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5-Dispositivos de Proteção

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Dispositivos de

Proteção -
Disjuntores

João Jorge – jlmjorge@yahoo.com.br


Firjan Senai - Jacarepaguá
2024
Dispositivos de Proteção
- Critérios de Dimensionamento

2
3
4
Prescrições da Fundamentais da NBR 5410
- A NBR 5410 estabelece as seguintes prescrições fundamentais
destinadas a garantir a segurança de pessoas, de animais domésticos e
de bens, contra perigos e danos que posam resultar da utilização das
instalações elétricas.

o Proteção contra choques elétricos

o Proteção contra efeitos térmicos

o Proteção contra sobrecorrentes

o Proteção contra sobretensões

5
Disjuntores
Termomagnéticos
(DTM)

6
Definição
- São dispositivos elétricos com o objetivo de estabelecer, conduzir e
interromper correntes normais de operação de um circuito, bem como
estabelecer, conduzir e interromper automaticamente correntes em
condições anormais, de forma a, dentro de condições especificadas,
limitar a ocorrência desta grandeza em módulo e tempo de duração.
Os disjuntores cumprem três funções básicas:

Abrir e fechar os circuitos (manobra);

Proteger os condutores ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga


por meio do seu dispositivo térmico;

Proteger os condutores contra curto-circuito por meio do seu


dispositivo magnético.

7
Disjuntor Termomagnético (DTM)
- Os disjuntores, apresentam, por exemplo, a possibilidade de
religamento, sem a necessidade de substituição de componentes.

- Uma outra característica dos disjuntores, é que em caso da


persistência do defeito na rede, na ocasião do religamento, os
mesmos desligam novamente

- Sendo assim, é importante que antes de uma nova manobra, o


problema seja solucionado.

Disjuntor termomagnético Minidisjuntor termomagnético


8
Número de Polos
- Com relação ao número de polos, os disjuntores podem ser
monopolares (ou unipolares), bipolares ou tripolares.

9
Tensão de operação
- Quanto a tensão de operação, os disjuntores podem ser:

Disjuntores de baixa tensão (tensão nominal até 1.000 V):


Disjuntores em caixa moldada;

Disjuntores abertos.

Disjuntores de média e alta tensões (acima de 1.000 V):


Vácuo;

Ar comprimido;

Óleo;

Pequeno volume de Óleo;

SF6 (hexafluoreto de enxofre).

10
Composição do DTM
- Os disjuntores termomagnéticos em caixa moldada são os
dispositivos de proteção que tem maior utilização em instalações
prediais de baixa tensão. De construção compacta, são montados em
uma caixa de material isolante (poliéster, por exemplo) que serve ao
mesmo tempo para suportar e abrigar suas partes componentes.

- Apresentam acionamento manual e são equipados com disparadores


que atuam em caso de curto circuito (disparador magnético
bobinado) e disparadores térmicos, que atuam em caso de
sobrecarga (funciona de acordo com o princípio do bimetal, que se
baseia na dilatação de duas lâminas de metais diferentes, por
exemplo, aço e latão, portanto, com coeficientes de dilatação
distintos, desligando o circuito na eventualidade de uma sobrecarga.

11
Composição do DTM
- A figura abaixo ilustra um exemplo de composição de um disjuntor,
através da vista em corte.

1- Alavanca de manobra;

2- Mecanismos de manobra;

3- Contatos;

4- Terminais;

5- Disparador térmico (bimetálico);

6- Parafuso de calibre (ajuste feito pelo


fabricante);

7 -Disparador eletromagnético (bobina);

8-Câmara de extinção de arcos voltaicos.

12
Curva Característica de disparo do DTM

13
Curva Característica de disparo do DTM
 O eixo vertical fornece o tempo de atuação do disjuntor em
função do valor da corrente nominal do circuito, que toma como
referência a corrente nominal IN do disjuntor, como se vê no eixo
horizontal.

 A região T da curva corresponde à faixa de atuação do rele


térmico (bobina). Quando a corrente no circuito é menor que a
corrente nominal, a relação tempo x corrente é inversa, ou seja,
quanto maior a corrente, menor é o tempo de atuação.

