O documento discute a administração de terapêutica em cuidados paliativos, focando-se no controle de sintomas, vias de administração de medicamentos e princípios de cuidado do paciente. O objetivo principal é aliviar o sofrimento e promover o conforto do paciente e familiares.
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ÁREAS CHAVE EM CUIDADOS PALIATIVOS
DOENTE E
FAMÍLIA
CONTROLO
SINTOMÁTICO
TRABALHO EM EQUIPA
APOIO FAMILIAR
COMUNICAÇÃO
ADEQUADA
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QUALIDADE DE VIDA DE DOENTES TERMINAIS
Controlo adequado da dor/outros sintomas
Evitar prolongamento inadequado da agonia
Manter o controlo da situação
Evitar ser um fardo
Fortalecer as relações com os familiares
JAMA, 1999 e Singer, in Barbosa e Neto, 2006
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CONTROLO DE SINTOMAS
Implica saber reconhecer, avaliar e tratar
adequadamente os múltiplos sintomas
que surgem e que têm repercussões
directas sobre o bem estar do doente
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SINTOMAS
Produção (aspectos somáticos da doença)
Percepção (aspectos de modulação)
Expressão
COMPLEXOS MULTI-SINTOMÁTICOS
Neto, 2006
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PRINCÍPIOS DO CONTROLO SINTOMÁTICO
Avaliar antes de tratar (causa, impacto, intensidade,
factores condicionantes)
Explicar causas dos sintomas e medidas terapêuticas
de forma acessível – estabelecer planos terapêuticos
com o doente e família
Adequar a via de administração da terapêutica
Não esperar que um doente se queixe – atitude
preventiva
Neto, 2006
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PRINCÍPIOS DO CONTROLO SINTOMÁTICO
Adoptar uma estratégia terapêutica mista
Monitorizar sintomas – escalas de avaliação (ESAS)
Reavaliação regular das medidas terapêuticas
Cuidar dos detalhes
Estar disponível
Neto, 2006
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Os doentes suspendem a terapêutica
porque têm…
Medo da dependência dos fármacos
Medo dos efeitos secundários dos fármacos
Medo da perda de eficácia dos fármacos
Crenças religiosas
Má adesão ao tratamento em geral
Neto, 2007
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INJECTÁVEIS
Indicados nos sintomas agudos
Ineficazes em sintomas crónicos
Semi-vida curta – implica múltiplas
administrações em 24 horas
Via de administração dolorosa
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VIA SUB-CUTÂNEA
Via parentérica
Eficaz, segura, pouco agressiva
Económica e simples
Rápido acesso
Administração contínua e menos dolorosa de
injectáveis
Menos complicações que a via IV ou IM
Galvão, 2005
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VIA SUB-CUTÂNEA
Autonomia do doente no hospital e no
domicílio
Bom controlo sintomático
Administração de fármacos (bólus ou
perfusão)
Administração de soros (hipodermoclise) –
prevenção da desidratação
Galvão, 2005
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INDICAÇÕES
Alterações na deglutição
Náuseas e vómitos
Doses elevadas de terapêutica oral
Efeitos secundários provocados pela via oral
Resposta terapêutica insatisfatória
Fármacos contra-indicados por via oral
Galvão, 2005
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INDICAÇÕES
Obstrução intestinal
Prostração ou estados confusionais
Desidratação
Redução da absorção gastro-intestinal
Maus acessos venosos e inexistência de outras vias
Galvão, 2005
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CONTRA-INDICAÇÕES
Edemas acentuados generalizados
Alterações graves da coagulação
Hipotensão e insuficiência renal pré-renal
Doentes com risco de edema pulmonar
Alterações da integridade cutânea
Membros em que foi feita a dissecção ganglionar
Quando são necessárias rápidas e grandes
quantidades de soros
Galvão, 2005
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TÉCNICA DE COLOCAÇÃO:
Perguntar qual é o local mais confortável para o
doente
Desinfectar o local de punção (álcool a 70%,
clorhexidina a 0,5% ou iodopovidona) e deixar secar
Fazer uma prega cutânea entre o indicador e o polegar
e inserir aí o abocath num ângulo de 45º com o bisel
para cima
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Fixam-se as alas da agulha e coloca-se um
penso oclusivo transparente para visualizar o
local de punção
Aspirar para confirmar se não reflui sangue
para o prolongamento
Injectar 1 a 2 cc de SF no prolongamento
Mudar o catéter de 7 em 7 dias e monitorizar
diariamente a presença de sinais que obriguem
à mudança antecipada de local
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LOCAIS DE PUNÇÃO
Região abdominal inferior
Face anterior do tórax
Face externa e anterior do braço
Face externa das coxas
Neto, 2008
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EVITAR PUNÇÃO SUB-CUTÂNEA EM…
Zonas dolorosas
Zonas sujeitas a radioterapia
Zonas próximas de massas tumorais
Zonas não íntegras ou em fase de cicatrização
Membros com linfedema
Zonas com proeminências ósseas ou próximo
de articulações
Região mamária
Hemitórax mastectomizado
Próximo de estomas
Neto, 2008
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FÁRMACOS QUE PODEM SER ADMINISTRADOS
POR VIA SUB-CUTÂNEA…
Morfina
Tramadol
Haloperidol
Levomepromazina
Midazolam
Lorazepam
Dexametasona
Metoclopramida
Butilescopolamina
Diclofenac
Furosemida
Salbutamol
Ceftriaxone
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FÁRMACOS QUE NÃO PODEM SER
ADMINISTRADOS POR VIA SUB-CUTÂNEA…
DIAZEPAM
CLORPROMAZINA
PAMIDRONATO
DIGOXINA
FENITOÍNA
ANTIBIÓTICOS
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ADMINISTRAR FÁRMACOS EM BÓLUS
Aspirar antes de administrar
Administrar o fármaco
Injectar 2 cc de SF após a administração de cada
fármaco
Administrar no máximo 3 fármacos diferentes de
cada vez no mesmo local e não mais de 10cc no
mesmo local
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ADMINISTRAR FLUÍDOS EM PERFUSÃO
Hidratação de doentes em meio hospitalar ou no
domicílio
Em cada punção podem ser administrados 1000 a 1500
cc/dia – máximo 3000cc/dia.
Complicações:
- Infecção
- Perda de líquido no local de punção
- Farfalheira
- Edemas periféricos
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O balão de soro deve ficar a 1,5m de altura em
relação ao doente
Pode-se colocar até 40 mEq de cloreto de potássio
por litro de soro
Pode-se administrar no máximo 100cc de soro por
hora – segundo absorção e tolerância do doente
Utilizar bomba infusora quando a hidratação é
rigorosa
Hidratação à noite e descanso de dia
Cloreto de sódio 0,9% ou soros dextrosados
Evitar soros hipotónicos
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Em cuidados paliativos a terapêutica é administrada
para prevenção ou tratamento de sintomas –
objectivos terapêuticos
Pretende-se aliviar o sofrimento associado aos
sintomas, promover o conforto do doente e dos
familiares e reduzir a ansiedade
É preciso estar atento aos componentes psico-
sociais dos sintomas – complexos
multidimensionais
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Valorizar sempre a intensidade dos sintomas,
avaliando e monitorizando correcta e
continuamente
Saber qual a percepção que o doente tem da causa
do sintoma
Determinar a causa e as repercussões do sintoma
na vida diária do doente e no sono
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Ter medicação de resgate para agravamento de
sintomas existentes ou início de novos sintomas
Não esquecer terapêutica adjuvante e outras
terapias