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Tendências Tecnológicas
Como os projetistas tornam os carros mais seguros? Eles tratam os carros como um cardume de peixes.
O Safe Swarm, recentemente revelado pela Honda, usa comunicação entre veículos o que permite que os
carros transmitam informações para outros nas proximidades. Por exemplo, alertas sobre acidentes ocorridos
em uma estrada podem ser transmitidos para veículos a quilômetros de distância, permitindo que eles
funcionem de forma colaborativa e inteligente para evitar acidentes e reduzir o tráfego.
A evolução das coisas inteligentes, como os grandes enxames de carros com pensamento coletivo, é uma
das 10 tendências estratégicas com grande impacto no setor e significativo potencial de disrupção.
"A evolução contínua dos negócios digitais explora novos modelos digitais com o objetivo de alinhar os
mundos físico e digital de forma mais direta para os colaboradores, parceiros e clientes", diz David Cearley,
Vice-Presidente e Gartner Fellow. "A tecnologia será integrada a tudo nos negócios digitais do futuro".
As 10 Principais
Estratégicas do Gartner
para 2018

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Inteligência
Inteligência
2
As 10 Principais Tendências Tecnológicas
Estratégicas do Gartner para 2018
Tendência Nº 1:
Fundamentos de IA
A capacidade de usar a inteligência artificial (IA) para melhorar a tomada de deci-
sões, reinventar modelos de negócios e ecossistemas e reconstruir a experiência do
cliente impulsionará os resultados das iniciativas digitais até 2025.
Dado o aumento constante nas solicitações de informação, fica claro que o interesse está
crescendo. Uma pesquisa recente do Gartner mostrou que 59% das empresas ainda está
reunindo informações para desenvolver suas estratégias de IA, enquanto as demais já
fizeram progressos quanto à realização de testes piloto ou adotaram soluções de IA.
Embora o uso correto da IA gere grandes resultados para os negócios digitais,
a promessa (e as armadilhas) da IA, em geral, de que os sistemas realizariam
magicamente qualquer tarefa intelectual de um ser humano e aprenderiam
dinamicamente da mesma forma que eles é, na melhor das hipóteses, especulativa. A
IA, em um sentido limitado e considerando sua aplicação atual, consiste em soluções
de machine learning de abrangência genérica e que visam uma tarefa específica (como
entender um idioma ou dirigir um veículo em um ambiente controlado), com algoritmos
escolhidos que são otimizados para essas tarefas específicas. “As empresas devem
se concentrar nos resultados de negócios viabilizados por aplicações que exploram
tecnologias de IA de forma específica, deixando a IA genérica para os pesquisadores e
autores de obras de ficção científica”, diz Cearley.
Tendência Nº 2:
Aplicativos Inteligentes e
Analytics
Nos próximos anos, todos os aplicativos, aplicações e serviços incorporarão a IA em
algum nível. A IA será executada discretamente no segundo plano de diversas catego-
rias de aplicativos conhecidos, ao mesmo tempo que dará origem a outros totalmente
novos. A IA se tornou o próximo grande campo de batalha em uma ampla variedade
de mercados de software e serviços, incluindo aspectos de ERP. “Desafie seus forne-
cedores de pacotes de software e serviços a descrever como eles irão usar a IA para
agregar valor comercial em novas versões na forma de analytics avançado, processos
inteligentes e experiências avançadas para o usuário”, destaca Cearley.
Os aplicativos inteligentes também criam uma nova camada intermediária inteligente
entre pessoas e sistemas com o potencial de transformar a natureza do trabalho
e a estrutura do local de trabalho, como já se observou em assistentes virtuais de
atendimento ao cliente e consultores e assistentes corporativos.
“Devemos explorar os aplicativos inteligentes como uma forma de aprimorar a ativi-
dade humana, e não simplesmente como forma de substituir pessoas”, diz Cearley.
O Augmented Analytics é uma área em crescimento particularmente estratégica que
usa o machine learning para automatizar a preparação de dados, a descoberta e o
compartilhamento de insights que se destinam a uma grande variedade de usuários
de negócios, colaboradores operacionais e cientistas de dados cidadãos.

