Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
SlideShare uma empresa Scribd logo

Jovens e mídia paloma cristina

•
•

O acesso à tecnologia varia entre regiões e famílias. Embora os jovens sejam nativos digitais, o uso das tecnologias difere entre eles. Alguns problemas do excesso de uso incluem vício em jogos online e dificuldade em se comunicar formalmente. É importante educar as crianças para fazerem bom uso das mídias e se protegerem de crimes cibernéticos.

1 de 2
Baixar para ler offline

1

TECNOLOGIA É POPULAR, MAS ACESSO NÃO É IGUAL PARA TODO MUNDO1 Paloma Cristina Acesso varia de região para região e de família para família As crianças e jovens que nasceram depois de 1990, cresceram juntos com as tecnologias de comunicação, sendo considerados nativos digitais. Mas isso não quer dizer que todos usam as tecnologias do mesmo jeito. Hoje, há tecnologia para fazer todo tipo de coisa. Os últimos lançamentos em jogos simulam exercícios físicos, facilitando assim a vida dos pais de jovens que se preocupam com a violência das ruas e que preferem seus filhos em segurança dentro de casa. Em contrapartida, há pais que se preocupam com o excesso de tempo gasto por seus filhos no computador. Para eles, o fato causa desinteresse dos jovens pela família e pelos estudos por causa muitas vezes da fácil comunicação com os amigos e da variedade de entretenimentos. Diversas áreas do conhecimento como a educação e a psicologia tentam compreender quais são os problemas do uso em excesso do computador. A professora Alexandra Bujokas de Siqueira, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro conta quais são os problemas mais comuns. “Um deles é o vício em internet, particularmente no uso de jogos online. É claro que a internet não é a responsável, essas pessoas muito provavelmente já têm uma tendência ao vício, assim como tem gente que se vicia e tem gente que não se vicia em álcool e outras drogas. Mas a internet é algo que está ali, dentro de casa , na escola, na lan house e não parece oferecer perigo” No campo da educação, também tem problemas. “Como os jovens passam muito tempo se comunicando com os amigos naquela linguagem cifrada da internet, muitos deles acabam perdendo a capacidade ou nem desenvolvendo a flexibilidade para usar a linguagem de uma situação mais formal”, explica Alexandra. “E a vida não se resume ao Facebook. Boa parte dos jovens um dia vai trabalhar, vai precisar escrever uma carta para alguém, vai precisar fazer um relatório, vai ter que escrever algum documento pedindo alguma coisa para o governo. Quando a vida trouxer essa necessidade, muitos jovens não vão saber como fazer, porque boa parte do tempo que tinham para aprender a usar a linguagem, eles gastaram trocando mensagem cifrada no computador”. Mas há uma luz no final do túnel. As indústrias tecnológicas oferecem para os jovens mídias que a cada dia estão sendo mais utilizadas, trazendo benefícios como a rápida informação, o acesso a conteúdos educacionais e uma ampla diversidade de entretenimentos. É o que acontece com a estudante Aline Reis Martins diz “A internet para mim é um meio de comunicação que facilita minha vida ”. Todo cuidado é pouco Em algumas regiões, as mídias são mais utilizadas pelos jovens do que outras, pois nas grandes cidades há muito risco e alguns pais preferem manter as crianças em casa, esquecendo de considerar que hoje existem muitos tipos de crimes cibernéticos, tais como pedofilia, roubo                                                              1  Fonte desta reportagem: http://uftmmidiaeducpalomacristina.blogspot.com.br/2012/06/tecnologia‐e‐ popular‐mas‐nao‐e‐igual.html 

2

de identidade e bullying. Para prevenir-se desses crimes é necessário ter cuidado ao ler os e- mails, não deixar fotos pessoais em seu computador sem proteção e, ao mandar fazer manutenção do computador, tomar cuidado com seus documentos. Psicólogos recomendam aos pais que sempre olhem os sites que seus filhos acessam e com quem eles conversam online, de maneira que não tenha problemas no futuro. Educar para fazer bom uso O acesso às tecnologias, como se sabe, nunca é igual pra todo mundo.A professora Alexandra Bujokas explica:“Isso depende do grupo social ao qual o jovem pertence, do poder aquisitivo e também das políticas públicas. Os jovens de famílias de alto poder aquisitivo tem acesso ao que quiserem, na hora em que quiserem. Já aqueles de famílias com menor poder aquisitivo acabam tendo acesso mais restrito”. Por isso é justo que cada país tenha políticas de inclusão digital, que facilitem o acesso e ensinem as pessoas a usar as mídias. Os jovens sabem utilizar as novas mídias? A professora Alexandra responde: “A história tem mostrado que os jovens sempre foram os primeiros a se apropriar das novas tecnologias do seu tempo. Foi assim com o cinema, com as máquinas de tocar música, a câmera fotográfica, as filmadoras e com o computador. Jovem é naturalmente curioso, os adultos parecem se sentir mais seguros naquilo que já é tradição, já está estabelecido”. A maioria das tecnologias é direcionada aos jovens, que tem como característica gostar de estar sempre na moda. E sempre será assim. Hoje a internet, amanhã poderá ser uma nova mídia.

