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Geopolítica Da América Latina-1

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GEOPOLÍTICA DA AMÉRICA

LATINA
E.E.E.M. BENEDITO CORRÊA DE SOUZA
M2TNM03
Prof. Clerisma
Geografia

Ana Paula
Daniele
João Victor
Ryandra
HISTÓRIA E INFLUÊNCIAS
EXTERNAS NA
GEOPOLÍTICA LATINO-
AMERICANA
A América Latina, corresponde
aos países da América que
possuem como línguas oficiais o
português, o francês e o espanhol,
línguas que têm origem no latim.
O inglês e o holandês também
aparecem em menor escala.
O português é falado no Brasil, o
francês é falado no Haiti e Ilhas do
Caribe, e o espanhol é falado nos
restantes países. Alguns países
ainda falam inglês, como Guiana e
Jamaica, além do Suriname, que
fala holandês (ou neerlandês).
São 20 os países da América Latina. Dela
fazem parte países da América Central, da
América do Sul e apenas um país da
América do Norte (México)
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador,
Guatemala, Haiti, Honduras, México,
Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru,
República Dominicana, Uruguai, Venezuela
A população gira em torno de 660 milhões
de habitantes, concentrados
principalmente no Brasil México e
Argentina. A qualidade de vida e economia
dos países é bastante variável, mostrando
que estes países possuem pontos
históricos em comum, porém, realidades
e modos de vida bastante diversificados.
Domínio Espanhol e Português: A chegada de
Cristóvão Colombo em 1492 e o subsequente Tratado
de Tordesilhas (1494) dividiram o continente entre as
coroas espanhola e portuguesa, estabelecendo as
bases da estrutura social e econômica da América
Latina. A exploração dos recursos naturais, a
escravidão e a imposição de instituições europeias
geraram profundas desigualdades sociais e
econômicas, que persistem até hoje.

Legado Colonial: A criação de uma economia de


exportação de recursos (minérios, açúcar, café, etc.)
e a fragmentação política após as guerras de
independência deixaram muitos países latino-
americanos dependentes de potências estrangeiras.

COLONIZAÇÃO
EUROPEIA (SÉCULOS
XVI – XIX)
Doutrina Monroe (1823): Estabeleceu a América
Latina como uma esfera de influência dos Estados
Unidos, com o objetivo de impedir novas colonizações
europeias e garantir a hegemonia norte-americana na
região.

"Big Stick" e Intervencionismo Militar: O


presidente Theodore Roosevelt (1901-1909) adotou
uma política externa ativa e intervencionista. Durante
o início do século XX, os EUA intervieram diretamente
em vários países latino-americanos, especialmente no
Caribe e América Central, como na ocupação de Cuba,
Nicarágua, Haiti e República Dominicana.

Guerra Fria: Durante a Guerra Fria, os EUA buscaram


impedir o avanço do comunismo na região, apoiando
golpes militares e regimes autoritários, como no Brasil
(1964), Chile (1973), Argentina (1976), e outros. O
apoio a ditaduras de direita visava garantir governos
alinhados ao capitalismo e contrários à União
Soviética.
INTERVENÇÃO DOS
ESTADOS UNIDOS Doutrina Reagan e as Guerras Civis: Na década
(SÉCULO XIX EM DIANTE) de 1980, os EUA intensificaram seu apoio a forças
contrarrevolucionárias na América Central,
financiando grupos armados em El Salvador e
Nicarágua (ex: Contras) e apoiando governos que
combatiam movimentos de esquerda.
Cuba e o Bloco Socialista: O triunfo da Revolução
Cubana em 1959 marcou um ponto de virada na
geopolítica da América Latina. Cuba se tornou um
aliado próximo da União Soviética, o que resultou na
Crise dos Mísseis de 1962. A presença de um regime
socialista tão próximo dos EUA aumentou as tensões
na região.
Movimentos de Esquerda: A Revolução Cubana
inspirou movimentos de esquerda em toda a
América Latina. Muitos desses movimentos
receberam apoio logístico, financeiro e militar da
União Soviética e de Cuba, exacerbando os conflitos
internos e gerando uma política de repressão pelos
EUA e seus aliados locais.

