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Rodrigo Sistema Solar

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O

O Sistema
Sistema Solar
Solar

MPEF – MEF 008


Profª Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Apresentação: Rodrigo Melo Paredi
INTRODUÇÃO

O sistema solar é formado pela nossa estrela, o


Sol, pelos oito planetas com suas luas e anéis, pelos
planetas anões, pelos asteróides e pelos cometas.
O que são esses astros? Quais são seus
tamanhos? Como se movimentam? Do que são
formados? Qual sua origem?
A EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO
SOBRE O SISTEMA SOLAR

O Sol e outros astros do sistema solar estão muito


presentes em nosso cotidiano. A maneira como medimos o
tempo, a nossa percepção visual e a nossa própria
existência estão muito ligadas às condições existentes no
sistema solar. A nossa visão está adaptada ao tipo de
radiação eletromagnética - luz visível - que é capaz de
penetrar a nossa atmosfera. A escala de tempo que
utilizamos em nosso cotidiano é baseada nos ciclos do Sol
e da Lua.
Uma das questões fundamentais da Humanidade é
entender o Universo que a cerca e do qual faz parte. O
sistema solar, até a poucos séculos, constituía todo o
Universo conhecido. É relativamente recente a noção de que
as estrelas que vemos no céu são astros similares ao Sol;
mas muito mais distantes. A observação do céu noturno,
ainda na Antigüidade, mostrou ao Homem que alguns astros
se movimentam contra um fundo de "estrelas fixas". Esses
objetos celestes foram chamados planetas, isto é, astros
errantes, pois planeta vem do grego e significa errante. São
eles: a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Hoje o
significado da palavra planeta é diferente, e não mais
chamamos a Lua de planeta. Mas, o que é a Lua? E o que
são os hoje chamados planetas?
Muito se pensou sobre a distribuição e a organização
dos astros no céu. O modelo que dominou o pensamento
filosófico europeu até o século XVI é o chamado modelo
geocêntrico, sistematizado por Ptolomeu (astrônomo,
matemático e geógrafo) no século II, a partir de idéias
preexistentes.
Com o objetivo de explicar com mais simplicidade o
movimento dos planetas, o astrônomo polonês Nicolau
Copérnico (1473-1543) propôs, em 1543, o modelo
heliocêntrico.
O astrônomo e físico italiano Galileu Galilei (1564-
1642), no início do século XVII, foi o primeiro a observar o
céu com o auxílio de um telescópio. Entre as suas
descobertas estão as fases de Vênus e os satélites de
Júpiter. Essas observações corroboravam o modelo
heliocêntrico.
O modelo de Copérnico, porém, ainda possuía
problemas ao considerar as órbitas dos planetas
circunferências perfeitas.
Foi o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-
1630), no início do século XVII, quem mostrou que as
órbitas planetárias eram elípticas. Para isso, ele contou
com as observações do astrônomo dinamarquês Tycho
Brahe (1546-1601), do qual foi assistente durante o
último ano de vida. Os dados obtidos por Brahe eram os
mais precisos da época e no limite do que o olho
humano, sem auxílio de instrumentos, pode conseguir. E
foi tentando explicar esses dados que ele propôs três
leis que descrevem corretamente os movimentos dos
planetas.
Com o trabalho de Kepler passou-se a saber como
os planetas se movimentavam ao redor do Sol. Mas ainda
restava uma pergunta básica: por quê?
Foi só com a Teoria da Gravitação Universal do
físico e matemático inglês Isaac Newton (1643-1727),
publicada em 1687, que isso foi respondido. A teoria da
gravitação mostra que os corpos se atraem uns aos
outros, isto é, um corpo cria em torno de si um campo
gravitacional que é sentido por todos os outros corpos.
Esse campo gravitacional é tanto mais intenso quanto
maior a massa do corpo, e decresce proporcionalmente
com o quadrado da distância. Essa é a razão porque a
Terra está ligada ao Sol, por exemplo.
Em escalas astronômicas a força gravitacional é
dominante e rege grande parte dos fenômenos celestes.
Newton, em sua teoria, também descreveu
exatamente como um corpo se movimenta quando sujeito
a uma certa força, qualquer que seja sua natureza. Com
esses dois fundamentos foi possível entender a dinâmica
do sistema solar. No "Principia", Newton não só
demonstra as leis de Kepler e calcula fenômenos
conhecidos como as marés e a precessão dos equinócios,
mas também prevê e determina a forma achatada da
Terra. A partir daí, estava aberto o caminho para o
desenvolvimento da astronomia moderna.
Desse modo, no final do século XVIII, os
movimentos dos maiores corpos do sistema solar eram
explicados tanto do ponto de vista de sua descrição, como
de sua causa. Porém, como o sistema solar surgiu?
O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) foi o
primeiro a propor a hipótese nebular em 1755, que foi
posteriormente desenvolvida pelo matemático francês
Pierre-Simon de Laplace (1749-1827). Ela considera que o
sistema solar formou-se a partir de uma nuvem de gás e
poeira em rotação. Apesar de outras teorias terem surgido,
esta é ainda a teoria mais aceita sobre a formação do
sistema solar e do Sol e é corroborada por observações de
outras estrelas.
Nebulosa Solar:
DESCRIÇÃO DO SISTEMA SOLAR

