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Protocolo de Decanulação e
Desmame da Oxigenoterapia
Fisioterapeuta: Rayanna Dorneles Coelho
O que é
Traqueostomia?
Competência da
Equipe médica
Cânula de
Traqueostomia
Cuff
Linha de
inflação
Balão
externo
Quais os tipos de cânulas?
Plástica com cuff Metálica fenestrada
Plástica sem cuff Metálica
* Diâmetro da cânula: Aproximadamente 75% do diâmetro da
traqueia (cânula plástica n° 7 para mulheres e n° 8 para
homens). Sujeito a alterações conforme anatomia.
* Troca da cânula;
* Troca da fixação;
* Aspiração e umidificação.
Quais as
indicações?
Indicações:
• VM prolongada > 14 dias;
• Urgências;
q Demais condições clínicas:
• Congênitas;
• Infecções;
• Traumas;
• Dificuldade de manipulação das secreções;
• Lesões cervicais;
• Disfunções Laríngeas e outras.
Quais os benefícios da TQT?
Menor incidência de lesões na laringe
Facilita a limpeza da árvore brônquica e higiene oral
Diminui a incidência de estenose subglótica
Favorece a alimentação por via oral
Facilita e/ou abrevia o desmame da ventilação
mecânica.
COMPLICAÇÕES
Intraoperatórias e
pós-operatórias
tardias
Hemorragia,
pneumotórax,
enfisema cirúrgico,
infecção local
Deslocamento da
cânula
Bloqueio das
extremidades da
cânula
Herniação do
balonete,
obstrução do tudo
por secreção
Traqueomalácia,
estenose traqueal
e fístula
traqueoesofágica
Impacto mecânico e funcional
Quais cuidados
deve-se ter com a
Traqueostomia?
• Monitorização e manejo do balonete;
• Vedação das VA;
• Pressão da perfusão sanguínea da mucosa
traqueal situa-se entre 25 e 35 mmHg (esses
valores não devem ultrapassar 20 e 30
cmH2O).
Processo de
Decanulação
Equipe Multidiciplinar
Médico
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Enfermeiros
E outros
Fatores que contraindicam a
decanulação:
Instabilidade hemodinâmica e
clínica
Sinais de desconforto
respiratório
Ausência de exame
endoscópico das V.A
Incapacidade de proteger V.A
Preditivos para iniciar o protocolo
de decanulação
Habilidade de tolerar
o cuff desinsuflado
por > 24 horas;
Ausência de
secreção, de sinais
de desconforto
respiratório e de
broncoaspiração
Tosse eficaz
V.A superiores
íntegras
Controle da causa
que levou à
realização da TQT
Ausencia de Sepse
Estabilidade
hemodinâmica e
clínica.
Capacidade de
deglutição
Fala com válvula de
fala ou oclusão total
Sem VM por > 48h
Válvulas de fala e
oclusão total
Sinais de intolerância à
oclusão:
• Tosse constante?
• Acumula secreção?
• Refere dispneia?
• Apresenta SDR?
Preditores de sucesso da
decanulação:
Tosse eficaz (PF
>160 l/min)
Capacidade de
eliminar
secreção pela
boca
Nível de
consciência
adequado
Secreção
traqueal
controlada
Deglutição
eficaz
Estabilidade
respiratória
antes e após a
oclusão da TQT
Ausência de
estenose
traqueal
Estabilidade
hemodianâmica
e clínica
Protocolo de
decanulação
Importante
Saber:
• O COFFITO, por meio do Acórdão nº 475, esclarece
que o procedimento (o ato) da decanulção, não
integram as atribuições do fisioterapeuta. Embasado
nas regulamentações da Fisioterapia, chegou à
conclusão de que estes procedimentos não se
encontram nas competências do profissional. Porém,
fica reforçada a importância do papel do fisioterapeuta
na avaliação da indicação e do prognóstico da
decanulação, o que inclui a mensuração de parâmetros
ventilatórios e musculoesqueléticos (capacidade
vital, pico de fluxo de tosse, força muscular inspiratória,
expiratória e periférica), dentre outros.