INFLUÊNCIA DA UNIÃO
SOVIÉTICA (GUERRA
FRIA)
Investimentos Econômicos: Nos últimos anos, a
A ASCENSÃO DA CHINA (INÍCIO China emergiu como um dos principais parceiros
DO SÉCULO XXI) E A PRESENÇA econômicos da América Latina. O país asiático tem
DA RÚSSIA (SÉCULO XXI) investido massivamente em infraestrutura, energia
e mineração, além de ser um dos maiores
Relações Militares e Políticas: A compradores de commodities latino-americanas,
Rússia, nos últimos anos, retomou seu como soja, minério de ferro, cobre e petróleo.
interesse pela América Latina,
particularmente fortalecendo suas Diplomacia Econômica: A Iniciativa do Cinturão e
relações com Venezuela, Cuba e Rota (BRI) da China inclui vários países latino-
Nicarágua. Moscou tem fornecido americanos, consolidando sua presença
equipamentos militares e treinamento geoeconômica na região. Este movimento tem
para as forças armadas desses países, causado preocupações nos EUA, que veem a
além de apoio diplomático a governos expansão chinesa como uma ameaça à sua
que se opõem à influência dos EUA. influência histórica.

Diplomacia com Regimes Autoritários: A China


Geopolítica de Energia: A Rússia estabeleceu laços mais fortes com governos como o
também está envolvida no setor da Venezuela, que está isolada diplomaticamente
energético da América Latina, no Ocidente. Isso mostra como a geopolítica
investindo em petróleo e gás na regional está se diversificando, com países latino-
Venezuela, além de participar em americanos procurando alternativas ao tradicional
projetos de cooperação com outros domínio norte-americano.
países da região.
Acordos Comerciais e Diplomacia: A
União Europeia (EU) tem buscado
fortalecer suas relações com a América
Latina por meio de acordos comerciais e
parcerias estratégicas, como o Acordo
de Associação entre o Mercosul e a EU,
que visa criar uma das maiores áreas de
livre comércio do mundo. Além disso,
países como Espanha e Portugal
continuam a manter laços culturais e
econômicos profundos com a região.
Diplomacia Climática: A EU também
exerce influência na política ambiental e
INFLUÊNCIA EUROPEIA de direitos humanos da América Latina,
pressionando por políticas de
desenvolvimento sustentável e pelo
respeito aos direitos humanos em países
que enfrentam crises políticas e sociais.
A integração regional tem sido
INTEGRAÇÃO uma das principais estratégias
REGIONAL E adotadas pelos países da América
BLOCOS Latina para aumentar seu poder
ECONÔMICOS NA econômico, político e social.
Embora a região compartilhe uma
AMÉRICA LATINA história de colonização e desafios
comuns, os esforços de integração
enfrentaram diversos obstáculos,
incluindo instabilidades políticas,
divergências econômicas e
mudanças no cenário global.
Abaixo, uma análise mais
detalhada sobre os blocos
econômicos e as iniciativas de
integração regional.
HISTÓRICO Primeiras Tentativas: Desde o século
DA XIX, houve esforços para promover a
integração regional, inspirados pela
INTEGRAÇÃO visão de líderes como Simón Bolívar, que
sonhavam com uma América Latina
REGIONAL unificada. No entanto, as realidades
políticas e econômicas da época
tornaram esse objetivo difícil de
alcançar.

Período Pós-Guerra: Após a Segunda


Guerra Mundial, houve um movimento
mais formal de integração, impulsionado
pela necessidade de recuperação
econômica e maior cooperação entre os
países. Surgiram várias organizações e
tratados que buscavam promover o
comércio e o desenvolvimento regional.
PRINCIPAIS • Fundação: Criado em 1991 pelo Tratado de
BLOCOS Assunção, o Mercosul é formado atualmente por
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a
Venezuela suspensa desde 2016.
ECONÔMICO • Objetivos: Promover o livre comércio e a

