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Termos antecedente, sucedente, referencial Anáfora, catáfora Referente; co-referentes Cadeia de referência.
A pneumoultramicroscopicos-silicovulcanoconiose  é uma doença tramada. Apanhei- a  há pouco. Termo antecedente  (termo referencial)   Anáfora  (termo anafórico)
O termo antecedente e o termo anafórico são  co-referentes , isto é, têm o mesmo  referente  (tanto o sintagma nominal «A pneumo...» como o pronome « a » reportam-se ao referente ‘pneumoultra-microscopicossilicovulcanoco-niose’).
O oftalmotorrinolaringologista  chegou atrasado.  O pobre do médico  tem tido problemas. Termo antecedente (termo referencial)   Anáfora (termo anafórico)
O termo antecedente e o termo anafórico têm de novo o mesmo  referente  (são, portanto,  co-refe-rentes ). O que permite perce-bermos essa  co-referência  é o facto de «oftalmotorrinolarin-gologista» ser um  hipónimo  do hiperónimo « médico ». Assim, podemos usar como anáfora este último termo, já que ele, engloban-do-o, nos permite inferir o outro termo.
O corpo humano  é uma máquina. Então  o esternocleidomastóideo  funciona exemplarmente.
Podemos considerar que «o esternocleidomastóideo» é entendido como  termo anafórico  de «o corpo humano» (que será o termo  antecedente ), porque entre ambos há uma relação de holonímia-meronímia («corpo humano» é  holónimo  dos merónimos « esternocleido-mastóideo », «braço», «perna», etc.).
Que raio, já  a  perdi! E ainda foi cara  a tetrabromometacresolsulfonoftaleína .
O pronome « a » e o sintagma nominal « a tetrabromometacresol-sulfonoftaleína » são também  co-referentes . No entanto, agora o  referente  está { escolhe } antes /  depois  do pronome que o substitui. Nestes casos, dizemos que se trata não de uma  anáfora , mas de uma  catáfora . O termo referencial é  sucedente .
 
Que raio, já  a  perdi! E ainda foi cara  a tetrabromometacresolsulfonoftaleína .   catáfora (termo catafórico)   ter mo sucedente (termo referencial)
Uma sequência cuja interpretação depende do valor referencial de anáforas ou de catáforas constitui uma  cadeia de referência .  Às vezes, numa cadeia de referência, o termo anafórico não se realiza lexicalmente (está «subentendido»; houve a sua  elipse ). É o que sucede em:
Jorge Ribeiro  falhou o penálti, mas  Ø   vai para o Benfica para o ano. Termo antecedente   Elipse
Percebemos que o sujeito da oração adversativa, embora subentendido (ou «elidido»), é « ele » ou «Jorge Ribeiro».
 
Lê o texto da  p. 250 , uma crónica, «A arte de passear passarinhos». Faíza Hayat escreve aos domingos no magazine  Pública . Responde às perguntas 1-4 da p. 251, completando as respostas que ficam a seguir:
1. A cronista localiza o acontecimento narrado em  Salvador da Bahia, no Brasil .
2.1. Damião era «um adolescente magro, de olhos enormes e redondos», cujo brilho se destacava na cor negra da  pele . O jovem passeava  passarinhos  e manifestou uma atitude cordial face ao seu interlocutor.
2.2. Antes de passear passari-nhos, o jovem era  «avião» , «nome que se dá aos meninos que trabalham para os traficantes de drogas levando e trazendo encomendas».
2.3. Cosme, irmão gémeo de Damião, auxiliava os  traficantes de drogas . Uma noite, a polícia invadiu a sua casa e, por equívoco, atirou em  Damião , que nada tinha a ver com esses negócios ilícitos. Contudo, devido à semelhança entre os dois irmãos, todos acreditaram que  Cosme  morrera. Este arrependeu-se dos seus erros e assumiu a identidade do irmão, de tal modo que todos se convenceram que era, de facto, o inocente  Damião , que passeava passarinhos.
3. A mãe de Damião tentou alertar a polícia para o equívoco, mas o seu apelo foi em vão. A morte do filho transtornou-a e, por isso,  vagueava pelas ruas a gritar pelo filho . Um dia, aparentemente resignada, passou também a dirigir-se a Cosme como se este fosse  Damião .
4. O último parágrafo do texto convida-nos à reflexão, alertando, através da interrogação, para o facto de o jovem viver com graves problemas de consciência que  não lhe permitem a felicidade . Contudo, talvez  o tempo atenue esse sofrimento .
7. 1 —  c 2 —  e 3 —  d 4 —  a 5 —  h
 

