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Osteocondrite

Dissecante
Bruno gulini R2
• DEFINIÇÃO:

• Alteração focal idiopática do osso subcondral com risco de instabilidade e


desprendimento do fragmento (cartilagem hialina e osso subcondral)
para a articulação, podendo resultar em osteoartrite precoce do joelho.
(Sizínio)

• Área de osso subcondral se torna necrótica, e a cartilagem sobrejacente


sofre degeneração.
• Esse osso necrótico (com sua cartilagem) gradualmente se separam do
resto do osso, se tornado um corpo livre

• Formação de fissuras na cartilagem, com penetração do líquido sinovial


na interface “osso bom – osso necrosado”
• Fonte mais comum de corpos livres intra-articulares no joelho
• Outras causas de corpos livres:
• Condromatose sinovial
• Osteófitos
• Fraturas osteocondrais
• Lesões meniscais

• Pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum no joelho


• Cotovelo, tornozelo, ombro, quadril
• Em qualquer parte da superfície articular
• Mais comum entre 12-19 anos
• LOCAIS MAIS
ACOMETIDOS NO
JOELHO:
• Sizínio:
• Região posterolateral do
côndilo femoral medial (> • Campbell:
70%) • Parte lateral do côndilo femoral
• Porção inferior e central do medial, perto da inserção do LCP
côndilo femoral lateral (80%)
(15%) • Aspecto posterolateral do côndilo
• Tróclea (< 1%) femoral (15%)
• Quadrante inferomedial da patela
• Lesões na patela: (5%)
infrequentes. Tipicamente
medial ao polo inferior
• EPIDEMIOLOGIA:

• Mais comum em homens (2:1) e durante adolescência


• Rara em < 10 anos e > 50 anos
• Bilateral em 20-30% dos casos
• 40% assintomática

• Mais comum em crianças e adolescentes ativos/atletas


• Incidência: 15-29/100.000 atletas
• Mais comum em meninos (5:3)
• ETIOLOGIA:

– Microtraumas de repetição, com subsequente interrupção


do suprimento sanguíneo para área subcondral da epífise
– Predisposição familiar (genética)
– Desbalanço endócrino :
– Anormalidades epifisárias
– Centros de ossificação acessórios
– Desordens do crescimento • Fatores mecânicos implicados devido associação entre:
– Fratura osteocondral • Lesões condilares mediais + eixo mecânico varo
– Variações anatômicas no joelho
– Anormalidades congênitas do osso subcondral • Lesões condilares laterais + eixo em valgo

• Notch femoral menor  impacto do côndilo femoral


contra a eminência tibial
• CLÍNICA:
• 2 grupos distintos de pacientes:

• Crianças e adolescents (5 – 15
anos), com fise aberta
• Melhores resultados
• Adolescentes mais velhos ou adultos
• Tendência a tratamento (fise fechada)
conservador Causa mais provável: fenômeno
vascular
Piores resultados
Tendência à instabilidade e soltura
do fragmento
Tendência a tratamento cirúrgico

• Sintoma mais comum: desconforto vago, doloroso no joelho, com meses de evolução
• 40-60% dos casos história de trauma no joelho
• Sintomas “menisco-like”
• Exame físico

• Edema leve ou nenhum edema


• Dor à palpação de interlinha ou da lesão
• Limitação de ADM
• Teste de McMurray +
• Atrofia de quadriceps
• Sinal de WILSON: paciente caminha com membro afetado em rotação
externa → evitar impacto côndilo femoral medial com espinha tibial medial
• Exame físico
• Teste de Wilson:
• Paciente sentado na maca, com membro pendente e joelho a 90o
• Rodar internamente a tíbia, e pedir ao paciente para estender
ativamente o membro
• Positivo se dor a partir de 30º até extensão máxima, e alívio da dor
ao fazer o teste em RE da tíbia
• EXAMES DE IMAGEM:
• RADIOGRAFIA É DIAGNÓSTICO!!!

