Manejo de Crianças Com Sepse
Manejo de Crianças Com Sepse
Manejo de Crianças Com Sepse
Gonin MLC. Atualidades na sepse e choque séptico pediátrico. - Revista de Pediatria SOPERJ.
2012;13(2):77-89
Conhecendo a Sepse
◦ Dificuldade de acesso vascular
◦ Uso de Inotrópico, Vasopressor ou Vasodilatador
◦ Maior risco de hipoglicemia e manejo dos níveis de
glicose
◦ Uso da Hidrocortisona
◦ Uso de Oxigenação por membrana extracorpórea
◦ Surfactante, Óxido Nítrico, monitorização cardiorrespiratória
avançada
◦ Baixa capacidade residual funcional
◦ Insuficiência respiratória e estratégia protetora pulmonar
Como diagnosticar?
Dellinger, R. Phillip, Mitchell M. Levy, Andrew Rhodes, Djillali Annane, Herwig Gerlach, Steven M. Opal, Jonathan E. Sevransky et al. "Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for management of severe sepsis and
septic shock, 2012." Intensive care medicine 39, no. 2 (2013): 165-228.
Como diagnosticar?
Como diagnosticar?
Sepse Grave
Caso Clínico
◦ T.R.P., 11 anos, 45 kg, negra, há 25 dias começou a sentir dor intensa e de início súbito em coxa direita,
de caráter constante, em pontadas, que melhorava com uso de AINH. Aproximadamente dois dias depois
do início do quadro começou a ter picos de febre que iam de 38ºC a 39ºC, recorrente, que melhorava
com uso de dipirona. Dois dias após o início da febre observou surgimento de lesões bolhosas na pele,
sem dor, sem prurido distribuídas por todo o corpo, poupando palma das mãos e planta dos pés. Dois dias
após o surgimento das lesões a dor em mmii aumentou e a paciente parou de deambular, de modo que
procurou a UPA – Bacanga, quando foi internada para tratamento e investigação. Durante a internação
paciente abriu quadro de ITU, evoluindo com taquipneia, hiporexia e mialgia. Evoluiu também afebril,
sonolenta, com ausculta de Estertores finos e roncos em todo hemitórax, acompanhado de sibilos
discretos. MID apresentava dor até na manipulação superficial. No segundo dia de internação
apresentava roncos em ápices direito e esquerdo, abdômen globoso com edema de parede, dor à palpação
superficial, edema de membros superiores e inferiores, com sinais flogísticos em joelho e articulação do
quadril esquerdos. Paciente irritadiça, chorosa e sonolenta todo o tempo. Nuca livre.
Resultados de Exames
◦ Exames Laboratoriais e Físico
◦ 01-11 DAT PCR VH Erit HB HT LEU NEU EOS PLAQ Na K M Cl
A S g
01/11 17 16.65 86,4 68.000
0 %
DATA Alb Cr U Proteínúria TTPA Rel. TAP INR AST ALT
01/11 0,37 72 90 39
◦ FR: 32 ipm
◦ FC: 102 bpm
◦ PA: 90x70 mmHg
◦ Sat: 97% em AA
Resultados de Exames
DATA PCR VHS Erit HB HT LEU NEU EOS PLAQ Na K Mg Cl P Ca
04/11 17,67 4,12 10 31,1% 13700 10960 137 160000 134 4,5 2,0 99 3,8 8
14/11 110 3,07 7,6 24,2 8170 64,8% 1,3% 559000 132 4,5 2,0 4,4
DATA Alb Cr U Proteínúria TTPA Rel. TAP INR AST ALT FA BT BD BI Dímero D
01/11 0,37 72 90 39
04/11 0,37 32 24,5 0,97 75,2% 1,19 27 26 171 0,6 0,5 0,1 >4,0ug/mL
1: MLC. Atualidades na sepse e choque séptico pediátrico. - Revista de Pediatria SOPERJ. 2012;13(2):77-89
2: Dellinger, R. Phillip, Mitchell M. Levy, Andrew Rhodes, Djillali Annane, Herwig Gerlach, Steven M. Opal, Jonathan E. Sevransky et al. "Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for
management of severe sepsis and septic shock, 2012." Intensive care medicine 39, no. 2 (2013): 165-228.
