Aula Conceituação de Grupos - Teorias e Técnicas Grupais

Teorias e Técnicas Grupais
Textos:
1- Importância e Conceituação de grupos. In: ZIMERMAN, D. Fundamentos

básicos das grupoterapias.
2- Fundamentos teóricos. In: ZIMERMAM, D. Como trabalhamos com grupos.
Profa. Jaciany Serafim
13/08/2024 1
Aspectos históricos
A psicologia grupal é resultante da confluência das contribuições
provindas da teoria psicanalítica e das Ciências Sociais, através dos
ramos da Sociologia, Antropologia Social e da Psicologia Social.
O ser humano é gregário, e ele só existe, ou subsiste, em função de suas
interações grupais. Desde o nascimento, participa de diferentes grupos,
numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e
grupal.
Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos e
sua relação com os respectivos subgrupos se constitui em uma
comunidade e um conjunto interativo das comunidades configura um a
sociedade.
2
“todo indivíduo passa a maior parte do tempo de sua vida
convivendo e interagindo com distintos grupos” (p.51)
ESCOLA
FAMÍLIA
AMIGOS
3
Definição do termo “grupo"
um conjunto de três pessoas (para muitos autores, uma relação bi
pessoal, já configura um grupo).
Subdivisão:
1- Grandes grupos (pertencem à área da macrossociologia)
2- Pequenos grupos (micro psicologia)
Agrupamento x grupo
4
Requisitos que caracterizam um grupo
1- Um grupo não é um mero somatório de indivíduos;
2- Todos os integrantes do grupo estão reunidos em tomo de uma tarefa
e de objetivos em comum;
3- O tamanho de um grupo não pode exceder o limite que ponha em
risco a indispensável preservação da comunicação visual, auditiva, a
verbal e conceitual;
4- Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o
cumprimento das combinações nele feitas;
5- Manifesta-se como uma totalidade;
6- Configura-se como uma nova entidade, como uma identidade
grupal genuína. Indispensável preservar as identidades individuais;
5
7- É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico que gravitam
fantasias, ansiedades, identificações e etc;
8- E inerente a existência de uma interação afetiva entre os membros, a
qual costuma ser de natureza múltipla e variada;
9- Em todo grupo coexistem duas forças contraditórias: coesão e
desintegração. A coesão do grupo está na proporção direta, em cada um
e na totalidade dos sentimentos de ‘pertinência" (é o “vestir a camisa”) e
de “pertencência" (o indivíduo se refere ao grupo como sendo “o meu
grupo”), e implica no fato de cada pessoa do grupo ser reconhecida
pelos outros como um membro efetivo;
10- Todo campo grupal se processa em dois planos: 1) intencionalidade
consciente; 2) interferência de fatores inconscientes. O primeiro é
denominado por Bion como grupo de trabalho (os indivíduos
integrantes estão voltados para o êxito da tarefa proposta) Subjacente a 6
10- Todo campo grupal se processa em dois planos: 1) intencionalidade
consciente; 2) interferência de fatores inconscientes. O primeiro é
denominado por Bion como grupo de trabalho (os indivíduos
integrantes estão voltados para o êxito da tarefa proposta) Subjacente a
ele, está o segundo plano, “supostos básicos“, regido por desejos
reprimidos, ansiedades e defesas, etc);
11- Fenômeno da “Ressonância: a mensagem de cada indivíduo vai
ressoando nos demais membros do grupo;
12- Distinção entre a simples emergência de fenômenos grupais e um
processo grupal terapêutico;
13- Possui finalidade terapêutica ou operativa.
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Le Bom – 1895- “Psicologia das Multidões”, o qual é reeditado até os dias
atuais. Para Le Bom, havia uma ruptura profunda entre o fenômeno individual
e o fenômeno coletivo. A multidão é apresentada como uma espécie de ser
unitário provido de características psicológicas próprias, de modo que os
indivíduos que a compõem perdem suas características pessoais, sua
autonomia, e passam a agir como uma espécie de “psiquismo coletivo”
J. Pratt – 1905 – método de classes coletivas, que consistia em uma aula prévia
sobre higiene e problemas da tuberculose em uma enfermaria. (1ª experiência
registrada na literatura cientifica). Serviu como modelo para o A.A.
Freud – 1921 – Psicologia das massas e análise do Eu.
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J. Moreno – 1930- introduziu a expressão terapia de grupo, com a
utilização da dramatização teatral.
K. Lewin – 1936 – criador do conceito dinâmica de grupos, campo
grupal, maioria e minoria psicológica.
Bion – 1940 – grupo de trabalho e pressupostos básicos.
Pichon Riviere – 1940 – Grupos operativos – execução de uma
tarefa.
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