A Companhia Brasileira de Alumínio divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2022, com queda de 19% na receita líquida e prejuízo de R$80 milhões. O preço médio do alumínio caiu 16% no período, enquanto o volume de vendas se manteve estável. A companhia avançou em ESG, integrando índices de sustentabilidade, e anunciou mudanças na estrutura de governança.
2. Release de Resultados 4T22
2
São Paulo, 09 de março de 2023– A Companhia Brasileira de Alumínio, “CBA” ou
“Companhia” (B3: CBAV3) divulga seus resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22).
As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia são apresentadas em reais
(R$), de acordo com o padrão contábil internacional – IFRS (International Financial
Reporting Standards) – e conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os
somatórios podem divergir devido a arredondamentos.
Destaques 4T22
• Preço médio do alumínio na LME (London Metal Exchange) de
US$2.324/tonelada (-16% vs. 4T21)
• Volume de vendas de alumínio de 122 mil toneladas (estável vs. 4T21)
• Receita líquida de R$2,0 bilhões (-19% vs. 4T21)
• Receita líquida do negócio de alumínio de R$1,9 bilhões (-18% vs. 4T21)
• EBITDA ajustado de R$103 milhões (-79% vs. 4T21)
• Margem EBITDA ajustada de 5% (-16 p.p. vs. 4T21)
• Prejuízo de R$80 milhões (vs. lucro líquido de R$615 milhões no 4T21)
• Alavancagem de 1,05x (0,67x no 3T22)
Câmbio e LME
mar/21 jun/21 set/21 dez/21 mar/22 jun/22 set/22 dez/22
USD/BRL final 5,70 5,00 5,44 5,58 4,74 5,24 5,41 5,22
LME USD final 2.213 2.523 2.851 2.806 3.503 2.397 2.180 2.361
1T21 2T21 3T21 4T21 1T22 2T22 3T22 4T22
USD/BRL médio 5,48 5,29 5,23 5,59 5,23 4,93 5,25 5,26
LME USD médio 2.096 2.400 2.648 2.762 3.280 2.875 2.354 2.324
3. Release de Resultados 4T22
3
O 4T22 foi marcado pelos avanços nas frentes ESG, quando a CBA passou a integrar a
“A List”, com pontuação 'A' pela liderança em transparência corporativa e desempenho
sobre Mudanças Climáticas pelo CDP. Além disso, com os resultados de 2022, a CBA
passou a integrar todos os índices de sustentabilidade da B3 em seu primeiro ano
elegível, sendo eles: Índice de Carbono Eficiente (ICO2 B3), IGPTW (IGPTW B3) e Índice
de Sustentabilidade Empresarial da América Latina (ISE B3), reforçando a posição
competitiva e o comprometimento da CBA em ESG.
Ainda em ESG, no quesito Governança, foi anunciado ao mercado em novembro a
mudança na estrutura organizacional da Companhia, que passa a vigorar após
Assembleia Geral Ordinária em abril de 2023, na qual o atual CFO e Diretor de Relações
com Investidores, Luciano Alves, assumirá a posição de CEO, sucedendo ao Ricardo
Carvalho, que passará a integrar o Conselho de Administração da Companhia. Ao mesmo
tempo, Camila Abel, atual Gerente Geral de Finanças, assumirá a posição de CFO e
Diretora de Relações com Investidores.
Neste trimestre a Companhia também avançou no seu plano estratégico, aumentando a
relevância no mercado de alumínio reciclado, com a aquisição dos 20% remanescentes
do capital social da Alux do Brasil. Desde a sua integração pela CBA, em fevereiro de
2022, a Alux teve uma entrega de valor acima do previsto, com velocidade de
aprendizado na compra de sucata além do esperado.
Os resultados do segmento de reciclagem no 4T22 reforçam esse movimento, sendo o
único segmento de alumínio, apesar da volatilidade de mercado no trimestre, a ter
incremento de volume de vendas (+30%), refletindo também no aumento da receita
líquida (+72%) em relação ao 4T21.
O volume de vendas de alumínio no 4T22 ficou estável vs. o 4T21, com 122 mil toneladas
vendidas em ambos os períodos. Por outro lado, a receita líquida do negócio de alumínio
teve uma queda de 19% nos períodos comparados, principalmente pelo fim da operação
de trading de lingote (estratégia de compra de lingote para revenda), influenciando na
queda de 69% da receita de outros segmentos de alumínio.
A volatilidade do preço do alumínio na LME, influenciada pelos desdobramentos
macroeconômicos ao longo de 2022, também foi responsável pelos menores resultados
da CBA no trimestre, com um preço médio ao final do 4T22 de US$ 2.324/t, uma queda
de 16% em relação ao 4T21, aliada aos custos ainda em patamares elevados no
trimestre.
4. Release de Resultados 4T22
4
Performance nos Mercados de Atuação
Alumínio | Visão geral do Mercado Global
No 4T22, o mercado global de alumínio foi marcado por incertezas macroeconômicas e
consequente volatilidade de preços. Com a continuidade dos conflitos entre Rússia e
Ucrânia, pressões inflacionárias e aumento das taxas de juros, as preocupações com o
crescimento global, apesar de menores, ainda se mantiveram presentes.
Na China, as restrições sanitárias decorrentes da política de Covid-zero foram reduzidas,
resultando em uma melhora no sentimento de mercado. Os lockdowns impostos pelo
governo reduziram a atividade econômica nos últimos meses, com impacto em diversos
setores, incluindo a indústria do alumínio.
De acordo com a consultoria CRU, o consumo de alumínio primário global apresentou
resiliência em comparação com o 4T21, recuando apenas 0,7%. Na comparação com o
3T22, houve uma retração de 1,3%, influenciada pelo arrefecimento na China e Europa,
sendo que nessa última, o consumo de alumínio reduziu 7,5% no período.
A produção de alumínio primário, por sua vez, apresentou queda de 0,7% em relação ao
3T22, devido principalmente aos cortes de produção relacionados às restrições
energéticas na China e Europa. Na comparação com o 4T21, houve um aumento de 3,9%
na oferta global, em função da variação de produção na China. No final de 2021, a
produção no país estava fortemente pressionada por questões energéticas, sendo que
nos trimestres seguintes ocorreram alguns restarts, até o novo agravamento da crise no
4T22.
O arrefecimento da demanda no 4T22 foi maior que a redução da oferta, resultando em
um balanço de mercado global superavitário em 129kt. Apesar disso, a consultoria CRU
estima um déficit de 240kt no balanço global em 2022, mantendo a tendência de déficits
dos últimos anos. No 4T22, os estoques oficiais da LME aumentaram em relação ao
trimestre anterior. No começo de novembro, houve maior entrada de metal nos estoques
oficiais, que atingiram 587kt, porém os volumes voltaram à tendência de queda e
fecharam o ano em 450kt, um aumento de 35% em relação ao 3T22, mas uma redução
de 52% em relação ao mesmo período do ano passado.
As preocupações com o crescimento da demanda e a redução dos fretes internacionais
resultaram em baixas nos prêmios regionais no 4T22. Nos Estados Unidos, o prêmio
Midwest Duty Unpaid desvalorizou em 37% em relação ao 3T22, atingindo o valor de
US$205/t na média do período. Em relação ao 4T21, a queda foi de 43%. Na Europa, o
prêmio Rotterdam Duty Unpaid registrou uma queda de 52% no 4T22 vs. 3T22, atingindo
US$208/t. Na comparação com mesmo período do ano anterior, o recuo foi de 19%.
A volatilidade do preço do alumínio na LME foi bastante influenciada pelos
desdobramentos macroeconômicos. O preço chegou a atingir uma mínima de US$2.155/t
durante o trimestre, mas se recuperou até a máxima de US$ 2.485/t, um aumento de
15%. Na média, o preço do alumínio no 4T22 foi de US$ 2.324/t, cerca de 1,3% menor
em comparação ao trimestre anterior e 16% abaixo do valor do 4T21.
