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Minicurso
METODOLOGIAS ATIVAS, TECNOLOGIAS DA
WEB 2.0 E FORMAÇÃO DO PROFESSOR
UNIVERSITÁRIO
Rosemara P Lopes
UFG Jataí
rosemaralopes@gmail.com
Eloi Feitosa
UNESP São José do Rio Preto
eloi@ibilce.unesp.br
11 de abril de 2016
MINICURSO
Objetivos
1.  Esclarecer em que consistem metodologias ativas.
2.  Apresentar elementos que permitam identificá-las.
3.  Apresentar teorias que as fundamentem.
4.  Exemplificá-las com experiências concretas e da
literatura educacional.
5.  Problematizá-las.
6.  Relacioná-las às tecnologias da Web 2.0.
7.  Discutir a formação do professor universitário no
contexto das metodologias ativas e das
tecnologias.
MINICURSO
Percurso
MÓDULO 1
O conceito de
metodologia ativa
Resgate de concepções
sobre o tema
Origem das
metodologias ativas:
John Dewey
História da Educação no
Brasil na década de
1930: Escola Nova
MÓDULO 2
Metodologias
emergentes
Flipped Classroom
Peer Instruction
Problem Based Learning
WebQuest
MÓDULO 3
Metodologia ativa
e formação do
professor
universitário
Reflexões a partir
da prática
MÓDULO 1
O conceito de metodologia ativa
1. Resgate de concepções
Metodologia ativa é...
O que penso sobre metodologia
ativa?
O que sei sobre metodologia ativa?
Em minha trajetória escolar e
acadêmica, fui ensinado por
metodologias ativas? Quando?
Como ocorreu?
2. Origem das metodologias ativas
Fundamentos teóricos
O conceito de metodologia ativa carrega
as ideias de John Dewey sobre aluno
ativo e construção do conhecimento em
situações que superem a tradicional aula
expositiva, cuja finalidade é a reprodução
e a memorização do conteúdo de ensino.
Quantas vezes você já ouviu
falar na necessidade de
valorizar a capacidade de
pensar dos alunos? De
prepará-los para questionar a
realidade? De unir teoria e
prática? De problematizar? Se
você se preocupa com essas
questões, já esbarrou, mesmo
sem saber, em algumas das
concepções de John Dewey,
filósofo norte-americano que
influenciou educadores de
várias partes do mundo. No
Brasil inspirou o movimento da
Escola Nova, liderado por
Anísio Teixeira, ao colocar a
atividade prática e a
democracia como importantes
ingredientes da educação.
Educar para Crescer, Editora Abril.
http://educarparacrescer.abril.com.br/
aprendizagem/john-dewey-307892.shtml
História da educação no Brasil na década de 1930
Escola Nova
Pioneiros da Educação
“Manifesto de 32”
Expoentes
Anísio Teixeira
Lourenço Filho
Fernando de Azevedo
Humanista, intelectual, educador e homem
de ação. Virtudes que encontraram em
Fernando de Azevedo sua mais profunda
acepção. Exímio estudioso da realidade
brasileira, ele se destacou como o principal
difusor da sociologia de Émile Durkheim no
país. Suas inclinações de pensador
inspiraram as mais altas realizações no
comando de importantes setores da
educação nacional, tornando ainda hoje
presente sua marca, tanto nas
interpretações sobre a ciência e a cultura
no Brasil, quanto nas políticas de
educação.
Fonte: Revista de História [online]
http://revistadehistoria.com.br/secao/arquivo-morto/fernando-de-azevedo
Ver também obra disponível no portal Domínio Público:
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos Educadores (1959)
Dois aspectos marcam, portanto, a estrutura do texto do
“Manifesto”: é, por um lado, um documento doutrinário e, por
outro, um documento de política educacional.
Como documento doutrinário, o texto declara-se filiado à
Escola Nova. De fato, o conjunto do trabalho é atravessado
implícita ou explicitamente pela perspectiva escolanovista.
Implicitamente, na medida em que se inscreve no movimento
de renovação e que se propõe a tarefa de reconstrução
educacional. Explicitamente, quando se empenha em
enunciar as bases, os princípios e procedimentos próprios da
Escola Nova, opondo-se à escola tradicional.
(SAVIANI, 2010, p. 251-252)
Indicadores
§  Papel do professor
§  Papel do aluno
§  Papel da tecnologia (quando houver)
§  Concepção de ensino
§  Concepção de aprendizagem
Identificar uma metodologia ativa
O professor deixa de
ser o centro do
processo, o detentor
do conhecimento, e
passa a ser aquele
facilita a
aprendizagem.
O foco passa a ser o aluno, suas
necessidades e interesses.
Aluno-ouvinte
(KENSKI, 2011)
A discussão sobre como se
ensina faz sentido apenas
quando inserida em outra, mais
ampla, sobre como se aprende.
O aluno hoje
Qual o sentido da palavra ensinar hoje?
Finalidade do ensino
Aprendizagem
MÓDULO 2
Metodologias emergentes
Fipped Classroom
Peer Instruction
Problem Based Learning
METODOLOGIAS ATIVAS, TECNOLOGIAS DA WEB 2.0 E FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Fipped Classroom
Fonte: Valente (s/d), Valente (2014)
EDUCAUSE Things you should know about flipped classrooms. 2012.
Disponível em: http://net.educause.edu/ir/library/pdf/eli7081.pdf. Acessado
em: 13 out. 2015.
Flipped classroom ou sala de aula invertida
Na aprendizagem ativa, em oposição à aprendizagem passiva, bancária, baseada
na transmissão de informação, o aluno assume uma postura mais ativa, na qual
ele resolve problemas, desenvolve projetos e, com isto, cria oportunidades para a
construção de conhecimento. Diversas estratégias têm sido utilizadas para
promover a aprendizagem ativa como a aprendizagem baseada na pesquisa, o uso
de jogos ou o problem based learning (PBL). MIT e Harvard adotaram a estratégia
da “sala de aula invertida”, implantada em algumas disciplinas. Estas
universidades têm inovado seus métodos de ensino, procurando adequá-los para
que possam explorar os avanços das tecnologias educacionais, bem como
minimizar a evasão e o nível de reprovação.
(VALENTE, s/d, p. 1)
Flipped	
  Classroom	
  
