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Gostaria que fizesses o mesmo: elegesses uns  seis a dez  objectos e sobre cada um deles escrevesses  um parágrafo-legenda.   O conjunto decerto dará um quase-retrato teu, uma espécie de  breve livro de memórias .
Por vezes, nesta coluna da  Pública , a escolha dos objectos pelos convidados da revista era orientada por critérios estéticos. Parece-me mais importante  que escolhas os objectos em função das alusões, dos comentários, que eles te permitam fazer.
No nosso caso  não será necessário reproduzir em imagens  cada um dos objectos (a não ser que tenhas gosto nisso e facilidade em o fazer). Basta que ponhas como cabeça de cada legenda uma designação bastante específica do objecto. Exemplo: «[Ursinho que tenho em casa, já sem uma pata, feito em algodão azul]».
 
 
 
 
 
 
1.1.1  a ; 1.1.2  b ;  1.1.3  a ;  1.1.4  d ; 1.1.5  b ;  1.1.6  d ;  1.1.7  c ;  1.1.8  a .
1.4.1:  comparação   (cfr. «dir-se-ia» = ‘como’)
Agora estamos aqui os dois, pode dar-me o nome que quiser, sou um português que não conseguia sair do Canto Primeiro, você chegou e já posso ver das naus as velas côncavas inchando, sou um homem livre, posso finalmente passar ao Canto Segundo. Era quase noite, ele acabou a Coca-Cola, já tinha bebido outras duas,  o que era insólito
Era um velho muito velho, sentado à porta da Torre de Arzila, as barbas todas brancas, os cabelos quase pelos  ombros, calçava  umas alpercatas rotas, vestia uma estranha camisa comprida... (linha 2) ombros. Calçava
Tinha os olhos muito azuis, recitava uma espécie de  oração, qual  não foi o meu espanto quando, (ll. 5-6) Tinha os olhos muito azuis, recitava uma espécie de  oração. Qual  não foi o meu espanto quando,
emparedado nas sílabas de  « as armas e os barões assinalados »  (linha 11)
—  Boa tarde ,  disse-lhe, tentando meter conversa. —  Boa tarde  —  disse-lhe, tentando meter conversa.
Reparei  que trazia atada ao pescoço (l. 4) reparei  que repetia incessantemente o primeiro verso d’ Os Lusíadas  (7)
d’ Os Lusíadas  (7) dos  Lusíadas de  Os Lusíadas
Era  um  velho   muito   velho ,  sentado  à  porta  da  Torre  de  Arzila , as  barbas   todas   brancas , os  cabelos   quase  pelos  ombros .  Calçava  umas  alpercatas   rotas ,  vestia  uma  estranha camisa comprida ... Parecia uma pastelaria muito asseada, plantada à beira do caminho para a praia, as montras todas reluzentes, os bolos quase do momento. Tinha umas gomas dulcíssimas, vendia uns nutritivos gelados naturais...
Depois de criares tu também um novo começo, prossegue o teu texto, mas agora já desligado/a do de Alegre. Embora as duas primeiras linhas de «Canto Primeiro»,  que te servirão de matriz, convidem a um início descritivo, a redacção deve depois evoluir para uma abordagem mais autobiográfica (embora ficcional), usando portanto a 1.ª pessoa.
O teu texto não tem de ter um fecho, uma conclusão. Podes assumir que é uma página solta de um texto que não nos chegou completo. Depois, de criares tu também um novo começo de texto, prossegue mais umas linhas a sua redacção, mas agora já sem a mesma preocupação de seguir a sintaxe original.

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  • 9. Por vezes, nesta coluna da Pública , a escolha dos objectos pelos convidados da revista era orientada por critérios estéticos. Parece-me mais importante que escolhas os objectos em função das alusões, dos comentários, que eles te permitam fazer.
  • 10. No nosso caso não será necessário reproduzir em imagens cada um dos objectos (a não ser que tenhas gosto nisso e facilidade em o fazer). Basta que ponhas como cabeça de cada legenda uma designação bastante específica do objecto. Exemplo: «[Ursinho que tenho em casa, já sem uma pata, feito em algodão azul]».
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  • 17. 1.1.1 a ; 1.1.2 b ; 1.1.3 a ; 1.1.4 d ; 1.1.5 b ; 1.1.6 d ; 1.1.7 c ; 1.1.8 a .
  • 18. 1.4.1: comparação (cfr. «dir-se-ia» = ‘como’)
  • 19. Agora estamos aqui os dois, pode dar-me o nome que quiser, sou um português que não conseguia sair do Canto Primeiro, você chegou e já posso ver das naus as velas côncavas inchando, sou um homem livre, posso finalmente passar ao Canto Segundo. Era quase noite, ele acabou a Coca-Cola, já tinha bebido outras duas, o que era insólito
  • 20. Era um velho muito velho, sentado à porta da Torre de Arzila, as barbas todas brancas, os cabelos quase pelos ombros, calçava umas alpercatas rotas, vestia uma estranha camisa comprida... (linha 2) ombros. Calçava
  • 21. Tinha os olhos muito azuis, recitava uma espécie de oração, qual não foi o meu espanto quando, (ll. 5-6) Tinha os olhos muito azuis, recitava uma espécie de oração. Qual não foi o meu espanto quando,
  • 22. emparedado nas sílabas de « as armas e os barões assinalados » (linha 11)
  • 23. — Boa tarde , disse-lhe, tentando meter conversa. — Boa tarde — disse-lhe, tentando meter conversa.
  • 24. Reparei que trazia atada ao pescoço (l. 4) reparei que repetia incessantemente o primeiro verso d’ Os Lusíadas (7)
  • 25. d’ Os Lusíadas (7) dos Lusíadas de Os Lusíadas
  • 26. Era um velho muito velho , sentado à porta da Torre de Arzila , as barbas todas brancas , os cabelos quase pelos ombros . Calçava umas alpercatas rotas , vestia uma estranha camisa comprida ... Parecia uma pastelaria muito asseada, plantada à beira do caminho para a praia, as montras todas reluzentes, os bolos quase do momento. Tinha umas gomas dulcíssimas, vendia uns nutritivos gelados naturais...
  • 27. Depois de criares tu também um novo começo, prossegue o teu texto, mas agora já desligado/a do de Alegre. Embora as duas primeiras linhas de «Canto Primeiro», que te servirão de matriz, convidem a um início descritivo, a redacção deve depois evoluir para uma abordagem mais autobiográfica (embora ficcional), usando portanto a 1.ª pessoa.
  • 28. O teu texto não tem de ter um fecho, uma conclusão. Podes assumir que é uma página solta de um texto que não nos chegou completo. Depois, de criares tu também um novo começo de texto, prossegue mais umas linhas a sua redacção, mas agora já sem a mesma preocupação de seguir a sintaxe original.