O documento discute como a tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser usada para melhorar cidades que sediam grandes eventos esportivos, deixando um legado positivo. Ele também aborda projetos de telemedicina, investimentos de operadoras em mobilidade, e soluções de TIC para pequenas e médias empresas.
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Live Magazine edição 5
1. > dezembro de 2011 | edição 5
O legado
dos mundiais
Como TIC pode alavancar melhorias em cidades
que hospedam grandes eventos esportivos
SAÚDE A DISTÂNCIA Mobilidade PMEs
Projetos provam que TIM e Claro anunciam A telepresença
telemedicina reduz projetos milionários aplicada em
custos e aumenta para atender demanda pequenos e médios
escala do atendimento crescente negócios 1
3. 1 editorial
sumário
Vai começar o jogo! 04 Cloud Computing
P
esquisa aponta que nuvem pode gerar
US$ 1 bi no mercado de switches
A
inda existem dúvidas sobre os investimentos em infraestrutura de 05 Telepresença
C
isco apresenta solução para pequenos
negócios
TIC para suportar os grandes eventos esportivos que acontecerão
no Brasil. Mas pelo menos já há um consenso: nada que for aplicado
na Copa do Mundo ou nas Olimpíadas deve ser pontual.
06 Telefonia IP
V
ídeo é uma das novidades em novo pacote
voltado a médias empresas
Devemos concentrar os esforços no planejamento adequado para deixar um forte
legado de infraestrutura e em serviços para o país do futebol. E de preferência, não 08 Data center
C
isco lança produtos e serviços para
computação em nuvem
apenas para as cidades-sedes dos jogos da Copa do Mundo, mas para toda a imensa
população brasileira. E não podemos ficar só na torcida.
Por isso, esse é o tema central desta edição da Cisco LIVE Magazine. Já na
10 Virtualização
P
arcerias com VMware e Citrix encurtam
caminho para o cloud computing
reportagem de capa, Rodrigo Uchoa indica pontos de atenção na lista de infraes-
trutura e de serviços necessários para suportar o crescimento populacional como, 12 Colaboração
C
olaboration as a service pode democratizar
uso de plataformas UC
por exemplo, transporte e segurança, entre outros. Seguindo na linha dos inves-
timentos, mostramos também como as operadoras TIM e Claro estão ampliando 14 Geração web
P
esquisa revela que jovens identificam a
a capacidade de suas redes para atender à explosão de demanda por mobilidade. web como gênero de primeira necessidade
Afinal, todas as pesquisas indicam que há cada vez mais smartphones em operação,
ou seja, usuários conectados 100% do tempo. 16 Bordless Networks
A 4ª fase das redes sem fronteiras
O resultado é um tráfego crescente de áudio e vídeo consumindo mais capacidade
de banda, e isso não pode ser ignorado pelas operadoras. E para mostrar que este
20 Capa
O legado de TIC para os grandes eventos
esportivos
cenário não é uma exclusividade das grandes corporações, apresentamos também
o caso de sucesso da Transportadora Ramos, cujo projeto reforça a importância 28 Usuário conectado
C
isco, Intel, IDC e Telefônica debatem
tendências de uso da telefonia móvel
da tecnologia nos negócios das empresas brasileiras.
Também abordamos as ações do segmento vertical de Saúde, que vem desen-
volvendo projetos de telemedicina ao redor do mundo, para provar o quanto essa
30 Smart Grid
A
s mudanças no setor elétrico mundial
prática gera economia de tempo e dinheiro. Afinal, saúde é o que interessa. E você
ainda vai conhecer diversos lançamentos de produtos Cisco e parcerias estratégicas
36 Gartner
A nova rodada de investimentos em TI
ao longo do último trimestre do ano. Enfim, o tempo não para. 38 Mobilidade
Operadoras de telefonia celular renovam
Então, que venha 2012! A Cisco do Brasil e seus parceiros é que não param de rede para acompanhar demanda
inovar. No jargão popular, a empresa segue “bombando” nas Redes Sociais, e a
audiência da Rádio Cisco não para de crescer exponencialmente. 40 Plantão médico
P
rojetos comprovam como telemedicina
reduz custos e aumenta a escala de
E por fim, estamos em contagem regressiva para a próxima edição do CISCO PLUS atendimento na saúde
(antigo Cisco Networkers), que já tem data e local definido: 2 a 4 de Abril de 2012,
pela primeira vez na Cidade Maravilhosa. Pode reservar sua agenda para uma viagem 44 Artigo
A segurança nas intranets
pelas principais tendências e novidades do mundo da tecnologia da informação.
