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PRIMEIRA REPUBLICA 1889-1930 - Prof Américo Moraes

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Ciências Humanas e suas

Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 9º Ano
Brasil: A República das Oligarquias
Republicanismo é a ideologia a qual
uma nação é governada como uma república e
o chefe de Estado é indicado por métodos não
hereditários, frequentemente através
de eleições.
Final do século XIX
O governo de D. Pedro II passava por uma
grande crise, com muitos desgastes nas
relações entre o Estado e suas bases de
apoio:

 Oposição ao governo imperial por conta


do trabalho escravo;
 Conflitos entre o Imperador e a Igreja
Católica;
 Alguns militares não concordavam com o
governo de D. Pedro II;
 Em 1888, a abolição da escravatura
desagradou aos grandes fazendeiros e
proprietários de escravos.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2 ed – São Paulo, 2009

Imagem: Carneiro & Gaspar/ Retrato de D. Pedro II/ Public


Domain.
Os anos de consolidação da República

• República da Espada
 Os militares tiveram
bastante influência nos • República das
primeiros anos de Oligarquias:
República.

 Marechal Deodoro da  A política do país era


Fonseca e Marechal dirigida por oligarquias
Floriano Peixoto agrárias e por
representaram o governo representantes civis na
militar na primeira fase da presidência.
República.
Características da República das Oligarquias

• O poder político passou a ser controlado pelas


oligarquias rurais (República do Café com Leite).

• Acordos e alianças entre presidente e


governadores dos estados ( Política dos
governadores).

• Prática do coronelismo (República dos coronéis).


República do Café com Leite
República do Café com Leite

A política do café com leite foi um acordo firmado entre as


oligarquias estaduais e o governo federal durante a República
Velha para que os presidentes da República fossem escolhidos
entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais. Portanto, ora o
presidente seria paulista, ora mineiro.

O nome desse acordo era uma referência à


economia de São Paulo e Minas, grandes
produtores, respectivamente, de café e leite.
Para podermos entender a política que se estabeleceu durante
a República Oligárquica, precisamos compreender qual era a
situação social do Brasil nos primeiros anos de república.

• No interior nordestino a superexploração, a miséria e a fome


eram a realidade do sertanejo
• Havia absoluta obediência ao chefe local, materializado na
política pela figura do coronel.
• A saúde era outro problema social principalmente nos
grandes centros urbanos
• O trabalho foi outra questão social delicada, foi durante este
período que, começaram a se desenvolver as classes médias
urbanas, assim como a classe operária.
O coronelismo
O coronelismo é um A base da política café com
fenômeno político-eleitoral leite tinha nome:
que ocorre na instância coronelismo. Na época, os
municipal ou regional. O coronéis, grandes
poder político das latifundiários, tinham o
oligarquias agrárias se direito de formar milícias em
sustentava no controle do suas propriedades e combater
voto da população rural e qualquer levante popular.
nas máquinas eleitorais. Assim, trabalhadores e
camponeses se viam
subordinados ao poder militar
e, sobretudo, político dos
coronéis.
Coronéis/voto/fraudes eleitorais
Com a capacidade de exercer grande comando
sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis
formavam regimes e tributos em suas regiões,
estabelecendo impostos cobrados sobre a
população. Era também a partir de tal meio de
controle que se formavam os traços pelos quais se
desenhava toda a realidade da política nacional.
Os coronéis, em acordo com os governadores,
determinavam em quem seus comandados iriam
votar. Como naquela época o voto não era
secreto, os trabalhadores tinham medo de
desobedecer às ordens dos coronéis com receio
de sofrerem punições físicas ou perderem suas
fontes de sobrevivência, era o chamado Voto de
Cabresto. Desta forma, se dava a exclusão política
e o controle dos espaços de representação da
sociedade, período marcado por práticas
autoritárias e violentas.

http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/
coronelismo/
Mapa dos Conflitos Brasileiros na Virada dos Séculos XIX e XX:

Cangaço

Guerra de
Canudos

Greves
operárias Revolta da
Vacina

Guerra do
Contestado

Imagem: André Koehne/ GNU Free Documentation License.