Exemplo: Se a corrente de um circuito for 2 vezes o valor da corrente


nominal (2 In), o disjuntor irá disparar em 20 segundos por ação
apenas do relé térmico. É o que ocorre com disjuntor de corrente
nominal (In)=16A, se á corrente do circuito atingisse 32 A

14
Curva Característica de disparo do DTM
 A região M da curva corresponde a faixa de atuação do relé
magnético (bobina) que atua apenas quando a corrente do circuito
atinge um valor bem superior ao da corrente nominal, como no
caso de curto circuito. Nessa região, a atuação é quase que
instantânea.

 O aumento brusco da corrente causa um efeito eletromagnético no


disjuntor, pois em torno do disparador eletromagnético há um
condutor elétrico envolto em um eletroímã com uma parte móvel.
No instante em que a corrente flui, cria-se um campo magnético
que faz o eletroímã atrair a parte móvel, que abre os contatos (fixo
e móvel) do disjuntor, interrompendo a condução corrente de
falha.

 Esta rápida abertura dos contatos provoca uma faísca que


continua, por um tempo, a transmitir a corrente elétrica pelo ar.
Para que o curto circuito seja completamente interrompido, esse
arco elétrico também precisa ser extinto. Nesse momento câmara
de extinção de arco entra em ação, dissipando esse arco voltaico.

15
Curva Característica de disparo do DTM
- Curvas de Disparo: A função dos disjuntores termomagnéticos é a
proteção dos condutores contra sobrecargas térmicas ou curto-
circuito. É por isso que as curvas de disparo dos disjuntores se
adaptam às curvas dos condutores

Curva A: Para proteção de circuitos com semicondutores e circuitos


de medição.

16
Curva Característica de disparo do DTM
Curva B: O disjuntor de curva B tem como característica o disparo
instantâneo para correntes entre 3 a 5 vezes a corrente nominal.
Sendo assim, são usados para proteção de circuitos que alimentam
cargas com características predominantemente resistivas.

Exemplos: lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras e


aquecedores elétricos, além dos circuitos de tomadas de uso geral
(TUG).

17
Curva Característica de disparo do DTM
Curva C: O disjuntor de curva C tem como característica o disparo
instantâneo para correntes entre 5 a 10 vezes a corrente nominal.
São usados para proteção de circuitos que alimentam
especificamente cargas de natureza indutiva que apresentam picos de
corrente no momento de ligação.

Exemplos: máquina de lavar, ar condicionado, bombas d’água,


motores em geral, etc..

18
Curva Característica de disparo do DTM
Curva D: O disjuntor de curva D tem como característica o disparo
instantâneo para correntes entre 10 a 20 vezes a corrente nominal.
São usados para proteção de circuitos que alimentam cargas altamente
indutivas que apresentam elevados picos de corrente no momento de
ligação.

Exemplos: Grandes motores, transformadores, além de circuitos


com cargas de características semelhantes a essas.

19
Características Operacionais
 Tensão nominal de serviço ou de operação (Ue) É o valor máximo
da tensão de operação do disjuntor.

 Tensão nominal de Isolamento (Ui) É a máxima tensão nominal


que o isolamento do disjuntor pode suportar sem danificar. A
máxima tensão de serviço não pode ser superior à tensão nominal
de isolamento.

 Corrente nominal de Isolamento (In) É a corrente que o disjuntor


pode suporta ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de
referência especificada. Os valores preferenciais da corrente
nominal indicados pela NBR NM 60 898 são: 6, 8, 10, 13, 16, 20,
25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125A.

 Capacidade de Interrupção: Capacidade de interrupção nominal


(Icn), também conhecida como capacidade de interrupção limite,
a qual pode causar danos e impedir a continuação da operação.
Capacidade de interrupção de serviço (Ics) a qual garante um
funcionamento completamente normal mesmo após ter
interrompido correntes de curto circuito.

20
Características Operacionais
 Característica I²t A integral de Joule ou característica I²t de um
disjuntor, é outro parâmetro necessário ao equacionamento da
proteção contra curto-circuito. A norma de instalações elétricas
NBR 5410 determina que a integral de Joule que o dispositivo de
proteção deixa passar deve ser inferior àquela que o condutor pode
suportar, sem danos. Ou ainda, não só para garantir a integridade
do condutor como também a coordenação entre dispositivos, por
exemplo, entre o disjuntor e o dispositivo diferencial residual (DR).