S circulação de bens, serviços e fatores produtivos


entre os membros, além de coordenar políticas
macroeconômicas e setoriais. O bloco visa
1. MERCOSUL – Mercado também garantir um mercado comum e a
Comum do Sul integração política regional.
• Desafios: O Mercosul enfrenta dificuldades
decorrentes de divergências políticas internas,
especialmente entre Brasil e Argentina. A falta de
harmonização completa nas políticas comerciais
também limita o avanço da integração
econômica.
• Acordo Mercosul-EU: Em 2019, o Mercosul e a
União Europeia chegaram a um acordo comercial
preliminar, que ainda precisa ser ratificado. Esse
acordo pode criar uma das maiores áreas de livre
comércio do mundo, mas enfrenta resistência
devido a preocupações ambientais e comerciais.
• Fundação: Criada em 2011, a Aliança
do Pacífico inclui Chile, Colômbia,
México e Peru. É considerada uma das
iniciativas mais dinâmicas e orientadas
para o mercado na América Latina.
• Objetivos: A Aliança busca promover a
integração econômica e comercial entre
seus membros, especialmente com a
Ásia-Pacífico. O bloco se diferencia por
sua ênfase em liberalização comercial,
abertura ao investimento estrangeiro e
cooperação com outros países,
incluindo economias asiáticas.
• Expansão: A Aliança tem atraído
2. Aliança do Pacífico
interesse de países observadores e
associados, como o Japão, a Coreia do
Sul e a Austrália, buscando fortalecer
suas conexões com mercados asiáticos.
• Fundação: Estabelecida em 1969, a
Comunidade Andina inclui Bolívia,
Colômbia, Equador e Peru. Seus
principais objetivos são promover o
desenvolvimento equilibrado e
harmonioso entre os países membros
através da cooperação econômica e
integração.
• Realizações: A CAN tem um mercado
comum relativamente bem-sucedido e
alcançou progressos em áreas como a
harmonização tarifária e a política de
transporte.
• Desafios: A saída da Venezuela e o
3. Comunidade Andina - CAN afastamento do Chile limitaram a
eficácia da Comunidade Andina. Além
disso, as tensões políticas internas entre
seus membros dificultam uma maior
integração.
4. UNASUL - União de • Fundação: Criada em 2008, a UNASUL
Nações Sul-Americanas foi uma tentativa de integrar os países
sul-americanos, tanto do ponto de vista
político quanto econômico, inspirada pela
União Europeia. Inclui países como
Argentina, Brasil, Colômbia, e Chile.
• Objetivos: Inicialmente, visava promover
a paz, a democracia, a integração
regional e o desenvolvimento econômico.
O bloco também tinha como foco
coordenar políticas de infraestrutura e
energia.
• Declínio: A UNASUL enfraqueceu devido
a divergências políticas entre os países
membros, especialmente após a
ascensão de governos de direita na
região. Em 2019, Brasil, Argentina e
outros países anunciaram sua saída do
bloco, enfraquecendo-o ainda mais.
• Fundação: Criada em 2010, a CELAC
engloba todos os países da América
Latina e do Caribe, sendo vista como
uma alternativa à Organização dos
Estados Americanos (OEA), que inclui
os EUA e o Canadá.
• Objetivos: Promover a cooperação
política e econômica, além de criar
uma frente comum para a defesa dos
interesses regionais em fóruns
internacionais.
• Desafios: A CELAC tem enfrentado
dificuldades para alcançar um
5. CELAC (Comunidade de consenso devido às diferenças
Estados Latino-Americanos e políticas e ideológicas entre os países
Caribenhos) membros. Além disso, a falta de uma
estrutura institucional robusta limita
sua eficácia.
RECURSOS
NATURAIS NA A América Latina é uma das
GEOPOLÍTICA regiões mais ricas em recursos
DA AMÉRICA naturais do mundo, o que lhe
confere um papel estratégico na
LATINA geopolítica global. A abundância
de petróleo, gás, minérios, água
doce e biodiversidade coloca a
região no centro das atenções de
potências globais e de empresas
multinacionais. Esses recursos
naturais são fundamentais para o
crescimento econômico, mas
também são fontes de tensões
políticas, disputas territoriais e
desafios ambientais.
Petróleo e Gás
Venezuela: Detém as maiores reservas comprovadas de
petróleo do mundo, com a região da Faixa Petrolífera do
Orinoco sendo uma das mais ricas em petróleo pesado. No
entanto, a crise política e econômica do país prejudicou
sua capacidade de explorar e exportar esse recurso.

PRINCIPAIS Brasil: O Brasil possui vastas reservas de petróleo,


principalmente na camada do pré-sal, localizada no litoral

RECURSOS atlântico. A Petrobras, estatal brasileira, desempenha um


papel central no desenvolvimento dessas reservas, que
têm potencial para consolidar o Brasil como um dos

NATURAIS NA maiores exportadores de petróleo do mundo.


