Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
SlideShare uma empresa Scribd logo
Microtúbulos
A mente, física quântica
e neurologia
O mais recente desenvolvimento de idéias
sobre a origem da mente
vem do renomado Físico, Roger Penrose.
Outra contribuição veio do médico
anestesiologista Stuart Hameroff,
que estudando os efeitos da anestesia,
postulou que esta poderia agir em
estruturas neuronais chamadas
microtúbulos
Processos computáveis
e
não-computáveis
Esses processos são tratados pela
matemática dos arranjos de
formas que se preocupa com as
maneiras
nas quais, diferentes conjuntos
de figuras planas, podem ou não
ser arranjadas de forma a
recobrirem uma superfície plana
infinita
sem deixar vazios
Certas formas, tais como quadrados
ou triângulos ou hexágonos são
capazes de facilmente, fazer isso.
Curiosamente, os matemáticos
provaram que é impossível planejar
um programa de computador
– (um conjunto de regras gerais) –
que possa prever se mosaicos
de uma dada forma básica podem cobrir
completamente um plano.
A questão sobre  
se certas figuras podem ou não
recobrir um piso,
é não-computável, isto é,
não pode ser reproduzida
por um programa
de computador.
Todas as leis conhecidas da
física são computáveis
Avaliar a beleza de um objeto,
assim como, alguma outra tarefa
da consciência
não seria igualmente
não-computável?
Em seu livro A mente nova do
rei,
Roger Penrose, chegou a
conclusão
que os processos mentais
Se a mente não é computável,
então qualquer que seja
o processo no cérebro,
que dá origem à mente,
também deverá ser não-
computável.
A mente, estaria fundamentada
numa nova física, ou seja,
em leis que ainda não foram
descobertas ou formuladas.
Microtúbulos
São um arranjo de estruturas protéicas encontradas
em toda as células vivas, compostas de moléculas
cilíndricas formadas por 13 cadeias de proteínas
juntas, as tubulinas.
Para fazer um tubo de
25 nanômetros de
comprimento (25⋅10-9
m), com
um canal central de
aproximadamente
15 nanômetros (15⋅10-9
m) de
diâmetro.
Estes filamentos delgados agrupam-se lado
a lado para formarem longos feixes,
parecendo-se com um maço de canudos de
refrescos frouxamente enroscados, que
atravessam toda a célula, formando redes
parecendo com malhas.
Essas redes servem
como uma espécie
de esqueleto para a
célula, conferindo
estrutura e criando
caminhos para o
transporte de
substâncias
químicas no interior
das células.
Vários biólogos especularam
em que o citoesqueleto
poderia servir
à comunicação e ligação
de processamento de informação
necessária para organizar
um comportamento relativamente
complexo,
o citoesqueleto poderia ser
um cérebro inscipiente.
Microtúbulos e MAPs parecem
ser capazes de uma certa quantidade
de movimento,
podem ser tecidos com estruturas
plásticas,
capazes de
deformar, ceder e
dobrar
o bastante para
permitir que se
mova.
Por exemplo,
um grupo de
20 microtúbulos
forma o cílio parecido
com cabelo que pulsa,
e cobre a superfície
de muitos organismos
unicelulares pequenos
permitindo-lhes nadar.
É intrigante para os biólogos perceber
como um animal unicelular simples,
o Paramécio, pode se comportar,
tão inteligentemente,
não tendo nenhum sistema nervoso.
Ele é
surpreendentemente ágil,
enquanto nada ao redor
dos detritos
no fundo do lago,
torcendo-se para dentro e
fora de espaços
apertados à procura de
seu jantar.
De alguma maneira o
protozoário consegue
responder
rapidamente
as informações que
entram por pontos
sensíveis à luz
ou por cílios sensíveis
ao toque e coordenar
sua ação natatória.
A molécula de proteína que constitui
o microtúbulo possui um tipo de 'bolso'
ao longo de seu comprimento;
um único elétron pode deslizar para frente
e para trás ao longo desta invaginação
e a posição do elétron nela,
irá determinar a forma que a proteína irá ter
e assim a função do microtúbulo.
Filosofia da Física Quântica 4 microtúbulos
Anestésicos inalantes, tais como éter,
podem 'desligar' a consciência,
sem causar danos ao cérebro,
parecem atuar através de uma deformação
temporária dos microtúbulos
situados dentro dos neurônios.
As moléculas de um gás anestésico são
capazes de imobilizarem o elétron,
bloqueando a proteína e tornando inútil o
microtúbulo.