Sugestões	
  de	
  leitura	
  
Flipped Classroom Field Guide
Vários autores
https://docs.google.com/document/d/1arP1QAkSyVcxKYXgTJWCrJf02NdephTVGQltsw-S1fQ/
view#
Improved Learning in a Large-Enrollment Physics Class
Deslauriers, L., Schelew, E. e Wieman, C.
http://science.sciencemag.org/content/332/6031/862
Sala de aula invertida
J. Pacheco
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/sala-de-aula-invertidapor-que-nao-reagem-os-
pedagogos-brasileiros-311344-1.asp
Sala de aula invertida: a educação do futuro
Ramal, A.
http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/sala-de-aula-invertida-educacao-do-
futuro.html
Ensino
http://canaldoensino.com.br/blog/conheca-o-novo-conceito-da-sala-de-aula-invertida
Peer Instruction
Harvard introduziu o método Peer Instruction (PI), que consiste em prover material de apoio
de modo que o aluno possa estudar o conteúdo antes de frequentar a sala de aula.
Com base no material estudado, o aluno responde um conjunto de questões, via um Learning
Management System (LMS). O professor antes de ministrar a aula, verifica as questões mais
problemáticas, que devem ser trabalhadas em sala de aula. Durante a aula, as discussões
são intercaladas com “concept tests”, destinados a expor as dificuldades que os alunos
encontram. Estes testes são respondidos via sistema de resposta interativo, tipo “clicker”, de
modo que a classe e o professor possam acompanhar o nível de compreensão sobre os
conceitos em discussão. Antes de responder ao teste, os alunos têm um ou dois minutos
para pensar sobre a questão e formular suas próprias respostas. Dependendo da resposta,
eles passam dois ou três minutos discutindo suas respostas em grupos de 3 ou 4 alunos, na
tentativa de chegarem a um consenso sobre a resposta correta. Este processo obriga os
alunos a pensarem sobre os argumentos a serem desenvolvidos e permite que eles (assim
como o professor) possam avaliar o nível de compreensão sobre os conceitos antes mesmo
de deixar a sala de aula.
(VALENTE, s/d)
Pre-service teachers in Norway
experiencing Peer Instruction
Foto e matéria disponíveis em:
http://blog.peerinstruction.net/2013/05/24/8-tips-for-
transitioning-to-clickers-when-flipping-your-class-with-
peer-instruction/ Acessado em 13 out 2015.
Peer	
  Instruc7on	
  