México: Também é um importante produtor de petróleo,

AMÉRICA com a PEMEX, empresa estatal, controlando a maior parte


da produção. A Reforma Energética de 2013 abriu o setor
energético mexicano para investimentos estrangeiros,
LATINA aumentando a exploração e modernização do setor.
Bolívia e Argentina: Bolívia possui grandes reservas de
gás natural, sendo um dos maiores exportadores desse
recurso para países como Brasil e Argentina. Além disso, a
Argentina, com suas reservas de gás de xisto em Vaca
Muerta, está se tornando um dos principais produtores de
gás natural não convencional.
Minérios e Metais
Chile: É o maior produtor mundial de cobre, com
vastas minas localizadas no deserto do Atacama. O
cobre é essencial para a economia chilena e para a
indústria global, especialmente na fabricação de
eletrônicos e para a transição energética (veículos
elétricos, energias renováveis).
Peru: Um dos maiores produtores de prata, zinco,
estanho e cobre, com uma economia fortemente
dependente da mineração. Disputas entre
comunidades locais e empresas mineradoras sobre
questões ambientais são comuns.
Brasil: Além de petróleo, o Brasil é um dos maiores
exportadores de minério de ferro, essencial para a
indústria siderúrgica global. A empresa brasileira
Vale é uma das maiores mineradoras do mundo,
com operações em vários continentes.
Colômbia: É um importante exportador de carvão
e ouro. A mineração de ouro, especialmente, tem
enfrentado desafios, incluindo questões de
legalidade, conflitos com comunidades indígenas e
impactos ambientais.
Biodiversidade e Recursos Florestais
Amazônia: Abrange nove países,
incluindo Brasil, Peru, Colômbia e
Venezuela, e é considerada a maior
floresta tropical do mundo, abrigando
cerca de 10% da biodiversidade global. O
papel da Amazônia no sequestro de
carbono e sua importância para o
equilíbrio climático a colocam no centro
das discussões ambientais globais.
Desmatamento e Exploração
Madeireira: O desmatamento ilegal e a
exploração madeireira, principalmente no
Brasil, são questões críticas. O uso da
terra para agricultura (soja, gado) e
mineração tem contribuído para a
degradação ambiental, gerando tensões
internas e pressão internacional para a
conservação da floresta.
Recursos Hídricos
Aquífero Guarani: Localizado sob
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, é
uma das maiores reservas de água
doce subterrânea do mundo. Sua
importância estratégica para o
abastecimento futuro de água torna a
sua gestão um tema geopolítico
relevante.
Rios e Hidrelétricas: A região conta
com grandes rios, como o Amazonas,
Paraná e Orinoco, que desempenham
um papel central na geração de energia
hidrelétrica. O Brasil, por exemplo, gera
a maior parte de sua eletricidade
através de hidrelétricas, incluindo a
usina de Itaipu, que é uma das maiores
do mundo.
Agricultura e Commodities
Soja e Agricultura: O Brasil e a
Argentina são os maiores exportadores
de soja do mundo, e a demanda global,
especialmente da China, impulsiona a
expansão agrícola. A agricultura em
larga escala tem impulsionado o
crescimento econômico, mas também
gerado desmatamento, uso intensivo de
água e conflitos com comunidades
rurais.
Pecuária: O Brasil é o maior
exportador mundial de carne bovina,
mas o aumento das áreas de pastagem,
muitas vezes à custa de florestas
tropicais, tem atraído críticas
internacionais por contribuir para o
desmatamento da Amazônia.
A geopolítica ambiental e as
mudanças climáticas estão
GEOPOLÍTICA ganhando uma importância
crescente na América Latina, uma
AMBIENTAL E região conhecida por sua vasta
biodiversidade e recursos naturais,
MUDANÇAS como a Amazônia, os Andes,
CLIMÁTICAS grandes aquíferos e uma imensa
variedade de ecossistemas. As
NA AMÉRICA pressões globais por
sustentabilidade, juntamente com
LATINA os efeitos diretos das mudanças
climáticas, estão remodelando as
relações internacionais e as
políticas internas da região.
Impactos das Mudanças Desmatamento e Perda de
Climáticas na América Biodiversidade
Latina
Amazônia: A floresta amazônica desempenha
um papel fundamental na regulação climática
global, atuando como um importante
sumidouro de carbono. No entanto, o
desmatamento acelerado, impulsionado por
atividades como a agricultura e a mineração,
está transformando a Amazônia de um
sumidouro em uma fonte de emissões de
carbono. A perda da Amazônia teria
implicações drásticas para o clima global e a
biodiversidade regional.
