor desses cursos torna-se estável ou fixo
pois redonda no mesmo custo unitário de 1000.

 O termo gastos fixos designa os custos que, em valor absoluto são estáveis, isto é, não sofrem
oscilações proporcionais ao volume da produção, dentro de certos limites.
 Quando convertido em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se variável:
 150.000 imputados a 100 U dão um custo de R$1500 por unidade, imputados a 200 U dão um custo
unitário de R$750.
 São custos que sofrem uma diluição tanto maior quanto maiores forem as quantidades produzidas.
A DEFESA DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
 Os custos fixos, por sua própria natureza,
existem independentemente da fabricação
ou não de determinado produto ou do
aumento ou redução da quantidade produzida.
 Os custos fixos podem ser encarados como
encargos necessários para que a empresa
tenha condições de produzir e não como
encargo de um produto específico; por não
estarem vinculados a nenhum produto
específico ou a 1 U de produção, ele sempre
são distribuídos aos produtos por meio de
critérios de rateio que contém, em maior ou
menor grau, a arbitrariedade.
A DEFESA DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
 Basta verificar que a simples modificação de critério de rateio pode fazer um produto não
rentável passar a ser rentável e, é claro isto não está correto; e, finalmente, o valor dos custos
fixos a ser distribuído a cada produto depende, além dos critérios de rateio, do volume de
produção.

 Assim, qualquer decisão em base de custo deve levar em conta também o volume de
produção. Pior que isso, o custo de um produto pode variar em função da variação de
quantidade produzida de outro produto.

 Todavia, tendo em vista que esse sistema não atende aos CPC’s e não é aceito pelas
autoridades fiscais, sua utilização limitada a contabilidade para efeitos internos da empresa.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
 Para deixar claro o método de custeio direto, veja um exemplo em que os produtos são custeados
pelo custeio direto e por absorção. Suponhamos uma empresa que fabrica apenas um único produto
e que tenha o seguintes volumes de produção e de vendas:

Período (ano) Produção U Vendas Estoque final


1 3.000 2.000 1.000
2 2.500 3.000 500
3 3.500 2.500 1.500
4 2.000 3.500
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
A estrutura dos custos é

Custos Variáveis $ Custos fixos $


Matéria-prima 20,00/un Mão-de-obra 90.000,00
Materiais auxiliares 8,00/un Depreciação 20.000,00
Energia Elétrica 4,00/un Manutenção 2.000,00
Mão-de-obra direta 18,00/un Outros 8.000,00
Total 50,00/un Total ano 120.000,00
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO

 A empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e custos dos produtos vendidos. O custo
unitário do produto, pelo custeio por absorção seria então, assim apurado:

1.o período

Custo de produção
Gastos
Variáveis 3.000 x 50,00 150.000,00
Fixos 120.000,00
Total 270.000,00
Custo unitário 270.000/3.000 90,00/um
CPV
Custo do produto vendido 2.000 x 90,00 180.000,00
Estoque final 1.000 x 90,00 90.000,00
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
2.o período

Custo de produção
Gastos

Variáveis 2.500 x 50,00 125.000,00


Fixos 120.000,00
Total 245.000,00
Custo unitário 245.000/2.500 98,00/un
CPV
Custo do produto vendido 1.000 x 90,00 90.000,00
2.000 x 98,00 196.000,00
286.000,00
Estoque final 500 x 98,00 49.000,00
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
3.o período

Custo de produção
Gastos

Variáveis 3.500 x 50,00 175.000,00


Fixos 120.000,00
Total 295.000,00
Custo unitário 295.000/3.500 84,29/un
CPV
Custo do produto vendido 500 x 98,00 49.000,00
2.000 x 84,29 168.580,00
217.580,00
Estoque final 1.500 x 84,29 126.435,00
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
4.o período

Custo de produção
Gastos

Variáveis 2.000 x 50,00 100.000,00


Fixos 120.000,00
Total 220.000,00
Custo unitário 220.000/2.000 110,00/un
CPV
Custo do produto vendido 1.500 x 84,29 126.435,00
2.000 x 110,00 220.000,00
346.435,00
Estoque final zero 0,00
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
 Supondo um preço unitário de venda de 120,00, o resultado de cada período seria:

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Total


Vendas 240.000,00 360.000,00 300.000,00 420.000,00 1.320.000,00
(-) CPV 180.000,00 286.000,00 217.580,00 346.435,00 1.030.015,00
Lucro Bruto 60.000,00 74.000,00 82.420,00 73.565,00 289.985,00
Estoque final 90.000,00 49.000,00 126.435,00

Analisando o quadro, percebemos que na empresa, do segundo para o terceiro ano, as vendas sofreram uma redução de
17% (360.000 para 300.000) e o lucro aumentou 10% (74.000 para 82.420). A explicação para esse fato encontra-se na
diferença do volume de produção, que aumentou de 2.500 para 3500 U, fazendo o custo de unitário sofrer uma grande
redução.

No quarto período, há um acréscimo de 40% das vendas, porém, novamente, o lucro reagiu de
forma diferente, caindo cerca de 11%. Vendeu-se muito mais que em todos os anos e o lucro
foi o segundo menor.
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Vejamos, agora, como seria os resultados dos quatro períodos apurados pelo custeio direto variável.

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Total


Vendas 240.000,00 360.000,00 300.000,00 420.000,00 1.320.000,00
(-) Custos variáveis 100.000,00 150.000,00 125.000,00 175.000,00 550.000,00
Margem de contribuição 140.000,00 210.000,00 175.000,00 245.000,00 770.000,00
(-) Custos fixos 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 480.000,00
Lucro bruto 20.000,00 90.000,00 55.000,00 125.000,00 290.000,00
Estoque final 50.000,00 25.000,00 75.000,00

Podemos notar que, aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do segundo período. E,
inversamente, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro, que é o caso do terceiro período

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