O sistema solar inclui o Sol e os planetas, mas


abrange bem mais do que isso. No Universo, a
distribuição e hierarquia dos objetos é regida basicamente
pela força gravitacional. Como o Sol é formado por uma
grande quantidade de matéria concentrada em uma região
relativamente pequena, ele é um foco de atração que
reúne em torno de si vários corpos (planetas, asteróides,
cometas, etc.). Assim, uma das definições para o sistema
solar é: o conjunto de todos os corpos (ou matéria) cujo
principal centro de atração é o Sol.
A maior parte da massa do sistema solar está
concentrada no Sol (99,85%). Os planetas giram em torno
do Sol no mesmo sentido que o Sol gira em torno de seu
eixo e quase todos os planetas giram em torno de seu
próprio eixo no mesmo sentido da translação em torno do
Sol.
Outra característica do sistema solar é a de que as
órbitas dos planetas estão aproximadamente em um
mesmo plano.
Nas últimas décadas, as missões espaciais
produziram um grande avanço no conhecimento sobre o
sistema solar.
O SOL
O Sol é, entre os corpos celestes, aquele que
mais influencia as nossas vidas. Foi chamado de Hélio
pelos gregos, Mitras pelos persas e Rá pelos egípcios.
Cinco séculos antes da era Cristã, o grego Anaxágoras
sugeriu que o Sol fosse uma bola de fogo.
O Sol é o centro gravitacional do sistema solar.
Em torno dele orbitam os outros corpos, e é ele que
mantém o sistema coeso. Mas, o que é o Sol?
O Sol é uma estrela. Dentre as estrelas existentes
no Universo, o Sol pode ser classificado como uma
estrela típica, das mais comuns que existem no
Universo. Por ser uma estrela, o Sol é uma fonte de
energia. De toda energia existente na superfície da
Terra, a maior parte é proveniente do Sol que fornece
99,98% dela. O brilho dos corpos do sistema solar é
constituído, basicamente, pela reflexão da luz solar em
sua superfície.
O Sol é uma massa que se mantém coesa pela
sua própria força de gravidade. O mesmo ocorre com os
planetas. Por que a diferença, então?
A resposta é que o Sol possui uma massa muito
grande. Quão grande?
Grande o suficiente para que a contração
provocada pela força da gravidade torne tão altas as
densidades e temperaturas em seu centro que passam a
ocorrer as reações de fusão nuclear, com enorme
produção de energia. É esse processo que caracteriza
uma estrela e que não ocorre nos planetas.
Alguns dados solares:

O Sol encontra-se a uma distância média de 150


milhões de quilômetros da Terra. Isso equivale a cerca
de 8 minutos-luz, isto é, a luz do Sol demora esse tempo
para chegar à Terra. A segunda estrela mais próxima da
Terra é Próxima Centauri, que se encontra a uma
distância 270 mil vezes maior, assim sua luz demora 4
anos e 4 meses para chegar até nós.
OS PLANETAS E SEUS SATÉLITES

Ao redor do Sol orbitam oito planetas, que em


ordem de proximidade média ao Sol são: Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Os planetas podem ser divididos em dois tipos:
planetas telúricos (similares à Terra) e planetas jovianos
(similares a Júpiter).
Os planetas telúricos são: Mercúrio, Vênus, Terra
e Marte.
Os jovianos são: Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno.
Os planetas telúricos são pequenos, de baixa
massa e compostos basicamente por elementos pesados.
São também chamados de planetas internos por serem os
mais próximos do Sol. Possuem poucos ou nenhum
satélite e são desprovidos de anéis. A superfície é sólida e
a atmosfera é tênue, comparada com a massa do planeta.
Os planetas telúricos apresentam ou apresentaram
atividade vulcânica, causando modificações importantes
em sua estrutura interna e na superfície.
Os planetas jovianos são grandes em dimensão e
massa, como Júpiter. Este, por sua vez, é o que mais
guarda relação com o Sol. Sua massa está próxima à das
menores estrelas. Os planetas jovianos, também
chamados gigantes, são compostos basicamente por
hidrogênio e hélio. Por isso, apesar de sua grande massa,
são menos densos. Não possuem superfície sólida e sua
atmosfera é densa. Possuem tipicamente muitos satélites
e todos exibem anéis.
A existência de uma atmosfera depende da massa
do planeta e de sua temperatura. Esta, por sua vez,
depende inicialmente da sua distância ao Sol. Os planetas
menores e mais quentes (mais próximos do Sol) têm mais
dificuldade em manter uma atmosfera.
Por outro lado, os elementos mais leves escapam
mais facilmente do planeta. Assim, os planetas telúricos
tendem a reter quase que somente elementos mais
pesados em sua atmosfera. Já os planetas gigantes
conseguem reter uma maior quantidade de material,
inclusive os elementos mais leves. A atmosfera faz
diminuir a variação de temperatura na superfície entre o
dia e a noite.
Alguns dados orbitais dos planetas:
Alguns dados físicos dos planetas:
A pequena energia interna dos planetas telúricos
modifica sua aparência através de atividade geológica:
vulcanismo e movimentos tectônicos. Outros
mecanismos que determinam a aparência da crosta de
um planeta ou satélite são: a erosão, causada pela
atmosfera ou hidrosfera; e o crateramento. Este último
ocorre em todos os planetas internos e satélites de
superfície sólida. Desse modo, a análise da crosta
permite determinar a época de formação de um dado
terreno e o estado atual de atividade do corpo, como
veremos ao descrevermos alguns planetas.
MERCÚRIO
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Seu
nome latino corresponde ao do deus grego Hermes,
filho de Zeus. Bastante pequeno, é o segundo menor
entre todos os planetas. Sua superfície está coberta por
crateras resultantes do impacto de corpos menores. Por
isso supõe-se que a atividade vulcânica tenha ocorrido
apenas no início, até cerca de 1/4 da sua idade atual.
Caso houvesse atividade recente, as lavas
cobririam e apagariam as crateras. Das inúmeras
crateras existentes, destaca-se a Bacia Caloris, com
1.300 quilômetros de diâmetro, quase 1/3 do diâmetro
do planeta.
Possui uma
atmosfera muito tênue,
quase desprezível, por
isso existe uma incrível
variação da temperatura
entre o dia e a noite: de
– 170 °C (lado oculto do
Sol) a + 430 °C (lado
iluminado pelo Sol).
VÊNUS
Vênus é o nome latino da deusa grega do amor,
Afrodite. Facilmente identificável no céu, esse planeta é
também chamado de Estrela D'Alva ou estrela matutina -
mas ele não é uma estrela!
É o mais brilhante dos planetas e está sempre
próximo ao Sol, como Mercúrio, pois suas órbitas são