5. Release de Resultados 4T22
5
Alumínio | Visão Geral do Mercado Brasileiro
O consumo de alumínio no mercado brasileiro apresentou retração no 4T22 em
comparação com o trimestre anterior, devido principalmente à menor demanda dos
setores de construção civil e transportes. A alta da inflação ainda tem pressionado o
setor de autoconstrução, que responde por parte relevante da demanda do segmento.
Em transportes, segundo dados da Anfavea, houve uma queda de 8% na produção total
de veículos em relação ao trimestre anterior, influenciada pelo aumento das taxas de
financiamento e menor demanda de entregas do e-commerce.
Por outro lado, o segmento de bens de consumo foi o destaque, crescendo dois dígitos
em comparação com o 3T22, mas os volumes ainda continuam abaixo dos níveis
observados em 2021. O segmento de embalagens (excluindo latas) manteve-se
resiliente, sendo que o subsegmento de flexíveis (embalagens de alimentos, produtos
farmacêuticos, cosméticos) apresentou crescimento em relação ao trimestre anterior.
Em comparação com o 4T21, a demanda de alumínio brasileira também sofreu uma
queda, puxada pelo setor de bens de consumo, com menor volume de chapas e
extrudados no período. Apesar disso, a demanda desse segmento encontra-se acima do
patamar pré-pandemia. Os demais setores também reportaram queda na demanda em
comparação com o ano anterior, com exceção de embalagens (excluindo latas). Cabe
ressaltar que a preferência pelo alumínio na produção de embalagens tem crescido,
devido às propriedades físicas do metal e seus atributos sustentáveis como
reciclabilidade.
As importações de alumínio aumentaram no 4T22 em relação ao trimestre anterior, mas
ainda assim encontram-se abaixo dos volumes observados no 4T21. As importações de
alumínio em 2021 foram historicamente elevadas, para atender a forte demanda, que
cresceu dois dígitos no período.
O prêmio Brazil DDP Southeast (Platts) registrou uma média de US$ 394/t no 4T22,
seguindo a mesma tendência dos prêmios internacionais. A queda foi de 12% e 3% em
relação aos valores do 3T22 e 4T21, refletindo um arrefecimento da demanda e queda
dos fretes internacionais.
Energia | Visão Geral do Setor Elétrico Brasileiro
O retorno da precipitação no 4T22, início do período úmido, contribuiu para o
reenchimento dos reservatórios em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), com
destaque para as regiões Norte e Sul que tiveram realização de chuva próxima e acima
das suas médias históricas. Também contribuindo para a recuperação dos reservatórios,
o consumo realizado do SIN ficou abaixo do esperado em todos os meses do último
trimestre de 2022.
Os altos valores de reservatório, o retorno da precipitação e o consumo abaixo do
esperado refletiram diretamente nos preços de curto prazo de energia que permanecem
no valor do piso regulatório (2022: R$55,70/MWh e 2023: R$69,04/MWh) desde o início
do 4T22.
6. Release de Resultados 4T22
6
¹ Os percentuais são calculados pela razão entre o observado e a média histórica entre 1931-2021 (Média de Longo Termo – MLT)
Fonte: Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2014 - 2021 2022
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2014 - 2021 2022
¹ Energia Natural Afluente (ENA)
² Fonte: NOS
O fator de deslocamento hidrelétrico médio (Generation Scaling Factor - GSF) do 4T22
foi de 78%, 3 pontos percentuais acima do realizado no 3T22. O aumento do GSF nesse
trimestre deve-se a maior participação da geração hidrelétrica no Mecanismo de
Realocação de Energia (MRE), visto o retorno da precipitação nas principais regiões. O
GSF médio realizado no 2º semestre de 2022 foi de 76% e no ano de 2022 foi de 85%.
89% 90% 96% 125% 113% 93% 87% 86% 103% 69% 89% 81% 117% 80% 96%
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
-10.000
10.000
30.000
50.000
70.000
90.000
110.000
130.000
150.000
out/21
nov/21
dez/21
jan/22
fev/22
mar/22
abr/22
mai/22
jun/22
jul/22
ago/22
set/22
out/22
nov/22
dez/22
Observado
MLT
Evolução das Afluências no SIN em 2021 e 2022¹
Armazenamento de Energia - SE/CO(%)²
ENA Mensal - SE/CO(%MLT)¹
Geração Hídrica (GWm) Garantia Física Flat (GWm) GSF
34
39
44
50
53 55
51
47
46
43 42 42 42
48
50
53
48
42
47
40
47
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
30
35
40
45
50
55
60
65
7053% 64% 87% 95% 94% 97% 106%100% 82% 78% 76% 71% 70% 78% 85% 95% 96% 75% 78% 77% 85%
0
0,5
1
1,5
2
7. Release de Resultados 4T22
7
653 702 679 620 654 597 618 692
460 457
236 259 171 257 184 165
692 641 619 688 711 689 726 718
2018
915
2019 2021
2020
Custo médio
(R$/MWh):
856
4T21 4T22
Geração própria
801
3T22
854
1.113 1.159
878 825
2022
Contratos
Geração própria
Consumo
322
91
311
103
330
106
351
98
288
88
205
72
220
65
209
62
Balanço Energético (MWm)
Contratos
Historicamente, há um volume excedente de energia em relação ao consumo da CBA,
conforme demonstrado no gráfico acima. O excedente vem reduzindo ao longo dos anos
em razão do término de contratos bilaterais e do aumento no consumo.
No 4T22, foi observado uma redução de 10% no volume dos contratos, em relação ao
3T22, em função de compras de curto prazo realizada no trimestre anterior, o que não
ocorreu neste trimestre. Essas compras influenciaram também no aumento de 6% no
preço médio dos contratos no 4T22, em relação ao preço praticado no 3T22, dado que
foram compras com preços mais atrativos, refletindo em um menor preço médio no
3T22.
A geração própria no 4T22 foi 12% superior ao trimestre anterior, devido aos maiores
volumes de chuva no período e controle do nível de reservatório em Juquiá. Já o custo
médio de geração própria teve queda de 8% em relação ao 3T22, em função da maior
geração e consequentemente maior diluição de custos fixos.
Performance Operacional e Financeira
R$ milhões 4T22 4T21
4T22 vs.
4T21
3T22
4T22 vs.
3T22
2022 2021
2022 vs.
2021
Volume de Vendas
Alumínio (mil toneladas)
122 122 - 129 -5% 474 485 -2%
Primários 62 66 -5% 65 -4% 235 252 -7%
Transformados 33 35 -7% 34 -2% 131 147 -10%
Reciclagem 27 21 30% 30 -10% 108 86 25%
Receita líquida 1.957 2.417 -19% 2.245 -13% 8.825 8.423 5%
Alumínio 1.912 2.326 -18% 2.176 -12% 8.557 8.018 7%
Primários 922 1.094 -16% 1.021 -10% 3.969 3.749 6%
Transformados 708 827 -14% 776 -9% 3.140 2.959 6%
Reciclagem 244 142 72% 270 -10% 982 509 93%
Outros 198 647 -69% 272 -27% 1.233 1.98 -38%
Hedge Estratégico - (281) -100% - - (139) (838) -84%
Eliminações (160) (103) 56% (164) -2% (627) (345) 86%
Energia 159 183 -13% 167 -5% 634 727 -13%
Eliminações energia² (117) (94) 25% (100) - (388) (348) 12%
Níquel 3 2 42% 2 - 21 26 -21%
8. Release de Resultados 4T22
8
Custo dos produtos
vendidos
(1.854) (1.933) -4% (1.914) -3% (7.175) (6.799) 6%
Despesas operacionais (127) (125) 2% (106) 20% (454) (380) 19%
Com vendas (11) (11) - (15) -24% (49) (42) 17%
Gerais e administrativas (116) (114) 2% (91) 27% (405) (338) 20%
Outras receitas
(despesas) operacionais
(110) 234 - (30) 265% (49) 98 -
Depreciação,
amortização
e exaustão
150 120 25% 137 9% 540 496 9%
Outras adições e itens
excepcionais
87 (212) - (1) - (61) (300) -81%
EBITDA ajustado¹ 103 501 -79% 331 -69% 1.627 1.538 6%
Margem EBITDA 5% 21% -16 p.p 15% -10 p.p 18% 18% -
¹ Os ajustes referem-se ao resultado nas participações societárias e eventos não recorrentes no resultado, incluindo a Marcação a
Mercado (MtM) dos contratos futuros de energia.