Instrução	
  pelos	
  pares	
  
1.  O instrutor propõe questões baseadas nas
respostas do aluno sobre sua leitura “pré-
classe”.
2.  O aluno reflete sobre as questões.
3.  O aluno pratica resolução de exercícios
individualmente
4.  O instrutor corrige as respostas do aluno.
5.  O aluno discute as suas ideias e responde
questões com seus pares.
6.  O aluno pratica de novo resolução de
exercícios individualmente
7.  O instrutor de novo revisa as respostas e
decide se é necessário mais explicações antes
de mudar para o conceito seguinte.
Fonte: Catherine H. Crouch and Eric Mazura. Peer Instruction: ten years of experience
and results. Am. J. Phys., 69 (9), 2001, p. 970-977. Disponível em:
http://web.mit.edu/jbelcher/www/TEALref/Crouch_Mazur.pdf
Problem Based Learning
Fonte: Sousa (2010)
Problem Based Learning ou Aprendizagem Baseada em Problemas
A Aprendizagem Baseada em Problemas constitui uma
metodologia muito adequada [...], porque permite
desenvolver um trabalho dentro e fora da sala de aula em
uma perspectiva de aprendizagem colaborativa. O
feedback, ou seja, o fluxo de respostas, entre os
alunos e o professor é constante, em função da natureza
de aprendizado continuado.
(SOUSA, 2010, p. 7)
O PBL, ou ABP, sigla usada frequentemente em países latino-americanos
para designar a Aprendizagem Baseada em Problemas, é encarado
menos como uma metodologia de ensino e mais como um novo
paradigma curricular. [...] Os problemas são apresentados sem
informações anteriores para sua elucidação e funcionam como condutores
e ponto de partida do processo de aprendizagem. A maneira pela qual o
problema deve ser abordado, a seleção dos meios e como se processará
a aprendizagem são tarefas de responsabilidade do estudante que
especifica os objetivos a serem aprendidos. O encaminhamento da
explicação se desenvolverá em caráter interdisciplinar, utilizando e
integrando informações de diversas disciplinas, que serão aprendidas
integradamente (MASETTO, 2004).
(SOUSA, 2010, p. 7).
PBL	
  
Histórico	
  
O	
  PBL	
  teve	
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  década	
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estendido	
  a	
  outras	
  áreas	
  (negócios,	
  odontologia,	
  ciências	
  da	
  
saúde,	
  engenharia,	
  educação	
  etc.).	
  
Fonte: h[p://www.learning-­‐theories.com/problem-­‐based-­‐learning-­‐pbl.html	
  
PBL	
  
Caracterís7cas	
  
•  PBL é uma metodologia centrada no aluno, na qual pequenos grupos
de alunos estudam e discutem problemas complexos e trabalham
juntos para formular soluções úteis e práticas para os casos
estudados.
•  Ao trabalhar com colegas em grupo, o aluno pode identificar o que
sabe, o que precisa saber e onde encontrar a “melhor evidência” para
entender questões pertinentes.
•  PBL tornou-se um método muito usado na educação médica, com
interesse crescente em outras áreas da Educação, em geral (Física,
por exemplo).
•  Os princípios básicos do PBL consistem em desenvolver habilidades
para resolver problemas, estimular e melhorar a autoaprendizagem do
aluno e desenvolver habilidades de colaboração entre pares, e,
principalmente, a aprendizagem de conceitos de determinada área.
Fonte: h[p://hlwiki.slais.ubc.ca/index.php/Problem-­‐based_learning	
  