internas à da Terra. Enquanto Mercúrio é bastante
pequeno (2/5 da Terra), Vênus já possui um tamanho
comparável ao da Terra. Aliás, esse planeta é bastante
parecido com o nosso, em massa e composição química.
Apesar dessas similaridades, entretanto, sua atmosfera é
bastante diferente da terrestre.
A atmosfera de Vênus
é bastante espessa e reflete
a maior parte da luz solar
incidente. Essa é a razão do
seu grande brilho. Sua
atmosfera também impede a
observação direta da
superfície do planeta. O raio
de Vênus somente pode ser
determinado com o uso de
radares ou de sondas
espaciais.
Por ter um tamanho relativamente grande, seu
manto é convectivo, pois não consegue dissipar o calor
interno por condução, como acontece com Mercúrio. A
convecção levou gases para a superfície, de modo a formar
uma atmosfera composta basicamente por gás carbônico,
CO2 - quase 97 % - e gás nitrogênio, N2 - 3 %.
O gás carbônico é responsável pela ocorrência do
efeito estufa, que eleva a temperatura na superfície a 460
°C. As nuvens de Vênus são formadas por várias
substâncias, entre elas ácido sulfúrico. A pressão
atmosférica de Vênus é bastante alta, cerca de 100 vezes
maior que a da Terra. Existem também evidências de
vulcanismo, que está relacionado ao manto convectivo. Por
tudo isso, a superfície de Vênus possui condições bem
inóspitas.
A TERRA
Terra é o nome da deusa romana, esposa do Céu.
Como já vimos, o planeta em que vivemos era considerado
até o Renascimento como em posição privilegiada, em
torno da qual o Universo existia. Com o avanço do nosso
conhecimento, a Terra deixou de ocupar um lugar especial
e passou a ser apenas mais um dos planetas de uma
estrela comum, o Sol. Porém, ainda hoje é considerada
particular, pela existência e complexidade da vida em sua
superfície.
A temperatura na Terra é tal que permite que a água
exista no estado líquido (além da Terra, é possível que
Europa, um dos satélites Galileanos de Júpiter, possua
água no estado líquido sob uma crosta de gelo).
A atmosfera
terrestre é formada
basicamente por
nitrogênio (78 %),
que faz com que o
nosso planeta seja
azul quando visto de
fora.
Existem, porém, outros gases. Entre eles devemos
salientar o oxigênio (20 %) e o ozônio, que bloqueiam a
radiação ultravioleta do Sol, que é fatal para alguns
microorganismos e prejudicial para os seres vivos em
geral. O oxigênio da atmosfera terrestre é basicamente
produzido pelas plantas, através da fotossíntese. Hoje, a
atmosfera possui uma pequena quantidade de gás
carbônico, porém ela já deve ter sido muito maior, mas
foi consumida por vários processos. Assim, atualmente o
efeito estufa é muito menor na Terra do que é em Vênus.
A Terra é um planeta bastante ativo
geologicamente: possui vulcanismo e movimentos
tectônicos importantes resultantes da convecção do
manto interno à crosta.
O nosso planeta possui um
satélite, a Lua. Sua superfície é
coberta por crateras de impacto,
principalmente na face oposta à
Terra. Observa-se também os
mares (regiões escuras) e
montanhas (regiões claras). Os
mares são grandes regiões
preenchidas por lava solidificada.
Porém, não há indícios de
atividade vulcânica atual. Como
não possui atmosfera significativa,
sua temperatura é basicamente
regida pela radiação solar, com
grandes diferenças entre o dia e a
noite.
A Lua é um satélite relativamente particular dentro
do sistema solar, pois possui um tamanho comparável ao
da Terra. Sua massa é apenas 80 vezes menor que a da
Terra. O tamanho da Lua é apenas 1/4 do da Terra.
Assim, do ponto de vista físico, o conjunto Terra-Lua
poderia ser definido como um sistema binário.
Alguns dados da Terra e da Lua:
Entre as possíveis teorias para explicar a formação
lunar, existe a de formação conjunta com a Terra e
posterior separação, captura, ou mesmo formação inicial
em separado. A teoria mais aceita atualmente diz que a
Terra sofreu o impacto de um objeto de massa muito alta
(como Marte, por exemplo) e nesse processo uma parte
da Terra foi ejetada e formou a Lua.
MARTE

Marte é o planeta telúrico mais distante do Sol.