46 Caso de Sucesso
Ramos Transportes adota soluções de
rastreabilidade e de VoIP
Boa leitura e um ótimo ano!
Marco Barcellos
cisco live magazine é uma publicação da Cisco do Brasil
Equipe Responsável Diretor de Marketing RP PRODUÇÃO Edição Revisão Diagramação
Cisco do Brasil Marco Barcellos Luciana Robles Comunicação Interativa Editora Marcelo Max
Comunicação Interativa Editora
Presidente Conselho Editorial Reportagem Asssessoria de Imprensa Gráfica
Rodrigo Abreu Adriana Bueno, Carolina Morawetz, Jornalista Responsável Francine Mendonça In Press Porter Novelli Prol Editora Gráfica
Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho Marcelo Vieira
Diretor de Engenharia Jackeline Carvalho, Kiki Gama, MTB 12456 Ruan Segretti Fotos Tiragem
de Sistemas Mariana Fonseca, Monica Lau e Ricardo Kataoka 5500 exemplares
Marcelo Ehalt Marco Barcellos Diretora de Redação Colaboração Especial Cimagem Produções
Jackeline Carvalho Carmen Lucia Nery (RJ)
Diretor de Canais
Eduardo Almeida
3
4. 1 curtas
6 Nuvem deve gerar
US$ 1 bi no mercado
de Switches Ethernet
Novos e poderosos dispositivos nas
pontas vão exigir maior capacidade
da rede e movimentar o mercado 6 Primeiros passos
O mercado de switches Ethernet está passando da reestruturação
por uma transformação tecnológica nos data centers, A Cisco anunciou que seu lucro trimestral foi
conforme a virtualização muda a forma com que os superior às estimativas do mercado e que a
aplicativos se conectam aos usuários finais. É o que reestruturação da empresa, anunciada este ano, está
revela um white paper divulgado pela empresa de surtindo efeito.
pesquisas Dell’Oro. O impacto da nuvem no mercado No primeiro trimestre fiscal (terminado em 29 de
pode chegar a US$ 1 bilhão. outubro), a empresa teve lucro ajustado de US$ 0,43
São apontadas duas grandes tendências que por ação, frente à previsão média de analistas de US$
devem alterar para sempre o mercado. A primeira diz 0,39, segundo a Thomson Reuters.
respeito às significativas mudanças tecnológicas do Em termos de receita, o avanço foi para US$
10 GE e fabrics dentro dos data centers. A segunda 11,3 bilhões, valor superior aos US$ 10,75 bilhões
refere-se ao surgimento de novos e poderosos registrados no mesmo período do ano passado e
clientes. também às previsões de analistas, de US$ 11 bilhões.
“As empresas estão consolidando seus data
centers e movendo a infraestrutura em direção ao
ambiente hospedado em cloud”, diz Alan Weckel,
diretor sênior da Dell’Oro. “Essas migrações em
direção à nuvem estão reduzindo o número de data
centers e usuários finais de TI, que estão tomando
decisões de compra discretas, mas grandes, já que
equipamentos são necessários.”
Nos próximos cinco anos, acredita Weckel, os
grandes fabricantes irão se expandir e consolidar
conforme a batalha pela supremacia nas redes de
data centers se intensifica. “O resultado é que nunca
houve momento melhor para novos operadores,
ou melhor oportunidade, para os fornecedores já
estabelecidos ganharem participação”, diz.