Embora ninguém saiba
precisamente
como a forma da proteína
resulta em atividades específicas,
a teoria parece sugerir
que os microtúbulos
estão diretamente relacionados
à consciência.
Devido as minúsculas dimensões e forma
tubular, os microtúbulos apresentam
propriedades quânticas únicas.
Normalmente, qualquer pulso de uma energia
dentro do cérebro,
não poderia existir como superposição
quântica de estados,
isto porque toda a matéria
e atividade ocorrendo no cérebro
iria perturbá-la e fazê-la
escolher um único estado
instantaneamente.
Mas, de acordo com os cálculos
de alguns pesquisadores,
um microtúbulo poderia isolar um pulso
da balbúrdia restante
e este pulso poderia viajar ao longo
do microtúbulo totalmente separado
do ruído ao seu redor,
sem ter de interagir com as moléculas
que constituem as paredes do
microtúbulo.
E enquanto esse pulso não fosse
obrigado
a escolher um único estado,
estaria livre para explorar
simultaneamente qualquer número de
padrões possíveis
no interior e ao longo dos microtúbulos.
Até mesmo uma travessia em direção a
outras células não perturbaria
necessariamente este pulso.
Funcionaria como um diapasão
vibrando,
que pode fazer com que um outro
diapasão
passe a vibrar em sincronia,
mesmo se o ambiente ao redor
estando cheio de ruídos
e outros sinais.
Os pensamentos poderiam ser
representados por padrões de
sinalização
nos microtúbulos
e esses padrões disparariam,
os impulsos nervosos.
Como é que uma superposição quântica
de padrões
acaba 'escolhendo' uma alternativa?
Não existem ainda evidências
comprovadas
de que a mente está baseada num
processo não-computacional,
ou mesmo que tal processo exista na
mecânica quântica.
O que se sabe é que o cérebro,
ao criar a mente...
parece estar fazendo algo
não-computável
e que o mecanismo situado
por detrás da 'escolha' quântica
poderia muito bem envolver processos
não-computáveis, e poderia existir
um entrelaçamento entre os dois,
convergindo para os microtúbulos.
Conclusão
Esta é uma teoria que tenta
relacionar a Física Quântica
com a geração da mente
e como os processos quânticos
podem ter uma origem
não-computável.
Assim teríamos um primeiro
caminho para fazer a ligação, entre
espírito e matéria,
ao supor
que quem controla
as ‘escolhas’ quânticas
é o espírito.
Fim da 4ª parte

Mais conteúdo relacionado

Filosofia da Física Quântica 4 microtúbulos

  • 1. Microtúbulos A mente, física quântica e neurologia
  • 2. O mais recente desenvolvimento de idéias sobre a origem da mente vem do renomado Físico, Roger Penrose. Outra contribuição veio do médico anestesiologista Stuart Hameroff, que estudando os efeitos da anestesia, postulou que esta poderia agir em estruturas neuronais chamadas microtúbulos
  • 4. Esses processos são tratados pela matemática dos arranjos de formas que se preocupa com as maneiras nas quais, diferentes conjuntos de figuras planas, podem ou não ser arranjadas de forma a recobrirem uma superfície plana infinita sem deixar vazios
  • 5. Certas formas, tais como quadrados ou triângulos ou hexágonos são capazes de facilmente, fazer isso.
  • 6. Curiosamente, os matemáticos provaram que é impossível planejar um programa de computador – (um conjunto de regras gerais) – que possa prever se mosaicos de uma dada forma básica podem cobrir completamente um plano.
  • 7. A questão sobre   se certas figuras podem ou não recobrir um piso, é não-computável, isto é, não pode ser reproduzida por um programa de computador. Todas as leis conhecidas da física são computáveis
  • 8. Avaliar a beleza de um objeto, assim como, alguma outra tarefa da consciência não seria igualmente não-computável? Em seu livro A mente nova do rei, Roger Penrose, chegou a conclusão que os processos mentais
  • 9. Se a mente não é computável, então qualquer que seja o processo no cérebro, que dá origem à mente, também deverá ser não- computável. A mente, estaria fundamentada numa nova física, ou seja, em leis que ainda não foram descobertas ou formuladas.
  • 11. São um arranjo de estruturas protéicas encontradas em toda as células vivas, compostas de moléculas cilíndricas formadas por 13 cadeias de proteínas juntas, as tubulinas. Para fazer um tubo de 25 nanômetros de comprimento (25⋅10-9 m), com um canal central de aproximadamente 15 nanômetros (15⋅10-9 m) de diâmetro.
