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Noções básicas de
Física Moderna
Parte A
Fundamentos
Filosofia da Ciência
contemporânea
Para interpretar
os fenômenos
físicos é
necessária uma
filosofia.
A filosofia da ciência, a séculos tem
uma visão materialista da natureza.
(Separação cartesiana entre religião e ciência.)
Essa visão é dita realismo, e assume que os objetos
são reais independentemente das pessoas e da
forma com olhamos para os mesmos.
Então a única realidade é a matéria
e nada além dela.
Pilares da Ciência
1. Objetividade forte
“Mente separada da matéria”
(separação sujeito-objeto)
2. Determinismo Causal
“Sabendo as causas sabemos os efeitos”
3. Localidade
“Nenhuma informação pode propagar-se
a uma velocidade maior
que a da luz no vácuo”
4. Monismo materialista
“Tudo é constituído de matéria”
5. Princípio do Epifenomenalismo
“A mente é um “secreção” do cérebro”
Objeto Quântico
 Pode estar em dois lugares ao mesmo tempo
 Não tem existência no espaço-tempo até ser
medido
 Não segue uma trajetória contínua
 Sempre fica correlacionado com outro objeto com
qual interagiu
Física
Quântica
Origens
Em 1770
J. Wedgwood
(ceramista inglês),
descobriu que
temperatura,
um forno não
dependia:
nem da forma,
material ou
combustível
do forno, mas apenas
da cor da chama.
A emissão de radiação (luz) é proporcional a cor da luz
Se uma pedra for colocada
ao sol,
começará a esquentar,
até atingir uma determinada
temperatura.
Mas em um dado ponto,
as mudanças param
e ocorre um equilíbrio
entre matéria e radiação.
Toda radiação que incide
agora, é refletida
e a temperatura
não aumenta mais.
Ao final do século XIX
os físicos estavam
empenhados
em descobrir
uma equação matemática
que fornecesse
a quantidade de energia
emitida
por um corpo aquecido.
Os valores desses energias
eram conhecidos
experimentalmente,
e produziam o gráfico
a seguir.
Espectro
da
radiação
do corpo
negro
Para ajustar uma equação matemática aos dados
desse gráfico, usava-se a Física clássica.
Este ajuste resultou na equação de Rayleigh-Jeans,
que se ajustava bem a cores como o vermelho,
mas divergia para cores azul e violeta,
o que ficou conhecido como
“catástrofe dos ultravioletas”.
4
8)( −
= λπλ kTU
Conclusão
A Física do século
XIX
não reproduzia
os resultados
experimentais
Pensamento no final do século XIX
Trocas de energia ⇒ contínuas
Radiação eletromagnética ⇒ ondas
Ondas ⇒ contínuas
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Modelo clássico da radiação
Luz como onda
Características:
•Comprimento de onda  λ
• Freqüência  f
•Amplitude  A
• Velocidade  c
Comprimento de onda
λ
Amplitude - A
Classicamente considerava-se
Ligada à energia da luz
Freqüência – f
f
é o nº de oscilações
em um segundo
Oscilação no espaço
Oscilação no tempo
Freqüência
f
nº de oscilações em
um segundo
Velocidade de uma onda
eletromagnética (luz)
c = 299.792,548 km/s (exato)
c ∼ 300.000 km/s
c = λf
ou ⇒ Maior λ
Menor f
Onda
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Onda
Senoidal
Esférica
Raio de luz
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Frente de onda plana
Notação científica
Cem = 100 = 102
Mil = 1.000 = 103
Dez mil = 10.000 = 104
Cem mil = 100.000 = 105
Milhão = 1.000.000 = 106
Bilhão = 1.000.000.000 = 109
Trilhão = 1.000.000.000.000 = 1012
Notação científica
1 décimo = 1/10 = 10-1
1 centésimo = 1/100 = 10-2
1 milésimo = 1/1.000 = 10-3
1 décimo de milésimo = 1/10.000 = 10-4
1 centésimo de milésimo = 1/100.000 = 10-5
1 milionésimo = 1/1.000.000 = 10-6