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Inteligência
Digital
3
Tendência Nº 3:
Coisas Inteligentes
Coisas inteligentes usam IA e machine learning para interagir de forma mais inteli-
gente com as pessoas e o ambiente que os cerca. Algumas coisas inteligentes não
existiriam sem IA, mas há outras que já existem (por exemplo, uma câmera) que a IA
pode torná-las inteligentes (ou seja, uma câmera inteligente). Essas coisas operam
de forma semiautônoma ou autônoma em um ambiente não supervisionado por um
período determinado para concluir uma tarefa específica. Alguns exemplos incluem
os aspiradores de pó com operação automática ou veículos agrícolas autônomos. À
medida que a tecnologia se desenvolve, a IA e o machine learning aparecerão cada
vez mais em uma variedade de objetos, de equipamentos médicos inteligentes a
colheitadeiras robotizadas e autônomas para uso em fazendas.
Conforme as coisas inteligentes proliferarem, espera-se uma mudança partindo das
coisas inteligentes independentes para grandes enxames de coisas inteligentes co-
laborativas. Nesse modelo, vários dispositivos funcionarão juntos de forma indepen-
dente ou com intervenção humana. As inovações nesta área estão sendo usadas
pela indústria militar, que estuda o uso de grandes enxames de drones para atacar
ou defender alvos militares.
Tendência Nº 4:
Digital Twins
Um digital twin é uma representação digital de uma entidade ou sistema do mundo
real. No contexto da IoT, os digital twins estão ligados a objetos do mundo real
e oferecem informações sobre o estado das contrapartes, reagem a mudanças,
melhoram as operações e agregam valor. Com uma estimativa de 21 bilhões de sen-
sores e terminais conectados até 2020, existirão digital twins para bilhões de coisas
em um futuro muito próximo. Potencialmente, há bilhões de dólares em jogo quanto
à economia oriunda de manutenção, reparo e operações (MRO) e ao desempenho
otimizado de ativos de IoT, diz Cearley.
No curto prazo, os digital twins podem auxiliar o gerenciamento de ativos, mas,
eventualmente, proporcionarão valor em termos de eficiência operacional e insights
sobre como os produtos são usados e como podem ser aprimorados.
Além da IoT, há um crescente potencial de conectar digital twins a entidades que
não são simplesmente "coisas". “Ao longo do tempo, as representações digitais de
praticamente todos os aspectos do nosso mundo estarão conectadas de modo di-
nâmico entre si e com suas contrapartes do mundo real, contando com recursos de
IA que permitem realizar simulações, operações e análises avançadas”, diz Cearley.
“Arquitetos e urbanistas, profissionais de marketing digital, profissionais de saúde
e arquitetos industriais se beneficiarão, a longo prazo, com essa mudança para o
mundo dos digital twins integrados”.
As 10 Principais Tendências Tecnológicas
Estratégicas do Gartner para 2018

4

Digital
Digital
4
Tendência Nº 5:
Cloud to the Edge
A edge computing descreve uma topologia computacional na qual o processamento
de informações e a coleta e entrega de conteúdo são colocados mais próximos das
fontes dessas informações. Os desafios de conectividade e latência, as restrições de
largura de banda e a maior funcionalidade integrada à edge favorecem os modelos
distribuídos. As empresas devem começar a usar padrões de design de edge em
suas arquiteturas de infraestrutura, especialmente aquelas com elementos signifi-
cativos de IoT. Um bom ponto de partida poderia ser o uso de recursos de rede de
colocation e específicos da edge.
Embora seja comum supor que a cloud e a edge computing sejam abordagens con-
correntes, trata-se de uma interpretação essencialmente equivocada dos conceitos. A
edge computing diz respeito a uma topologia computacional que coloca o conteúdo, a
computação e o processamento mais próximos dos usuários/coisas ou da “edge” da
rede. A cloud é um sistema em que os serviços de tecnologia são fornecidos usando
tecnologias de Internet, mas ela não determina a entrega de serviços centralizados
ou descentralizados. Quando implementadas em conjunto, a cloud é usada para criar
o modelo orientado a serviços e a edge computing oferece um estilo de entrega que
permite a execução de aspectos desconectados de cloud service.