DECANULAÇÃO.pptx
OXIGENOTERAPIA
Oxigenoterapia
Definição Objetivos Indicações Benefícios
Segundo a “American Association for
Respiratory Care” (AARC):
• PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 %
(em ar ambiente);
• Sat O2 < 88% durante a deambulação,
exercício ou sono em portadores de
doenças cardiorrespiratórias;
• IAM ?;
• Intoxicação por gases (monóxido de
carbono);
• Envenenamento por cianeto.
• Corrigir e reduzir os sintomas
relacionados à hipoxemia e melhorar a
difusão do Oxigênio;
• Melhorar a oxigenação tissular de
pacientes com dificuldades de
transporte de oxigênio;
• Minimizar a carga de trabalho cárdio-
pulmonar;
• Manter PaO2 entre 80 a 100 mmHg e
saturação de O2 entre 90 a 100%.
•Melhora a troca gasosa;
•Vasodilatação arterial pulmonar;
•Baixa sobrecarga de trabalho miocárdico;
CELLI e TARPY, 1995; FRANK e MASSARO, 1980; FISHER,
Cuidados e Tipos de interfaces:
Posicionamento
adequado
Higienizar VA
Observar
posicionamento
do oxímetro e
averiguar
temperatura das
extremidades do
(a) paciente
Escolher a
interface
adequada
Cuidados e Tipos
de interfaces:
CATETER NASAL : 1 a 4 l/min
CATETER TIPO ÓCULOS: 1 A 4 l/min
MÁSCARA FACIAL: > 5 l/min (umidificação)
MÁSCARA COM RESERVATÓRIO:
6 a 10 L/min (Reinalação parcial) 10 -
15l/mim (sem reinalação) -umidificação
MÁSCARA DE VENTURI: Desempenho fixo
15 l/min > 60% FiO2 (com umidificação)
British Journal of Hospital Medicine, January 2018, Vol 79, No 1
Importante saber:
1-2% de todo o O2 está dissolvido no
plasma enquanto o restante (98%) está
ligado à hemoglobina
DERANGED PHYSIOLOGY, 2020
Hiperoxigenação
-Dependendo do tempo e da concentração de O2
inadequados, que o paciente ficará exposto, poderá
acarretar alterações no Sistema Nervoso Central,
Respiratório e Cardiovascular.
• Toxicidade pulmonar;
• Depressão do sistema respiratório;
• Atelectasia por absorção;
• Aumento do efeito shunt e diminuição da
relação V/Q;
• Diminuição do surfactante pulmonar.
ANDRADE JÚNIOR et al., 2005; REIS et al., 2014
DESMAME DA
OXIGENOTERAPIA
Redução a gradual (manter SpO2 alvo 94 a 98%)
Pacientes com danos pulmonares e/ou cardiopatas podem
precisar de oxigenoterapia domiciliar
Rigorosa monitorização da SpO2 após interrupção da
oxigenoterapia
Se a SpO2 cair abaixo da faixa alvo do paciente, após a
retirada do O2, deve-se reiniciar o uso de O2 com a menor
concentração necessária para manter a SpO2 alvo
BMJ 2018;363:k4169
"Não há como atender um paciente
de modo humanizado se não nos
colocarmos no lugar dele"
osianne Corrêa Cardoso
Referências:
• BRO’DRISCOLL et al. BTS guideline for oxygen use in adults in healthcare and emergency settings: diretriz da bts para uso de oxigênio em adultos
em configurações de saúde e emergência. Diretriz da Bts Para Uso de Oxigênio em Adultos em Configurações de Saúde e Emergência.
• EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO. Procedimento Operacional
Padrão: POP/Unidade de reabilitação/20/2015: traqueostomia: cuidados e decanulação: versão 2.0. Uberaba, MG: EBSERH, 2018.