Regra para Proteção contra sobrecargas: A proteção de um


circuito contra sobrecargas estará garantida se:

 In ≤ Id ≤ Iz (condição normal)

 I2 ≤ 1,45x Iz (sobrecarga -atuação do disjuntor)

21
Características Operacionais
Onde:

In é a corrente nominal do circuito;

Id é a corrente nominal do disjuntor;

Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores do


circuito, nas condições de instalação previstas.

I2 é a corrente convencional de atuação.

22
Características Operacionais
Regra para Proteção contra curto circuito: Para que um
disjuntor garanta efetivamente a proteção contra curto-circuito deve-
se considerar que:

1- A sua capacidade deve ser superior ao valor da corrente de curto-


circuito máxima (Ik), que é a corrente de curto-circuito presumida
simétrica no ponto em que será instalado. Nas instalações elétricas
residenciais, a condição é dada com base na capacidade de
interrupção nominal (Icn), isto é: Icn > Ik

Quando a função desempenhada por um disjunto for de especial


relevância, convém a tender à regra com base na capacidade de
interrupção de serviço (Ics), istoé: Ics>Ik

2- A energia específica que o disjuntor deixa passar, durante a


interrupção do curto-circuito, deve ser inferior àquela que o
condutor do circuito protegido pode suportar. I²t≤k²S²

23
Características Operacionais
Onde:

• I²t é a energia específica que o disjuntor deixa passar;

• k²S² é a integral de Joule para aquecimento do condutor desde a


temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura de
curto circuito.

• S é a seção nominal do condutor em mm²;

• k é um fator que depende do metal e isolação do condutor.

24
Características Operacionais

25
Curva Característica de disparo do DTM

26
Dimensionamento de Disjuntores
- A NBR 5410:2004 estabelece condições que devem ser cumpridas
para que haja uma perfeita coordenação entre os condutores vivos de
um circuito e o dispositivo que os protege contra correntes de
sobrecargas e contra curtos-circuitos.

a)Proteção contra Sobrecarga.


- Devem ser previstos dispositivos de proteção para interromper toda
corrente de sobrecarga nos condutores dos circuitos antes que ela
possa provocar um aquecimento prejudicial à isolação, aos terminais
ou às vizinhanças das linhas . Deve haver uma coordenação entre os
condutores e o dispositivo de proteção, de forma a satisfazer:

IB ≤ IN ≤ IZ

IB => Corrente de projeto do circuito, também chamado por Ip.

IN => Corrente nominal do dispositivo de proteção nas condições


previstas para a sua instalação.

IZ => Capacidade de condução de corrente dos condutores vivos do


circuito nas condições previstas para a sua instalação, submetidos aos
fatores de correção eventuais.
27
Dimensionamento de Disjuntores
- A figura abaixo ilustra as condições de atuação contra sobrecarga .

Atuação contra sobrecarga.

28
Dimensionamento de Disjuntores
- Conforme a figura anterior, as correntes características do conjunto
condutores-dispositivos de proteção devem atender as seguintes
condições:
A corrente nominal do dispositivo de proteção, IN , não deve ser
inferior à corrente de projeto do circuito, IB , evitando assim a
atuação do dispositivo quando o circuito funciona normalmente;

A corrente nominal do dispositivo de proteção, IN , não deve ser


superior à capacidade de condução de corrente, IZ , dos condutores;

A corrente de projeto do circuito, IB , não deve ser superior à


capacidade de condução de corrente dos condutores, IZ;

Quando o circuito é sobrecarregado em 45%, ou seja, quando a


corrente é igual a 1,45 vezes a capacidade de condução de
corrente IZ , o dispositivo de proteção deve atuar em uma hora (ou
em duas horas, para os dispositivos maiores).

29
Dimensionamento de Disjuntores
- Essa condição é imposta pela norma para garantir a atuação do
dispositivo e evitar o aquecimento prejudicial dos condutores.
Observa-se que para sobrecorrentes inferiores à indicada, o disjuntor
também deve atuar, porém num intervalo mais longo.