² Eliminação das vendas de energia para o negócio de alumínio, também consideradas no CPV acima
Volume de Vendas de Alumínio
No 4T22, o volume vendido de produtos primários foi de 62 mil toneladas, sendo 5%
menor que o mesmo período de 2021, em função principalmente da menor demanda do
setor de autoconstrução, que recuou significativamente após a diluição dos auxílios
emergenciais. Com isso, as vendas de tarugo sofreram uma queda de um dígito, mas
foram parcialmente compensadas pelo aumento do volume de lingotes para outras
fundições locais e de vergalhões para o mercado de fios e cabos, que se manteve
aquecido.
Na comparação com o 3T22, as vendas de primários registraram queda de 4%,
decorrente principalmente da pior performance do segmento de chapas para latas de
alumínio, em que são consumidos lingotes P1020. Por outro lado, houve aumento das
vendas de tarugos, refletindo sinais de melhora no setor de construção civil e, com isso,
a participação de produtos de valor agregado (VAP) aumentou de 54% para 68% nas
vendas de primários.
O negócio de transformados registrou queda de 7% no volume em relação ao 4T21,
totalizando 33 mil toneladas vendidas. A redução ocorreu principalmente em chapas para
o segmento de bens de consumo, no qual o alumínio é utilizado na fabricação de
eletrodomésticos, escadas, guarda-sóis, bicicletas, cadeiras de praia, panelas, entre
outros.
-7%
+30%
Primários Reciclagem
Transformados
-5%
Volume de vendas (kt)
66 62
35 33
21
27
4T21 4T22
9. Release de Resultados 4T22
9
2.417
1.957
Ainda no negócio de transformados, as vendas de folhas aumentaram 8% em relação ao
mesmo período do ano anterior, com avanço nos segmentos de flexíveis e HHF
(Household Aluminum Foil, que são as folhas de papel alumínio). A qualidade do produto
CBA tem se destacado no mercado doméstico e internacional, contribuindo para o
crescimento do market share nos últimos anos nos principais segmentos core.
Na comparação com o 3T22, os volumes vendidos de produtos transformados reduziram
2%, acompanhando o arrefecimento do mercado doméstico no período.
O negócio de reciclagem encerrou o trimestre com um volume de 27 mil toneladas
vendidas, um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. A
incorporação dos volumes da Alux do Brasil, atrelada à recuperação do setor
automobilístico, principal destino das ligas de alumínio da empresa, contribuíram para o
bom desempenho de vendas. Na comparação com o 3T22, houve uma queda de 10%
nas vendas de reciclados, refletindo uma menor demanda do setor de autoconstrução
(reformas residenciais) e consequentemente um recuo no consumo de tarugos reciclados
da Metalex.
Receita Líquida
A receita líquida consolidada da CBA atingiu R$2,0 bilhões no 4T22, uma redução de
19% em relação aos R$2,4 bilhões no 4T21, principalmente pela redução de R$414
milhões na receita do negócio de alumínio nos períodos comparados.
A receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$1,9 bilhão no 4T22, uma redução de
18% frente aos R$2,3 bilhões no 4T21. Esse efeito deve-se à redução de R$449 milhões
na receita de outros segmentos, devido ao fim da operação de trading de lingote
(estratégia de compra de lingote para revenda), aliado à redução de 16% no preço médio
do alumínio na LME. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo fim da operação
de hedge estratégico, que ainda no 4T21 teve um impacto negativo em R$281 milhões
na receita do negócio de alumínio, o que não ocorreu no 4T22.
No segmento de primários, a receita líquida teve queda de 16% no 4T22 vs. 4T21, em
função dos menores volumes vendidos e menores preços praticados no período,
considerando o efeito lag na precificação, o que também é válido com relação à queda
de 10% na receita líquida do 4T22 vs. 3T22.
Já no segmento de transformados, a redução da receita líquida no 4T22 vs. 4T21 foi de
14%, também em função do menor volume vendido no período, aliado aos menores
4T21 4T22
92%
8%
-19%
Receita Líquida (R$ milhões) Composição da Receita Líquida 4T22
Alumínio
Energia
10. Release de Resultados 4T22
10
88%
12%
1.933 1.854
preços praticados. Com relação ao 3T22, a queda da receita líquida foi de 9%, mesmo
com o volume praticamente estável, o efeito lag na precificação influenciou em menores
preços praticados no período.
A receita líquida do segmento de reciclagem no 4T22 foi 72% superior à receita líquida
no 4T21, dado o maior volume vendido no período, pela integração da Alux, que
contribuiu com R$97 milhões para a receita de reciclagem no trimestre.
Por fim, a receita líquida do negócio de energia teve redução de 13%, em função da
redução do volume de contratos para venda no 4T22 vs. 4T21, além dos menores preços
de venda no período.
Custo dos Produtos Vendidos
No 4T22, o custo dos produtos vendidos no consolidado da CBA, comparado ao 4T21,
ficou praticamente estável, apesar de uma redução de R$188 milhões no custo do
negócio de alumínio, nos períodos comparados, em função do fim da operação de
trading de lingote, que teve 27 mil toneladas vendidas no 4T21. Por outro lado, o custo
do negócio de energia teve um aumento de R$132 milhões no 4T22 em relação ao
mesmo período do ano anterior, em função do aumento do preço médio dos contratos
de energia. Com relação ao 3T22, a queda no CPV é em função dos menores volumes
vendidos, com um custo por tonelada praticamente estável entre os períodos.
O aumento no custo médio de produção do alumínio líquido foi de 29% no 4T22, em
relação ao 4T21, e a variação em relação ao CPV é em função do prazo de giro do
estoque. Os fatores que explicam esse aumento são:
• aumento do custo de alumina na produção do alumínio líquido (+36%),
influenciado pelo aumento de preços de soda em 59% e de gás em 34%.
• aumento do custo da pasta anódica na produção de alumínio líquido (+46%),
influenciado pelo aumento do preço de coque em 20%, além da mudança de mix
em busca da melhor qualidade desse insumo e aumento do preço de piche em
11%.
Esses aumentos foram levemente compensados pela redução no custo de energia na
produção do alumínio líquido (-13%), em função do menor consumo de energia
de contratos pela maior geração das usinas próprias, enquanto o 4T21 foi afetado pela
4T21 4T22
Alumínio
Energia
-4%
Composição do CPV 4T22
CPV (R$ milhões)
11. Release de Resultados 4T22
11
Margem EBITDA
crise hídrica no Brasil, refletindo em menor geração e maior consumo de energia
proveniente dos contratos, com preços mais altos no período.
EBITDA
(R$ milhões) 4T22 4T21
4T22 vs.
4T21
3T22
4T22 vs.
3T22
2022 2021
2022 vs.
2021
Lucro/Prejuízo Líquido (80) 615 - 100 - 957 838 15%
Resultado Financeiro 13 129 -90% 27 -53% 2 497 -100%
Imposto de Renda/
Contribuição Social
(58) (122) -52% 56 -203% 189 19 895%
Depreciação e
Amortização
150 120 25% 137 9% 540 496 9%
EBITDA (ICVM 527) 25 742 -97% 321 -92% 1.688 1.850 -9%
Equivalência Patrimonial 6 (29) - 11 -43% 13 (12) -
Equivalência Patrimonial –
Operações Descontinuadas
(16) - - - - (16) - -
Contratos futuros de
energia
(1) 16 - 40 - 86 (183) -
Reconhecimento de ganho
por compra vantajosa
- - - - - - (17) -
Ganho (perda) na venda
de imobilizado
19 (29) - - - 19 (29) -
Provisão (reversão) para
desvalorização
de ativos (impairment)
22 (199) - (41) - (211) (71) 197%
Valor justo de Ativos
disponíveis p/venda
48 - - - - 48 - -
EBITDA Ajustado¹ 103 501 -79% 331 -69% 1.627 1.538 6%
Margem EBITDA
Ajustada
5% 21% -16 p.p 15% -10 p.p 18% 18% -
¹ Os ajustes referem-se ao resultado nas participações societárias e eventos não recorrentes no resultado, incluindo a Marcação a
Mercado (“MtM”) dos contratos futuros de energia.