Efeitos na Biodiversidade: A perda de
ecossistemas diversos, como florestas
tropicais, pântanos e áreas costeiras, está
acelerando a extinção de espécies e a
degradação de habitats. Isso afeta não só a
biodiversidade, mas também os meios de
subsistência de comunidades que dependem
de recursos naturais locais.
Agricultura e Segurança Alimentar
Mudança no Regime de Chuvas: A
agricultura, uma das principais fontes de
renda de países como Brasil, Argentina e
México, está altamente vulnerável às
alterações no regime de chuvas e ao
aumento das temperaturas. Culturas como
soja, milho e trigo podem ser severamente
impactadas pela seca prolongada, o que
coloca em risco a segurança alimentar
regional e as exportações.
Eventos Climáticos Extremos:
Inundações e secas severas têm se tornado
mais frequentes em áreas como o sul do
Brasil e a Argentina, afetando as safras e o
abastecimento de alimentos. Esses eventos
também elevam os custos de recuperação
e mitigação para os governos, drenando
recursos de outros setores.
Crise Hídrica
Escassez de Água: A mudança climática
está exacerbando a escassez de água em
muitas partes da América Latina, como o
nordeste do Brasil, a região andina e
áreas semiáridas no México e na
Argentina. A competição por recursos
hídricos entre setores agrícolas,
industriais e urbanos está se
intensificando, levando a conflitos
potenciais.
Derretimento de Glaciares Andinos:
Na região dos Andes, a aceleração do
derretimento dos glaciares coloca em
risco a segurança hídrica de milhões de
pessoas que dependem dessas reservas
naturais de água. Cidades como La Paz,
na Bolívia, e Santiago, no Chile,
enfrentam crises iminentes de água.
Acordo de Paris: Todos os países da
As mudanças climáticas não
América Latina são signatários do Acordo
são apenas uma questão de Paris de 2015, comprometendo-se a
ambiental, mas também um reduzir suas emissões de gases de efeito
tema central nas relações estufa e a adotar medidas para mitigar as
internacionais e na política mudanças climáticas. No entanto, a
regional. A gestão dos implementação dessas metas varia
recursos naturais, a proteção amplamente entre os países.
dos ecossistemas e as
políticas climáticas estão Críticas Internacionais ao
influenciando as alianças Desmatamento: O Brasil, em particular,
globais, as estratégias enfrenta pressão internacional crescente
devido ao desmatamento da Amazônia.
econômicas e as políticas Durante os últimos anos, países da União
internas dos países latino- Europeia e organizações internacionais
americanos. pressionaram o governo brasileiro a
adotar políticas mais rígidas de controle
ambiental, chegando a ameaçar boicotes
comerciais e sanções caso não sejam
cumpridas metas de conservação.
China: A China é um dos maiores parceiros
comerciais da América Latina e um dos principais
importadores de commodities agrícolas e minerais.
Ao mesmo tempo, a China também investe em
projetos de infraestrutura e energia na região, o que
cria um dilema para os países latino-americanos:
como equilibrar a proteção ambiental com a
necessidade de crescimento econômico e
investimentos estrangeiros.
Estados Unidos: Sob administrações recentes, os
EUA têm se mostrado mais engajados nas questões
climáticas globais, especialmente após o retorno ao
Acordo de Paris. Além de fornecer assistência técnica
e financeira para projetos sustentáveis, o governo
dos EUA tem se posicionado como um oponente das
políticas de desmatamento descontrolado e
exploração não sustentável de recursos naturais na
América Latina.
Interesses Geopolíticos e União Europeia: A EU desempenha um papel
Potências Externa crucial nas discussões ambientais, especialmente
em negociações comerciais como o Acordo Mercosul-
EU. A Europa exige compromissos ambientais e
climáticos mais rigorosos, colocando o tema
ambiental no centro das relações comerciais.
AMAZÔNIA E A
“SOBERANIA A Amazônia, o maior bioma
tropical do mundo, é fundamental
VERDE” para o equilíbrio climático global.
Sua proteção é um tema central na
geopolítica latino-americana e
global. O conceito de “soberania
verde” refere-se ao direito dos
países amazônicos de explorar seus
recursos naturais, mas de maneira
que respeite os compromissos
ambientais internacionais. A
diplomacia amazônica tem ganhado
destaque em cúpulas globais, com
países latino-americanos
negociando apoio financeiro para a
preservação da floresta em troca de
esforços de conservação.

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