1 bilionésimo = 1/1.000.000.000 = 10-9
1 trilionésimo = 1/1.000.000.000.000 = 10-12
Múltiplo de 10 Potência Prefixo Símbolo
1.000.000.000.000 1012
tera T
1.000.000.000 109
giga G
1.000.000 106
mega
M
1.000 103
quilo
k
100 102
hecto
Prefixos de Potências de 10 (Sistema Internacional)
Múltiplo de 10 Potência Prefixo Símbolo
0,1 10-1
deci d
0,01 10-2
centi c
0,001 10-3
mili m
0,000.001 10-6
micro µ
0,000.000.001 10-9
nano n
0,000.000.000.001 10-12
pico p
Prefixos de Potências de 10 (Sistema Internacional)
Espectro da
Radiação
Eletromagnética
Ondas gravitacionais λ=5·1014
m
Divisão do espectro eletromagnético entre 3 kHz a 300 GHz
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
400 450 500 550 600 650
até até até até até até
450 500 550 600 650 700
nm nm nm nm nm nm
1 nm = 1 bilionésimo do metro
1 nm = 10-9
m = 1/1.000.000.000 m
Porque a radiação eletromagnética
era considerada uma onda?
Todas as ondas sofrem:
Difração
e
Interferência
Difração
Animação de Difração
Difração na água
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Interferência
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Animação sobre Interferência
Animação sobre Interferência
Interferência na luz – Experiência de Young
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Interferência
Construtiva
Interferência
Destrutiva
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
O ponto
de
Fresnel
Modelo clássico de
absorção da energia
(luz)
Átomo de Thomson
(1897)
Pudim de passas
Acreditava-se que os átomos, absorviam energia
paulatinamente, ampliando suas oscilações.
Modelo clássico
de absorção
de radiação
Absorver energia seria com encher um balde com água
Modelo clássico
de absorção
de radiação
Usando as leis Clássicas, foi obtida
a lei de Rayleigh-Jeans
4
8)( −
= λπλ kTU
Paradoxo da quantidade
Em 1897 J. J. Thomson enunciava o
“paradoxo da quantidade”:
Ao dirigir um pulso de raios X a um grupo de moléculas,
apenas algumas delas eram ionizadas.
O esperado era que todas se ionizassem,
já que o Raio X era um pulso ondulatório.
Paradoxo da quantidade
Em 1906 W.H. Bragg também
formula o mesmo paradoxo:
Como a frente de onda do pulso
de Raio X,
se estende por uma área grande,
então apenas uma pequena
parcela da energia,
deveria ser absorvida
por cada molécula do gás
irradiado.
Como é possível então,
que toda a energia do pulso
seja absorvida
por uma única molécula do gás.
Planck e a origem
do quantum
(1900)
Formulação
do problema
da cor da chama
em laboratório
Corpo Negro
Corpo que absorve toda a radiação
que nele incide
e depois reemite toda essa energia.
O problema
da radiação
do corpo negro
(experimento)
Planck postulou que interação entre
matéria e energia, em vez de ser
contínua,
era discreta,
realizadas por unidades energéticas
chamadas quantum,
que são a mínima divisão da energia.
Não existe meio quantum ou um
quantum e meio, existem apenas
múltiplos inteiros de um quantum.
Trocas discretas de energia
Com essa idéia ele obteve uma
equação que se ajustou perfeitamente
aos dados já existentes,
e ficou conhecida como
lei de Planck.
Lhe valeu um prêmio Nobel.
A lei de Planck – trocas discretas
h = 6,63⋅10-34
Js Constante de Planck
A lei de Planck tem sucesso em explicar o
espectro da radiação do corpo negro,
ajuste perfeito aos dados
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Aplicações
do
novo conceito
O efeito fotoelétrico
Efeito Fotoelétrico
Descrição
O Efeito Fotoelétrico – problemas
1.O problema da intensidade da
luz incidente.