O EBITDA ajustado consolidado foi de R$103 milhões no 4T22, 79% abaixo do resultado
do 4T21. A margem EBITDA consolidada no 4T22 também foi abaixo do 4T21, em 16
pontos percentuais, encerrando o trimestre com 5% de margem EBITDA ajustada.
A variação dos principais ajustes EBITDA no trimestre referem-se principalmente a: (i)
reversão de impairment, principalmente pela atualização da taxa de desconto do passivo
ambiental (ARO) de Niquelândia; (ii) a reclassificação do investimento em MRN para
ativo mantido para a venda, com o avanço nas negociações de desinvestimento por parte
da CBA; e (iii) perda na venda de imobilizado do ativo de níquel de São Miguel Paulista.
4T21 4T22
501
103
21%
5%
-79%
EBITDA e Margem EBITDA Ajustada (R$ milhões)
12. Release de Resultados 4T22
12
615
-80
Resultado Financeiro
R$ milhões 4T22 4T21
4T22 vs.
4T21
3T22
4T22 vs.
3T22
2022 2021
2022 vs.
2021
Receita com aplicações
financeiras
35 25 38% 34 -2% 129 48 171%
Juros sobre empréstimos
e financiamentos
(44) (43) 2% (43) 1% (176) (159) 11%
Variação cambial 10 (32) -130% (16) - 45 (75) -160%
Resultados líquidos de hedge 10 (5) -291% 16 -39% 195 (70) -377%
Outras despesas financeiras
líquidas
(23) (74) -69% (17) -33% (195) (241) -19%
Resultado financeiro
líquido
(13) (129) -90% (27) -53% (2) (497) -100%
O resultado financeiro líquido teve uma melhora de R$ 116 milhões no 4T22 vs. o 4T21,
sendo: (i) R$51 milhões referente à atualizações monetárias sobre processos judiciais
no período; (ii) R$42 milhões de variação cambial positiva em função da valorização do
real no 4T22 (dez22: 5,22 vs. set22: 5,41) frente à desvalorização do real no mesmo
período de 2021 (dez21: 5,58 vs. set21: 5,44), com impacto direto no saldo dos
financiamentos em moeda estrangeira; (iii) melhora de R$15 milhões na marcação a
mercado dos instrumentos derivativos da dívida e dos contratos de energia; e (iv)
aumento de R$10 milhões na receita de aplicações financeiras, em função do aumento
do CDI e maior saldo de caixa no período.
Lucro/Prejuízo líquido
R$ milhões
4T22 4T21
4T22 vs.
4T21
3T22
4T22 vs.
3T22
2022 2021
2022 vs.
2021
Receita Líquida 1.957 2.417 -19% 2.245 -13% 8.825 8.423 5%
Custo dos Produtos
Vendidos
(1.854) (1.933) -4% (1.914) -3% (7.175) (6.799) 6%
Despesas com vendas gerais
e administrativas
(127) (125) 2% (106) 20% (454) (380) 19%
Outros resultados
operacionais
(110) 234 - (30) 265% (49) 98 -
Resultados das investidas (6) 31 - (11) -43% (13) 13 -
Resultado financeiro líquido (13) (129) -90% (27) -50% (2) (497) -100%
Imposto de renda e
contribuição social
58 121 -52% (56) - (190) (20) 865%
Lucro líquido (prejuízo)
proveniente da operação
descontinuada
16 - - - - 16 - -
Lucro/Prejuízo líquido (80) 615 - 100 -179% 957 838 15%
4T21 4T22
Lucro/Prejuízo Líquido (R$ milhões)
13. Release de Resultados 4T22
13
103
-304 -481
-…
-58
-10
-339
-70
-107
-481
No 4T22 a CBA teve um prejuízo líquido de R$80 milhões vs. um lucro líquido de R$615
milhões no 4T21.
A variação de R$343 milhões em outros resultados operacionais no 4T22, em relação ao
4T21, é em razão principalmente da atualização da taxa de desconto do passivo
ambiental (ARO) de Niquelândia e Itamarati, consequente reversão do impairment
constituído e constituição de impairment de MRN, uma vez que a Companhia está em
negociação para desinvestimento da participação, sendo classificado como ativo mantido
para venda.
O controle acionário da Enercan, a partir de dezembro de 2022, passou a ser detido por
outro acionista. Consequentemente, este investimento que era apresentado linha a linha
(“negócio em conjunto”) nas informações financeiras da CBA Energia passou a ser
contabilizado por equivalência patrimonial a partir de dezembro de 2022. Os efeitos de
equivalência passam a ser demonstrados na demonstração de resultado na rubrica de
lucro de operação descontinuada.
A variação de imposto de renda e contribuição social é explicada pela redução de R$62
milhões do imposto corrente devido ao maior lucro tributável no período juntamente com
a variação negativa no imposto diferido em R$0,4 milhões, sendo R$213 milhões de
efeito positivo referente ao prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL,
compensado principalmente por R$113 milhões de provisões para perdas e R$46 milhões
da variação cambial tributada pelo regime de caixa.
Fluxo de Caixa Livre
R$ milhões
¹ Capex regime competência
² Aquisição, venda de ativos e juros líquidos
³ Dividendos: 56MM foram pagos pela CBA e 51MM foram pagos pela CBA Energia para Auren
Capital de Giro
No 4T22 a variação do capital de giro da Companhia foi negativa em R$58 milhões, sendo
o principal efeito positivo o aumento de R$176 milhões do saldo de fornecedores e risco
sacado a pagar no trimestre, principalmente pelo aumento do custo dos principais
insumos, como coque, piche, soda e gás, e pelo aumento do volume de fornecedores
relacionados ao CAPEX. Esses efeitos foram compensados pelos seguintes fatores: (a)
aumento no saldo de estoques em R$68 milhões, em razão do aumento de custos dos
EBITDA
Ajustado
Capital
de giro
IR/CS CAPEX¹ Financeiro² FCL
Dividendos
Pagos³
pagos
FCO
14. Release de Resultados 4T22
14
Modernização e Expansão
Manutenção
Reforma de fornos
principais insumos citados anteriormente; (b) impacto de R$35 milhões do efeito líquido
do tributos a recuperar e a recolher, principalmente pelo acúmulo de crédito de ICMS
como resultado da redução das vendas de chapas e folhas; (c) aumento de R$28 milhões
no contas a receber impactado principalmente pelo volume vendido em comparação
trimestre anterior; (d) reconhecimento de contas a pagar de R$49 milhões referente a
segunda parcela a ser paga em 2023 pela aquisição da Alux no trimestre; e (e) R$53
milhões de outros efeitos negativos pulverizados.
Investimentos (CAPEX)
R$ milhões
O total de investimentos de capital (regime caixa) do 4T22 teve um aumento de 94%
em relação ao 4T21, sendo 55% dos investimentos no trimestre referentes aos projetos
de modernização e expansão da CBA, que são projetos plurianuais e que seguem o
ritmo previsto no IPO, apesar da volatidade da LME. O restante do CAPEX está
concentrado 8% em reforma de fornos e 37% em manutenção.
Estão entre os projetos e seus respectivos status:
• Produção adicional de alumínio primário
✓ Religamento da Sala Forno 3: operação retomada no 3T22, de forma
antecipada (inicialmente previsto para 2023).
✓ Upgrade da Sala Pasta: projeto em andamento, sendo pré-requisito para
o restart da Sala Forno 1
• Projeto de disposição de resíduos a seco: em montagem eletromecânica, com
start-up previsto para 2024.
• Produção adicional de alumínio a partir da reciclagem:
✓ ReAl: em implantação, com startup previsto para 2º semestre de 2023.
✓ Aumento de reciclagem Metalex: em implantação, com startup previsto
para 2º semestre de 2023.