PBL	
  
Saiba	
  mais	
  
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22452277
http://hlwiki.slais.ubc.ca/index.php/Problem-
based_learning
https://www.iop.org/education/higher_education/stem/
problem-based/page_50125.html
http://www.learning-theories.com/problem-based-
learning-pbl.html
WebQuest
Investigação orientada
Investigação orientada, em que algumas ou
todas as informações com as quais os
aprendizes interagem são provenientes da
Internet.
WebQuest
Abar e Barbosa (2008)
Barba e Capella (2012)
Muñoz (2008)
Web 2.0
Coll e Monereo (2010)
Romani e Kuklinski (2007)
Patrício (2009)
Elementos que compõem a estrutura de uma WebQuest
Possíveis tarefas para uma WebQuest
Tarefas
De Repetição
De Compilação
De Mistério
Jornalísticas
De Projeto
De Produtos Criativos
Para a Construção de Consenso
De Persuasão
De Autoconhecimento
Analíticas
De Emissão de Juízo
Científicas
http://emav.webnode.com.br/nossosprojetos/
http://mymathematics.wordpress.com/
MÓDULO 3
Metodologia ativa e formação do
professor universitário
No Ensino Superior, que
professor é necessário para
ensinar com (por meio de)
metodologias ativas?
Ensino tradicional: opção ou falta
de opção? Lopes (2014)
Na verdade, gostaria de ter maior autonomia para usar, ter um conhecimento
maior sobre o grande número de recursos que existe, de softwares, ter
familiaridade com eles e discutir isso nas aulas, enxergar o potencial pedagógico,
didático. Na maior parte das vezes, eu não faço isso por desconhecimento, mas
seria interessante saber. (Transcrição da entrevista com P4, p. 7).
Isolamento pedagógico?
Lopes e Feitosa (2014)
Fala de um professor universitário. Fragmento extraído de Lopes (2014).
Disponível em: http://repositorio.unesp.br/handle/11449/122253.
Por que metodologia ativa no ensino
superior?
Afinal, no ensino o que é importa
não é o conteúdo?
Por que tratar dos meios, quando o
importante são os fins do ato
pedagógico?
METODOLOGIAS ATIVAS, TECNOLOGIAS DA WEB 2.0 E FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Inovar
REFERÊNCIAS
ABAR, C. A. A. P.; BARBOSA, L. M. WebQuest: um desafio para o professor! São Paulo: Avercamp, 2008.
BARBA, C.; CAPELLA, S. (Orgs.). Computadores em sala de aula: métodos e usos. Porto Alegre: Penso,
2012.
COLL, C.; MONEREO, C. et al. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da
informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010
KENSKI, V. M. As tecnologias virtuais e a prática docente na universidade. In: PIMENTA, S. G.; ALMEIDA, M.
I. (Orgs.). Pedagogia universitária: caminhos para a formação de professores. São Paulo: Cortez, 2011, p.
213-228.
MUÑOZ, I. B. Las WebQuests en el Espacio Europeo de Educación Superior (EEES): desarrollo e
evaluación de competencias con Tecnologías de la Información y la Comunicación (TICs) en la universidad.
2008. Tese (Doutorado) Universitat Jaume I, Facultat de Ciènces Humanes i Socials, Castelló de la Plana,
2008.
PATRÍCIO, M. R. V. Tecnologias Web 2.0 na formação inicial de professores. 2009. Dissertação
(Mestrado em Multimédia) Universidade do Porto, Portugal, 2009.
PÉREZ GÓMEZ, A. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo.
In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. 3. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997, p. 95-114.
ROMANELLI, O. O. História da educação no Brasil (1930/1973). 36. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
ROMANÍ, C. C.; KUKLINSKI, H. P. Planeta Web 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food. México:
Grup de Recerca d'Interaccions Digitals, Universitat de Vic. Flacso, 2007.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
SOUSA, S. O. Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL – Problem-Based Learning) Estratégia para
ensino e aprendizagem de algoritmos e conteúdos computacionais. 2011. Dissertação (Mestrado em
Educação) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, SP,
2010.
VALENTE, J. A. Aprendizagem ativa no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Disponível
em: <https://www.unifebe.edu.br/site/docs/arquivos/noticias/2014/valente.pdf>. Acessado em: 13 out. 2015.
VALENTE, J. A. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida.
Educar em Revista, Curitiba, Editora UFPR, n. 4, Edição Especial, p. 79-97, 2014.

