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APRESENTAÇÃO TFC ESTEVãO

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Instituto Superior Politécnico Católico do Huambo –

ISPOC

DEPARTAMENTO DE DIREITO

A CIDADANIA GLOBAL NA PERSPECTIVA DE IMMANUEL KANT


COMO SOLUÇÃO DA EXTINÇÃO DA FIGURA DO ESTRANGEIRO

ESTÊVÃO PEIO CASSULE

Monografia submetida como requisíto parcial para obtenção


do grau de Licenciatura em Direito Penal

HUAMBO
FEVEREIRO, 2024
INTRODUÇÃO
O que consta actualmente é a existência de fronteiras entre países e o
vínculo que os cidadãos têm com os seus Estados sendo que, considera-se cidadão de
um determinado país, o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos daquele
Estado. Com o actual quadro a nível global, podemos verificar que a existência
dessas fronteiras ou limites não só existem em termos físicos e geográficos como
também a nível mental e educacional, isso faz com que certos cidadãos de vários
países desenvolvam a ideia de posse total sobre tais territórios achando-se
possuidores natos e únicos sobre os mesmos, criando barreiras em relação a grupos
contrários ou a pessoas que não fazem parte daquele Estado tratando-os como
estranhos.
JUSTIFICAÇÃO DO TEMA
A escolha do tema foi motivada pelas constantes ondas
de discriminações, racismo, que temos assistido ao longo dos anos
por razões de proveniências, no entanto a ideia é achar um método
que diminua tais ataques.

PROBLEMA CIENTÍFICO
Tendo em conta o fluxo migratório que se verifica nos últimos
séculos, a questão científica do nosso projecto de pesquisa prende-se
em saber quais são as consequências da figura jurídica do estrangeiro
nos ordenamentos jurídicos?
OBJECTIVOS:
GERAIS: Com o seguinte trabalho de investigação cintífica, pretendemos
lançar mão a uma cidadania global atravez da aplicação de uma ordem jurídica universal
que será realizada pela ideia de uma cidadania global preconizada po Kant.

ESPECÍFICOS:
 Verificar as noções gerais que ladeiam o Direito Internacional da Migração assim
como achar uma designação que melhor se adequa em termos de uma cidadania
global;
 Analisar a problemática e variáveis da questão da migração, assim como
estabelecer as desvantagens do sentimento de pertença e elevar a dignidade como
elemento fundamental para a relação entre as pessoas para o estabelecimento da
paz enunciada por Kant;
 Estabelecimento da federação como o modelo que melhor se adequa a
perspectiva de uma cidadania global.
METODOLOGIA

 Bibliográfico: o método da pesquisa bibliográfica, vem a ser aquele que procura


explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, obras,
dissertações e teses;
 Indutivo: Com o seguinte método, pretendemos fazer uma observação da figura
do estrangeiro e descobrir a relação exitente entre um estrangeiro em Angola e em
outros pontos para então generalizarmos esta relação para assim obter um resultado
mais claro e preciso, ou seja, verificar o que os estrangeiros têm em comum para
consequentemente dar uma solução no problema;
 Dialético: Pretendemos com este método, utilizar pontos de vista de diferentes
autores para acharmos aquilo que de melhor pode servir para atingir a meta da
nossa pesquisa. Utilizarems neste projecto, documentos que apresentam uma visão
ou parecer cristão em termos sociais;
 Fenomenológico: Atravez das constatações de certas situações atuais e factuais
que ocorrem com os estrangeiros à nivel global, queremos sugerir uma mudança de
paradigma para pôr fim aos maus tratos e violência da dignidade da pessoa humana
que muito se tem vindo a constatar no seio da comunidade intenaciol.
 Analogia ou comparação: Pretendemos com este método analisar a realidade dos
estrangeiros em diferentes pontos do mundo e achar um ponto comum.
CAPÍTULOS
PARTE I – NOÇÕES GERAIS SOBRE O ÂMBITO E SITUAÇÃO DO
ESTRANGEIRO NOS MAIS VARIÁDOS TEMPOS À ACTUALIDADE
1. Conceitualização do ambito;
2. A figura jurídica do estrangeiro, conceito e evolução.
3. Situação jurídica do estrangeiro em angola;
4. O fenómeno da migração;
5. Uma comparação jurídica entre várias realidades;

PARTE II – IMPLICAÇÕES DIVERSAS E PROBLEMÁTICA DO FENÔMENO


MIGRATÓRIO
1. Implicações políticas, económicas, jurídicas e sociais;
2. Posicionamento da Igreja sobre a migração;
3. A questão do pertencimento e suas consequências. O parecer da declaração
universal dos direitos humanos;
4. O contrato de trabalho com o estrangeiro;
5. A dignidade da pessoa humana como elemento fundamental para as
relações entre os indivíduos;
6. Educação para uma cidadania global na perspectiva da UNESCO.
PARTE III – PERSPECTIVA DE UMA CIDADANIA GLOBAL