111 144
36 32
54
214
200
275
173
204
97
540
1.020
470
2022
201
390
4T22
4T21 2021
15. Release de Resultados 4T22
15
89%
11%
Endividamento e Liquidez
Composição da dívida (R$ milhões)
dez/22 set/22 dez/21
Circulante 108 126 69
Não circulante 2.861 2.917 3.037
Dívida bruta 2.969 3.044 3.106
(-) Caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras 1.189 1.634 1.787
(+) Instrumentos financeiros derivativos -104 -94 301
(+) Arrendamentos 32 31 45
Dívida líquida 1.707 1.346 1.665
EBITDA Ajustado - Últimos 12 meses 1.626 2.017 1.537
Divida líquida/EBITDA Ajustado UDM¹ 1,05x 0,67x 1,08x
Custo médio USD (%a.a.)² 5,07% 5,19% 4,4%
Prazo médio (anos) 4,06 4,3 4,3
¹Últimos doze meses
²Considera custo total da dívida, inclusive em BRL, convertida para USD em 31/12/2022.
A dívida da CBA é 89% dolarizada, considerando os contratos derivativos (swaps) que
convertem a taxa flutuante em IPCA em reais para taxa fixa em dólar de parte dos
financiamentos junto ao BNDES.
Parte das Notas de Crédito à Exportação (“NCE”), que são empréstimos dolarizados da
Companhia totalizando US$333 milhões, foram designados como hedge accounting
visando a proteção do fluxo de caixa futuro gerado pelas receitas de alumínio que são
dolarizadas. Com isso, a variação cambial dessas operações é reconhecida no
patrimônio líquido. A variação cambial destes empréstimos referente apenas ao 4T22
foi positiva em R$63 milhões dada a valorização do real no período. Ganhos ou perdas,
bem como a amortização dos juros são levados ao resultado nos períodos em que se
realizam as referidas vendas de alumínio.
1,7
1,3
1,7
4T21 3T22 4T22
NCE
NCE/PPE Verdes
BNDES
Debêntures verdes
De
Deb
1%
50%
34%
7%
8%
1%
1,08x
0,67x
1,05x
FINEP
Deb
Abertura por Instrumento (%) Abertura por Moeda (%)
USD
BRL
Dívida líquida (R$ bilhões) e Alavancagem
Dívida Líquida/
EBITDA UDM
UDMajustado
Dívida Líquida
16. Release de Resultados 4T22
16
Em dezembro de 2022, a dívida bruta da CBA era de R$3 bilhões, 2% menor quando
comparada ao trimestre anterior, refletindo a valorização do real frente ao dólar de
R$5,41 em setembro de 2022 para R$ 5,22 em dezembro de 2022.
Em novembro de 2022, a Companhia firmou contrato com a Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP) para financiamento de projetos de inovação e pesquisa e
desenvolvimento com viés ESG no montante de R$109 milhões. O empréstimo possui
prazo total de 10 anos com carência de 3 anos. Em dezembro de 2022, foi realizada a
primeira liberação no montante de R$36 milhões. A liberação das demais parcelas é
condicionada à comprovação dos gastos e ocorrerá conforme o cronograma de
desembolso dos projetos financiados.
A Companhia também firmou dois contratos junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento dos projetos de
modernização da tecnologia das salas fornos na CBA e implantação de uma nova linha
de tratamento de sucatas na Metalex no montante total agregado de R$611 milhões. O
financiamento foi enquadrado em linhas de meio ambiente, levando a condições de
preço mais atrativas e prazos de 12 e 20 anos. A liberação dos recursos é realizada
mediante comprovação dos gastos e ocorrerá ao longo da execução dos projetos. Até
31 de dezembro de 2022, ainda não havia ocorrido nenhuma liberação.
As disponibilidades e aplicações financeiras atingiram R$1,2 bilhão em dezembro de
2022, sendo 38% denominados em dólares. A CBA ainda conta com uma Linha de
Crédito Rotativo no valor de US$100 milhões, que garante uma fonte adicional de
liquidez e pode ser acessada a qualquer momento do contrato, entretanto, até o
momento ainda não foi utilizada.
A dívida líquida totalizou R$1,7 bilhão, 27% maior quando comparado ao trimestre
anterior (R$1,3 bilhão) e a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida
sobre o EBITDA ajustado dos últimos doze meses apresentou um aumento de 0,67x em
setembro de 2022 para 1,05x em dezembro de 2022.
A Companhia possui um perfil de endividamento alongado, sem concentração relevante
de vencimentos até 2025, conforme gráfico abaixo:
1.440
1.811
-94
-75
445
-11
-104
Dívida
Líquida 3T22
Dívida Bruta Caixa MtM Dívida
Líquida 4T22
1.346
1.707
Movimentação da Dívida Líquida (R$ milhões)
MtM
17. Release de Resultados 4T22
17
¹ Linha verde de crédito rotativo no valor de US$100mm convertido pela Ptax de fechamento de 31/12/2022 (R$ 5,2177)
² Inclui caixa, equivalentes de caixa e investimentos financeiros em 31/12/2022
Operações de Derivativos
A Política Financeira da Companhia permite a contratação de derivativos com a finalidade
não especulativa e com objetivo de reduzir o efeito da volatilidade dos preços, câmbio e
taxas de mercado em seus resultados, visando a preservação do fluxo de caixa
denominado em reais da Companhia.
A tabela abaixo apresenta a posição dos instrumentos derivativos:
Instrumentos
Derivativos
Unidade
da
exposição
Notional Valor justo Ajuste caixa
(saldo na unidade
de exposição)
(R$ milhões) (R$ milhões)
dez/22 set/22 dez/22 set/22 4T22 3T22
Não designados em hedge accouting
Proteção de empréstimos e
financiamentos
Swap IPCA e Reais vs.
Fixa e USD
R$ milhões 129 132 (33) (35) (0,2) (2)
Proteção de contratos
operacionais
Swap IPCA e Reais vs.
Fixa e USD
R$ milhões 823 823 137 129 - -
Proteção do resultado operacional - hedge estratégico da receita
O programa de hedge estratégico da receita da CBA consistia na venda a termo do
alumínio, negociado com base nos preços da LME em dólares por tonelada, em conjunto
com a venda a termo de dólar americano. Este hedge parou de ser executado pela
Companhia em junho de 2021 e os contratos vigentes se encerraram em maio de 2022,
portanto não há mais saldo em aberto ou marcação a mercado destas operações em
dezembro de 2022.
Proteção de empréstimos e financiamentos
Contratos de swap de moedas e juros para determinados contratos de financiamento
junto ao BNDES, com o objetivo de transformar as taxas flutuantes em IPCA em reais
para taxas fixas em dólares, casando parcialmente a moeda das despesas financeiras e
1.189
2
108
260
592 596 597
406
326
84
Caixa 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030+
1.711
Cronograma de Amortização da Dívida (R$ milhões)
Caixa²
RCF¹
18. Release de Resultados 4T22
18
amortização das dívidas com a da receita, reduzindo então a exposição cambial à dólares
da Companhia.
Em 31 de dezembro de 2022, o saldo atualizado das operações era de R$129 milhões,
cujos vencimentos finais serão em dezembro de 2028 e julho de 2034. O resultado destas
operações no 4T22 foi negativo em R$185 mil versus R$2 milhões negativos no 3T22.
Apesar da alta do câmbio nas datas de amortização da dívida, o ajuste negativo foi
mitigado pelo aumento da inflação no último trimestre.
Já a marcação a mercado foi negativa em R$33 milhões, 7% melhor quando comparado
ao trimestre anterior, em função da valorização do real frente ao dólar norte-americano
ao final do período, somada ao aumento na projeção futura do IPCA. Como estes
instrumentos não foram designados como hedge accounting, ganhos ou perdas, bem
como a marcação a mercado das operações são reconhecidos no resultado financeiro do
período.
Proteção de contratos operacionais de energia
Contratos de swap de moedas e juros para determinados contratos de compra de
energia, com o objetivo de transformar as taxas flutuantes em IPCA em reais para taxas
fixas em dólares, casando a moeda destes contratos operacionais com a da receita,
reduzindo então a exposição cambial a dólares da Companhia.
Em 31 de dezembro de 2022, o saldo das operações era de R$823 milhões, com
vencimento final em janeiro de 2033. Não houve ganho ou perda no período com estas
operações uma vez que as amortizações ocorrem apenas a partir de abril de 2023.