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  • 1. Minicurso METODOLOGIAS ATIVAS, TECNOLOGIAS DA WEB 2.0 E FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO Rosemara P Lopes UFG Jataí rosemaralopes@gmail.com Eloi Feitosa UNESP São José do Rio Preto eloi@ibilce.unesp.br 11 de abril de 2016
  • 2. MINICURSO Objetivos 1.  Esclarecer em que consistem metodologias ativas. 2.  Apresentar elementos que permitam identificá-las. 3.  Apresentar teorias que as fundamentem. 4.  Exemplificá-las com experiências concretas e da literatura educacional. 5.  Problematizá-las. 6.  Relacioná-las às tecnologias da Web 2.0. 7.  Discutir a formação do professor universitário no contexto das metodologias ativas e das tecnologias.
  • 3. MINICURSO Percurso MÓDULO 1 O conceito de metodologia ativa Resgate de concepções sobre o tema Origem das metodologias ativas: John Dewey História da Educação no Brasil na década de 1930: Escola Nova MÓDULO 2 Metodologias emergentes Flipped Classroom Peer Instruction Problem Based Learning WebQuest MÓDULO 3 Metodologia ativa e formação do professor universitário Reflexões a partir da prática
  • 4. MÓDULO 1 O conceito de metodologia ativa
  • 5. 1. Resgate de concepções Metodologia ativa é... O que penso sobre metodologia ativa? O que sei sobre metodologia ativa? Em minha trajetória escolar e acadêmica, fui ensinado por metodologias ativas? Quando? Como ocorreu?
  • 6. 2. Origem das metodologias ativas Fundamentos teóricos
  • 7. O conceito de metodologia ativa carrega as ideias de John Dewey sobre aluno ativo e construção do conhecimento em situações que superem a tradicional aula expositiva, cuja finalidade é a reprodução e a memorização do conteúdo de ensino. Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação. Educar para Crescer, Editora Abril. http://educarparacrescer.abril.com.br/ aprendizagem/john-dewey-307892.shtml
  • 8. História da educação no Brasil na década de 1930 Escola Nova Pioneiros da Educação “Manifesto de 32” Expoentes Anísio Teixeira
  • 10. Fernando de Azevedo Humanista, intelectual, educador e homem de ação. Virtudes que encontraram em Fernando de Azevedo sua mais profunda acepção. Exímio estudioso da realidade brasileira, ele se destacou como o principal difusor da sociologia de Émile Durkheim no país. Suas inclinações de pensador inspiraram as mais altas realizações no comando de importantes setores da educação nacional, tornando ainda hoje presente sua marca, tanto nas interpretações sobre a ciência e a cultura no Brasil, quanto nas políticas de educação. Fonte: Revista de História [online] http://revistadehistoria.com.br/secao/arquivo-morto/fernando-de-azevedo
  • 11. Ver também obra disponível no portal Domínio Público: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos Educadores (1959) Dois aspectos marcam, portanto, a estrutura do texto do “Manifesto”: é, por um lado, um documento doutrinário e, por outro, um documento de política educacional. Como documento doutrinário, o texto declara-se filiado à Escola Nova. De fato, o conjunto do trabalho é atravessado implícita ou explicitamente pela perspectiva escolanovista. Implicitamente, na medida em que se inscreve no movimento de renovação e que se propõe a tarefa de reconstrução educacional. Explicitamente, quando se empenha em enunciar as bases, os princípios e procedimentos próprios da Escola Nova, opondo-se à escola tradicional. (SAVIANI, 2010, p. 251-252)
  • 12. Indicadores §  Papel do professor §  Papel do aluno §  Papel da tecnologia (quando houver) §  Concepção de ensino §  Concepção de aprendizagem Identificar uma metodologia ativa
  • 13. O professor deixa de ser o centro do processo, o detentor do conhecimento, e passa a ser aquele facilita a aprendizagem.