• POP: Oxigenoterapia: Cuidados e Decanulação - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro –
Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2019.
• POP: Traqueostomia: Cuidados e Decanulação - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro –
Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2015.
• PROTOCOLO MULTIPROFISSIONAL - Traqueostomia: Indicações e Orientações de Cuidado ao Paciente Adulto, versão 2022.
Obrigada
@rayannadorneles.fisio

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  • 1. Protocolo de Decanulação e Desmame da Oxigenoterapia Fisioterapeuta: Rayanna Dorneles Coelho
  • 4. Quais os tipos de cânulas? Plástica com cuff Metálica fenestrada Plástica sem cuff Metálica * Diâmetro da cânula: Aproximadamente 75% do diâmetro da traqueia (cânula plástica n° 7 para mulheres e n° 8 para homens). Sujeito a alterações conforme anatomia. * Troca da cânula; * Troca da fixação; * Aspiração e umidificação.
  • 6. Indicações: • VM prolongada > 14 dias; • Urgências; q Demais condições clínicas: • Congênitas; • Infecções; • Traumas; • Dificuldade de manipulação das secreções; • Lesões cervicais; • Disfunções Laríngeas e outras.
  • 7. Quais os benefícios da TQT? Menor incidência de lesões na laringe Facilita a limpeza da árvore brônquica e higiene oral Diminui a incidência de estenose subglótica Favorece a alimentação por via oral Facilita e/ou abrevia o desmame da ventilação mecânica.
  • 8. COMPLICAÇÕES Intraoperatórias e pós-operatórias tardias Hemorragia, pneumotórax, enfisema cirúrgico, infecção local Deslocamento da cânula Bloqueio das extremidades da cânula Herniação do balonete, obstrução do tudo por secreção Traqueomalácia, estenose traqueal e fístula traqueoesofágica Impacto mecânico e funcional
  • 9. Quais cuidados deve-se ter com a Traqueostomia? • Monitorização e manejo do balonete; • Vedação das VA; • Pressão da perfusão sanguínea da mucosa traqueal situa-se entre 25 e 35 mmHg (esses valores não devem ultrapassar 20 e 30 cmH2O).
  • 12. Fatores que contraindicam a decanulação: Instabilidade hemodinâmica e clínica Sinais de desconforto respiratório Ausência de exame endoscópico das V.A Incapacidade de proteger V.A
  • 13. Preditivos para iniciar o protocolo de decanulação Habilidade de tolerar o cuff desinsuflado por > 24 horas; Ausência de secreção, de sinais de desconforto respiratório e de broncoaspiração Tosse eficaz V.A superiores íntegras Controle da causa que levou à realização da TQT Ausencia de Sepse Estabilidade hemodinâmica e clínica. Capacidade de deglutição Fala com válvula de fala ou oclusão total Sem VM por > 48h
  • 14. Válvulas de fala e oclusão total
  • 15. Sinais de intolerância à oclusão: • Tosse constante? • Acumula secreção? • Refere dispneia? • Apresenta SDR?
  • 16. Preditores de sucesso da decanulação: Tosse eficaz (PF >160 l/min) Capacidade de eliminar secreção pela boca Nível de consciência adequado Secreção traqueal controlada Deglutição eficaz Estabilidade respiratória antes e após a oclusão da TQT Ausência de estenose traqueal Estabilidade hemodianâmica e clínica
  • 18. Importante Saber: • O COFFITO, por meio do Acórdão nº 475, esclarece que o procedimento (o ato) da decanulção, não integram as atribuições do fisioterapeuta. Embasado nas regulamentações da Fisioterapia, chegou à conclusão de que estes procedimentos não se encontram nas competências do profissional. Porém, fica reforçada a importância do papel do fisioterapeuta na avaliação da indicação e do prognóstico da decanulação, o que inclui a mensuração de parâmetros ventilatórios e musculoesqueléticos (capacidade vital, pico de fluxo de tosse, força muscular inspiratória, expiratória e periférica), dentre outros.
