O relatório discute a inflação e as perspectivas econômicas no Brasil. A política monetária precisa permanecer vigilante devido ao aumento recente da volatilidade nos mercados e incertezas sobre o ritmo do ajuste fiscal, que podem desancorar as expectativas de inflação. Os riscos para a inflação em 2016 incluem a desaceleração da atividade econômica e o impacto dos ajustes de preços neste ano.
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Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
2. 22
I. Principal Mensagem
II. Ambiente Internacional
III. Condições Financeiras
IV. Atividade
V. Evolução da Inflação
Índice
3. 3
I. Principal Mensagem (1)
O balanço de riscos se deteriorou, com elevações recentes de
prêmios de risco, que se refletem nos preços de ativos. A estratégia
de política monetária reafirma o objetivo do BC de colocar a inflação
em 4,5% a.a. ao final de 2016, definindo condições necessárias e
suficientes para atingi-lo:
1. a manutenção do atual patamar da taxa Selic, por período
suficientemente prolongado;
mas, como não é possível ter certeza hoje se as elevações recentes
de prêmios de risco são transitórias ou permanentes,
2. isso exige da política monetária, de um lado, que se observe com
atenção as causas de volatilidade e, de outro, que se mantenha
vigilante em caso de desvios significativos das projeções de
inflação do Copom em relação à meta.
4. 4
I. Principal Mensagem (2)
Além do nosso processo de ajuste (com seus componentes externo,
monetário e fiscal), está em curso uma série de eventos não-
econômicos que afetam a confiança e aumentam a volatilidade dos
mercados no Brasil
A comunicação recente de autoridades monetárias de países
avançados não está sendo suficientemente clara para guiar os
mercados globais e dissipar dúvidas sobre o crescimento global; essas
incertezas têm aumentado a volatilidade dos preços de ativos de países
emergentes em geral, exacerbando percepções negativas locais em
casos específicos como o Brasil
Nesse contexto, é preciso calma e discernimento analítico e evitar
reatividade excessiva; é necessário prosseguir nas políticas anunciadas,
separar as causas da volatilidade, dar direção ao mercado e preservar a
sua funcionalidade
5. 55
• Processo de ajuste macroeconômico em curso é padrão,
relevante e necessário; ajuste com três componentes (externo,
monetário e fiscal); e duas fases (quantidade, preço)
• Ajuste está produzindo resultados esperados em dois
componentes (externo e monetário, e.g., melhora das contas
externas, forte desinflação contratada para 2016, expectativas
de mercado 9,3% 5,7% ou cerca de 360bps); mas precisa ser
consolidado no componente fiscal que está afetando prêmios
de risco e pode desancorar expectativas de inflação
• Precisamos fortalecer a política econômica e fundamentos;
reforçar a preparação para normalização externa; e construir
base sólida para novo ciclo de crescimento sustentável
Primeiros Resultados do Ajuste em 2015
6. 6Fonte: BCB
Ajustando a Taxa de Câmbio Efetiva Real (REER)
60
80
100
120
140
160
180 ago91
ago93
ago95
ago97
ago99
ago01
ago03
ago05
ago07
ago09
ago11
ago13
ago15
jun94=100
cesta de 15 moedas
117,7
média = 96,0
REAL mais fraco
REAL mais forte
7. 7Fonte: The Economist
Um Exemplo mais Conhecido: Índice Big Mac
US$
0
1
2
3
4
5
6
7
abr00
abr01
abr02
abr03
mai04
jun05
jan06
mai06
jan07
jun07
jun08
jul09
jan10
jul10
jul11
jan12
jul12
jan13
jul13
jan14
jul14
jan15
jul15
Brasil RU China EUA AL (-Brasil) Europa Rússia
Preço do Big Mac em US$ pela taxa de câmbio corrente
9. 99
Revisão para 2015 mostra intensificação
da redução do deficit:
• Estimativa do deficit em conta corrente de
US$81 bilhões para US$65 bilhões (3,7% do PIB)
para 2015.