Exemplos: Valores da corrente dos disjuntores, IN , disponíveis no


mercado

30
Dimensionamento de Disjuntores
Determinação dos Disjuntores
- Os disjuntores devem ser especificados pela sua capacidade nominal
de suportar a corrente do circuito e/ou equipamento. Mas, para
evitar o aquecimento excessivo do dispositivo, ele deve trabalhar
com no máximo 80% da sua capacidade. Exemplo: Um disjuntor de
20 A deve trabalhar com uma corrente próxima aos 16 A. Para
determinação do disjuntor ideal utilizamos a seguinte fórmula:

IN = IB x 1,25
Exemplo 1: Determinar o valor do disjuntor de um circuito composto
por 8 lâmpadas incandescentes de 150 W ligadas a uma rede CA
monofásica de 127 V.
Primeiro Passo: Determinar a corrente de projeto do circuito.

8 x 150
IB = IB ≊ 9,45 A
127

Obs.: Como os valores de cos φ e η são iguais a 1, por se tratar de


circuito puramente resistivo, não há necessidade de colocar na
expressão.

31
Dimensionamento de Disjuntores
Determinação dos Disjuntores
Exemplo 1: Continuação

Segundo Passo: Dimensionar o valor do disjuntor.

IN = IB x 1,25 ↔ IN = 9,45 x 1,25 = 11,81 A

- O disjuntor de 15 A é o ideal para circuito, isso porque o disjuntor de


10 A é apropriado para trabalhar com no máximo 8 A e o de 15 A com
12 A.

32
Dimensionamento de Disjuntores
Determinação dos Disjuntores
Exemplo 2: Calcule a corrente consumida por 4 calhas com 4 lâmpadas
fluorescentes de 40 W, com um reator que apresenta um fator de
potência igual a 0,95, ligada a uma rede bifásica em 220 V.

X 1,25 = 3,83 A = Disjuntor


DIN 6A

Obs.: Como o valor de e η é iguais a 1, por se tratar


de circuito indutivo, não há necessidade de colocar
na expressão.

Exemplo 3: Calcule a corrente consumida por 1 motor de 3cv com


fator de potência de 0,80 e rendimento de 80%, ligada a uma rede
trifásica de 380 V.

X 1,25 = 6,55 A = Disjuntor


DIN 10A

Obs: 1 CV = 736 W

33
Dimensionamento de Disjuntores
Determinação dos Disjuntores
Exemplo 2: Calcule a corrente consumida por 4 calhas com 4 lâmpadas
fluorescentes de 40 W, com um reator que apresenta um fator de
potência igual a 0,95, ligada a uma rede bifásica em 220 V.

X 1,25 = 3,83 A = Disjuntor


DIN 6A

Obs.: Como o valor de e η é iguais a 1, por se tratar de circuito indutivo, não


há necessidade de colocar na expressão.

Calculo do Condutor:
Critério da capacidade de corrente: Tabela 36 -> 0,5mm².
Critério da Queda de Tensão para 15 metros de distância:
S=
S=
Condutor = 0,5mm²
Diâmetro mínimo (tabela 47 – NBR 5410): 1,5mm²

IB ≤ IN ≤ IZ 3,06A ≤ 6 ≤ 17,5 Disjuntor 6A


34
Dimensionamento de Disjuntores
Determinação dos Disjuntores
Exemplo 3: Calcule a corrente consumida por 1 motor de 3cv com
fator de potência de 0,80 e rendimento de 80%, ligada a uma rede
trifásica de 380 V.

X 1,25 = 6,55 A = Disjuntor


DIN 10A

Calculo do Condutor:
Critério da capacidade de corrente: Tabela 36 -> 0,5mm².
Critério da Queda de Tensão para 15 metros de distância:
S=
S=
Condutor = 0,5mm²
Diâmetro mínimo (tabela 47 – NBR 5410): 2,5mm²

IB ≤ IN ≤ IZ 5,24A ≤ 10A ≤ 24A Disjuntor 10A


35
Tempo de Curto-Circuito

 O tempo de interrupção das correntes de um curto-circuito que


se produz em um ponto qualquer do circuito deve ser inferior ao
tempo que levaria a temperatura dos condutores para atingir o
limite máximo admissível.