  • 21. Oxigenoterapia Definição Objetivos Indicações Benefícios Segundo a “American Association for Respiratory Care” (AARC): • PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente); • Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias; • IAM ?; • Intoxicação por gases (monóxido de carbono); • Envenenamento por cianeto. • Corrigir e reduzir os sintomas relacionados à hipoxemia e melhorar a difusão do Oxigênio; • Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com dificuldades de transporte de oxigênio; • Minimizar a carga de trabalho cárdio- pulmonar; • Manter PaO2 entre 80 a 100 mmHg e saturação de O2 entre 90 a 100%. •Melhora a troca gasosa; •Vasodilatação arterial pulmonar; •Baixa sobrecarga de trabalho miocárdico; CELLI e TARPY, 1995; FRANK e MASSARO, 1980; FISHER,
  • 22. Cuidados e Tipos de interfaces: Posicionamento adequado Higienizar VA Observar posicionamento do oxímetro e averiguar temperatura das extremidades do (a) paciente Escolher a interface adequada
  • 23. Cuidados e Tipos de interfaces: CATETER NASAL : 1 a 4 l/min CATETER TIPO ÓCULOS: 1 A 4 l/min MÁSCARA FACIAL: > 5 l/min (umidificação) MÁSCARA COM RESERVATÓRIO: 6 a 10 L/min (Reinalação parcial) 10 - 15l/mim (sem reinalação) -umidificação MÁSCARA DE VENTURI: Desempenho fixo 15 l/min > 60% FiO2 (com umidificação) British Journal of Hospital Medicine, January 2018, Vol 79, No 1
  • 24. Importante saber: 1-2% de todo o O2 está dissolvido no plasma enquanto o restante (98%) está ligado à hemoglobina DERANGED PHYSIOLOGY, 2020
  • 25. Hiperoxigenação -Dependendo do tempo e da concentração de O2 inadequados, que o paciente ficará exposto, poderá acarretar alterações no Sistema Nervoso Central, Respiratório e Cardiovascular. • Toxicidade pulmonar; • Depressão do sistema respiratório; • Atelectasia por absorção; • Aumento do efeito shunt e diminuição da relação V/Q; • Diminuição do surfactante pulmonar. ANDRADE JÚNIOR et al., 2005; REIS et al., 2014
  • 26. DESMAME DA OXIGENOTERAPIA Redução a gradual (manter SpO2 alvo 94 a 98%) Pacientes com danos pulmonares e/ou cardiopatas podem precisar de oxigenoterapia domiciliar Rigorosa monitorização da SpO2 após interrupção da oxigenoterapia Se a SpO2 cair abaixo da faixa alvo do paciente, após a retirada do O2, deve-se reiniciar o uso de O2 com a menor concentração necessária para manter a SpO2 alvo BMJ 2018;363:k4169
  • 27. "Não há como atender um paciente de modo humanizado se não nos colocarmos no lugar dele" osianne Corrêa Cardoso
  • 28. Referências: • BRO’DRISCOLL et al. BTS guideline for oxygen use in adults in healthcare and emergency settings: diretriz da bts para uso de oxigênio em adultos em configurações de saúde e emergência. Diretriz da Bts Para Uso de Oxigênio em Adultos em Configurações de Saúde e Emergência. • EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO. Procedimento Operacional Padrão: POP/Unidade de reabilitação/20/2015: traqueostomia: cuidados e decanulação: versão 2.0. Uberaba, MG: EBSERH, 2018. • POP: Oxigenoterapia: Cuidados e Decanulação - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2019. • POP: Traqueostomia: Cuidados e Decanulação - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2015. • PROTOCOLO MULTIPROFISSIONAL - Traqueostomia: Indicações e Orientações de Cuidado ao Paciente Adulto, versão 2022.