o maior superavit comercial, de US$3 bilhões para
US$12 bilhões (deficit de US$6 bilhões em 2014) ;
o recuo de US$3 bilhões nas despesas líquidas de
lucros e dividendos, atingindo US$18 bilhões
• A estimativa de ingressos líquidos de
investimento direto no país foi reduzida de
US$80 bilhões para US$65 bilhões, financiando
integralmente as transações correntes
• Projeta-se ingresso líquido de US$31 bilhões
em ações e títulos no país (denominados em
reais), redução de US$10,5 bilhões em relação à
estimativa anterior
• A taxa de rolagem para títulos e empréstimos
de longo prazo, no exterior, foi mantida em
100%
Boxe: Projeções para o Balanço de Pagamentos
103,6
81,0
65,0
96,9
80,0
65,0
0
20
40
60
80
100
120
2014 2015-Proj. RI
Jun
2015-Proj. RI
Set
TC IDP
US$bilhões
Transações correntes e IDP
2014: IDP financiou 94% do déficit
2015: IDP deverá financiar 99% do déficit
(na projeção do RI-Jun)
2015: IDP deverá financiar 100% do
déficit (na projeção do RI-Set)
10. 10Fontes: BCB e IBGE
Ajuste de Preços Relativos: Administrados x Livres%em12meses
0
3
6
9
12
15
18
ago04
ago05
ago06
ago07
ago08
ago09
ago10
ago11
ago12
ago13
ago14
ago15
IPCA
IPCA Administrados
IPCA Livres
IPCA Adm. Livres
2013 5,91 1,54 7,29
2014 6,41 5,32 6,72
exp. 2015* 9,34 15,20 6,78
exp. 2016* 5,70 5,91 5,61
*mediana das expectativas em 18/9
• Ajuste de preços
administrados (15,75% em
12 meses) é parte do ajuste
fiscal (e.g., tarifas de
eletricidade, CIDE, etc.)
• Redução de subsídios leva à
melhora do perfil da dívida
pública e da alocação de
recursos na economia
(aumento da TJLP, redução
nos empréstimos ao
BNDES; PSI, etc.)
11. 1111
• O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos)
impacta a inflação em 2015, elevando a inflação acumulada
em doze meses, e contribui para melhora das contas externas
• É objetivo da política monetária impedir a transmissão desse
impacto inflacionário para 2016 e para prazos mais longos
• A política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de
segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015
• Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a
convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016
Ajustes de Preços Impactam Inflação, Conta Corrente
14. 1414
• O ajuste fiscal em curso já endereçou vários problemas como
correção de preços administrados, cortes de despesas e
redução de subsídios
• Foram reduzidos significativamente o crescimento do crédito
direcionado e os subsídios implícitos associados
• Porém, perda de dinamismo da economia, em parte
relacionada a eventos não-econômicos, levou à frustração de
receitas e piora do quadro fiscal programado para 2015
• Mudança de parâmetros para metas e PLOA não foram
compatíveis com expectativas e se refletiram em risco
• Por isso, PM necessita de ancoragem fiscal para assegurar a
convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016
Incertezas do Ajuste Fiscal Impactam Prêmios de Risco
15. 15Fonte: BCB
Política Fiscal em Transição, Parafiscal Ajustando
• Redução real das despesas desde
final de 2014
• Mas crescimento abaixo do ciclo das
receitas reais
• Redução dos desembolsos do BNDES
desde final de 2014
60
80
100
120
140
160
180
200
220
0
20
40
60
80
jul08
jul09
jul10
jul11
jul12
jul13
jul14
jul15
Finame (esq.) Total (dir.)
-10
-5
0
5
10
15
jan14
fev14
mar14
abr14
mai14
jun14
jul14
ago14
set14
out14
nov14
dez14
jan15
fev15
mar15
abr15
mai15
jun15
jul15
Receita líquida Despesas
%acumuladonoano
R$bilhões
R$bilhões
Crescimento Real (IPCA), Governo Central
Desembolsos do BNDES em 12 Meses
18. 18Fonte: BMF&Bovespa
Curva de Juros – DI futuro, com Selic a 14,25%
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
%a.a.