 O tempo necessário t para que uma corrente de curto-circuito, de


duração inferior a 5 segundos, eleve a temperatura dos
condutores até a temperatura limite para sua isolação pode ser
calculado pela fórmula:

36
Tempo de Curto-Circuito
Dispositivos de Proteção de curto-circuito
 Os dispositivos empregados na proteção de curtos-circuitos são:
a) fusíveis
b) disjuntores

37
Tempo de Curto-Circuito
Dispositivos de Proteção de curto-circuito

Exemplo 1: Qual a bitola que um condutor precisa para suportar uma


corrente de curto-circuito de 10kA por um tempo máximo de dois
ciclos?

Resp: 16mm²

38
Tempo de Curto-Circuito
Dispositivos de Proteção de curto-circuito

Exemplo 2: Na origem de um circuito de distribuição, foram


instalados condutores isolados de 10mm². Qual a corrente de curto
circuito em 3 ciclos? Qual o tempo máximo que o dispositivo de
proteção deverá atual para não iniciar um princípio de incêndio?

Resp: De acordo com a tabela de tempo máximo de curto-circuito,


a corrente de curto circuito em 3 ciclos será 5kA.

O tempo máximo que o dispositivo de proteção deverá atuar é:

39
Fusíveis

40
Conceito
- Dentre todos os dispositivos de proteção conhecidos, o fusível é o
mais simples construtivamente. Basicamente, o funcionamento do
fusível é baseado no princípio no qual a corrente que passa por um
condutor gera calor, devido um aumento brusco da intensidade da
corrente elétrica, ocasionado por falha no sistema de energia ou
operação (maquina/operador)

- Conforme as Normas DIN 57636 e VDE 0636 são componentes cuja a


função principal é a proteção dos equipamentos e fiação (barramentos)
contra curto circuito, atuando também como limitadores das correntes
de curto-circuito.

• Material condutor (chamado de elo fusível);

• Corpo de material isolante;

• Contatos localizados na extremidade que facilitam a conexão;

41
Aspecto construtivo
• Corpo Isolante: Serve para proteger o elo fusível. É feito de
material isolante (vidro, cerâmica, porcelana ou esteatite).

• Contatos: Fazem a conexão do fusível com a instalação e


normalmente são feitos de latão ou cobre prateado, para evitar
oxidação e mau contato.

42
Funcionamento
Funcionamento Elétrico
- O princípio de funcionamento do fusível baseia-se em que, num
curto-circuito ou uma sobrecarga, a temperatura dos condutores
aumenta e consequentemente, a do fusível também, até provocar a
fusão do elo.

 Se o elo fusível for de seção constante, a fusão pode ocorrer em


qualquer ponto do elo.

 Se o elo for de seção reduzida, a fusão sempre ocorrer no ponto


onde houve a redução, geralmente no centro, para evitar
aquecimento nos contatos do fusível.

- No instante em que ocorre a fusão do elo surge um arco elétrico,


que no caso de fusíveis com areia, esta se funde também, formando
uma borra, que extingue o arco, para evitar incêndios.

- Quando o elo é de cobre com zinco, a borra fundida (areia-cobre-


zinco) torna-se altamente isolante, cortando definitivamente a
passagem da corrente elétrica, garantindo a proteção da instalação
(como é o caso dos fusíveis de alta capacidade de ruptura).
43
Informações relevantes
 A corrente nominal deve ser aquela que o fusível suporta
continuamente;

 A corrente de curto circuito é a máxima que pode circular no


circuito sem provocar danos à instalação, e que deve ser desligada
instantaneamente;

 A tensão nominal dimensiona a isolação do fusível;

 A resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável


por eventuais aquecimentos, devido à resistência oferecida na
passagem da corrente;

 A instalação dos fusíveis deve processar-se sem perigo para o


operador;

 A montagem deve ser feita em bases que evitem a substituição de


um fusível por outro de grandeza inadequada.

44
Informações relevantes
 Após sua atuação, devem ser descartados;

 Proteção das linhas alimentadoras e dos próprios dispositivos de


comando em caso de curto-circuito interno;

 Atuação do elemento fusível provocada pela súbita elevação da


corrente no circuito;

 Ponto de solda para sobrecargas de longa duração;

 Ponto de fusão do elemento fusível é sempre inferior ao ponto de


fusão do cobre.