• AP + perfil + túnel view


• Em crianças/adolescentes: radiografia comparativa contralateral 
diagnóstico diferencial com centros de ossificação anômalos bilaterais

AXIAL DE
TUNNEL VIEW
PATELA
• EXAMES DE IMAGEM:
• Cintilografia com tecnécio-99
– Para acompanhar atividade de cicatrização
– Auxilia para avaliar prognóstico do tratamento
– Auxilia no ddx com anomalias ossificantes (que são negativas)
EXAMES DE IMAGEM:
– RNM:
• Mostra alterações precoces (e identifica lesões meniscais e ligamentares associadas)
• Avalia a inserção e a viabilidade do fragmento
• Linha de hipersinal ou área cística abaixo da lesão
• Linha de hipersinal através da cartilagem articular T2
• Defeito focal na cartilagem
– Sinal confiável de estabilidade: ausência de zona de hipersinal na interface do fragmento e do osso
– Sinais de Instabilidade do fragmento:
• Líquido sinovial ao redor do fragmento
• Áreas císticas focais abaixo do fragmento
RNM
Hiposinal em T1: Hipersinal em T2:
Semi-oval ou semicircular Destacamento
•CLASSIFICAÇÕES:

Topográfica – Cahill e Berg


Na incidência AP, divide o fêmur distal em
5 partes (de medial para lateral)
Côndilo medial: 1 e 2
Intercôndilo: 3
Côndilo lateral: 4 e 5

No perfil, divide em 3 partes:


A: anterior à linha de Blumensaat
B: entre a Blumensaat e a continuação
da cortical posterior
C: posterior à continuação da cortical
posterior

LOCALIZAÇÃO CLÁSSICA: 2B
•CLASSIFICAÇÕES:

• Radiográfica: Berndt e Harty (mesmo do tálus)

• Estágio I: compressão do osso subcondral.


Nenhum fragmento visível.
• Estágio II: destacamento parcial do
fragmento (fragmento inserido)
• Estágio III: fragmento sem inserção e não
deslocado
• Estágio IV: fragmento solto intra-articular
Classificação

• Pela RNM – Dipaola:


• Estágio I: espessamento da cartilagem
articular, mudanças em baixo sinal
I II
• Estágio II: descontinuidade da cartilagem
articular; área de baixo sinal ao redor do III IV
fragmento (indicando inserção fibrosa)
• Estágio III: descontinuidade da cartilagem
articular; área de alto sinal ao redor do
fragmento (indicando líquido sinovial entre
o fragmento e o osso)
• Estágio IV: corpo livre intra-articular
•CLASSIFICAÇÕES:

• Artroscópica – Guhl:

• Estágio I: irregularidade e amolecimento da


cartilagem articular; não há fragmento (A)
• II: cartilagem articular violada; fragmento
definido não deslocável
• III: cartilagem articular violada; fragmento
definido, deslocável, mas inserido por
alguma cartilagem sobrejacente (C)
• IV: corpo livre intra-articular
FATORES PRIMÁRIOS DE PROGNÓSTICO:

Idade do paciente
Bom em jovens, com fise aberta
Pior em adolescentes e adultos
Progressão
Tamanho:
Bom: < 1cm
Estabilidade da lesão
Quantidade de osso subcondral presente
Localizaçao da lesão:
Bom: porção lateral do côndilo medial
Pior: área de carga
• TRATAMENTO CONSERVADOR:
• Indicação: pacientes jovens e de baixa idade que não têm corpo livre intra-
articular.
• Lesão não destacada; lesão < 1cm; sem sintomas (sem dor); < 12 anos de
idade (fise aberta)

• Repouso das atividades físicas


• Retirar carga por 4-6 semanas
• Pode precisar de imobilização (gessada ou brace). Não deixar por longos
períodos, para evitar diminuição da ADM
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
• Indicação:
• Presença de corpo livre intra-articular
• Ausência de consolidação do fragmento destacado após longo período
(3-12 meses)
• Joelho sintomático em paciente com idade esquelética > 12 anos
• Lesão > 1cm de diâmetro
• Envolvimento da superfície de suporte de peso
• Dor refratária ao tratamento conservador / Sintomas persistentes após
fechamento da fise

• Bons resultados em 65-95% dos casos.