30/7 – Decisão do Copom e respectivo comunicado com “manutenção de patamar de juros por período
suficientemente prolongado”
31/8 – Envio ao Congresso do Projeto de Lei do Orçamento de 2016
4/9 – Percepção do mercado de riscos associados ao ajuste fiscal
10/9 – Dívida soberana do Brasil perde o grau de investimento pela agência de risco Standard & Poor’s
1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos
10/set
4/set
31/ago
30/jul
19. 19Fonte: BCB
Câmbio (US$) na AL acima do Dólar Indextaxadecâmbio–DXY(30/6=100)
-5
0
5
10
15
20
25
30
30/6 7/7 14/7 21/7 28/7 4/8 11/8 18/8 25/8 1/9 8/9 15/9
Outros Chile México Brasil
outros = média (Argentina, Peru, Colômbia e Uruguai), dados até 21/9
Taxa de câmbio – Dólar Index
20. 2020
• Contexto: realinhamentos de preços circunscritos a 2015; a
trajetória da inflação acumulada em 12 meses terá efeito
descarte significativo no 1º T de 2016; efeito defasado e
cumulativo da ação da Política Monetária
• Fator 1: Queda acentuada na atividade, eventos não-
econômicos. Transmissão dos ajustes de preços relativos dá-se
com processo de distensão do mercado de trabalho;
diminuição da intensidade de repasses dos ajustes de preços
(inclusive pass-through cambial) na fase atual do ciclo
• Fator 2: Elevação mais recente dos prêmios de riscos nos
mercados de câmbio e juros; incertezas sobre intensidade e
tempestividade do ajuste fiscal alimenta volatilidade
Balanço de Riscos para a Inflação de 2016
22. 22Fonte: BCB (Focus)
Expectativas de Mercado para PIB e Produção Industrial
%decrescimento
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
out14
nov14
dez14
jan15
fev15
mar15
abr15
mai15
jun15
jul15
ago15
set15
Pr. Ind. 2015
Pr. Ind. 2016
PIB 2015
PIB 2016
-2,70
18/set
-0,80
-6,45
0,20
Fator 1: Forte Desaceleração Atividade (PIB e Prd. Industrial)
linhas verticais: Copoms
23. 23Fonte: BCB
Alterações Significativas entre Junho e Setembro na
Abertura do Hiato do Produto (em %)
Copom/RI Junho Copom Julho Copom/RI Setembro
Fator 1: Efeito da Atividade na Maior Abertura Hiato
24. 24Fontes: IBGE e BCB
Fator 1: Distensão em Curso no Mercado de Trabalho (1)%cresc.m/m-12
%dessaz.
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
jan13
mar13
mai13
jul13
set13
nov13
jan14
mar14
mai14
jul14
set14
nov14
jan15
mar15
mai15
jul15
rend. real % (esq.) desemprego (dir.)
• Processo em curso acelerou-se;
ajustes podem ocorrer como
combinação de quantidade e
preço
• Retorno de jovens e idosos
tende a contribuir para o
aumento da produtividade no
setor de serviços
• Maior competição pode
favorecer adequação de
salários e produtividade; maior
retorno sobre “anos de
educação” cria incentivos para
melhorar capital humano e
produtividade
25. 25Fontes: IBGE e BCB
Fator 1: Distensão em Curso no Mercado de Trabalho (2)
Variação Interanual da Média Móvel de 3 Meses
%
População Rendimento Real
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
abr13
jul13
out13
jan14
abr14
jul14
out14
jan15
abr15
jul15
PME-com carteira
PME-total
-2
-1
0
1
2
3
jul12
out12
jan13
abr13
jul13
out13
jan14
abr14
jul14
out14
jan15
abr15
jul15
PO
PEA
26. 2626
• Evolução demográfica influenciou
variações recentes da taxa de
participação
• O boxe evidencia que
aproximadamente um terço do
recuo na taxa de participação
observado entre o final de 2012 e o
final de 2014 deveu-se à variação da
composição da PIA
• Em 2015, as taxas de participação
de jovens e idosos apresentaram
aumento, com impacto importante
na taxa de participação total, o que
contribuiu para a aceleração do
ritmo de crescimento da taxa de
desemprego
Boxe: Efeito da Demografia sobre a Taxa de Participação
-1,2
-0,8
-0,4
0,0
0,4
0,8
1,2
-2,4
-1,6
-0,8
0,0
0,8
1,6
2,4
2011
2012
2013
2014
2015
PO PEA TxDesemp. (dir.) TxPartic. (dir.)