4
5. TELEPRESENÇA a telepresença da sala de reuniões
para o desktop e fazendo com que
SIMPLIFICADA o uso aconteça além das reuniões.
Um dos clientes citados é a Procter
FACILITA ACESSO
Gamble, que usa a tecnologia em
quiosques para fazer venda personali-
zada, contabilizando que a cada US$
DE PEQUENOS
1 investido, o retorno é de US$ 4.
Para se ter uma ideia do mercado
que as novas soluções pretendem
NEGÓCIOS atingir, nos Estados Unidos as pe-
quenas e médias empresas somam
seis milhões e 18% planejam investir
em vídeo de alta definição (HD) no
Lançamento tem o objetivo de levar a ano que vem, 33% deve fazer aportes
tecnologia a um grande grupo de empresas em cloud nos próximos dois anos e,
no mundo, o mercado de videocon-
ferência para PME deve ser de US$
5,5 bilhões em 2015.
Os lançamentos têm interoperabi-
lidade, podem ser comprados, aluga-
dos, elaborados em multipropostas
e endpoints pessoais, conectados e
hospedados no serviço Call Way, parte
da nuvem de colaboração da empresa.
Desta forma, os custos e a complexi-
dade são significantemente reduzidos.
As assinaturas do Call Way partem de
US$ 99 e comportam doze pessoas.
O Jabber é uma aplicação de ligação
A
Cisco disponibiliza no mercado que a telepresença chegue também às em vídeo HD criada para convidar
o MX 300, telão de 55’’ com pequenas e médias empresas. No País, participantes para fazer parte da te-
sistema integrado para telepre- são atendidos de 40 a 50 clientes. Já no lepresença a partir de seus desktops,
sença de menor porte, de fácil configu- mundo, a participação de telepresença é laptops ou tablets. Um usuário acessa
ração; o VX Clinical Assitant, coder de de 52% e de 70% das empresas Fortune. um site global e manda convite para
telepresença para ambientes médicos Quando a Cisco ingressou no seg- colegas de trabalho móvel ou forne-
(permite consultas médicas remotas, mento de conferência por imagem, há cedores e estes podem se integrar à
atendimento virtual e e-learning); o cinco anos, a telepresença crescia 3% telepresença gratuitamente. Um pro-
Call Way, plataforma de infraestrutu- ao ano. Atualmente, este índice é de 25 grama beta será posto em teste no
ra de telepresença na nuvem (serviço a 30%. O uso está se expandindo graças primeiro trimestre de 2012.
de assinatura baseado na colaboração à redução de custos de viagem e otimi- O MX300 é uma multiproposta de
cloud da empresa); e o Jabber Client, zação da produtividade do empregado sala de telepresença criada para faci-
software gratuito para o endpoint do para aumento da velocidade de decisão litar a integração dos negócios entre
usuário final fazer telepresença a partir de negócios e transformação de modelos funcionários, parceiros e fornecedores
de um convite por e-mail. e processos corporativos, segundo os à distância. Ela pode ser montada em
As novidades estão disponíveis no especialistas. quinze minutos e proporcionar tele-
mercado norteamericano e devem che- Em uma sessão envolvendo fun- presença com até nove pessoas. São
gar ao Brasil em janeiro. Com os lan- cionários, clientes e parceiros, a Cis- 30 frames por segundo e vídeo HD
çamentos, a fabricante quer fazer com co demonstrou como está levando por preço honesto. •
5
6. 1 curtas
FOCO NAS EMPRESAS
DE MÉDIO PORTE
Adição de vídeo é uma das novidades no
pacote de telefonia IP anunciado pela Cisco
1
A
Cisco aprimora suas soluções vídeo, mensagem instantânea (IM) e junto de ferramentas de colaboração.
