Biotecnologia Genetica Humana

Biotecnologia:
Genética Humana
Who am I?
• Atualmente trabalho como Assessora Tecnica para o Grant Agreement entre
Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e Union for
Ethical BioTrade (UEBT) para as cadeias produtivas da biodiversidade brasileira.
• Tenho 10 anos de experiência e uma sólida formação científica no
desenvolvimento e fabricação de produtos de base biológica, com M.Sc. E
atualmente sou estudante de Ph.D. em Biotecnologia, também possuo um
conhecimento prático em certificações de segurança alimentar, bem como nos
padrões da UEBT.
• Do ponto de vista da sustentabilidade, gerenciei e estruturei uma estratégia para
evitar o risco de imagem na perspectiva Social, Ambiental e de Governança,
fazendo o engajamento multi-stakeholders em nível internacional para indústria
da carnaúba, neste assunto sou certificado em ESG pela Academia LinkLei.
• Além disso, como um entusiasta do desenvolvimento de negócios e gestão de
riscos corporativos, fiz um MBA pela Universidade de São Paulo.
Bioeconomia
• A bioeconomia, ou economia sustentável, é um campo do
conhecimento que se preocupa com o consumo consciente, em
equilíbrio com o meio ambiente e os recursos naturais.
• Seu objetivo é construir uma economia pautada na utilização de

recursos de base biológica, recicláveis e renováveis – ou seja, mais
sustentáveis.
OECD (2009), The Bioeconomy to 2030: Designing a Policy Agenda , OECD Publishing,
Paris, https://doi.org/10.1787/9789264056886-en .
Bioeconomia na Europa
• De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), a bioeconomia movimenta no mercado mundial 2
trilhões de Euros e gera cerca de 22 milhões de empregos.
• Estudos da organização apontam que a bioeconomia responderá, até
2030, por 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) dos seus países
membros.
(The Bioeconomy to 2030: Designing a Policy Agenda. OCDE, 2022).

Bioeconomia nos Estados Unidos
• Em 2012, o governo elaborou um projeto de bioeconomia nacional.
Intitulado National Bioeconomy Blueprint, para incentivo a iniciativas
para desenvolvimento de uma indústria forte, com vistas à uma nova
vertente industrial, para além dos combustíveis fosseis.
• Em 2019 as iniciativas do Blueprint foram fortalecidas pelo governo
Trump.
• Atualmente, a bioeconomia dos EUA representa cerca de 5% do
Produto Interno Bruto (PIB) do país, totalizando mais de US$ 950
bilhões.
(National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine, 2022).

Biotecnologia
• De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da
Organização das Nações Unidas (ONU), biotecnologia é “qualquer
aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos
vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou
processos para utilização específica.”
• Para Malajovich (2016, p. 2), Biotecnologia é “uma atividade baseada
em conhecimentos multidisciplinares, que utiliza agentes biológicos
para fazer produtos úteis ou resolver problemas”.
Trends in Biotechnology at the Turn of the Millennium. Recent Patents on Biotechnology, 2020.
Brazilian Biotech Map - Brazilian Trade and
Investment Promotion Agency
• Os resultados mostram que o setor privado está concentrado principalmente (cerca de
(95%) nos seis estados do Brasil: São Paulo (40,5%), Minas Gerais (26,5%), Rio de Janeiro
(13,1%) , Rio Grande do Sul (8,0%), Paraná (4,6%) e Pernambuco (4,2%).
• Saúde Humana representa 40% das empresas; saúde animal, 15%; reagentes, 14%;
agricultura, 10%; meio ambiente, 10% e bioenergia, 8%.
• A maioria das biotecnologias do Brasil tem menos de 5 anos. E 85% são micro ou
pequenos, ganhando menos de 2,4 milhões de reais por ano (cerca de US$ 1,5 milhão de
dólares). 65% têm menos de 20 funcionários.
• A biotecnologia conta com profissionais altamente qualificados: para empresas com 1 a 10

funcionários, 40% são doutores e cerca de 20% são mestres.
Brazilian Biotech Map - Brazilian Trade and
Investment Promotion Agency
• 25% das exportações de biotecnologia do Brasil. Mas também, 86% importam, sobretudo reagentes e
equipamentos.
• Metade das biotecnologias do país ainda se beneficia de incubadoras e parques tecnológicos. E de grande
importância são as universidades e centros de pesquisa, já que 95% das empresas possuem relacionamento com
essas instituições, e a maioria delas estabeleceu parcerias formais para co-desenvolver produtos ou processos,
utilizar infraestrutura, contratar serviços ou treinar pessoal.
• O financiamento público também é importante para o desenvolvimento do setor privado: 78% das empresas
receberam recursos públicos (FINEP, CNPq, BNDES e Fundações Estaduais), mostrando a importância das políticas
de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Por outro lado, os investimentos em capital de risco continuam a ser
uma grande oportunidade, uma vez que apenas 14% das empresas têm investidores em capital de risco.
• 40% das empresas possuem patentes depositadas ou emitidas, sendo a maioria delas em escritórios de patentes
no Brasil, e um número menor em escritórios no exterior.
Proteção Intelectual – as patentes como
indicadores de inovação Biotecnológica.
• A produção de inovações, em que a biotecnologia tem grande
potencial de desenvolvimento, pode ser protegida pela lei de
propriedade intelectual (Lei 9.279 de 1996).
• A concessão de patente de invenção e de modelo de utilidade

“confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu
consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou
importar com estes propósitos: I - produto objeto de patente; II -
processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado”
(Art. 42, Lei 9.279 de 1996)
Proteção Intelectual – as patentes como
indicadores de inovação Biotecnológica.
• O processo de concessão de uma patente no Brasil é demorado, em
média, 10 anos para um parecer de deferimento ou indeferimento
(EXAME, 2018).
• Na Europa, o processo é de aproximadamente três anos, nos Estados

Unidos cerca de dois anos e seis meses (CORONATO; BUSCATO, 2017).
• Na China de um ano e nove meses (CORONATO; BUSCATO, 2017).

Patentes em genética humana
• Vamos relembrar:
Código genético consiste na relação entre a sequência de bases no DNA e a respectiva

sequência de aminoácidos nas proteínas (relação das cadeias de DNA, de RNA e de
proteína).
O funcionamento das células depende das moléculas: ácido nucleicos e proteínas. Essas
moléculas estão relacionadas, pois os genes (segmentos de DNA) codificam a estrutura
primária de peptídeo (formados pela união de moléculas de aminoácidos).
O código revela a cada trinca de bases um aminoácido (MALAJOVICH, 2016, p. 47).

Segundo Battezini, Reginato, Reginato (2018, p. 85) a humanidade vive uma evolução
tecnológica marcada pelo desenvolvimento do Projeto Genoma que possibilitou o
sequenciamento genético e, com isso, a existência de seres humanos geneticamente
modificados
• O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança:
“Objetiva assegurar um nível adequado de proteção na transferência,
manipulação e uso dos organismos vivos modificados provenientes das
atividades da biotecnologia moderna, os possíveis efeitos adversos na
conservação e no uso sustentável da diversidade biológica,
considerando os riscos à saúde humana, enfocando os movimentos
transfronteiriços (Art. 1º)”.
• A Lei n. 9.279/1996, conhecida como Lei de Propriedade Industrial
(LPI)
“Não considera como uma invenção, nem mesmo modelo de utilidade,
o todo ou parte de seres vivos e materiais biológicos que podem ser
encontrados na natureza, incluindo o genoma ou germoplasma de
qualquer ser vivo e os processos biológicos naturais (Art. 10, inc. IX)”.
O Art. 18, inc. III, veda patentes envolvendo seres vivos e seus
respectivos materiais biológicos e genéticos, exceto dos
microrganismos transgênicos que atenderem aos requisitos da
patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial,
previstos no Art. 8º desta Lei.
• A Lei n. 11.105/2005 (Lei de Biossegurança), Art. 6º, inc. III
• “Veda a “engenharia genética em célula germinal humana, zigoto

humano e embrião humano”; é autorizado, para fins de pesquisa e
terapia, o uso de células-tronco embrionárias obtidas de embriões
humanos a partir de fertilização in vitro e não utilizados (observadas
as condições do Art. 5º da mesma Lei)”.
• Para regulamentar as relações provenientes do avanço tecnológico,
especialmente pela biociência, medicina genética, bioengenharia e
áreas do conhecimento que se utilizam da manipulação genética,
surgiu o Biodireito. Trata-se de um novo ramo da ciência jurídica cujas
bases e princípios estão delineados pela Bioética. Segundo Lima
(2012, p. 99) termo conhecido como Biodireito.
• Fendrich e Séllos-Knoerr (2013, p. 343) “A vida está sendo

patenteada aos pedaços, sorrateiramente, levando a população a
uma dependência total às proprietárias das patentes, que serão as
titulares inclusive das técnicas médicas de tratamentos para
determinadas doenças.”
• Em razão disso, reforçam seu posicionamento e advertem Fendrich e
Séllos-Knoerr, (2013, p. 340):
“A dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida

fazem com que as relações jurídicas busquem personificação e reflitam
os direitos humanos [...] o princípio constitucional da dignidade, como
fundamento da República, exige como pressuposto a intangibilidade da
vida humana”.

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Biotecnologia:

• Seu objetivo é construir uma economia pautada na utilização de

(The Bioeconomy to 2030: Designing a Policy Agenda. OCDE, 2022).

(National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine, 2022).

• A biotecnologia conta com profissionais altamente qualificados: para empresas com 1 a 10

• A concessão de patente de invenção e de modelo de utilidade

• Na Europa, o processo é de aproximadamente três anos, nos Estados

• Na China de um ano e nove meses (CORONATO; BUSCATO, 2017).

Código genético consiste na relação entre a sequência de bases no DNA e a respectiva

O código revela a cada trinca de bases um aminoácido (MALAJOVICH, 2016, p. 47).

• “Veda a “engenharia genética em célula germinal humana, zigoto

• Fendrich e Séllos-Knoerr (2013, p. 343) “A vida está sendo

“A dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida

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