Tendência Nº 6:
Plataformas
Interativas
As plataformas interativas promoverão uma mudança de paradigma em que a tarefa
de traduzir a intenção passa do usuário para o computador. Esses sistemas são
capazes de respostas simples (Como está o tempo?) ou interações mais complica-
das (fazer uma reserva no restaurante italiano na Parker Avenue) Essas plataformas
continuarão evoluindo para realizar ações ainda mais complexas, como coletar
depoimentos orais de testemunhas de crimes e agir de acordo com essas informa-
ções, criando um retrato falado do suspeito com base no depoimento. O desafio
que as plataformas interativas enfrentam é que os usuários devem se comunicar de
forma muito estruturada, o que geralmente se torna uma experiência frustrante. Os
diferenciais básicos entre as plataformas interativas serão seus modelos de interação
robustos, os modelos de API e os eventos usados para acessar, invocar e orquestrar
serviços de terceiros para fornecer resultados complexos.
As 10 Principais Tendências Tecnológicas
Estratégicas do Gartner para 2018

5

Mesh
Digital
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Tendência Nº 7:
Experiência Imersiva
A realidade aumentada (RA), a realidade virtual (RV) e a realidade mista (RM) estão
mudando a forma como as pessoas percebem e interagem com o mundo digital.
Combinadas com plataformas interativas, ocorrerá uma mudança fundamental na
experiência do usuário no sentido de se obter uma experiência invisível e imersiva.
Fornecedores de aplicativos, de softwares de sistemas e de plataformas de desen-
volvimento competirão para fornecer esse modelo.
Nos próximos cinco anos, o foco estará na realidade mista, que está surgindo como
a experiência imersiva preferencial, em que o usuário interage com objetos digitais
e do mundo real, mantendo uma presença no mundo físico. A realidade mista está
presente em todo um espectro e inclui Head-Mounted Displays (HMD) para RA
ou RV, bem como RA baseada em smartphone e tablet. Dada a onipresença dos
dispositivos móveis, o lançamento do ARkit e do iPhone X pela Apple, do Tango e
do ARCore do Google e a disponibilidade de kits multiplataformas para desenvolvi-
mento de softwares de RA, como o Wikitude, esperamos confrontos mais intensos
nos campos de RA e RM baseadas em smartphones em 2018.
Tendência Nº 8:
Blockchain
O Blockchain é um ledger compartilhado, distribuído e descentralizado que remove
o atrito comercial por ser independente de aplicativos ou participantes individuais.
Ele permite que partes não confiáveis realizem transações comerciais. A tecnologia
promete mudar setores inteiros e, embora as conversas frequentemente envolvam
oportunidades financeiras, o blockchain tem muitas aplicações potenciais nos
setores de governo, saúde, distribuição de conteúdo, supply chain e muito mais.
No entanto, muitas tecnologias de blockchain são imaturas e não comprovadas,
carecendo de uma ampla regulamentação.
Uma abordagem prática do blockchain exige uma compreensão clara da oportuni-
dade de negócio, dos recursos e limitações do blockchain, de uma arquitetura de
confiança e das habilidades de implementação necessárias. Antes de embarcar em
um projeto de ledger distribuído, certifique-se de que sua equipe tenha as habilida-
des criptográficas para entender o que é ou não é possível. Identifique os pontos de
integração com as infraestruturas atuais e monitore a evolução e a maturidade da
plataforma. Tenha muito cuidado ao interagir com fornecedores e certifique-se de
identificar claramente como o termo “blockchain” está sendo usado.
As 10 Principais Tendências Tecnológicas
Estratégicas do Gartner para 2018

6

Mesh
Mesh
6
Tendência Nº 9:
Modelo baseado em
eventos
As empresas digitais confiam na capacidade de perceber e estar preparado para explo-
rar novos momentos de negócios digitais. Os eventos de negócios refletem a descober-
ta de estados importantes ou mudanças de estado, como a conclusão de um pedido de
compra. Alguns eventos de negócios ou combinações de eventos envolvem momentos
de negócios, que são situações detectadas que exigem alguma ação comercial específi-
ca. Os momentos de negócios mais importantes são aqueles que têm implicações para
diversas partes, como aplicações, linhas de negócios ou parceiros distintos.