de telefonia IP para facilitar presença - a preços atraentes para um Os sistemas de telefonia IP oferecem
o acesso das empresas de mercado sensível a custos. performance e eficiência, mas muitas
médio porte aos seus sistemas de A família Business Edition, junta- organizações ainda acreditam que
padrão corporativo com funciona- mente com o WebEx e TelePresence eles estão fora do alcance dos seus
lidades integradas de colaboração, para pequenas e médias empresas orçamentos e do nível de habilidade
sem comprometer os orçamentos lançados no final do mês passado, de suas áreas de TI.
de TI das companhias. A estratégia oferece um portifólio completo de
global, que inclui o mercado brasi- funcionalidades para organizações Colaboração
leiro, traz soluções personalizadas, de médio porte. Com esses lançamentos, a compa-
visam maior simplicidade e preço Muitas empresas de médio porte nhia disponibiliza licenças por cerca
competitivo. ainda usam antigos sistemas de tele- de US$ 100 por usuário (preço su-
A empresa introduz inovações no fonia tipo PABX, que não apresen- gerido nos Estados Unidos), possi-
Business Edition 6000 (antigo Uni- tam muitas capacidades de expansão, bilitando o uso de Comunicações
fied Communications Manager Busi- oneram as despesas com manutenção Unificadas às empresas menores.
ness Edition 6000), já disponível no e não permitem a mobilidade do con- “Buscamos auxiliar as organiza-
Brasil, e, em março do ano que vem, ções de médio porte a obter melho-
lançará no país o “Business Edition res resultados via colaboração mais
3000”. Agora, as empresas de médio massiva, eficiente e dinâmica entre
porte podem adquirir mais facilmen- seus funcionários e com os seus
te as ofertas de colaboração - que vão clientes e fornecedores. As inovações
além da simples telefonia, incluindo permitem atender às necessidades
específicas do mercado de médias
empresas, a custos bastante atrati-
Business Edition 6000 e WebEX
oferecem funcionalidades vos”, destaca Cleber Giorgetti, geren-
completas para empresas de te de desenvolvimento de negócios
médio porte
de colaboração para o mercado de
médias empresas da Cisco do Brasil.
O Business Edition 6000, para
empresas com 100 a 800 usuários,
tem menos complexidade com a inte-
gração das ofertas de nuvem, custos
reduzidos com o software de vir-
tualização integrada e menor limite
mínimo de usuários. •
6
8. 1 curtas
REFORÇO NO DATA CENTER
Cisco apresenta novos produtos e serviços para cloud computing
A
Cisco anunciou novas adi-
ções ao seu portifólio de
redes de data center, com o
objetivo de oferecer flexibilidade e
escala arquitetônica para ambientes
físicos, virtuais ou de computação
em nuvem. Os novos produtos de
switching expandem o portifólio
Cisco Unified Fabric, composto
por switches de data center Nexus
e switches de armazenamento MDS,
que conectam servidores, armazena-
mento de dados e redes corporativas
dentro do data center e da nuvem.
Também foram anunciados recur-
sos da segunda geração para a família
Nexus 7000 e o suporte para Cisco
FabricPath para o switch Nexus 5500.
Juntos, eles prometem escalabilida- segundos de 250 milhões de fotos pos- um firewall virtual para ambientes
de de data center fabric, oferecendo tadas no Facebook (média de 1 MB por de multilocatários e de nuvem. O
suporte a mais de 12 mil portas de foto). Houve também a ampliação do Adaptive Security Appliance (ASA)
servidor 10 GbE. FabricPath para o Nexus 5500, que estará disponível em formato virtual:
Foram acrescentados novos switches promete estabilidade e a escalabilidade o novo ASA 1000V cloud firewall,
com latência de submicrossegundos do roteamento para redes de camada que se integra ao switch de software
para a família de switches de latência 2 e daí para todo o data center. Nexus 1000V .