45
Classificação quanto ao tipo de ação
Ação Rápida ou Normal
A fusão ocorre alguns segundos após uma sobrecarga de curta ou longa
duração. Normalmente usados para proteger cargas resistivas.

Ação Ultra Rápida


A fusão do elo é imediata, independente da duração da sobrecarga.
Próprios para proteger circuitos eletrônicos que utilizam
semicondutores (tiristores, diodos, etc.)

Ação Retardada
A ação retardada ocorre quando a sobrecarga de curta duração não
deve provocar a fusão do elo fusível. Caso tenha uma sobrecarga de
longa duração, o fusível queimará, protegendo o circuito.
São usados para proteger circuitos indutivos e/ou Capacitivos
(motores, capacitores, etc.).

46
Características Operacionais
Corrente Nominal (In)
Corrente Nominal (In) É a máxima corrente que o fusível pode
suportar sem fundir seu elo fusível.

- É possível identificar a corrente nominal do Fusível através da cor


da sua espoleta (código de cores):

47
Características Operacionais
Código de cores da espoleta de um fusível
COR DA ESPOLETA CORRENTE NOMINAL (In)
Rosa 2A
Marrom 4A
Verde 6A
Vermelho 10 A
Cinza 16 A
Azul 20 A
Amarelo 25 A
Preto 35 A
Branco 50 A
Laranja 63 A

48
Características Operacionais
Tensão Nominal (Un)
É a máxima tensão de isolamento que o fusível pode suportar. Podem
ser usados em AC ou DC.

49
Classificação quanto função de Operação
- Quanto Classe Funcional dos Fusíveis - A IEC utiliza a montagem
com 2 letras:

- A 1ªletra indica o tipo de aplicação (sobrecarga ou curto-circuito):


“g” = protege contra sobrecarga e curto circuito, fusíveis de
capacidade de interrupção em toda faixa.
“a” = protege apenas contra curto circuito, fusíveis de capacidade
de interrupção em faixa parcial.

- A 2ªletra indica os equipamentos o fusível irá proteger:


L/G - Cabos e Linhas/Proteção de uso geral
M - Equipamentos de manobra
R – Semicondutores (circuitos eletrônicos)
B - Instalações de minas
Tr – Transformadores

50
Classificação quanto função de Operação
Exemplo1:

Exemplo 2:

51
Tipos de Fusíveis

Fusível de Vidro Fusível Tipo Cartucho Fusível Tipo D Fusível Automático

Fusível para média Tensão


Fusível Tipo NH Elo Fusível
Chave Seccionadora

52
Curvas Características
Fusível Diazed ou tipo D, 500V, tipo retardado, Siemens

53
Curvas Características
Fusível NH, Siemens

54
Exemplos:

Exemplo 1: Num circuito, estimou-se um tempo de duração de 5


segundos para uma corrente de curto-circuito de 20ª. Quais fusíveis
do tipo Diazed seriam escolhidos?

Resp: As
coordenadas se
interceptam
acima da curva
de 6ª. Portanto
o fusível
escolhido será
de 10 A.

55
Exemplos:

Exemplo 2: Qual a corrente de curto-circuito, com duração de 4


segundos, para a qual um fusível tipo NH de 315ª se acha previsto?

Resp: 2,5kA.

56
Dispositivo
Diferencial
Residual

57
Características Operacionais
- Os dispositivos diferenciais residuais são equipamentos que tem o
objetivo também de garantir a qualidade da instalação, pois esses
dispositivos não admitem correntes de fugas elevadas, protegendo as
pessoas e animais domésticos contra os choques elétricos e por outro
lado, consequentemente, economiza energia nas instalações
elétricas.

- Os dispositivos diferenciais residuais percebem ou captam a


corrente de fuga e se desligam, quando ultrapassam a corrente
nominal de fuga.

- A interrupção da corrente de fuga baseia-se em princípio de vigiar


os circuitos contra essas correntes indesejáveis e altamente
prejudiciais as instalações elétricas, ao patrimônio e,
principalmente, aos usuários-

58
Critérios para instalação
- Dispositivo elétrico que deve estar instalado no quadro geral da
moradia; sua função é desconectar a instalação elétrica de forma
rápida quando existir uma fuga à terra maior que o valor de
calibração do dispositivo, com o qual a instalação se desconectará
antes que alguém toque o aparelho avariado, sempre que se contar
com um aterramento.