Seu nome refere-se ao deus latino da guerra, cujo
correspondente grego é Ares. Possui uma atmosfera
tênue, cujo componente principal é o gás carbônico (95
%). Sua cor avermelhada é devida à poeira que cobre
parcialmente a sua superfície. Parte desta é recoberta
por lava solidificada, formando grandes planícies. Mas
existem também crateras de impacto e montanhas. A
maior montanha do sistema solar está em Marte. É o
monte Olimpo, um vulcão extinto, que possui 25 km da
base ao topo.
Devem ter
ocorrido processos de
convecção em algum
momento do passado,
mas como Marte é um
planeta pequeno, esses
processos cessaram e
atualmente seu calor é
dissipado por condução.
A temperatura na
superfície oscila entre
– 90 e 30 graus Celsius.
Marte possui dois satélites, Fobos e Deimos (em
grego, Medo e Terror), cujos nomes representam os dois
filhos do deus da guerra, Ares, na mitologia grega. São
pequenos, da ordem de 10 km de raio, e possuem forma
irregular, como a de uma batata. São provavelmente
asteróides capturados pela gravidade do planeta.
A superfície de Marte:
JÚPITER

Júpiter é o maior planeta do sistema solar, sendo


seu raio cerca de 11 vezes maior que o da Terra. É o
protótipo dos planetas jovianos, os gigantes gasosos.
Coincidentemente, o seu nome latino corresponde em
grego a Zeus, o maior dos deuses do Olimpo. Apesar de
possuir, provavelmente, um núcleo formado por materiais
pesados, ele é composto basicamente por hidrogênio e
hélio na forma gasosa. Assim, Júpiter, como os demais
planetas jovianos, não possui uma superfície sólida como
os planetas terrestres.
Sua atmosfera é
também formada por
hidrogênio e hélio. Ela é
bastante espessa e
determina a aparência do
planeta. A imagem de
Júpiter mostra uma série
de bandas coloridas
paralelas ao seu equador,
que correspondem a
nuvens de diferentes
movimentos, temperatura
e composição química.
Uma estrutura bastante interessante é a chamada
Grande Mancha Vermelha. Como as bandas, ela também
corresponde a um fenômeno meteorológico, por assim
dizer. Ela é muito grande (10.000 x 25.000 quilômetros),
muito maior que a Terra, por exemplo. É uma estrutura
bastante estável, no sentido de que persiste há muito
tempo.
Quatro satélites de Júpiter
destacam-se por seu tamanho: Io,
Europa, Ganímedes e Calisto. São
chamados satélites galileanos,
pois foram descobertos por
Galileu, no início do século XVII.
Ganímedes é o maior satélite do
sistema solar. Io e Europa são
similares aos planetas telúricos,
formados basicamente por rochas.
Io possui vulcões ativos e Europa
uma atmosfera de oxigênio, além
de um possível oceano de água
líquida sob uma crosta de gelo.
De todos os satélites do sistema solar, apenas 5
possuem atmosferas: Europa, Io, Ganímedes, Titã
(Saturno) e Tritão (Netuno). Além dos satélites, Júpiter
possui um anel, como os demais planetas jovianos. Esse
anel é bastante fino e escuro, diferente do de Saturno, que
é bastante brilhante e define a aparência do planeta.
Júpiter emite mais energia do que recebe do Sol e este
excesso deve ser de origem gravitacional.
SATURNO