ultra-baixa Nexus 300 e uma versão Com a adição das capacidades do
virtualizada da ferramenta ASA, para adaptador FEX e VM-FEX (basea- Serviços
oferecer segurança para ambientes do no padrão IEEE 802.1BR), a série Novos serviços também foram anun-
virtualizados e em nuvem. Nexus 5500 pode suportar milhares ciados. O Cisco Network Operation
de máquinas virtuais com um único Automation Service ajuda a automa-
Recursos ponto de gerenciamento. Isso amplia tizar tarefas de gerenciamento de rede
Entre os recursos de segunda ge- o gerenciamento simplificado e os be- e a integrar as práticas recomendadas
ração para switches da série Nexus nefícios de escalabilidade da tecnolo- ao ambiente do cliente, para tornar sua
7000, estão o novo módulo Fabric 2 gia Nexus 2000 Fabric Extender para infraestrutura fabric unificada mais
e a nova placa de alta densidade L2/ placas de rede e máquinas virtuais. inteligente e fácil de gerenciar.
L3 10GbE F2 Series, com portas 10 A empresa também apresentou o A automatização de tarefas, como
GbE de 768 e taxa de linha L2/L3 em Nexus 7009. Projetado para atender provisionamento, gerenciamento de
um único chassi, e potência reduzida às necessidades de ambientes de data incidentes e gerenciamento de mu-
por porta (inferior a 10 W por porta center de missão crítica e implementa- danças, reduz os custos de suporte
de 10 GbE). ções-chave em empresas, o 7009 apre- de instalação, manutenção e infra-
A segunda geração do Nexus 7000 senta um formato compacto (14RU) estrutura de redes, minimiza o erro
tem capacidade para, segundo a Cisco, e suporte de virtualização. humano e permite que recursos de
reprodução simultânea de 4,5 milhões A Cisco também expandiu seu TI concentrem-se em atividades mais
de filmes Netflix, download em 114 portfólio de segurança e adicionou estratégicas.•
8
10. 1 virtualização
A VIRTUALIZAÇÃO
EM PRIMEIRO PLANO
Parcerias com VMware e Citrix auxiliam clientes a acelerar jornada
rumo à nuvem com economia e escalabilidade
C
isco e VMware são parcei- adoção maciça no ambiente corpora- vSphere, da VMware. Desde essa
ras de longa data. Desde tivo é uma tendência sem volta. data, a Cisco faz questão de lançar
2008, quando a primeira “A nuvem não é uma coisa nova. anualmente algum de seus produtos
investiu cerca de US$ 13 Mas a adoção por parte das empresas durante o VMworld, evento global
milhões em ações da segunda em sim”, disse Gustavo Santana, enge- sobre infraestrutura de virtualização
um dos IPOs mais bem sucedidos nheiro consultor de sistemas na Cisco e cloud organizado pela VMware.
da história da Nasdaq, as duas em- do Brasil para virtualização e data Esses lançamentos são muito
presas trabalham juntas em pesqui- center, que proferiu a palestra “Ino- bem recebidos pelos participantes
sa e desenvolvimento para eliminar vando juntos: como Cisco e VMware do evento. O Nexus 7000 Overlay
obstáculos. colaboram para construir a nuvem”. Transport Virtualization (OTV), por
Para fortalecer ainda mais os laços Durante a sessão, Santana abordou exemplo, foi considerado, em 2010,
entre as empresas, a Cisco participou o futuro da jornada rumo à nuvem o melhor hardware para virtualização
do VMware Forum 2011, realizado e apresentou as soluções em que as do VMworld. Este ano não foi dife-
em outubro, em São Paulo. As duas duas companhias trabalham para rente, e a tecnologia Virtual Extensi-
companhias atuam em conjunto para apoiar seus clientes neste caminho. ble Local Area Network, ou VXLAN,
construir infraestruturas principalmen- O ano de 2008, aliás, representa também foi premiada.
te para computação em nuvem, tanto um fortalecimento do suporte, nas
pública como privada ou híbrida, cuja soluções da Cisco, à plataforma Outras alianças
Também em outubro, a Cisco anun-
ciou globalmente uma série de novos
produtos e parcerias para a platafor-
ma de virtualização de desktops VXI
(Virtualization Experience Infras-
tructure). Entre os lançamentos estão
dispositivos, aplicações de software
e uma parceria com a Citrix para su-
porte ao XenDesktop.