Já a marcação a mercado foi positiva em R$137 milhões, 6% maior quando comparado
ao trimestre anterior, em função da valorização do real frente ao dólar norte-americano
ao final do período, somado ao aumento na projeção futura do IPCA. Como estes
instrumentos não foram designados como hedge accounting, ganhos ou perdas, bem
como a marcação a mercado das operações são reconhecidos no resultado financeiro do
período.
Mercado de Capitais
CBAV3
A CBAV3 teve sua precificação no IPO, em 14 de julho de 2021, no valor de R$11,20 e
encerrou o quarto trimestre do ano, em 31 de dezembro de 2022, cotada a R$11,55,
uma valorização de 3,1% comparado a uma desvalorização do Ibovespa (“IBOV”) de
14,5% no mesmo período. O volume médio diário negociado (ADTV) da CBAV3 no 4T22
foi de R$42,4 milhões.
Um importante resultado no 4T22 foi a entrada da CBAV3 em todos os índices ESG da
B3 em seu primeiro ano elegível após o IPO: ISE, ICO2 e IGPTW.
19. Release de Resultados 4T22
19
Composição Acionária
Em 31 de dezembro de 2022, o capital social da Companhia era representado por
595.833.333 ações ordinárias com o valor de mercado de R$6,9 bilhões e free-float de
32,1%, enquanto a controladora Votorantim S.A. detém, direta e indiretamente, 67,9%
das ações.
ESG
Ambiental
Neste trimestre, foram divulgados os resultados do CDP (Carbon Disclousure Project). A
CBA foi reconhecida com pontuação 'A' pela liderança em transparência corporativa e
desempenho sobre Mudanças Climáticas. A Companhia recebe nota de categoria de
liderança no CDP (A-) desde sua primeira participação em 2020, e pela primeira vez
recebe a nota mais alta (A), ingressando na “A List”. O rating foi uma conquista histórica
para o setor de alumínio global e posiciona a CBA em um grupo seleto de empresas-
líderes pelo clima. Já no questionário de Resiliência Hídrica, em sua primeira
participação, a Companhia recebeu a nota B, sendo a maior classificação do setor de
alumínio no questionário.
Ainda no tema de mudanças climáticas, a CBA foi a primeira empresa do Brasil a aderir
ao programa First Movers Coalition, uma parceria inovadora entre o Fórum Econômico
Mundial e os Estados Unidos, em prol da descarbonização da indústria. O objetivo é
estimular a demanda de produtos de baixo carbono, conciliar novas tecnologias e a
sustentabilidade para limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, como
prevê o Acordo de Paris, firmado em 2015 durante a COP 21.
A CBA foi novamente selecionada para apresentar suas iniciativas para redução de
emissões no painel “Contribuições da Indústria de Alumínio para uma Economia de Baixo
Carbono” da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27). No
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
Volume CBAV3 R$ milhões
11,2
11,55
128,4
109,7
CBAV3 R$ (fechamento) IBOV mil pontos (fechamento)
CBAV3, volume negociado CBAV3 e IBOV desde o IPO
20. Release de Resultados 4T22
20
evento, foi destacada também a primeira geração de crédito REDD+ no bioma Cerrado
pela Empresa.
Com esta agenda robusta no tema, a CBA possui uma das menores emissões de gases
de efeito estufa da indústria. Para a etapa de eletrólise, a CBA emite abaixo de 4t CO2e/t
alumínio líquido, a posicionando como produtora de alumínio de baixo carbono. Com
isso, lançou o selo Alennium, que representa o compromisso da Companhia em fornecer
alumínio de baixo carbono e produzido com energia elétrica 100% renovável e rastreável.
Todos os fabricantes que usam produtos da CBA podem utilizar o Alennium em seus
produtos finais, garantindo assim a rastreabilidade de um alumínio produzido de forma
sustentável.
Em relação aos recursos hídricos, o indicador de consumo de água nova por tonelada de
alumínio líquido produzido no 4T22 foi de 6,28 m³/t, redução de 7,1% em relação a
2021. Essa redução ocorreu principalmente devido a um menor volume de captação de
água nova e por uma maior recirculação de água industrial na unidade.
Em mineração, destaca-se a divulgação de um estudo inédito desenvolvido em parceria
com a UFV realizado nas áreas de bauxita na região de Miraí, com o objetivo de avaliar
a capacidade de infiltração de água no solo e a repelência da água comparando áreas
mineradas e reabilitadas pela CBA com as áreas não mineradas. Os locais reabilitados
após a lavra da bauxita obtiveram 112% a mais de capacidade de infiltração de água no
solo – isso significa mais água disponível para o desenvolvimento das plantas e maior
recarga dos lençóis freáticos.
Social
Em relação aos investimentos sociais, a CBA manteve o foco na implementação das 59
iniciativas com o objetivo de concluir os planos de trabalho para o ano. As linhas centrais
de atuação da CBA se mantiveram em Educação, com a capacitação dos
gestores educacionais e escolares, beneficiando mais de 40 mil estudantes direta e
indiretamente. No eixo de Apoio a Gestão Pública, destaca-se atuação na área de gestão
de saúde, que contemplou 13 municípios da área de abrangência, impactando 473 mil
habitantes. Já no eixo de Dinamismo Econômico, cujo objetivo é fomentar modelos
inclusivos de negócio a partir da vocação de cada município, foi gerado uma receita total
de R$ 798 mil, beneficiando 63 famílias. Por fim, também se iniciou as atividades do
projeto VIA Rede de Proteção e Contexto de Obra no município de Alumínio, que visa o
aprimoramento da prevenção e do atendimento da Rede de Proteção Municipal pela
garantia de direitos das crianças e adolescentes.
Na agenda de diversidade, equidade e inclusão, no 4T22 a CBA atingiu 17% de mulheres
no quadro total da Companhia, versus 16,7% do trimestre anterior. No ano, o avanço
foi de 2,74%. Já na liderança, neste trimestre o valor se manteve em 21% e no ano
ocorreu um aumento de 3%. O curso técnico gratuito para capacitação de mulheres
realizado pela CBA em parceria com o SENAI, visando o ingresso e atuação delas na
indústria, teve a participação de 168 mulheres em três localidades diferentes: Alumínio
(SP), Itapissuma (PE) e Niquelândia (GO).
Em Segurança, a taxa de frequência de acidentes ao final do 4T22 foi de 2,26 (base
1.000.000 horas-homem trabalhadas, empregados próprios e terceiros) frente a 2,27 no
trimestre anterior. A CBA trabalha constantemente para conscientizar seus empregados
com a realização de campanhas de segurança periódica voltadas a percepção de riscos,
21. Release de Resultados 4T22
21
prevenção de quedas e movimentação de cargas suspensas. Ao final de 2022, foi
realizado a campanha “Sua rotina mais segura”, com o objetivo de desdobrar ações e
cuidados em relação as festividades de final do ano.
Governança
Em outubro foi realizado a Compliance Week, uma semana dedicada aos principais temas
do Programa de Compliance na Companhia e direcionada a todo público interno. Na
oportunidade, foi ressaltado a importância do compromisso com a ética, a transparência
e o olhar ESG em todas as práticas junto aos fornecedores e à cadeia produtiva. Ao longo
da semana, também foram reforçados conceitos relevantes como a atenção aos conflitos
de interesses, integridade nas relações com stakeholders, respeito aos direitos humanos.
Durante a semana ainda ocorreu o lançamento do treinamento sobre Diretrizes e
Orientações sobre Relacionamento com o Setor Público e a Política de Direitos Humanos.
Alinhado ao Programa de Integridade da CBA, a Companhia passou a ser uma das
empresas Embaixadoras do Movimento Transparência 100, iniciativa ligada à Rede Brasil
do Pacto Global, representando o setor Industrial. A Companhia foi uma das pioneiras a
ingressar nessa iniciativa, em 2021. O Movimento tem como objetivo encorajar e
capacitar as empresas para ir além das obrigações legais, fortalecendo mecanismos de
transparência e integridade, para torná-las mais resilientes e exemplos de sucesso. Para
promover ainda mais transparência a esse processo, em novembro de 2022, a CBA
lançou uma página em seu site dedicada à sua evolução no Movimento, que contará com
atualizações semestrais.