%
PO, PEA, Desemprego e Participação
p.p.
-0,8
0,0
0,8
1,6
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
10-17 18-24 25-39 40-59 60+
var.anualp.p.
Composição da PIA
27. 2727
Fator 2: Prêmio de Risco, CDS 5y Brasil, BBBs e BBspontosbásicos
100
150
200
250
300
350
400
450
500
1/1/15
16/1/15
31/1/15
15/2/15
2/3/15
17/3/15
1/4/15
16/4/15
1/5/15
16/5/15
31/5/15
15/6/15
30/6/15
15/7/15
30/7/15
14/8/15
29/8/15
13/9/15
Brasil Média BBs Média BBBs
*até 23 set
Fonte: IBGE
28. 2828
Boxe: Impacto da Atividade e Câmbio sobre a Inflação de Preços Livres
• Busca verificar, especificamente,
como o desaquecimento da
atividade econômica tem
contribuído para contrabalancear os
efeitos da depreciação do Real sobre
a inflação de preços livres
• Choques de demanda contribuíram
negativamente para a trajetória da
inflação de preços livres
contrapondo-se aos choques
cambiais
• Em termos líquidos, a contribuição
positiva do câmbio foi superior à
contribuição negativa da demanda
em cerca de 1,5 p.p. no primeiro
semestre (de uma variação de 4,50%
da inflação no mesmo período)
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
2T15
3T15
4T15
Choque de demanda Choque cambial
Contribuição(p.p.)
Contribuição de choques de demanda e
de câmbio nos preços livres
29. 2929
Debate e Boxe: Inércia Inflacionária e Expectativas de
Inflação
• Avalia o impacto dos componentes de
inércia e de expectativas sobre a
dinâmica inflacionária no Brasil
• As estimações realizadas sugerem que
a inflação corrente depende de
maneira importante da inflação
passada
• Em relação ao termo de expectativas,
as previsões dos agentes, para prazos
mais curtos, são fortemente
dependentes de desenvolvimentos
recentes, principalmente na inflação e
na taxa de câmbio. Para prazos mais
longos, ganham importância a postura
da política monetária e a meta de
inflação
4,4
4,6
4,8
5,0
5,2
5,4
5,6
5,8
jul14
set14
nov14
jan15
mar15
mai15
jul15
set15
2016
2017
2018
%
30. 3030
• Ajuste 2015 estava em curso com melhora de fundamentos e
percepção: convergência para meta da inflação, melhora externa,
preços de ativos estável, melhora da confiança dos agentes
• Deterioração recente afetou percepções, aumentou prêmios de
riscos e houve downgrading da nota soberana; é preciso reverter
para o quadro de julho de 2015 e implementar programa fiscal
adicional de ajuste proposto e em discussão; condição essencial
para o sucesso dos outros componentes do ajuste
• Com isso, mercado doméstico robusto com low hanging fruits,
oportunidades de investimentos que continuam presentes
• Melhor contribuição da política monetária para reduzir volatilidade
e favorecer crescimento é colocar a inflação na meta de 4,5% no
final de 2016 e ancorar expectativas no médio-longo prazos
Situação Atual exige Atenção: Observar para Corrigir
31. 3131
Balanço de Riscos Final Brasil Set. 2015:
• Riscos para cima com a subida de prêmios de risco e câmbio