2. O problema da freqüência da luz
incidente.
3. O problema do retardo da
emissão dos elétrons.
1. O problema da
intensidade da luz
incidente:
Acreditava-se que a
intensidade era ligada a
energia.
Experimentalmente:
Certas intensidades
por mais intensas que fossem,
não arrancavam elétrons.
2. O problema da freqüência da luz
incidente:
Acreditava-se que a freqüência não interferia no
fenômeno,
contudo, havia cores, que não arrancavam elétrons.
3. O problema do retardo da emissão
dos elétrons:
Acreditava-se que os elétrons deveriam gastar um tempo
para absorver a energia necessária
e saltar fora do metal
Efeito fotoelétrico
Solução
1.O problema da intensidade da luz
incidente — Solução – Pacote de energia
2. O problema da freqüência da luz
incidente — Solução – A freqüência
está ligada a energia
3. O problema do retardo da emissão
dos elétrons — Solução – O fóton
é absorvido integralmente pelo elétron,
que sai imediatamente.
Efeito fotoelétrico
Solução
Quantum de luz
(característica corpuscular)
Agora a radiação exibe
um comportamento dual
ONDA ⇒ difrata e interfere
PARTÍCULA ⇒ pacotes de energia
A freqüência agora
está ligada a energia da luz
E = hf
h = 6,63⋅10-34
Js
é a cte de Planck
A amplitude agora
está ligada a intensidade da luz
Maior freqüência Maior energia
O quantum (pacote de energia)
Cada energia corresponde a uma cor
e esta possui:
Uma freqüência f, definida
Um comprimento de onda, λ definido
Uma energia E, definida
Vermelho:
f – menor
E – menor
λ - maior
Azul:
f – maior
E – maior
λ - menor
Modelo corpuscular de absorção
da radiação
Agora a absorção de energia seria como
derramar bolas em um balde
cada bola ⇒ quantum = pacote de energia
Aplicações
do
novo conceito
Átomo
Átomo
de
Rutherford
(1911)
Arranjo experimental
Resultado esperado usando o
modelo de átomo de Thomson
Resultados obtidos para
os desvios das partículas alfa
Modelo postulado para a
distribuição dos prótons - Núcleo
Átomos da folha de ouro
Ouro - 79 prótons e 118 neutrons ⇒ massa de 197 partículas
Partícula alfa - 2 prótons e 2 neutrons ⇒ massa de 4 partículas
O núcleo de ouro é ± 50 vezes mais pesado que a partícula alfa
Modelo de
átomo de
Rutherford
ou modelo
Planetário
Rutherford deduziu
que o raio do núcleo
era 100.000 vezes
menor
que o raio do átomo.
Se um núcleo tivesse 1cm o
elétron ficaria a uma distância
de 1km
E concluiu,
que a matéria
é,
essencialmente,
Espaço Vazio
Problemas com o modelo planetário
Colapso
ocorreria em
10-9
s
Átomo de Bohr
(1913)
Espectro de um elemento químico
No início do século XX usava muito
um resultado experimental,
que identificava os elementos
químicos pela emissão ou absorção
da luz por eles.
Espectro contínuo
Espectro
de
elementos
Espectros do Hidrogênio
Absorção
Emissão
Contínuo
Espectro
de alguns
elementos
químicos
Hidrogênio
Hélio
Lítio
Carbono
Nitrogênio
Oxigênio
Neônio
Sódio
Magnésio
Alumínio
Silício
Enxofre
Argônio
Cálcio
Ferro
Criptônio
Estrôncio
Xenônio
Bário
Átomo de Bohr – órbitas estacionárias
Átomo de Bohr – Salto quântico
Salto quântico – níveis de energia
O modelo de átomo de Bohr,
funcionou, perfeitamente quando foi
aplicado ao átomo de Hidrogênio.
Mas não funcionou, quando foi
aplicado ao átomo de Hélio
e aos demais.