Com o advento da IA, da IoT e de outras tecnologias, os eventos de negócios po-
dem ser detectados mais rapidamente e analisados de forma mais detalhada.
As empresas devem adotar o "event thinking" como parte de uma estratégia de
negócios digital. Até 2020, a consciência situacional em tempo real e baseada em
eventos será uma característica obrigatória para 80% das soluções de negócios
digitais, e 80% dos novos ecossistemas de negócios precisarão de suporte para o
processamento de eventos.
Tendência Nº 10:
Avaliação contínua do
risco adaptável e da
confiança
O negócio digital cria um ambiente de segurança complexo e em evolução.
O uso de ferramentas cada vez mais sofisticadas eleva a possibilidade de ameaças. A Análise
Contínua e Adaptável de Riscos e Confiança (CARTA) permite a tomada de decisões em
tempo real, com base em riscos e confiança, com respostas adaptáveis para os negócios
digitais que envolvem segurança. Técnicas tradicionais de segurança que usam titularidade
e controle, em vez de confiança, não funcionarão no mundo digital. A proteção da infraes-
trutura e do perímetro não irão garantir uma detecção precisa e não podem proteger contra
ataques internos por trás do perímetro. Isso exige adotar a segurança centrada nas pessoas
e a capacitação dos desenvolvedores para assumirem a responsabilidade pelas medidas de
segurança. Duas das novas técnicas que devem ser exploradas para tornar a CARTA uma
realidade são a integração da segurança em seus esforços de DevOps, de forma a proporcio-
nar um processo contínuo de “DevSecOps”, e a exploração de tecnologias contra fraude (por
exemplo, honeypots adaptativos) para capturar criminosos que penetraram em sua rede.
Junte-se a nós no Gartner Symposium/ITxpo 2018 e obtenha mais informações sobre as ten-
dências tecnológicas do Gartner, se são compatíveis com a sua empresa e como implementá-las.
Gartner Symposium/ITxpo 2018
São Paulo, Brasil, de 22 a 25 de outubro
www.gartner.com/br/symposium | #GartnerSYM
As 10 Principais Tendências Tecnológicas
Estratégicas do Gartner para 2018

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  • 1. Tendências Tecnológicas Como os projetistas tornam os carros mais seguros? Eles tratam os carros como um cardume de peixes. O Safe Swarm, recentemente revelado pela Honda, usa comunicação entre veículos o que permite que os carros transmitam informações para outros nas proximidades. Por exemplo, alertas sobre acidentes ocorridos em uma estrada podem ser transmitidos para veículos a quilômetros de distância, permitindo que eles funcionem de forma colaborativa e inteligente para evitar acidentes e reduzir o tráfego. A evolução das coisas inteligentes, como os grandes enxames de carros com pensamento coletivo, é uma das 10 tendências estratégicas com grande impacto no setor e significativo potencial de disrupção. "A evolução contínua dos negócios digitais explora novos modelos digitais com o objetivo de alinhar os mundos físico e digital de forma mais direta para os colaboradores, parceiros e clientes", diz David Cearley, Vice-Presidente e Gartner Fellow. "A tecnologia será integrada a tudo nos negócios digitais do futuro". As 10 Principais Estratégicas do Gartner para 2018
  • 2. Inteligência Inteligência 2 As 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas do Gartner para 2018 Tendência Nº 1: Fundamentos de IA A capacidade de usar a inteligência artificial (IA) para melhorar a tomada de deci- sões, reinventar modelos de negócios e ecossistemas e reconstruir a experiência do cliente impulsionará os resultados das iniciativas digitais até 2025. Dado o aumento constante nas solicitações de informação, fica claro que o interesse está crescendo. Uma pesquisa recente do Gartner mostrou que 59% das empresas ainda está reunindo informações para desenvolver suas estratégias de IA, enquanto as demais já fizeram progressos quanto à realização de testes piloto ou adotaram soluções de IA. Embora o uso correto da IA gere grandes resultados para os negócios digitais, a promessa (e as armadilhas) da IA, em geral, de que os sistemas realizariam magicamente qualquer tarefa intelectual de um ser humano e aprenderiam dinamicamente da mesma forma que