O nome desse planeta vem do deus romano que


ensinou aos homens a agricultura, e é por alguns
associado ao deus grego Cronus. Saturno é o segundo
maior planeta do sistema solar. É similar a Júpiter em
vários aspectos, como na estrutura interna e atmosfera.
Também possui bandas atmosféricas que, porém, são
menos contrastantes entre si que as de Júpiter. Também,
como Júpiter, possui uma pequena fonte de calor interna.
Saturno possui um belo sistema de anéis que é
visível através de uma pequena luneta. Dizemos um
sistema, pois o disco que vemos em torno de Saturno
corresponde a pelo menos sete anéis.
Os anéis são compostos por partículas de gelo e
poeira, cujos tamanhos vão desde um milésimo de
milímetro até dezenas de metros. Apesar de sua grande
extensão - o raio externo fica a 480 000 quilômetros do
centro de Saturno -, os anéis são extremamente finos, da
ordem de duzentos metros.
Saturno possui ao menos 30 satélites. Um satélite
bastante peculiar é Titã. É o segundo maior satélite do
sistema solar. Possui um núcleo rochoso, recoberto por
um manto de gelo de compostos orgânicos. Sua espessa
atmosfera é formada principalmente por nitrogênio e
contém também moléculas orgânicas complexas, estrutura
que se supõe ser similar à atmosfera terrestre primitiva. A
temperatura máxima na superfície de Titã é de –100 °C.
URANO

Urano foi o primeiro dos planetas a serem


descobertos na era moderna, em 1781, pelo astrônomo
inglês de origem alemã William Herschel (1738-1822).
Urano, cujo nome refere-se ao deus grego que
personifica o céu, deve possuir um núcleo rochoso similar
ao da Terra recoberto por um manto de gelo. Assim, ele é
diferente de Júpiter e Saturno na estrutura interna. Sua
atmosfera é composta basicamente por hidrogênio e hélio,
mas contém também um pouco de metano. Possui
também bandas atmosféricas, como os demais planetas
jovianos.
Urano possui uma anomalia no que tange ao seu
eixo de rotação, que está muito próximo do plano orbital,
isto é, o seu eixo é praticamente perpendicular ao dos
demais planetas. Supõe-se que isso se deva ao efeito de
um grande impacto. Como ele possui um sistema de anéis
como Saturno, esses anéis são observados de frente e
não lateralmente como os de Saturno, por exemplo.
Esse planeta possui 21 satélites conhecidos, todos
compostos principalmente por gelo. Dentre suas maiores
luas, a mais próxima de Urano é Miranda. Ela possui um
relevo bastante particular, formado por vales e
despenhadeiros.
NETUNO
Logo após a descoberta de Urano, foi notado que
os cálculos matemáticos não reproduziam com exatidão a
sua órbita. Foi então sugerido que existiria um outro
planeta, cuja influência gravitacional era a responsável
pelos desvios de sua órbita. Em 1845, o jovem
matemático inglês John C. Adams (1819-1892) e pouco
depois o astrônomo francês Urbain Le Verrier (1811-1877)
previram a existência de Netuno, que foi, então,
observado pelo astrônomo alemão Johann G. Galle (1812-
1910) e H. L. d' Arrest em 1846. O fato de que Netuno não
foi descoberto, mas sim previsto, é um dos grandes fatos
da ciência.
Netuno é o nome
latino de Possêidon, o
deus grego dos mares.
Possui uma estrutura
interna muito similar a
Urano, sendo formado
por rochas e gelo.
Apresenta uma
atmosfera espessa com
bandas atmosféricas.
Possui 8 satélites e um sistema de anéis. Dentre
seus satélites, destaca-se Tritão. É um satélite ativo
possuindo os chamados vulcões de gelo. Dentre todos os
corpos do sistema solar, a atividade vulcânica só está
presente na Terra, Vênus, Io e Tritão.
PLUTÃO: PLANETA ANÃO