• Riscos para baixo em termos de atividade (e.g., aceleração do
processo de distensão no mercado de trabalho, moderação da
demanda e do crédito)
• PM atuou para endereçar a inflação, posicionando a economia
para enfrentar a normalização do FED; no atual stress, é
necessário ter discernimento e calma para evitar reatividade
excessiva; prosseguir com a política monetária já anunciada,
identificando possíveis excessos em certos prêmios de risco e
permanecendo atento à implementação dos compromissos do
componente fiscal do processo de ajuste
32. 32
II. Ambiente Internacional
• Apesar de sinais de recuperação da atividade em algumas
economias maduras, a decisão sobre normalização dos juros pelo
Fed se revela mais complexa, contrapondo dados que justificam
wait-and-see vis-à-vis riscos de ficar behind the curve
• Incerteza e mais fator China (desaceleração estrutural) pode estar
adicionando maior volatilidade nos mercados financeiros
• Moderação em curso dos preços de commodities sinaliza final do
super-ciclo altista
• Esse contexto favorece volatilidade, fortalecimento do dólar
frente a moedas de mercados emergentes, questiona estabilidade
financeira de emergentes e sugere processo de ajuste nas frentes
cambial, monetária e fiscal; alguns países importadores líquidos
melhoram; maioria não; Brasil adiantado no seu dever de casa
33. 33Fonte: FMI
Preços de Commodities em Quedaíndice(média2005=100)
Índice de commodities e subíndices calculados pelo FMI
0
50
100
150
200
250
300
ago00
ago01
ago02
ago03
ago04
ago05
ago06
ago07
ago08
ago09
ago10
ago11
ago12
ago13
ago14
ago15
Índice de Preços de Commodities
Alimentos
Metais
Energia
34. 34Fonte: Bloomberg
Dólar frente a Algumas Moedas
dados até 18/9; *dollar index: mede o valor internacional do dólar contra cesta das seis maiores moedas de reserva do mundo (franco suíço, dólar canadense, iene
japonês, libra esterlina, euro e coroa sueca)
índice(21/5/13=100)
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
set13
nov13
jan14
mar14
mai14
jul14
set14
nov14
jan15
mar15
mai15
jul15
set15
Dollar index*
Índice de 20 moedas emergentes
Euro
Iene
35. 3535
• Desde o 2º T de 2015, a aversão ao risco se elevou em
função de:
• dificuldades nas negociações com a Grécia;
• recuo nas bolsas chinesas e flutuação da moeda local;
• recuo de preços de commodities; e
• incertezas quanto ao liftoff nos EUA.
• Este contexto engloba:
• recuperação econômica desigual no G3;
• desvalorização das moedas de economias emergentes e
exportadoras de commodities.
Retrospectiva – Exterior (desde 2º T 2015)
36. 3636
• Ao longo do horizonte relevante para a política
monetária, perspectivas de crescimento assimétrico
dentro do G3 (e.g., melhora nos EUA, QE na Europa e
Japão), e crescimento baixo nas economias emergentes.
• Condições de financiamento mais rígidas para a maioria
das economias emergentes.
Perspectivas – Exterior 2015-2016
41. 41Fonte: Bloomberg
Volatilidade
dados até 18/9
%a.a.
%a.a.