  • 14. O foco passa a ser o aluno, suas necessidades e interesses. Aluno-ouvinte (KENSKI, 2011)
  • 15. A discussão sobre como se ensina faz sentido apenas quando inserida em outra, mais ampla, sobre como se aprende.
  • 17. Qual o sentido da palavra ensinar hoje?
  • 23. Fipped Classroom Fonte: Valente (s/d), Valente (2014)
  • 24. EDUCAUSE Things you should know about flipped classrooms. 2012. Disponível em: http://net.educause.edu/ir/library/pdf/eli7081.pdf. Acessado em: 13 out. 2015. Flipped classroom ou sala de aula invertida Na aprendizagem ativa, em oposição à aprendizagem passiva, bancária, baseada na transmissão de informação, o aluno assume uma postura mais ativa, na qual ele resolve problemas, desenvolve projetos e, com isto, cria oportunidades para a construção de conhecimento. Diversas estratégias têm sido utilizadas para promover a aprendizagem ativa como a aprendizagem baseada na pesquisa, o uso de jogos ou o problem based learning (PBL). MIT e Harvard adotaram a estratégia da “sala de aula invertida”, implantada em algumas disciplinas. Estas universidades têm inovado seus métodos de ensino, procurando adequá-los para que possam explorar os avanços das tecnologias educacionais, bem como minimizar a evasão e o nível de reprovação. (VALENTE, s/d, p. 1)
  • 25. Flipped  Classroom   Sugestões  de  leitura   Flipped Classroom Field Guide Vários autores https://docs.google.com/document/d/1arP1QAkSyVcxKYXgTJWCrJf02NdephTVGQltsw-S1fQ/ view# Improved Learning in a Large-Enrollment Physics Class Deslauriers, L., Schelew, E. e Wieman, C. http://science.sciencemag.org/content/332/6031/862 Sala de aula invertida J. Pacheco http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/sala-de-aula-invertidapor-que-nao-reagem-os- pedagogos-brasileiros-311344-1.asp Sala de aula invertida: a educação do futuro Ramal, A. http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/sala-de-aula-invertida-educacao-do- futuro.html Ensino http://canaldoensino.com.br/blog/conheca-o-novo-conceito-da-sala-de-aula-invertida
  • 26. Peer Instruction Harvard introduziu o método Peer Instruction (PI), que consiste em prover material de apoio de modo que o aluno possa estudar o conteúdo antes de frequentar a sala de aula. Com base no material estudado, o aluno responde um conjunto de questões, via um Learning Management System (LMS). O professor antes de ministrar a aula, verifica as questões mais problemáticas, que devem ser trabalhadas em sala de aula. Durante a aula, as discussões são intercaladas com “concept tests”, destinados a expor as dificuldades que os alunos encontram. Estes testes são respondidos via sistema de resposta interativo, tipo “clicker”, de modo que a classe e o professor possam acompanhar o nível de compreensão sobre os conceitos em discussão. Antes de responder ao teste, os alunos têm um ou dois minutos para pensar sobre a questão e formular suas próprias respostas. Dependendo da resposta, eles passam dois ou três minutos discutindo suas respostas em grupos de 3 ou 4 alunos, na tentativa de chegarem a um consenso sobre a resposta correta. Este processo obriga os alunos a pensarem sobre os argumentos a serem desenvolvidos e permite que eles (assim como o professor) possam avaliar o nível de compreensão sobre os conceitos antes mesmo de deixar a sala de aula. (VALENTE, s/d)
  • 27. Pre-service teachers in Norway experiencing Peer Instruction Foto e matéria disponíveis em: http://blog.peerinstruction.net/2013/05/24/8-tips-for- transitioning-to-clickers-when-flipping-your-class-with- peer-instruction/ Acessado em 13 out 2015.