1: MLC. Atualidades na sepse e choque séptico pediátrico. - Revista de Pediatria SOPERJ. 2012;13(2):77-89
Protocolo Nacional
◦ A normalização dos sinais vitais, PVC, diurese e PAM sem adequação da SvcO 2>70% não garante
restauração de hipoxia tissular. Para alcançar essa meta, pode ser necessária reposição volêmica mais
agressiva, mais uso de inotrópicos e de transfusão de concentrado de hemácias. Com essa abordagem
plena, houve diminuição de mortalidade significativa (39,2%x 11,8%) e menos disfunção orgânica. ¹
◦ A adoção de estratégicas terapêuticas propostas pela CSS, como reperfusão tecidual e controle do foco
infeccioso precoce, comprovadamente resulta em diminuição de mortalidade. Entre as intervenções cuja
aderência esteve relacionada à redução de mortalidade, há a reposição volêmica, o uso precoce de
antibióticos e a aderência ao pacote de 6 h. A redução da mortalidade foi constatada tanto para os
pacientes vindos do pronto-socorro ou para aqueles da enfermaria².
◦ Em contrapartida, a aderência ao uso de corticoides se associou ao aumento de mortalidade, embora isso
possa apenas significar uma maior gravidade desses pacientes. O aumento do tempo na administração de
antibióticos mostrou-se relacionado a maior mortalidade².
1: MLC. Atualidades na sepse e choque séptico pediátrico. - Revista de Pediatria SOPERJ. 2012;13(2):77-89
2: Dellinger, R. Phillip, Mitchell M. Levy, Andrew Rhodes, Djillali Annane, Herwig Gerlach, Steven M. Opal, Jonathan E. Sevransky et al. "Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for
management of severe sepsis and septic shock, 2012." Intensive care medicine 39, no. 2 (2013): 165-228.
Protocolo Nacional
1: MLC. Atualidades na sepse e choque séptico pediátrico. - Revista de Pediatria SOPERJ. 2012;13(2):77-89
2: Dellinger, R. Phillip, Mitchell M. Levy, Andrew Rhodes, Djillali Annane, Herwig Gerlach, Steven M. Opal, Jonathan E. Sevransky et al. "Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for
management of severe sepsis and septic shock, 2012." Intensive care medicine 39, no. 2 (2013): 165-228.
Atuais diretrizes da avaliação da perfusão
no paciente sepse grave e choque séptico
◦ Lactato
◦ Prognóstico
◦ Aferição Seriada
◦ SvO² x SvcO²
◦ Avaliação e Prognóstico
◦ Substituição
◦ Mensuração Contínua
versus Intermitente
◦ Tonometria Gátrica
◦ OPS x SDF
Atuais diretrizes da avaliação da ressuscitação
hemodinâmica no paciente com sepse grave e choque
séptico
◦ Metas Terapêuticas:
◦ Terapia guiada por metas
◦ Restauração da Estabilidade Hemodinêmica
◦ Meta terapêutica SvcO²>70%
◦ Aferição da responsividade cardiovascular à infusão
hídrica
◦ Avaliação de reposição volêmica
◦ Valores de PVC e POAP
◦ PVC associada a outros parâmetros
◦ Avaliação dinâmica da responsividade
Cardiovascular
Atuais diretrizes da avaliação da ressuscitação
hemodinâmica no paciente com sepse grave e choque
séptico
◦ Cristalóides x Colóides
◦ Vasopressores e Inotrópicos
◦ Apenas depois da expansão
◦ DOPA x NORA e ADR
◦ Baixas doses de Vasopressina
◦ Disfunção Miocardica
◦ SvcO²<70% com transfusão de hamácias e
ressuscitação volêmica
◦ DC não deve ser supranormalizado
◦ Correção de acidose metabólica grave
Atuais diretrizes da avaliação da ressuscitação
hemodinâmica no paciente com sepse grave e choque
séptico