1. A inevitável evolução: Dimensão Estadual, Comunitária ou regional,


Federalismo, Cosmopolitismo e comunidade global;
2. A mudança de paradigma e o impacto no Direito Penal;
3. Auxílio dos princípios da DSI para a boa aplicação da federação.
4. Cidadania global e paz perpéctua em Kant.
PARTE I – NOÇÕES GERAIS SOBRE O ÂMBITO E SITUAÇÃO DO
ESTRANGEIRO NOS MAIS VARIÁDOS TEMPOS À ACTUALIDADE

Conceitualização do âmbito
Emigração
• MIGRAÇÃO Imigração

• DIREITO MIGRATÓRIO X DIREITO DOS ESTRANGEIRO;


• TERMO A UTILIZAR( DIREITO INTERNACIONAL DA MIGRAÇÃO)

Assim, o Direito Internacional da Migração, pode ser


definido como sendo os instrumentos de direito internacional
aplicáveis à migração.
A figura jurídica do estrangeiro, conceito e
evolução.
Jus Civilis
O estrangeiro em Roma.
Jus gentium

Na Grécia: Isótelos, metoikos, xénos


Jus Sagunis
Na Idade Média: Feudalismo
Jus Silis
Situação jurídica do estrangeiro em Angola

Nacionalidade angolana: Art.º 9º CRA Estrangeiro ali.h) do art.º3 da LRJCEA

Comunidades regionais: Extensão da cidadania nº 3 do art.º25º CRA


Uma comparação entre várias realidades.
O número estimado de migrantes internacionais aumentou
nos últimos 20 anos, segundo estimativas da NU, o número de
migrantes internacionais em todo o mundo era equivalente a 281
milhões em 2020 um número que corresponde cerca de 3,6% da
população mundial.
Sendo uma realidade global, talvez seriamos questionados
sobre um estudo de campo, mas a depender do nosso objectivo as
perguntas a serem feitas são: Será que precisamos sair de Angola para
estudar a figura do estrangeiro? O estrangeiro em Angola, é o mesmo
que o estrangeiro em Portugal, Suíça, Estados Unidos ou Brasil? Como
é o seu tratamento nesses Estados assim como os de suas famílias? São
perguntas que talvez nos levem a um denominador comum...
PARTE II – IMPLICAÇÕES DIVERSAS E PROBLEMÁTICA
DO FENÔMENO MIGRATÓRIO
Posicionamento da Igreja sobre a migração
o BENTO XVI, Carta Encíclica Caritas in veritate (29 de Julho de 2009)nº
62.
o PAPA LEÃO XIII, Carta encíclica Rerum Novarum (15 de Maio de 1891)
nº 28.
o PAPA FRANCISCO, Carta encíclica Fratelli Tutti (3 de outubro do ano 2020), nsº
129 e 145
RN
Necessidade de união entre os Estados e criação de uma
CV
FT
legislação global sobre a migração.

A questão do pertencimento e suas consequências. O parecer da


declaração universal dos direitos humanos
Inclusão (de si próprio)
Pertencimento
pela exclusão (do outro)
Racismo
Fenômeno Migratório Consequências Xenofobia
Discriminação. Art.º26 do PIDCP
Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem
discriminação, a igual protecção da lei. A este respeito, a lei deve proibir
todas as discriminações e garantir a todas as pessoas protecção igual e
eficaz contra toda a espécie de discriminação, nomeadamente por motivos de
raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou de
qualquer outra opinião, se origem nacional ou social, de propriedade, de
nascimento ou de qualquer outra situação.
A DUDH ao tratar dos direitos fundamentais, coloca todo ser
humano em paridade e apela um espírito de fraternidade uns com os outros
sendo que cada um de nós é dotado de razão e consciência.
Os direitos humanos actualmente, em especial, a partir da Segunda
Guerra Mundial, tal como reafirmados na DUDH, proclamada a 10 de
dezembro de 1948 pela Assembleia Geral da ONU, não têm uma distinção
nos seus preceitos de nacionais e estrangeiros.
A dignidade da pessoa humana como elemento
fundamental para as relações entre os indivíduos
Ser Cidadania Global: Atribuição de
Estado Nação: Atribuição de Direitos Direitos Dignidade da pessoa
Não ser humana
Educação para uma cidadania global na perspectiva da
UNESCO

UNESCO: Promoção Da Cidadania Global (2012)

Um mundo cada vez mais globalizado levanta questões sobre o que


constitui uma cidadania significativa e suas dimensões globais. Embora
a noção de cidadania para além do Estado-nação não seja nova, as
mudanças no contexto global têm implicações importantes para a
cidadania global.
PARTE III – PERSPECTIVA DE UMA CIDADANIA GLOBAL

OIM: NACIONALIDADE=CIDADANIA
Jorge Miranda(2004): Nacionalidade = Nação- extenso- Colectivas
Cidadania = Singulares.