- No caso de não contar com aterramento e que uma pessoa toque


uma parte ativa, o interruptor diferencial desconectará a instalação
em um tempo suficientemente curto para não provocar danos graves
à pessoa.

- A norma NBR 5410 determina que devem ser utilizados os


Dispositivos Diferenciais Residuais de alta sensibilidade (corrente
diferencial residual igual ou inferior a 30 mA), com o objetivo de
proteger as pessoas e animais domésticos contra os choques
elétricos.

59
Aplicações
- O dispositivo deverá ser utilizado nos seguintes circuitos elétricos
de uma residência

 Circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo


banheira ou chuveiro;

 Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas


externas à edificação;

 Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que


possam a vir a alimentar equipamentos no exterior;

 Circuitos que, em locais de habitação, sirvam pontos de utilização


situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em
uso normal ou sujeitas a lavagens;

 Circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam pontos de


tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas
de serviço, garagens e em áreas internas molhadas em uso normal
ou sujeitas a lavagens.

60
Corrente de fuga
1) Contato direto - falha na isolação ou remoção das partes
isolantes ou remoção das parte isolantes, com toque acidental da
pessoa em parte energizada (fase/terra-PE)

61
Corrente de fuga
2) Contato indireto – através do contato da pessoa com a parte
metálica (carcaça do aparelho), que estará energizada por falha de
isolação, com interrupção ou inexistência do condutor de proteção
(terra-PE).

62
Faixa de Sensibilidade
- Os interruptores diferenciais caracterizam-se por ter diferentes
sensibilidades:
 Muito alta sensibilidade: 10 mA

 o Alta sensibilidade: 30 mA

 Sensibilidade normal: 100 e 300 mA

 Baixa sensibilidade: 0,5 e 1 A

63
Especificações Técnicas
- Os de 30 mA são chamados de alta sensibilidade e protegem as
pessoas e animais contra choques elétricos.

- Os DR´s de sensibilidades de na faixa 300 mA protegem as


instalações contra fugas de corrente excessivas e incêndios de origem
elétrica.

- Antes dos procedimentos normais para instalação de um dispositivo


DR, deve-se observar as características técnicas do dispositivo como,
por exemplo:

 Corrente nominal – IN (A);

 Corrente diferencial-residual nominal de atuação – IN (mA);

 Tensão nominal – VN (V);

 Frequência – f (Hz);

 Número de pólos.

64
Tipo de Instalação
- É em função das características da instalação elétrica que se
especifica o dispositivo DR mais adequado, ou seja, a corrente
nominal (IN ) do DR deve ser maior ou igual à corrente de projeto
(IP ) no ponto de instalação do dispositivo.

- Deve ser observado também, o número de pólos:

 Se o circuito possuir dois condutores vivos (duas fases ou


fase+neutro), utiliza-se, preferencialmente, o dispositivo DR
bipolar (pode-se utilizar também o tetrapolar).

 Para os demais casos (duas fases+neutro; três fases ou três


fases+neutro) deve-se utilizar o dispositivo DR tetrapolar

- A utilização dos dispositivos DR nas instalações elétricas é o


procedimento mais eficaz e simples no que se refere à proteção
contra contatos indiretos. Por isso, a sua obrigatoriedade na
utilização desse dispositivo em todas instalações elétricas, conforme
determina a norma.

65
Modelos e Fabricantes (DDR)

66
Modelos e Fabricantes (IDR)

67
Funcionamento Interno

68
Funcionamento Interno

69
Funcionamento Interno

70
Funcionamento Interno

71
Funcionamento Interno

72
Funcionamento Interno

73
Funcionamento Interno

74
Funcionamento Interno

75
Dimensionamento

 Corrente nominal – IN (A) igual ou maior que a corrente nominal


do disjuntor. Na prática dimensiona a corrente nominal igual do
disjuntor à montante;

 Corrente diferencial-residual nominal de atuação – IN (mA) =


30mA para proteger animais e/ou pessoas ou 300mA para
proteger patrimônio;

 Tensão nominal – VN (V);

 Frequência – f (Hz);

 Número de pólos.