Neste trimestre, foram divulgados os resultados do Great Place to Work (GPTW). Na
categoria grandes empresas, a CBA está entre as 50 melhores para se trabalhar na
indústria nacional. O reconhecimento foi concedido pela edição Brasil 2022 da GPTW,
consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma
cultura de confiança, alto desempenho e inovação.
Outro importante resultado para a CBA em 2022 foi a entrada em todos os índices ESG
da B3, em seu primeiro ano elegível após o IPO. No ISE, a CBA obteve a 6ª posição do
ranking, que considera todas as empresas participantes do processo. O índice reflete o
retorno de uma carteira composta por ações de empresas com os melhores desempenhos
em sustentabilidade empresarial. A adesão da Companhia ao ICO2 demonstra o
comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como
está preparada para uma economia de baixo carbono. Já o IGPTW B3 indica que a CBA
está entre as empresas com os melhores ambientes para se trabalhar, certificada pela
Great Place To Work. As carteiras passam a vigorar a partir de janeiro de 2023.
A CBA também evoluiu em finanças sustentáveis ao acessar linhas de financiamento
junto à bancos comerciais e de fomento nacionais que apoiam a mitigação das mudanças
climáticas e adaptação aos seus efeitos. Conforme mencionado no capítulo de
Endividamento, a CBA assinou contratos de financiamento junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para modernização da tecnologia das
salas fornos e implantação de uma linha de beneficiamento de sucatas, que estão entre
as principais iniciativas da companhia para a redução de emissão de gases do efeito
estufa. Em 2023 a Companhia também firmou um contrato junto à Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP) para financiamento de projetos de inovação e pesquisa e
desenvolvimento com viés ESG e impacto ambiental positivo e contratos bilaterais com
bancos comerciais totalizando US$ 96,5 milhões através de Sustainability-Linked Loans
para financiamento de suas exportações.
22. Release de Resultados 4T22
22
Inovação e Tecnologia
O 4T22 foi bastante dinâmico, com mais de 50 projetos no pipeline e 28 mudanças de
fase entre eles, sendo que 6 projetos atingiram a fase de faturamento, gerando receita
para a CBA e respectivos clientes. Além disso, foram iniciados 2 novos projetos no ciclo
de desenvolvimento de design thinking.
Os últimos meses do ano foram marcados pela aceleração da estratégia da CBA no
segmento de construção civil, com projetos fechados para novas obras com sistemas de
esquadrias, fachadas e complementos para arquitetura da nova marca Primora,
ultrapassando 900 toneladas em vendas no ano.
Em dezembro, foi adquirida uma nova impressora 3D exclusiva para desenvolvimento
de novos protótipos e testes de conceitos para produtos em desenvolvimento. Com a
nova impressora será possível reduzir o prazo de desenvolvimento de novos projetos,
além dos custos uma vez que as soluções poderão ser testadas e validadas sem a
necessidade de fabricação de peças finais.
O último trimestre do ano foi marcado pela entrega de projetos importantes focados na
aluminização de algumas aplicações, especialmente no segmento automotivo que vem
cada vez mais buscando soluções em alumínio. O metal possibilita redução de peso do
veículo, aumentando sua eficiência energética. Além disso, as propriedades mecânicas
do alumínio melhoram a segurança dos veículos no caso de colisões. Vale ressaltar que
as emissões de carbono do alumínio CBA é uma das mais baixas do mercado, permitindo
que as montadoras reduzam a pegada de carbono em toda cadeia.
O segmento de energia também teve importante impacto nos resultados da CBA no
4T22, com a entrega de dois projetos - um deles ligado a estrutura de painéis
fotovoltaicos e o outro projeto relacionado a torres eólicas, colocando a CBA como um
importante fornecedor de soluções para o setor.
Por fim, o segmento de transportes trouxe um novo projeto de aluminização de assoalhos
para implementos rodoviários, buscando reduzir o uso de madeira no segmento e
substituindo a mesma pelo alumínio, reduzindo peso do implemento, melhorando sua
reciclabilidade e contribuindo para melhora do índice ESG dos clientes CBA.
23. Release de Resultados 4T22
23
Balanço Patrimonial - Ativo
Ativo Nota 2022 2021 2022 2021
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 9 552.839 1.280.956 849.082 1.449.345
Aplicações financeiras 10 270.544 280.485 339.846 337.350
Instrumentos financeiros derivativos 6.2 25.804 10.749 33.172 10.749
Contas a receber de clientes 11 467.734 605.096 496.305 698.249
Estoques 12 1.569.932 1.236.046 1.881.369 1.592.312
Tributos a recuperar 13 377.672 252.447 419.791 294.434
Dividendos a receber 14 22.804 15.415 12.536 664
Outros ativos 198.817 63.026 238.175 71.880
3.486.146 3.744.220 4.270.276 4.454.983
Ativo não circulante disponível para venda 31 78.137 78.137
3.564.283 3.744.220 4.348.413 4.454.983
Não circulante
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras 10 64 64
Instrumentos financeiros derivativos 6.2 81.615 22.171 103.687 28.985
Tributos a recuperar 13 659.417 662.662 690.852 685.465
Imposto de renda e contribuição social diferidos 22 260.854 342.498 155.623 253.943
Partes relacionadas 14 48.599 47.274 60.648 57.323
Depósitos judiciais 23 16.169 15.157 17.703 16.656
Outros ativos 44.296 43.988 49.918 69.768
1.110.950 1.133.814 1.078.431 1.112.204
Investimentos 16 1.553.205 1.383.455 360.592 204.972
Imobilizado 17 4.659.346 4.155.577 5.499.239 5.152.008
Intangível 18 744.091 784.471 956.784 997.923
Direito de uso 19 16.810 39.685 31.246 43.137
8.084.402 7.497.002 7.926.292 7.510.244
Total do ativo 11.648.685 11.241.222 12.274.705 11.965.227
Controladora Consolidado
24. Release de Resultados 4T22
24
Balanço Patrimonial – Passivo
Passivo e patrimônio líquido Nota 2022 2021 2022 2021
Circulante
Empréstimos, financiamentos e debêntures 20 107.593 38.285 107.593 69.383
Instrumentos financeiros derivativos 6.2 4.148 231.289 4.148 231.289
Arrendamentos 19 12.835 25.542 16.274 27.126
Risco sacado a pagar 21 203.627 557.750 210.491 558.017
Fornecedores 861.782 558.300 1.008.669 655.626
Salários e encargos sociais 151.342 145.131 170.926 162.243
Tributos a recolher 17.696 32.832 33.962 78.275
Adiantamento de clientes 25.713 38.981 31.183 47.663
Dividendos a pagar 14 206.044 57.199 227.116 142.191
Uso do bem público - UBP 24 47.800 66.477 55.582 74.314
Contratos futuros de energia 15 94.899 11.142 94.899 11.142
Partes relacionadas 14 984 350 984 350
Provisões 23 93.008 29.218 93.008 29.218
Outros passivos 73.438 24.142 133.729 72.797
1.900.909 1.816.638 2.188.564 2.159.634
Não circulante
Empréstimos, financiamentos e debêntures 20 2.861.135 3.036.682 2.861.135 3.036.682
Instrumentos financeiros derivativos 6.2 28.552 99.840 28.552 109.600
Arrendamentos 19 4.205 15.569 15.545 17.563
Partes relacionadas 14 58.985 49.543 73.106 61.800
Provisões 23 708.039 784.579 710.731 790.729
Uso do bem público - UBP 24 907.227 868.914 974.502 943.800
Contratos futuros de energia 15 26.899 24.253 26.899 24.253
Imposto de renda e contribuição social diferidos 22 13.074 39.636
Outros passivos 57.182 44.405 59.120 65.549
4.652.224 4.923.785 4.762.664 5.089.612
Total do passivo 6.553.133 6.740.423 6.951.228 7.249.246
Patrimônio líquido 25
Capital social 4.705.047 4.705.309 4.705.047 4.705.309
Reserva de lucros 673.531 183.384 673.531 183.384
Ajustes de avaliação patrimonial (283.026) (387.894) (283.026) (387.894)