VIX e Volatilidade nos Mercados de Títulos
Volatilidade de Moedas
pontosbásicos
40
50
60
70
80
90
100
110
120
10
20
30
40
50
set12
nov12
jan13
mar13
mai13
jul13
set13
nov13
jan14
mar14
mai14
jul14
set14
nov14
jan15
mar15
mai15
jul15
set15
VIX
MOVE
4
8
12
16
20
24
28
set12
nov12
jan13
mar13
mai13
jul13
set13
nov13
jan14
mar14
mai14
jul14
set14
nov14
jan15
mar15
mai15
jul15
set15
Brasil
Índia
África do Sul
42. 42
III. Condições Financeiras
• Moderação no ritmo de concessão de crédito
condizente com o processo de ajuste e posição da
economia no ciclo
• Robustez e solidez do SFN (e.g., capital, provisões e
liquidez) permanecem e garantem estabilidade
financeira
• Estabilidade do crescimento do crédito não tem
trazido maior inadimplência
46. 46Fonte: FMI (FSI – últimos dados disponíveis)
Indicadores de Solidez Financeira
12,5
12,6
12,9
13,6
14,1
14,1
14,2
14,6
15,0
15,3
15,3
15,4
15,5
15,5
16,6
17,4
0 5 10 15 20
Índia
Austrália
Rússia
Canadá
Espanha
EUA
Coréia
África do Sul
Itália
Japão
México
França
Brasil
Turquia
Reino Unido
Alemanha
Índice de Basiléia
-38,0
-20,2
-18,4
-17,3
-14,3
-9,6
-8,5
-8,1
-5,6
-3,8
-3,8
4,0
10,9
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20
Espanha
Rússia
África do Sul
Índia
Japão
Austrália
Reino Unido
EUA
Canadá
Coréia
Turquia
México
Brasil
(Provisões – Inadimplência)/
Capital
24,8
34,7
38,7
39,9
41,2
46,6
48,9
79,1
92,4
96,9
118,4
122,6
142,1
187,3
0 70 140 210
Índia
África do Sul
Japão
Reino Unido
Austrália
México
Canadá
Turquia
Rússia
EUA
Coréia
Itália
Alemanha
Brasil
Ativos Líquidos/
Passivo de Curto Prazo
47. 47
IV. Atividade
• 2015 é ano de ajuste, com reflexo na atividade e taxas
de crescimento que tendem a ser baixas (abaixo do
potencial); redução do consumo privado é fator
adicional de contração
• Eventos não-econômicos sobrepõem-se ao ciclo de
contração e contribuem para queda adicional do
investimento; diferenças entre projeções se explicam
por métodos diferentes de avaliar esses eventos
• Retomada somente se dará a partir da melhora da
confiança
50. 50Fonte: FGV
Confiança: ICC Estabilização na Queda
Obs.: Proporção de respostas favoráveis – proporção de respostas desfavoráveis + 100 (100=neutro)
set/05=100,dessaz.
Índice de Confiança do Consumidor
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
125
abr13
jun13
ago13
out13
dez13
fev14
abr14
jun14
ago14
out14
dez14
fev15
abr15
jun15
ago15
ICC
Sit. Atual
Expectativa
51. 5151
• Revisão da taxa de crescimento em 2015, de -1,1% para -2,7%
(demanda interna, -5,1 p.p.; e exportações líquidas, +2,4 p.p.): o
• Oferta:
• Agropecuária: 2,6% (1,9% no 2ºtri/2015)
• Indústria: -5,6% (-3,0% no 2ºtri/2015)
• Serviços: -1,6,% (-0,8% no 2ºtri/2015)
• Demanda:
• Investimentos: -12,3% (-7,0% no 2ºtri/2015)
• Consumo das Famílias: -2,4% (-0,5% no 2ºtri/2015)
• Consumo do Governo: -1,4% (-1,6% no 2ºtri/2015)
• Recuo de 2,2% nos quatro trimestres encerrados em junho de 2016
Boxe: Projeções para o PIB
52. 52
V. Evolução da Inflação
• O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos)
impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando a
inflação acumulada em 12 meses; o objetivo é impedir sua
transmissão para 2016 e para prazos mais longos,
necessitando da manutenção do atual patamar da taxa Selic,
por período suficientemente prolongado
• Houve deterioração no balanço de riscos para a inflação, mas,
como não é possível ter certeza hoje se as elevações recentes
de prêmios de risco são transitórias ou permanentes, isso
exige da política monetária, de um lado, que observe com
atenção as causas de volatilidade e, de outro, que se
mantenha vigilante em caso de desvios significativos das
projeções de inflação do Copom em relação à meta
55. 55Fontes: IBGE e MTE
Salários: Ajustes em curso, mas ainda há riscosaumentoanualmédio%
Rendimento Real
reajustereal%
Convenções Coletivas de Trabalho
-1,6-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
fev13
ago13
fev14
ago14
fev15
ago15
4,0
3,2 3,4
3,2
3,8
2,7
4,1
1,8
2,7
-0,2
-0,5
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5 2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015*
56. 5656
• A despeito da ausência de
contribuição desinflacionária da
taxa de câmbio, as expectativas
de mercado indicam desinflação
de 4 p.p. até o final de 2016,
cerca de 80% do necessário para
assegurar a convergência para a
meta
• Em maio de 2003 (pico do ciclo
2002/2004), as expectativas
sinalizavam desinflação de 9 p.p.