76
Dispositivo
de
Proteção
Contra Surtos
(DPS)

77
Conceito Operacional
- Um motivo frequente da queima de equipamentos eletrônicos é a
sobretensão causada por descargas atmosféricas (raios) ou, ainda,
manobras anormais nos circuitos elétricos.

- Este dispositivo, protege os equipamentos eletroeletrônicos ligados


apenas à rede elétrica contra os raios e surtos elétricos.

- Os surtos elétricos são picos de energia de alta intensidade e


curta duração causados pelos próprios raios, mas também por
eventos comuns no dia a dia.

Exemplos: Queda de energia e o "ligar e desligar" de equipamentos


dentro da própria instalação ou na vizinhança como elevadores,
aparelhos de ar condicionado, bombas elétricas, máquinas da
construção civil, dentre outros.

78
Aspecto Construtivo
- Os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) devem ser
instalados dentro dos quadros elétricos de residências, escritórios,
comércios e indústrias e sua função é neutralizar os raios e surtos
elétricos vindos pela rede elétrica, evitando que entrem nas
instalações e atinjam bens eletroeletrônicos que estejam ligados
apenas à rede elétrica, causando degradação e queima dos mesmos.

79
Tipo de Instalação
A linha elétrica de energia que chega à edificação, não inclui
o Neutro
- Os DPS devem ser ligados:

 Um lado DPS deve ser ligado ao condutor de Fase

 O outro lado do DPS deve ser ligado ao BEP ou barra PE do


quadro

80
Tipo de Instalação
A linha elétrica de energia que chega à edificação, não inclui
o Neutro

- Esta ligação configura um


esquema TN-C na entrada e na
saída

- Esta ligação configura um


esquema TN-C na entrada e em
seguida passa a TN-S.

- A passagem do esquema TN-C


para TN-S, deve ser feita no
quadro de distribuição principal.
81
Tipo de Instalação
A instalação possui neutro e este não será aterrado ao
barramento de equipotencialização.

 Os DPS de fase devem ser ligados:


- Um lado do DPS deve ser ligado ao condutor de fase.

 Os DPS neutro devem ser ligados:


- Um lado do DPS deve ser ligado ao condutor de neutro.

 Em ambos os casos, o outro lado do DPS deve ser ligado ao BEP ou


barra PE do quadro.

82
Tipo de Instalação
A instalação possui neutro e este não será aterrado ao
barramento de equipotencialização.

83
Classificação
1. Classe I: Esta classe de DPS, também conhecida como DPS de
proteção de raios, é projetada para lidar com as correntes de surto
diretas resultantes de um raio. Ela é capaz de suportar e desviar as
correntes muito altas de um impacto direto de um raio, protegendo a
instalação contra esses eventos extremos. Esses dispositivos são
normalmente instalados no ponto de entrada de energia de um edifício
ou instalação.
2. Classe II: Os DPS de Classe II, também conhecidos como DPS de
proteção de surto, são projetados para proteger contra surtos
indiretos, como aqueles causados por raios nas proximidades ou por
variações na rede elétrica. Eles são capazes de lidar com correntes de
surto inferiores às dos dispositivos de Classe I, mas ainda assim
significativas. Esses dispositivos são geralmente instalados no quadro
de distribuição principal ou em quadros secundários.
3. Classe III: A Classe III de DPS é destinada à proteção de
equipamentos sensíveis, fornecendo uma proteção adicional e mais
precisa. Eles são projetados para lidar com surtos de tensão menores e
mais refinados que podem ocorrer dentro de uma instalação. Esses
dispositivos são normalmente instalados o mais próximo possível dos
equipamentos que se pretende proteger, por exemplo, em tomadas ou
no quadro de distribuição de equipamentos específicos.
84
Dimensionamento
1. Determinar a Classe;
2. Determinar a Corrente Nominal de Surto:

85
Dimensionamento
3. Determinar a Tensão Máxima de Operação (Uc): 175V, 275V, 340V,
385V, 485V.
4. Determinar a Tensão de Proteção (Up): quanto mais baixa for a
Up, melhor será a qualidade do DPS.

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