A inevitável evolução: Dimensão Estadual, Comunitária ou


regional, Federalismo, Cosmopolitismo e comunidade global
1º- Estado nação: Cidadão=Estado;
2º- Comunidades regionais: Atribuição de direitos ao estrangeiros que façam
parte da comunidade; v.g art.º25º CRA.
3º- Direito Comunitário: Ordem jurídica integrada própria integrada no sistema
jurídico dos Estados: Dupla Cidadania ( Frágil)
4º- Federação: Dupla cidadania: Cidadania glabal.
Impacto e consequências penal
 Infracção Migratória artº98º
 Entrada e permanência ilegal art.º99
 Falsa informação e degradação de documentos art.º107
 Auxílio à migração ilegal art.º 103º e outros constantes na LRJCEA
Cidadania global e a paz perpectua em Kant

Interno
Cominidade Internacional Internacional Paz perpéctua
Cosmopolita

Federação: Finalidade: manutenção da paz.


CONCLUSÃO
Apesar destes esforços devemos reconhecer que o mundo tem
caminhado para uma evolução e concluímos que para a melhor protecção
dos migrantes, não passa apenas pela criação de grandes documentos
legislativos a nível internacional e nacional. Precisamos é, que todos os
documentos, tanto os novos como os antigos, sejam verdadeiramente
efectivados, ou que não passe de simples documentos alegóricos ou
imagéticos, mas sim, que reflictam e se enquadre a realidade. Nestes
termos, é crucial que haja uma união entre os Estados para ultrapassar
esta problemática que assola o mundo trazendo a igualdade de direitos,
deveres e garantias fundamentais para todo e qualquer individuo onde
quer que este se encontre.
Essa proposta está embaçada nas ideias da cidadania global
kantiana e de hospitalidade universal, os Direitos Humanos,
universalmente considerados, abrangem todos os indivíduos do globo,
que possuem o direito de serem tratados com dignidade, independente de
onde estejam. O homem, enquanto ocupante maior do planeta, possui
liberdade de nele se movimentar, a partir disso, entendemos o direito de
migrar, como um direito humano.
RECOMENDAÇÕES

 Criar dentro dos Estados, uma política para melhorar a integração dos
estrangeiros de maneira a que aqueles que chegam se sintam
confortáveis em criar meios para melhorar a sua condição de vida;
 Criação de mecanismos que possam de forma efectiva, diminuir os
movimentos migratórios dentro dos Estados de origem, como por
exemplo a criação de melhores condições de vida das populações
dentro dos seus próprios países;
 Criar estruturas a nível internacional para reger o fluxo migratório de
forma a ter em conta o número de emigrantes e imigrantes em cada
país assim como estabelecer as causas destes movimentos nos diversos
países;
 A par da criação de uma estrutura, a criação de uma legislação
internacional que se aplica a todos os cidadãos estrangeiros e que todos
os Estados deveriam aderir para melhor regulação do fenómeno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BARROSO, Luís Roberto, A dignidade da pessoa humana no direito


Constitucional contemporâneo. Construção de um conceito jurídico à luz da
jurisprudência mundial, Fórum, Belo Horizonte 2012.
• CATCHITÔLE, Pedro Cassiano, O Direito como Garantia da Dignidade da
Pessoa Humana. Antropologia Jurídica à luz de António Rosmini, Escolas
Católicas Capuchinhas, Luanda- Angola 2018.
• CAUPERS João, Introdução ao Direito Comunitário, Aafdl1, Lisboa 988.
• CHORÃO, Mário Bigotte, Pessoa humana, Direito e política, Imprensa
Nacional, Casa da Moeda, Lisboa 2006.
• COSTA, Maria Isabel Sanches. IANNI, Aurea Maria Zöllner. O conceito de
cidadania: Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea:
uma análise teórica, Editora UFABC, São Paulo 2018.
• CRUZ, Sebastião. Direito Romano (Ius Romanum), 4ª edição, Dis Livro,
Coimbra 1984.
• GOUVEIA, Jorge Bacelar, Direito da Segurança, Cidadania, Soberania e
Cosmopolitismo, Almedina, Coimbra 2020.
• JUNIOR, Alberto do Amaral, Direito internacional e desenvolvimento, Manole,
São Paulo 2005.
• MENDES, João de Castro, Direito Comparado, Aafal, Lisboa 1983.
• MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional. TOMO III, Estrutura
Constitucional Do Estado, 5ª edição, Coimbra Editora, Coimbra 2004.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO DISPENSADA...

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