O Cangaço
Entre o final do século XIX e
começo do XX (início
da República), surgiu, no nordeste
brasileiro, grupos de homens
armados conhecidos como
cangaceiros. Estes grupos
apareceram em função,
principalmente, das péssimas
condições sociais da região
nordestina. O latifúndio, que
concentrava terra e renda nas
mãos dos fazendeiros, deixava as
margens da sociedade a maioria
da população.
Corisco & Dadá é um filme brasileiro de 1996 baseado em fatos
reais dirigido por Rosemberg Cariry

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/cangaco.htm
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais.
Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de
espinhos da caatinga.

Existiram diversos bandos de


cangaceiros. Porém, o mais
conhecido e temido da época foi o
comandado por Lampião (Virgulino
Ferreira da Silva), também conhecido
pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O
bando de Lampião atuou pelo sertão
nordestino durante as décadas de
1920 e 1930. Morreu numa
emboscada armada por uma volante,
junto com a mulher Maria Bonita e
outros cangaceiros, em 29 de julho de
1938. Tiveram suas cabeças
decepadas e expostas em locais
públicos, pois o governo queria
assustar e desestimular esta prática
na região.
Canudos
A história de Canudos começa por
volta de 1893. Nesta época, no arraial
de Canudos, no vale do rio Vaza-
Barris, no interior da Bahia, reuniu-se
um grupo de fiéis seguidores do
beato Antônio Conselheiro, que
pregava a salvação e dias melhores
para quem o seguisse. Em 1896 o
arraial já possuía cerca de 15 mil
sertanejos que viviam de modo
comunitário. Sobreviviam com a
criação de animais e plantações. O
rápido crescimento da comunidade de
Canudos passou a incomodar os
coronéis locais e a Igreja católica. Os
latifundiários perdiam mão de obra
enquanto a Igreja perdia seus
adeptos.
• Padres e coronéis faziam pressão para que o governador da Bahia
acabasse com Canudos. Na imprensa, os intelectuais e jornalistas
condenavam os habitantes da comunidade sob a acusação de quererem
restabelecer o regime monárquico e chamando os sertanejos de bandos
de "fanáticos" e "degenerados".

O governo da Bahia organizou expedições militares para destruir Canudos.


Com a terceira derrota, a resolução do problema passou para a
competência do governo federal.
• O arraial foi completamente destruído em 5 de outubro de 1897. Os
sertanejos de Canudos, homens, mulheres, velhos e crianças foram
massacrados pelos soldados, que tinham ordens para não fazer nenhum
prisioneiro.

• Guerra de Canudos é um filme brasileiro de 1997, dirigido por Sérgio Rezende


Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado foi um conflito
armado que ocorreu na região Sul do Brasil,
entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O
conflito envolveu cerca de 20 mil
camponeses que enfrentaram forças
militares dos poderes federal e estadual.
Ganhou o nome de Guerra do Contestado,
pois os conflitos ocorrem numa área de
disputa territorial entre os estados
do Parará e Santa Catarina.
Na área do Contestado, diante da crise e
insatisfação popular, ganhou força a figura
do beato José Maria. Este pregava a criação
de um mundo novo, regido pelas leis de
Deus, onde todos viveriam em paz, com
prosperidade justiça e terras para trabalhar.
José Maria conseguiu reunir milhares de
seguidores, principalmente de camponeses
sem terras.
Revolta da Vacina
• A campanha de vacinação é obrigatória e
colocada em prática em novembro de 1904.
Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi
aplicada de forma autoritária e violenta. Em
alguns casos, os agentes sanitários invadiam as
casas e vacinavam as pessoas à força,
provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em
ser vacinado acontecia, pois grande parte das
pessoas não conhecia o que era uma vacina e
tinham medo de seus efeitos.

Revolta popular
• As manifestações populares e conflitos
espalham-se pelas ruas da capital brasileira.
Populares destroem bondes, apedrejam prédios
públicos e espalham a desordem pela cidade. Em
16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues
Alves revoga a lei da vacinação obrigatória,
colocando nas ruas o exército, a marinha e a
polícia para acabar com os tumultos. Em poucos
dias a cidade voltava a calma e a ordem.
Revolta da Chibata
A maior revolta ocorrida na Marinha
durante o início da República teve
como protagonistas os marinheiros,
quase todos negros e mulatos,
recrutados entre as camadas mais
pobres da população. Na Revolta da
Chibata, os participantes não
queriam derrubar o governo, mas
acabar com os maus tratos e a
violência dos castigos físicos a que
eram submetidos. Os integrantes
sofreram intensa repressão. E João
Cândido, líder do movimento, foi
expulso da Marinha e internado
como louco no Hospital dos
Alienados.

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