para os doze meses seguintes -
cerca de 75% da desinflação de
12 p.p. que realmente ocorreu.
Boxe: Comparação de Ciclos de Desinflação
4
6
8
10
12
14
16
18
M-18
M-16
M-14
M-12
M-10
M-8
M-6
M-4
M-2
M0
M+2
M+4
M+6
M+8
M+10
M+12
M+14
M+16
M+18
Ciclo 2002/2004 Ciclo 2014/2016
Focus 11/Set/2015 Focus 30/Mai/2003
%em12meses
IPCA e projeções Focus
57. 57Fonte: BCB
Cenário de Referência: Juros constantes de 14,25% a.a. e câmbio de R$3,90/US$
Projeções do Banco Central para a Inflação
Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.)
Período
Intervalo de probabilidade
Projeção
central
50%
30%
10%
2015 3 9,4 9,4 9,5 9,5 9,6 9,6 9,5
2015 4 9,2 9,3 9,5 9,6 9,8 9,9 9,5
2016 1 7,0 7,3 7,5 7,8 8,0 8,3 7,7
2016 2 5,7 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 6,5
2016 3 4,9 5,2 5,6 5,9 6,3 6,7 5,8
2016 4 4,4 4,8 5,2 5,5 5,9 6,3 5,3
2017 1 3,8 4,2 4,6 5,0 5,3 5,7 4,8
2017 2 3,7 4,1 4,5 4,8 5,2 5,6 4,7
2017 3 3,1 3,5 3,9 4,2 4,6 5,0 4,0
58. 58Fonte: BCB
Cenário de Mercado*: 2015 Juros de 14,25% a.a. e câmbio médio de R$3,86/US$
2016 Juros de 12,25% a.a. e câmbio médio de R$4,00/US$
Projeções do Banco Central para a Inflação
Período
Intervalo de probabilidade
Projeção
central
50%
30%
10%
2015 3 9,4 9,4 9,5 9,5 9,6 9,6 9,5
2015 4 9,2 9,3 9,5 9,6 9,8 9,9 9,5
2016 1 7,1 7,3 7,5 7,8 8,0 8,2 7,7
2016 2 5,7 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 6,4
2016 3 4,9 5,3 5,6 6,0 6,3 6,7 5,8
2016 4 4,5 4,9 5,3 5,6 6,0 6,4 5,4
2017 1 4,1 4,5 4,9 5,2 5,6 6,0 5,1
2017 2 4,2 4,6 4,9 5,3 5,6 6,0 5,1
2017 3 3,7 4,1 4,5 4,8 5,2 5,6 4,6
59. 59
Análise da Ata 193 Permanece Adequada
O Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final
de 2016 tem se mantido, apesar de certa deterioração no balanço de riscos.
O Comitê entende que a manutenção da taxa básica de juros em 14,25%
a.a., por período suficientemente prolongado, é necessária para a
convergência da inflação para a meta no final de 2016.
Para o Comitê, de um lado, os avanços alcançados no combate à inflação
mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta.
Nessa ótica, certos riscos remanescentes para que as projeções de inflação
do Copom atinjam com segurança o objetivo de 4,5% no final de 2016 são
condizentes com o efeito defasado e cumulativo da ação de política
monetária. De outro lado, elevações recentes de prêmios de risco que se
refletem nos preços de ativos, exigem que a política monetária se
mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de
inflação do Copom em relação à meta.