• Opções:
• Perfuração
• Microfratura
• Fixação
• Excisão
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
• Por artroscopia:
• Estabelece o diagnóstico
• Determina a topografia de superfície
• Técnica aberta:
• Tratamento da lesão (perfuração, curetagem, fixação) • Se a artroscopia não permitir
fixação ideal ou se a lesão for em
• Remoção dos corpos livres
área inacessível por técnica
• Diminui tempo total de reabilitação artroscópica
• Também indicada em lesões > 3cm;
• Evita cirurgias abertas e risco de infecção grande corpo livre que precisa de
• Diminui morbidade remodelagem; e múltiplos
fragmentos soltos e recuperáveis
• Previne cicatrizes físicas e psicológicas da cirurgia do joelho presentes; necessidade de mais de
1 enxerto
• Reduz a duração e o custo de hospitalização
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
• Perfuração:
• Indicação:
• lesão que não cicatrizou após 3-12 meses de tto conservador
• Objetivo: promover revascularização da área lesada
• Número de perfurações depende do tamanho e localização da lesão
• Profundidade de 1-1,5cm
• NÃO CRUZAR A FISE
• Sucesso em 75-100%
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
• Microfraturas:

• Indicação: descontinuidade completa da superfície articular e do osso


subcondral (fragmentos destacados ou soltos)
• São feitas pequenas perfurações no osso subcondral, permitindo saída
de sangue por esses orifícios e que a área seja recoberta por
fibrocartilagem
• Remover o osso instável ou necrótico remanescente
• A realização de microfraturas permite influxo de células-tronco e fatores
de crescimento para a superfície articular

• Contra-indicações: lesões de espessura parcial; mau alinhamento no


plano frontal; não aceitação do protocol de reabilitação.

• Maus resutlados: lesões > 4cm2 e associados a meniscetomia


• TRATAMENTO CIRÚRGICO:

• Fixação:
• Feita com parafusos metálicos ou reabsorvívies se fragmentos maiores destacados ou
soltos
• Pode fazer curetagem subcondral antes de fixar ou colocar enxerto ósseo entre os
fragmentos e a área curetada
• Excisão:
• Apenas se fragmento < 1cm OU fragmento fora da área de apoio
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:

• Excisão de corpos livres:

• Indicação: pequenos fragmentos (< 2cm); múltiplos fragmentos;


fragmentos com estoque de osso inadequado (só cartilagem);
fragmentos que não podem ser fixados com fixação interna.
• Geralmente tirados por artroscopia
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
• Mosaicoplastia:
• Transplante autólogo de cilíndros de enxerto osteocondral para a regiao
de lesão da cartilagem
• Indicação: lesões tipo 4 com diâmetro de 1-4cm2.
• Área doadora dos cilíndros: extremidades lateral e medial do femur na
articulação patellofemoral
• Lesões associadas (menisco, mau alinhamento, instabilidade ligamentar)
devem ser tratadas concomitante ou antes do tratamento da cartilagem
• Resultados em curto e médio prazo: excelentes  presença de
cartilagem hialina confirmada com biópsia

• Transplante autólogo de condrócitos:


• Implante de cultura de condrócitos expandidos na lesão previamente coletados
por biópsia
• Após colocação, recobre-se a ára do defeito com periósteo
• Resultados excelentes
• COMPLICAÇÕES:
• Infeção e hemartrose
• Lesão iatrogênicos à cartilagem
• Afrouxamento do material de fixação
• Abrasão da cartilagem articular pelo material de fixação
• Fragmentação da lesão (por perfuração agressiva)
• Desgaste da cartilagem adjacente pelos parafusos metálicos
• Reação de corpo estranho
• Retardo de consolidação e pseudoatrose
Obrigado

R2 Bruno Gulini

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