eles é, na melhor das hipóteses, especulativa. A IA, em um sentido limitado e considerando sua aplicação atual, consiste em soluções de machine learning de abrangência genérica e que visam uma tarefa específica (como entender um idioma ou dirigir um veículo em um ambiente controlado), com algoritmos escolhidos que são otimizados para essas tarefas específicas. “As empresas devem se concentrar nos resultados de negócios viabilizados por aplicações que exploram tecnologias de IA de forma específica, deixando a IA genérica para os pesquisadores e autores de obras de ficção científica”, diz Cearley. Tendência Nº 2: Aplicativos Inteligentes e Analytics Nos próximos anos, todos os aplicativos, aplicações e serviços incorporarão a IA em algum nível. A IA será executada discretamente no segundo plano de diversas catego- rias de aplicativos conhecidos, ao mesmo tempo que dará origem a outros totalmente novos. A IA se tornou o próximo grande campo de batalha em uma ampla variedade de mercados de software e serviços, incluindo aspectos de ERP. “Desafie seus forne- cedores de pacotes de software e serviços a descrever como eles irão usar a IA para agregar valor comercial em novas versões na forma de analytics avançado, processos inteligentes e experiências avançadas para o usuário”, destaca Cearley. Os aplicativos inteligentes também criam uma nova camada intermediária inteligente entre pessoas e sistemas com o potencial de transformar a natureza do trabalho e a estrutura do local de trabalho, como já se observou em assistentes virtuais de atendimento ao cliente e consultores e assistentes corporativos. “Devemos explorar os aplicativos inteligentes como uma forma de aprimorar a ativi- dade humana, e não simplesmente como forma de substituir pessoas”, diz Cearley. O Augmented Analytics é uma área em crescimento particularmente estratégica que usa o machine learning para automatizar a preparação de dados, a descoberta e o compartilhamento de insights que se destinam a uma grande variedade de usuários de negócios, colaboradores operacionais e cientistas de dados cidadãos.
  • 3. Inteligência Digital 3 Tendência Nº 3: Coisas Inteligentes Coisas inteligentes usam IA e machine learning para interagir de forma mais inteli- gente com as pessoas e o ambiente que os cerca. Algumas coisas inteligentes não existiriam sem IA, mas há outras que já existem (por exemplo, uma câmera) que a IA pode torná-las inteligentes (ou seja, uma câmera inteligente). Essas coisas operam de forma semiautônoma ou autônoma em um ambiente não supervisionado por um período determinado para concluir uma tarefa específica. Alguns exemplos incluem os aspiradores de pó com operação automática ou veículos agrícolas autônomos. À medida que a tecnologia se desenvolve, a IA e o machine learning aparecerão cada vez mais em uma variedade de objetos, de equipamentos médicos inteligentes a colheitadeiras robotizadas e autônomas para uso em fazendas. Conforme as coisas inteligentes proliferarem, espera-se uma mudança partindo das coisas inteligentes independentes para grandes enxames de coisas inteligentes co- laborativas. Nesse modelo, vários dispositivos funcionarão juntos de forma indepen- dente ou com intervenção humana. As inovações nesta área estão sendo usadas pela indústria militar, que estuda o uso de grandes enxames de drones para atacar ou defender alvos militares. Tendência Nº 4: Digital Twins Um digital twin é uma representação digital de uma entidade ou sistema do mundo real. No contexto da IoT, os digital twins estão ligados a objetos do mundo real e oferecem informações sobre o estado das contrapartes, reagem a mudanças, melhoram as operações e agregam valor. Com uma estimativa de 21 bilhões de sen- sores e terminais conectados até 2020, existirão digital twins para bilhões de coisas em um futuro muito próximo. Potencialmente, há bilhões de dólares em jogo quanto à economia oriunda de manutenção, reparo e operações (MRO) e ao desempenho otimizado de ativos de IoT, diz Cearley. No curto prazo, os digital twins podem auxiliar o gerenciamento de ativos, mas, eventualmente, proporcionarão valor em termos de eficiência operacional e insights sobre como os produtos são