Dualidade onda-partícula
Agora a energia (luz) exibia
um comportamento dual
Onda - porque interferia e difratava
Partícula - porque produzia o salto
quântico (fóton)
Hipótese de
de Broglie
(1923)
Se a onda se comporta
como partícula
será que
a partícula se comporta
como onda?
Comprimento de onda de de Broglie:
λ= h/mv
Para a luz verde o comprimento de onda
de é:
λ = 5⋅10-7
m
Para uma pessoa com 53 kg andando a
5 km/h, o comprimento de onda é:
λ = 2,5⋅10-37
m
Experimento de Davidson e Germer
Difração de elétrons (1927)
Agora a matéria também exibe
um comportamento dual
ONDA ⇒ difrata e interfere
PARTÍCULA ⇒ localizada no espaço
Onda (Radiação) ⇒ Partícula
Partícula (Matéria) ⇒ Onda
Em 1996, os físicos americanos David Wineland e
Chris Monroe, do Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia, em Boulder, Colorado (EUA),
conseguiram fazer um átomo permanecer em dois
pontos diferentes do espaço no mesmo e exato
instante.
Dez anos antes, só se conseguia a proeza com
partículas subatômicas. Wineland e Monroe
fizeram isso com um átomo 100.000 vezes maior do
que qualquer subpartícula, dilatando a fronteira
entre fenômenos microscópicos e macroscópicos. O
próximo passo é passar do átomo para a molécula.
Depois, pode ser a vez dos animais. Quem sabe até
racionais.
Foi então que surgiu uma
formulação que conseguiu o
sucesso.
A formulação Quântica.
Formulação da Física Quântica
Equação
de
Schrödinger
(1926)
Mecânica Matricial
de
Heisenberg
(1927)
Equação de Schrödinger
Função de onda
(onda de probabilidade)
Átomo de como distribuição de
probabilidades
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Elétron como onda no átomo
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Observar elétrons é como
observar vaga-lumes numa noite
Princípio da indeterminação
de Heisenberg
≤∆∆ px
≤∆∆ tE
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Efeito Túnel
Filosofia da Física Quântica 2_a_fundamentos
Análogo clássico do efeito
túnelReflexão Total Tunelamento
Princípio da complementaridade
ou
medimos onda
ou
medimos partícula
Princípio da correspondência
A Física Clássica
é válida,
sempre que as dimensões
dos corpos
tendam ao nível macroscópico
Interpretação
de
Copenhagem
Partícula ou onda?
Não há sentido perguntar
antes de uma medida
Contestando o
Realismo
Materialista
1. Objetividade forte
“Mente separada da matéria” (separação sujeito-objeto)
Ao escolhermos o tipo de dispositivo
que vai medir o objeto quântico (OQ)
(fóton/elétron),
decidimos como ele vai se comportar
onda/partícula.
Portanto, somos nós que determinamos como
esse OQ vai se manifestar.
Então, não pode haver separação
sujeito-objeto.
2. Determinismo Causal
“Sabendo as causas sabemos os efeitos”
O comportamento dos OQs é probabilístico
e probabilidade gera indeterminação.
Não pode haver determinismo.
3. Localidade
“Nenhuma informação pode propagar-se a uma
velocidade maior que a da luz no vácuo”
Os OQs também são ondas,
e estas não são localizadas no espaço.
Verifica-se que podem existir
interações não locais
(veremos na parte B )
4. Monismo Materialista e
5. Princípio do Epifenomenalismo
“Tudo é constituído de matéria”
“A mente é um “secreção” do cérebro”
Se o cérebro é constituído de matéria, e gera a mente,
como a mente pode decidir, como o cérebro se comportará,
se é este que a gera?
Se somos nós que decidimos, o tipo de experimento
que será montado,
definimos assim, como o OQ irá se comportar:
Se montarmos um exp. de Young
o fóton irá se comportar como onda
Se montarmos um exp. de efeito fotoelétrico
o fóton irá se comportar como partícula
Final da 2ª
parte A

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