Em 24 de
agosto de 2006, a
XXVI Assembléia
Geral da União
Astronômica
Internacional (UAI),
em Praga, República
Tcheca, aprovaram a
nova definição de
planeta.
Os astrônomos decidiram distribuir os planetas e
os outros corpos do Sistema Solar em três categorias:
1. Planeta é um corpo celeste que:
a) está em órbita ao redor do Sol;
b) possui massa suficiente para que a sua
gravidade, agindo sobre as forças de coesão do corpo
sólido, mantenha-o em equilíbrio hidrostático, ou seja,
em uma forma quase esférica;
c) tenha eliminado os corpos capazes de se
deslocar sobre uma órbita próxima, ou seja, tenha a
sua órbita desimpedida.
2. Planeta anão é um corpo celeste que:
a) está em órbita ao redor do Sol;
b) possui massa suficiente para que a sua
gravidade, superando as forças de coesão do corpo
sólido, seja capaz de mantê-lo em equilíbrio
hidrostático, ou seja, sob uma forma quase esférica;
c) não tenha eliminado os corpos capazes de se
deslocar sobre uma órbita próxima, ou seja, não tenha a
sua órbita desimpedida;
d) não seja um satélite.
3. Todos os outros objetos em órbita ao redor do
Sol, com exceção dos satélites, são denominados
pequenos corpos do Sistema Solar.

Portanto, Plutão pertence a categoria dos


planetas anões, com Eris, Ceres, Caronte e outros.
A LEI DE TITIUS-BÖDE
No século XVIII, dois astrônomos alemães, Titius e
Johann Bode (1747-1826), descobriram que as
distâncias, D, dos planetas ao Sol podem ser descritas
por uma lei com a forma abaixo. A distância D é dada em
relação à distância Sol-Terra.
Dn = 0.4 + 0.3 * 2n,
onde n possui os valores de – infinito para Mercúrio, 0
para Vênus, 1 para a Terra, 2 para Marte e assim
sucessivamente. O número 3 corresponde ao cinturão de
asteróides entre as órbitas de Marte e Júpiter. Na época
da publicação dessa lei, ainda não se conheciam os
planetas não visíveis a olho nu.
A tabela abaixo mostra uma comparação entre a
Lei de Titius-Böde e os valores atuais.

Ainda não existe uma explicação para essa relação. Assim, não
se sabe se é uma simples coincidência matemática ou se está realmente
ligada ao processo de formação/estabilidade do sistema solar.
EXISTEM OUTROS SISTEMAS
PLANETÁRIOS NO UNIVERSO?

Existe vida fora do planeta Terra? Dentro do


sistema solar existe a possibilidade de sondas colherem
material de outros planetas ou satélites, que pode ser
analisado com a intenção de descobrir indícios de vida.
Por outro lado, os meteoritos podem trazer material
extraterrestre que em muitos casos é conservado sem
alteração e também se constitui em amostras para a
investigação de traços de vida.
Mas, como podemos investigar a existência de vida
fora do sistema solar?
A resposta passa necessariamente pela detecção
de outros sistemas planetários. Os tamanhos dos
planetas são tipicamente muito menores que os das
estrelas e mais do que isso, eles são muito menos
luminosos. Por serem pouco brilhantes, pequenos e
próximos da estrela, a sua detecção direta é longe de ser
trivial.
Existe, porém, algumas maneiras indiretas. Em um
sistema binário, por exemplo, os corpos giram em torno
do centro de massa do sistema. Assim, caso exista um
planeta de massa considerável, poderíamos observar um
pequeno movimento de translação da estrela.
Esse movimento pode ser detectado através da
análise das linhas espectrais de uma estrela ou da
variação do intervalo entre pulsos de emissão, no caso de
pulsares. Essa técnica já permitiu a detecção de alguns
planetas fora do sistema solar. A geometria da nuvem de
poeira em volta de algumas estrelas jovens, também
sugere, de modo ainda mais indireto, a possível
existência de planetas.
BIBLIOGRAFIA:

• Oliveira Filho, K. S; Saraiva, M. F. O. Fundamentos de


astronomia e astrofísica. Porto Alegre: Depto. de
Astronomia do Instituto de Física -UFRGS, 1999.
• http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm
• http://www.solarviews.com/portug/homepage.htm
• http://www.astromia.com/solar/index.htm
• http://www.das.inpe.br

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