usados e como podem ser aprimorados. Além da IoT, há um crescente potencial de conectar digital twins a entidades que não são simplesmente "coisas". “Ao longo do tempo, as representações digitais de praticamente todos os aspectos do nosso mundo estarão conectadas de modo di- nâmico entre si e com suas contrapartes do mundo real, contando com recursos de IA que permitem realizar simulações, operações e análises avançadas”, diz Cearley. “Arquitetos e urbanistas, profissionais de marketing digital, profissionais de saúde e arquitetos industriais se beneficiarão, a longo prazo, com essa mudança para o mundo dos digital twins integrados”. As 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas do Gartner para 2018
  • 4. Digital Digital 4 Tendência Nº 5: Cloud to the Edge A edge computing descreve uma topologia computacional na qual o processamento de informações e a coleta e entrega de conteúdo são colocados mais próximos das fontes dessas informações. Os desafios de conectividade e latência, as restrições de largura de banda e a maior funcionalidade integrada à edge favorecem os modelos distribuídos. As empresas devem começar a usar padrões de design de edge em suas arquiteturas de infraestrutura, especialmente aquelas com elementos signifi- cativos de IoT. Um bom ponto de partida poderia ser o uso de recursos de rede de colocation e específicos da edge. Embora seja comum supor que a cloud e a edge computing sejam abordagens con- correntes, trata-se de uma interpretação essencialmente equivocada dos conceitos. A edge computing diz respeito a uma topologia computacional que coloca o conteúdo, a computação e o processamento mais próximos dos usuários/coisas ou da “edge” da rede. A cloud é um sistema em que os serviços de tecnologia são fornecidos usando tecnologias de Internet, mas ela não determina a entrega de serviços centralizados ou descentralizados. Quando implementadas em conjunto, a cloud é usada para criar o modelo orientado a serviços e a edge computing oferece um estilo de entrega que permite a execução de aspectos desconectados de cloud service. Tendência Nº 6: Plataformas Interativas As plataformas interativas promoverão uma mudança de paradigma em que a tarefa de traduzir a intenção passa do usuário para o computador. Esses sistemas são capazes de respostas simples (Como está o tempo?) ou interações mais complica- das (fazer uma reserva no restaurante italiano na Parker Avenue) Essas plataformas continuarão evoluindo para realizar ações ainda mais complexas, como coletar depoimentos orais de testemunhas de crimes e agir de acordo com essas informa- ções, criando um retrato falado do suspeito com base no depoimento. O desafio que as plataformas interativas enfrentam é que os usuários devem se comunicar de forma muito estruturada, o que geralmente se torna uma experiência frustrante. Os diferenciais básicos entre as plataformas interativas serão seus modelos de interação robustos, os modelos de API e os eventos usados para acessar, invocar e orquestrar serviços de terceiros para fornecer resultados complexos. As 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas do Gartner para 2018
  • 5. Mesh Digital 5 Tendência Nº 7: Experiência Imersiva A realidade aumentada (RA), a realidade virtual (RV) e a realidade mista (RM) estão mudando a forma como as pessoas percebem e interagem com o mundo digital. Combinadas com plataformas interativas, ocorrerá uma mudança fundamental na experiência do usuário no sentido de se obter uma experiência invisível e imersiva. Fornecedores de aplicativos, de softwares de sistemas e de plataformas de desen- volvimento competirão para fornecer esse modelo. Nos próximos cinco anos, o foco estará na realidade mista, que está surgindo como a experiência imersiva preferencial, em que o usuário interage com objetos digitais e do mundo real, mantendo uma presença no mundo físico. A realidade mista está presente em todo um espectro e inclui Head-Mounted Displays (HMD) para RA ou RV, bem como RA baseada em smartphone e tablet. Dada a onipresença dos dispositivos móveis, o lançamento do ARkit e do iPhone X pela Apple, do Tango e do ARCore do Google e a disponibilidade de kits multiplataformas