  • 12. Estes filamentos delgados agrupam-se lado a lado para formarem longos feixes, parecendo-se com um maço de canudos de refrescos frouxamente enroscados, que atravessam toda a célula, formando redes parecendo com malhas.
  • 13. Essas redes servem como uma espécie de esqueleto para a célula, conferindo estrutura e criando caminhos para o transporte de substâncias químicas no interior das células.
  • 14. Vários biólogos especularam em que o citoesqueleto poderia servir à comunicação e ligação de processamento de informação necessária para organizar um comportamento relativamente complexo, o citoesqueleto poderia ser um cérebro inscipiente.
  • 15. Microtúbulos e MAPs parecem ser capazes de uma certa quantidade de movimento, podem ser tecidos com estruturas plásticas, capazes de deformar, ceder e dobrar o bastante para permitir que se mova.
  • 16. Por exemplo, um grupo de 20 microtúbulos forma o cílio parecido com cabelo que pulsa, e cobre a superfície de muitos organismos unicelulares pequenos permitindo-lhes nadar.
  • 17. É intrigante para os biólogos perceber como um animal unicelular simples, o Paramécio, pode se comportar, tão inteligentemente, não tendo nenhum sistema nervoso.
  • 18. Ele é surpreendentemente ágil, enquanto nada ao redor dos detritos no fundo do lago, torcendo-se para dentro e fora de espaços apertados à procura de seu jantar.
  • 19. De alguma maneira o protozoário consegue responder rapidamente as informações que entram por pontos sensíveis à luz ou por cílios sensíveis ao toque e coordenar sua ação natatória.
  • 20. A molécula de proteína que constitui o microtúbulo possui um tipo de 'bolso' ao longo de seu comprimento; um único elétron pode deslizar para frente e para trás ao longo desta invaginação e a posição do elétron nela, irá determinar a forma que a proteína irá ter e assim a função do microtúbulo.
  • 22. Anestésicos inalantes, tais como éter, podem 'desligar' a consciência, sem causar danos ao cérebro, parecem atuar através de uma deformação temporária dos microtúbulos situados dentro dos neurônios. As moléculas de um gás anestésico são capazes de imobilizarem o elétron, bloqueando a proteína e tornando inútil o microtúbulo.
  • 23. Embora ninguém saiba precisamente como a forma da proteína resulta em atividades específicas, a teoria parece sugerir que os microtúbulos estão diretamente relacionados à consciência.
  • 24. Devido as minúsculas dimensões e forma tubular, os microtúbulos apresentam propriedades quânticas únicas.
  • 25. Normalmente, qualquer pulso de uma energia dentro do cérebro, não poderia existir como superposição quântica de estados, isto porque toda a matéria e atividade ocorrendo no cérebro iria perturbá-la e fazê-la escolher um único estado instantaneamente.
  • 26. Mas, de acordo com os cálculos de alguns pesquisadores, um microtúbulo poderia isolar um pulso da balbúrdia restante e este pulso poderia viajar ao longo do microtúbulo totalmente separado do ruído ao seu redor, sem ter de interagir com as moléculas que constituem as paredes do microtúbulo.
  • 27. E enquanto esse pulso não fosse obrigado a escolher um único estado, estaria livre para explorar simultaneamente qualquer número de padrões possíveis no interior e ao longo dos microtúbulos. Até mesmo uma travessia em direção a outras células não perturbaria necessariamente este pulso.
  • 28. Funcionaria como um diapasão vibrando, que pode fazer com que um outro diapasão passe a vibrar em sincronia, mesmo se o ambiente ao redor estando cheio de ruídos e outros sinais.
  • 29. Os pensamentos poderiam ser representados por padrões de sinalização nos microtúbulos e esses padrões disparariam, os impulsos nervosos. Como é que uma superposição quântica de padrões acaba 'escolhendo' uma alternativa?
  • 30. Não existem ainda evidências comprovadas de que a mente está baseada num processo não-computacional, ou mesmo que tal processo exista na mecânica quântica.
  • 31. O que se sabe é que o cérebro, ao criar a mente... parece estar fazendo algo não-computável e que o mecanismo situado por detrás da 'escolha' quântica poderia muito bem envolver processos não-computáveis, e poderia existir um entrelaçamento entre os dois, convergindo para os microtúbulos.
  • 32. Conclusão Esta é uma teoria que tenta relacionar a Física Quântica com a geração da mente e como os processos quânticos podem ter uma origem não-computável.
  • 33. Assim teríamos um primeiro caminho para fazer a ligação, entre espírito e matéria, ao supor que quem controla as ‘escolhas’ quânticas é o espírito.
  • 34. Fim da 4ª parte