  • 28. Peer  Instruc7on   Instrução  pelos  pares   1.  O instrutor propõe questões baseadas nas respostas do aluno sobre sua leitura “pré- classe”. 2.  O aluno reflete sobre as questões. 3.  O aluno pratica resolução de exercícios individualmente 4.  O instrutor corrige as respostas do aluno. 5.  O aluno discute as suas ideias e responde questões com seus pares. 6.  O aluno pratica de novo resolução de exercícios individualmente 7.  O instrutor de novo revisa as respostas e decide se é necessário mais explicações antes de mudar para o conceito seguinte. Fonte: Catherine H. Crouch and Eric Mazura. Peer Instruction: ten years of experience and results. Am. J. Phys., 69 (9), 2001, p. 970-977. Disponível em: http://web.mit.edu/jbelcher/www/TEALref/Crouch_Mazur.pdf
  • 29. Problem Based Learning Fonte: Sousa (2010) Problem Based Learning ou Aprendizagem Baseada em Problemas A Aprendizagem Baseada em Problemas constitui uma metodologia muito adequada [...], porque permite desenvolver um trabalho dentro e fora da sala de aula em uma perspectiva de aprendizagem colaborativa. O feedback, ou seja, o fluxo de respostas, entre os alunos e o professor é constante, em função da natureza de aprendizado continuado. (SOUSA, 2010, p. 7)
  • 30. O PBL, ou ABP, sigla usada frequentemente em países latino-americanos para designar a Aprendizagem Baseada em Problemas, é encarado menos como uma metodologia de ensino e mais como um novo paradigma curricular. [...] Os problemas são apresentados sem informações anteriores para sua elucidação e funcionam como condutores e ponto de partida do processo de aprendizagem. A maneira pela qual o problema deve ser abordado, a seleção dos meios e como se processará a aprendizagem são tarefas de responsabilidade do estudante que especifica os objetivos a serem aprendidos. O encaminhamento da explicação se desenvolverá em caráter interdisciplinar, utilizando e integrando informações de diversas disciplinas, que serão aprendidas integradamente (MASETTO, 2004). (SOUSA, 2010, p. 7).
  • 31. PBL   Histórico   O  PBL  teve  origem  no  final  da  década  de  1960,  na  escola  de   medicina  da  McMaster  University,  Canadá.   Na   época,   três   outras   escolas   de   medicina   (University   of   Kunburg,   Holanda,   University   of   Newcatkem   Austália,   e   University  of  New  Mexico,  EUA)  adotaram  o  modelo  PBL  de   McMaster.   Desde  então,  várias  adaptações  foram  feitas  e  o  modelo  foi   estendido  a  outras  áreas  (negócios,  odontologia,  ciências  da   saúde,  engenharia,  educação  etc.).   Fonte: h[p://www.learning-­‐theories.com/problem-­‐based-­‐learning-­‐pbl.html  
  • 32. PBL   Caracterís7cas   •  PBL é uma metodologia centrada no aluno, na qual pequenos grupos de alunos estudam e discutem problemas complexos e trabalham juntos para formular soluções úteis e práticas para os casos estudados. •  Ao trabalhar com colegas em grupo, o aluno pode identificar o que sabe, o que precisa saber e onde encontrar a “melhor evidência” para entender questões pertinentes. •  PBL tornou-se um método muito usado na educação médica, com interesse crescente em outras áreas da Educação, em geral (Física, por exemplo). •  Os princípios básicos do PBL consistem em desenvolver habilidades para resolver problemas, estimular e melhorar a autoaprendizagem do aluno e desenvolver habilidades de colaboração entre pares, e, principalmente, a aprendizagem de conceitos de determinada área. Fonte: h[p://hlwiki.slais.ubc.ca/index.php/Problem-­‐based_learning  
  • 33. PBL   Saiba  mais   http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22452277 http://hlwiki.slais.ubc.ca/index.php/Problem- based_learning https://www.iop.org/education/higher_education/stem/ problem-based/page_50125.html http://www.learning-theories.com/problem-based- learning-pbl.html