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  • 2. Termos antecedente, sucedente, referencial Anáfora, catáfora Referente; co-referentes Cadeia de referência.
  • 3. A pneumoultramicroscopicos-silicovulcanoconiose é uma doença tramada. Apanhei- a há pouco. Termo antecedente (termo referencial) Anáfora (termo anafórico)
  • 4. O termo antecedente e o termo anafórico são co-referentes , isto é, têm o mesmo referente (tanto o sintagma nominal «A pneumo...» como o pronome « a » reportam-se ao referente ‘pneumoultra-microscopicossilicovulcanoco-niose’).
  • 5. O oftalmotorrinolaringologista chegou atrasado. O pobre do médico tem tido problemas. Termo antecedente (termo referencial) Anáfora (termo anafórico)
  • 6. O termo antecedente e o termo anafórico têm de novo o mesmo referente (são, portanto, co-refe-rentes ). O que permite perce-bermos essa co-referência é o facto de «oftalmotorrinolarin-gologista» ser um hipónimo do hiperónimo « médico ». Assim, podemos usar como anáfora este último termo, já que ele, engloban-do-o, nos permite inferir o outro termo.
  • 7. O corpo humano é uma máquina. Então o esternocleidomastóideo funciona exemplarmente.
  • 8. Podemos considerar que «o esternocleidomastóideo» é entendido como termo anafórico de «o corpo humano» (que será o termo antecedente ), porque entre ambos há uma relação de holonímia-meronímia («corpo humano» é holónimo dos merónimos « esternocleido-mastóideo », «braço», «perna», etc.).
  • 9. Que raio, já a perdi! E ainda foi cara a tetrabromometacresolsulfonoftaleína .
  • 10. O pronome « a » e o sintagma nominal « a tetrabromometacresol-sulfonoftaleína » são também co-referentes . No entanto, agora o referente está { escolhe } antes / depois do pronome que o substitui. Nestes casos, dizemos que se trata não de uma anáfora , mas de uma catáfora . O termo referencial é sucedente .
  • 11.  
  • 12. Que raio, já a perdi! E ainda foi cara a tetrabromometacresolsulfonoftaleína . catáfora (termo catafórico) ter mo sucedente (termo referencial)
  • 13. Uma sequência cuja interpretação depende do valor referencial de anáforas ou de catáforas constitui uma cadeia de referência . Às vezes, numa cadeia de referência, o termo anafórico não se realiza lexicalmente (está «subentendido»; houve a sua elipse ). É o que sucede em:
  • 14. Jorge Ribeiro falhou o penálti, mas Ø vai para o Benfica para o ano. Termo antecedente Elipse
  • 15. Percebemos que o sujeito da oração adversativa, embora subentendido (ou «elidido»), é « ele » ou «Jorge Ribeiro».
  • 16.  
  • 17. Lê o texto da p. 250 , uma crónica, «A arte de passear passarinhos». Faíza Hayat escreve aos domingos no magazine Pública . Responde às perguntas 1-4 da p. 251, completando as respostas que ficam a seguir:
  • 18. 1. A cronista localiza o acontecimento narrado em Salvador da Bahia, no Brasil .
  • 19. 2.1. Damião era «um adolescente magro, de olhos enormes e redondos», cujo brilho se destacava na cor negra da pele . O jovem passeava passarinhos e manifestou uma atitude cordial face ao seu interlocutor.
  • 20. 2.2. Antes de passear passari-nhos, o jovem era «avião» , «nome que se dá aos meninos que trabalham para os traficantes de drogas levando e trazendo encomendas».
  • 21. 2.3. Cosme, irmão gémeo de Damião, auxiliava os traficantes de drogas . Uma noite, a polícia invadiu a sua casa e, por equívoco, atirou em Damião , que nada tinha a ver com esses negócios ilícitos. Contudo, devido à semelhança entre os dois irmãos, todos acreditaram que Cosme morrera. Este arrependeu-se dos seus erros e assumiu a identidade do irmão, de tal modo que todos se convenceram que era, de facto, o inocente Damião , que passeava passarinhos.
  • 22. 3. A mãe de Damião tentou alertar a polícia para o equívoco, mas o seu apelo foi em vão. A morte do filho transtornou-a e, por isso, vagueava pelas ruas a gritar pelo filho . Um dia, aparentemente resignada, passou também a dirigir-se a Cosme como se este fosse Damião .
  • 23. 4. O último parágrafo do texto convida-nos à reflexão, alertando, através da interrogação, para o facto de o jovem viver com graves problemas de consciência que não lhe permitem a felicidade . Contudo, talvez o tempo atenue esse sofrimento .
  • 24. 7. 1 — c 2 — e 3 — d 4 — a 5 — h
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