para desenvolvi- mento de softwares de RA, como o Wikitude, esperamos confrontos mais intensos nos campos de RA e RM baseadas em smartphones em 2018. Tendência Nº 8: Blockchain O Blockchain é um ledger compartilhado, distribuído e descentralizado que remove o atrito comercial por ser independente de aplicativos ou participantes individuais. Ele permite que partes não confiáveis realizem transações comerciais. A tecnologia promete mudar setores inteiros e, embora as conversas frequentemente envolvam oportunidades financeiras, o blockchain tem muitas aplicações potenciais nos setores de governo, saúde, distribuição de conteúdo, supply chain e muito mais. No entanto, muitas tecnologias de blockchain são imaturas e não comprovadas, carecendo de uma ampla regulamentação. Uma abordagem prática do blockchain exige uma compreensão clara da oportuni- dade de negócio, dos recursos e limitações do blockchain, de uma arquitetura de confiança e das habilidades de implementação necessárias. Antes de embarcar em um projeto de ledger distribuído, certifique-se de que sua equipe tenha as habilida- des criptográficas para entender o que é ou não é possível. Identifique os pontos de integração com as infraestruturas atuais e monitore a evolução e a maturidade da plataforma. Tenha muito cuidado ao interagir com fornecedores e certifique-se de identificar claramente como o termo “blockchain” está sendo usado. As 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas do Gartner para 2018
  • 6. Mesh Mesh 6 Tendência Nº 9: Modelo baseado em eventos As empresas digitais confiam na capacidade de perceber e estar preparado para explo- rar novos momentos de negócios digitais. Os eventos de negócios refletem a descober- ta de estados importantes ou mudanças de estado, como a conclusão de um pedido de compra. Alguns eventos de negócios ou combinações de eventos envolvem momentos de negócios, que são situações detectadas que exigem alguma ação comercial específi- ca. Os momentos de negócios mais importantes são aqueles que têm implicações para diversas partes, como aplicações, linhas de negócios ou parceiros distintos. Com o advento da IA, da IoT e de outras tecnologias, os eventos de negócios po- dem ser detectados mais rapidamente e analisados de forma mais detalhada. As empresas devem adotar o "event thinking" como parte de uma estratégia de negócios digital. Até 2020, a consciência situacional em tempo real e baseada em eventos será uma característica obrigatória para 80% das soluções de negócios digitais, e 80% dos novos ecossistemas de negócios precisarão de suporte para o processamento de eventos. Tendência Nº 10: Avaliação contínua do risco adaptável e da confiança O negócio digital cria um ambiente de segurança complexo e em evolução. O uso de ferramentas cada vez mais sofisticadas eleva a possibilidade de ameaças. A Análise Contínua e Adaptável de Riscos e Confiança (CARTA) permite a tomada de decisões em tempo real, com base em riscos e confiança, com respostas adaptáveis para os negócios digitais que envolvem segurança. Técnicas tradicionais de segurança que usam titularidade e controle, em vez de confiança, não funcionarão no mundo digital. A proteção da infraes- trutura e do perímetro não irão garantir uma detecção precisa e não podem proteger contra ataques internos por trás do perímetro. Isso exige adotar a segurança centrada nas pessoas e a capacitação dos desenvolvedores para assumirem a responsabilidade pelas medidas de segurança. Duas das novas técnicas que devem ser exploradas para tornar a CARTA uma realidade são a integração da segurança em seus esforços de DevOps, de forma a proporcio- nar um processo contínuo de “DevSecOps”, e a exploração de tecnologias contra fraude (por exemplo, honeypots adaptativos) para capturar criminosos que penetraram em sua rede. Junte-se a nós no Gartner Symposium/ITxpo 2018 e obtenha mais informações sobre as ten- dências tecnológicas do Gartner, se são compatíveis com a sua empresa e como implementá-las. Gartner Symposium/ITxpo 2018 São Paulo, Brasil, de 22 a 25 de outubro www.gartner.com/br/symposium | #GartnerSYM As 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas do Gartner para 2018