  • 34. WebQuest Investigação orientada Investigação orientada, em que algumas ou todas as informações com as quais os aprendizes interagem são provenientes da Internet. WebQuest Abar e Barbosa (2008) Barba e Capella (2012) Muñoz (2008) Web 2.0 Coll e Monereo (2010) Romani e Kuklinski (2007) Patrício (2009)
  • 35. Elementos que compõem a estrutura de uma WebQuest
  • 36. Possíveis tarefas para uma WebQuest Tarefas De Repetição De Compilação De Mistério Jornalísticas De Projeto De Produtos Criativos Para a Construção de Consenso De Persuasão De Autoconhecimento Analíticas De Emissão de Juízo Científicas
  • 39. MÓDULO 3 Metodologia ativa e formação do professor universitário
  • 40. No Ensino Superior, que professor é necessário para ensinar com (por meio de) metodologias ativas?
  • 41. Ensino tradicional: opção ou falta de opção? Lopes (2014) Na verdade, gostaria de ter maior autonomia para usar, ter um conhecimento maior sobre o grande número de recursos que existe, de softwares, ter familiaridade com eles e discutir isso nas aulas, enxergar o potencial pedagógico, didático. Na maior parte das vezes, eu não faço isso por desconhecimento, mas seria interessante saber. (Transcrição da entrevista com P4, p. 7). Isolamento pedagógico? Lopes e Feitosa (2014) Fala de um professor universitário. Fragmento extraído de Lopes (2014). Disponível em: http://repositorio.unesp.br/handle/11449/122253.
  • 42. Por que metodologia ativa no ensino superior? Afinal, no ensino o que é importa não é o conteúdo? Por que tratar dos meios, quando o importante são os fins do ato pedagógico?
  • 45. REFERÊNCIAS ABAR, C. A. A. P.; BARBOSA, L. M. WebQuest: um desafio para o professor! São Paulo: Avercamp, 2008. BARBA, C.; CAPELLA, S. (Orgs.). Computadores em sala de aula: métodos e usos. Porto Alegre: Penso, 2012. COLL, C.; MONEREO, C. et al. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010 KENSKI, V. M. As tecnologias virtuais e a prática docente na universidade. In: PIMENTA, S. G.; ALMEIDA, M. I. (Orgs.). Pedagogia universitária: caminhos para a formação de professores. São Paulo: Cortez, 2011, p. 213-228. MUÑOZ, I. B. Las WebQuests en el Espacio Europeo de Educación Superior (EEES): desarrollo e evaluación de competencias con Tecnologías de la Información y la Comunicación (TICs) en la universidad. 2008. Tese (Doutorado) Universitat Jaume I, Facultat de Ciènces Humanes i Socials, Castelló de la Plana, 2008. PATRÍCIO, M. R. V. Tecnologias Web 2.0 na formação inicial de professores. 2009. Dissertação (Mestrado em Multimédia) Universidade do Porto, Portugal, 2009. PÉREZ GÓMEZ, A. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. 3. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997, p. 95-114. ROMANELLI, O. O. História da educação no Brasil (1930/1973). 36. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. ROMANÍ, C. C.; KUKLINSKI, H. P. Planeta Web 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food. México: Grup de Recerca d'Interaccions Digitals, Universitat de Vic. Flacso, 2007. SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2010. SOUSA, S. O. Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL – Problem-Based Learning) Estratégia para ensino e aprendizagem de algoritmos e conteúdos computacionais. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, SP, 2010. VALENTE, J. A. Aprendizagem ativa no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Disponível em: <https://www.unifebe.edu.br/site/docs/arquivos/noticias/2014/valente.pdf>. Acessado em: 13 out. 2015. VALENTE, J. A. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista, Curitiba, Editora UFPR, n. 4, Edição Especial, p. 79-97, 2014.