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores 5.095.552 4.500.799 5.095.552 4.500.799
Participação dos acionistas não controladores 227.925 215.182
Total do patrimônio líquido 5.095.552 4.500.799 5.323.477 4.715.981
Total do passivo e patrimônio líquido 11.648.685 11.241.222 12.274.705 11.965.227
Controladora Consolidado
25. Release de Resultados 4T22
25
Demonstrações dos Resultados – 2022 x 2021
Nota 2022
2021
Reapresentado
Nota 2.3 (a) 2022
2021
Reapresentado
Nota 2.3 (a)
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados 26 7.575.527 7.382.884 8.824.627 8.423.180
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 27 (6.198.602) (6.171.956) (7.175.365) (6.799.472)
Lucro bruto 1.376.925 1.210.928 1.649.262 1.623.708
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas 27 (42.044) (30.283) (49.351) (42.269)
Gerais e administrativas 27 (351.560) (294.097) (405.059) (338.027)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 29 (45.671) 120.592 (49.600) 97.799
(439.275) (203.788) (504.010) (282.497)
Lucro operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 937.650 1.007.140 1.145.252 1.341.211
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial 16 45.757 132.241 (12.865) 13.355
45.757 132.241 (12.865) 13.355
Resultado financeiro líquido 30
Receitas financeiras 228.703 94.378 270.468 109.816
Despesas financeiras (471.773) (426.236) (512.431) (461.500)
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos 162.419 (67.344) 194.805 (70.289)
Variações cambiais, líquidas 50.196 (74.468) 45.097 (74.554)
(30.455) (473.670) (2.061) (496.527)
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 952.952 665.711 1.130.326 858.039
Imposto de renda e contribuição social 22
(105.431) (198.906) (68.000)
3.769 77.864 9.567 48.319
Lucro líquido das operações continuadas 851.290 743.575 940.987 838.358
Operações descontinuadas
2.3 (a) 16.259 (631) 16.259 (631)
Lucro líquido atribuível aos acionistas 867.549 742.944 957.246 837.727
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores 867.549 742.944 867.549 742.944
Lucro líquido atribuível aos acionistas não controladores 89.697 94.783
Lucro líquido do exercício 867.549 742.944 957.246 837.727
Quantidade média ponderada de ações, em milhares 595.833 887.440
Lucro básico e diluído por lote de mil ações 25 (e) 1.456,03 837,18
Das operações continuadas
Lucro líquido básico e diluído por lote de mil ações, em reais 1.428,74 837,89
Das operações descontinuadas
Lucro básico e diluído por lote de mil ações, em reais 27,29 (0,71)
Controladora Consolidado
Correntes
Diferidos
Lucro líquido (prejuízo) proveniente da operação descontinuada
26. Release de Resultados 4T22
26
Fluxo de Caixa – 2022 x 2021
Nota 2022 2021 2022 2021
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 952.952 665.711 1.130.326 858.039
Ajustes de itens que não representam alteração de caixa e equivalentes de caixa
Juros, variações monetárias e cambiais 186.020 404.517 169.806 416.376
Equivalência patrimonial 16 (c) (45.757) (131.610) 12.865 (12.724)
Depreciação, amortização e exaustão 27 454.023 426.008 539.511 496.045
Contratos futuros de energia 29 86.403 (183.105) 86.403 (183.105)
Ganho na venda de imobilizado 29 (29.000) (29.000)
Baixa na venda de ativos 5.169 532.733 6.667 533.889
Valor justo de ativo disponível para venda 29 47.522 47.522
Reconhecimento de ganho por compra vantajosa na aquisição de investimentos 29 (17.143) (17.143)
Reversão para desvalorização de ativos (impairment) 29 (226.006) (603.945) (226.007) (603.945)
Provisão para desvalorização de tributos (impairment) 29 15.444 15.444
Instrumentos financeiros derivativos (23.598) 909.386 (55.984) 912.332
Repactuação do risco hidrológico (188.047) (285.446)
Projeto Rondon 111.955 111.955
Valor justo - Propriedade para investimento (7.960) (7.960)
Constituição de provisões, líquidas 38.056 86.146 39.458 85.887
1.482.268 1.983.606 1.758.051 2.283.160
Decréscimo (acréscimo) em ativos
Aplicações financeiras 106.260 188.543 76.657 234.517
Instrumentos financeiros derivativos (222.946) (796.573) (222.946) (796.573)
Contas a receber de clientes 64.748 (196.397) 111.900 (219.590)
Estoques (318.686) (402.801) (248.074) (523.959)
Tributos a recuperar 24.071 464.143 107.445 477.713
Depósitos judiciais (18.412) (4.620) (18.429) (5.232)
Demais créditos e outros ativos (6.652) (32.134) (110.286) (16.190)
Acréscimo (decréscimo) em passivos
Fornecedores 303.807 227.797 326.484 229.509
Risco sacado a pagar (354.123) (36.831) (347.526) (36.564)
Salários e encargos sociais 6.682 (13.360) 8.536 (13.518)
Tributos a recolher (120.567) 1.774 (216.065) (64.335)
Uso do bem público - UBP 24.237 (7.034) 24.357 25.132
Pagamentos de processos tributários, cíveis e trabalhistas (44.876) (68.039) (46.540) (68.038)
Demais obrigações e outros passivos 61.940 12.759 56.171 20.401
Caixa proveniente das atividades operacionais 987.751 1.320.833 1.259.735 1.526.433
Juros pagos sobre empréstimos, financiamentos, debêntures e uso do bem público - UBP (238.028) (196.421) (250.069) (198.263)
Imposto de renda e contribuição social pagos (161.495) (106.589) (254.887) (167.108)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 588.228 1.017.823 754.779 1.161.062
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisição de imobilizado e intangível 17 e 18 (896.145) (457.986) (952.426) (523.577)
Aquisição de 80% Alux 1.1 (a) (128.246) (128.244)
Aquisição remanescente 20% Alux 1.1 (b) (49.000) (49.000)
Aquisição de participação de não controladores Enercan 1.1 (k) (24.632)
Aquisição de investimento Santa Cruz (2.500) (2.500)
Ajuste de preço de aquisição de investimento 12.828 12.828
Aumento de capital em investidas 16 (c) (93.548) (106.600)
Venda de investimento São Miguel Paulista 1.1 (c) 47.500 47.500
Recebimento pela venda de imobilizado e intangível (2.555) (5.918)
Dividendos recebidos 35.633 46.528
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (1.119.439) (521.180) (1.060.274) (519.167)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimento por emissão de ações ordinárias - Oferta primária de ações 700.000 700.000
Custo na emissão de ações (262) (44.150) (262) (44.150)
Recebimento aumento capital CBA Energia 16.421
Captações de recursos 20 534.971 308.928 534.971 308.928
Amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures 20 (481.328) (324.301) (511.535) (354.741)
Redução de capital (407.022) (407.022)
Intrumentos financeiros derivativos 4.091 16.026 4.091 16.026
Dividendos pagos (228.478) (324.090) (11.391)
Liquidação de arrendamentos 19 (25.900) (29.153) (30.002) (32.924)
Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de financiamento (196.906) 220.328 (310.406) 174.726
Acréscimo (decréscimo) em caixa e equivalentes de caixa (728.117) 716.971 (615.901) 816.621
Efeito no caixa de empresa excluída na consolidação (9)
Efeito no caixa de empresa adquirida e incluída na consolidação 15.647 286
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.280.956 563.985 1.449.345 632.438
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 552.839 1.280.956 849.082 1.449.345
Transações que não afetaram caixa
Aumento de capital 521 521
Imóveis envolvidos na redução de capital 10.674
Novos contratos de arrendamento 53.254 14.660 58.854
Contas pagar 1.1 (a) 5.000 5.000
Aquisição remanescente 20% Alux (49.000) (49.000)
Imóvel recebido como forma de quitação de dívida 31 (18.000) (18.000)
Controladora Consolidado