Mais conteúdo relacionado

Jovens e mídia paloma cristina

  • 1. TECNOLOGIA É POPULAR, MAS ACESSO NÃO É IGUAL PARA TODO MUNDO1 Paloma Cristina Acesso varia de região para região e de família para família As crianças e jovens que nasceram depois de 1990, cresceram juntos com as tecnologias de comunicação, sendo considerados nativos digitais. Mas isso não quer dizer que todos usam as tecnologias do mesmo jeito. Hoje, há tecnologia para fazer todo tipo de coisa. Os últimos lançamentos em jogos simulam exercícios físicos, facilitando assim a vida dos pais de jovens que se preocupam com a violência das ruas e que preferem seus filhos em segurança dentro de casa. Em contrapartida, há pais que se preocupam com o excesso de tempo gasto por seus filhos no computador. Para eles, o fato causa desinteresse dos jovens pela família e pelos estudos por causa muitas vezes da fácil comunicação com os amigos e da variedade de entretenimentos. Diversas áreas do conhecimento como a educação e a psicologia tentam compreender quais são os problemas do uso em excesso do computador. A professora Alexandra Bujokas de Siqueira, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro conta quais são os problemas mais comuns. “Um deles é o vício em internet, particularmente no uso de jogos online. É claro que a internet não é a responsável, essas pessoas muito provavelmente já têm uma tendência ao vício, assim como tem gente que se vicia e tem gente que não se vicia em álcool e outras drogas. Mas a internet é algo que está ali, dentro de casa , na escola, na lan house e não parece oferecer perigo” No campo da educação, também tem problemas. “Como os jovens passam muito tempo se comunicando com os amigos naquela linguagem cifrada da internet, muitos deles acabam perdendo a capacidade ou nem desenvolvendo a flexibilidade para usar a linguagem de uma situação mais formal”, explica Alexandra. “E a vida não se resume ao Facebook. Boa parte dos jovens um dia vai trabalhar, vai precisar escrever uma carta para alguém, vai precisar fazer um relatório, vai ter que escrever algum documento pedindo alguma coisa para o governo. Quando a vida trouxer essa necessidade, muitos jovens não vão saber como fazer, porque boa parte do tempo que tinham para aprender a usar a linguagem, eles gastaram trocando mensagem cifrada no computador”. Mas há uma luz no final do túnel. As indústrias tecnológicas oferecem para os jovens mídias que a cada dia estão sendo mais utilizadas, trazendo benefícios como a rápida informação, o acesso a conteúdos educacionais e uma ampla diversidade de entretenimentos. É o que acontece com a estudante Aline Reis Martins diz “A internet para mim é um meio de comunicação que facilita minha vida ”. Todo cuidado é pouco Em algumas regiões, as mídias são mais utilizadas pelos jovens do que outras, pois nas grandes cidades há muito risco e alguns pais preferem manter as crianças em casa, esquecendo de considerar que hoje existem muitos tipos de crimes cibernéticos, tais como pedofilia, roubo                                                              1  Fonte desta reportagem: http://uftmmidiaeducpalomacristina.blogspot.com.br/2012/06/tecnologia‐e‐ popular‐mas‐nao‐e‐igual.html 
  • 2. de identidade e bullying. Para prevenir-se desses crimes é necessário ter cuidado ao ler os e- mails, não deixar fotos pessoais em seu computador sem proteção e, ao mandar fazer manutenção do computador, tomar cuidado com seus documentos. Psicólogos recomendam aos pais que sempre olhem os sites que seus filhos acessam e com quem eles conversam online, de maneira que não tenha problemas no futuro. Educar para fazer bom uso O acesso às tecnologias, como se sabe, nunca é igual pra todo mundo.A professora Alexandra Bujokas explica:“Isso depende do grupo social ao qual o jovem pertence, do poder aquisitivo e também das políticas públicas. Os jovens de famílias de alto poder aquisitivo tem acesso ao que quiserem, na hora em que quiserem. Já aqueles de famílias com menor poder aquisitivo acabam tendo acesso mais restrito”. Por isso é justo que cada país tenha políticas de inclusão digital, que facilitem o acesso e ensinem as pessoas a usar as mídias. Os jovens sabem utilizar as novas mídias? A professora Alexandra responde: “A história tem mostrado que os jovens sempre foram os primeiros a se apropriar das novas tecnologias do seu tempo. Foi assim com o cinema, com as máquinas de tocar música, a câmera fotográfica, as filmadoras e com o computador. Jovem é naturalmente curioso, os adultos parecem se sentir mais seguros naquilo que já é tradição, já está estabelecido”. A maioria das tecnologias é direcionada aos jovens, que tem como característica gostar de estar sempre na moda. E sempre será assim. Hoje a internet, amanhã poderá ser uma nova mídia.