O acordo tem seu primeiro reflexo
na tecnologia Wide Area Application
Services (WAAS) otimizada para o
XenDesktop, para reduzir o uso de
banda na implementação virtual de
desktops em redes amplas (WAN) e
permitir melhor escalabilidade e ex-
periências de colaboração do usuário.
Como parte do acordo anunciado,
além do WAAS, a Cisco oferece a
tecnologia HDX para aumentar o de-
Gustavo Santana, engenheiro da Cisco Brasil, discutiu a jornada rumo à nuvem sempenho de aplicativos e desktops
10
11. melhor experiência para o usuário final. te de desktop virtual, resolvendo o
“O problema é que o tráfego de voz problema. O dispositivo funciona em
e vídeo na virtualização e através do conjunto com o Citrix XenDesktop e
data center não era eficiente”, explicou VMware View em desktops Windows
durante o lançamento Phil Sherburne, XP ou Windows 7.
vice-presidente de arquitetura e siste- Outro produto, o VXC 4000 é um
mas empresarias da Cisco. software para Windows baseado em
Os clientes que tentam rotear cha- um cliente de desktop virtual capaz
madas de voz e vídeo através do data de comportar diversas mídias. Além
center consomem muita banda, além da capacidade de acessar aplicações
de criar problemas de latência, o que e dados corporativos virtualmente, o
“Nossa experiência atrapalha a experiência do usuário. O VXC 4000 oferece acesso às capa-
permite que esta novo produto da Cisco permite liga- cidades de colaboração em tempo
ções ponto a ponto feitas diretamente real, usando processador de mídia
solução seja
comprovadamente
entre dois dispositivos num ambien- local no PC. •
bem executada”
— Alberto Ferreira, da Damovo
6 GERAÇÃO SERVIÇO
virtuais através da WAN. Os benefí- A Damovo, parceira Cisco, anunciou em setembro uma nova oferta
cios incluem a entrega de desktops de Collaboration as a Service (CaaS) no Brasil voltada para grandes e
virtuais e aplicativos até 70% mais médias empresas, reforçando a aposta das duas empresas no serviço
rápidos para dispositivos remotos. como forma de acelerar a adoção de comunicação unificada no País. A
Além disso, a capacidade de usuários oferta é baseada na arquitetura Cisco Hosted Collaboration Service e
de desktop virtual é dobrada, reduzin- funciona a partir de dois data centers redundantes brasileiros.
do o consumo de banda por usuário em “Com essa oferta pioneira, a Damovo e a Cisco oferecem ao
até 60% e ajudando no corte de custos mercado o que há de mais moderno, seguro e robusto em termos de
de rede. O W AAS passa a ser testado, soluções baseadas em management on cloud”, diz Alberto Ferreira,
validado, suportado e verificado como CEO e presidente da Damovo do Brasil. “A nossa experiência em
uma solução Citrix Ready, fornecendo integração de redes de voz, dados e vídeo permite que o desenho
interoperabilidade automatizada com desta solução, bem como a implementação e gerenciamento, sejam
tecnologia HDX, incluindo o proto- comprovadamente bem executados.”
colo de arquitetura de computação Segundo Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, o projeto em
independente, o Independent Com- parceria com a Damovo permite que mais clientes acessem soluções
puting Architecture (ICA). O W AAS de colaboração da Cisco a partir da nuvem, sem necessidade de
também é validado para funcionar com adquirir infraestrutura própria e reduzindo custos. “O modelo também
criptografia, compressão e recursos de garantirá expansões e provisionamentos mais rápidos”, diz Abreu.
gerenciamento de rede XenDesktop. Um dos grandes atrativos da solução é a entrega rápida dos sistemas,
além da alta disponibilidade, baixa obsolescência e o fato de as
A melhor experiência empresas poderem trabalhar com uma previsão mensal efetiva de
Entre os produtos anunciados pela custos. Outra inovação é que o dispositivo de acesso ao sistema pode
Cisco está o VXC 6215, thin client ser desde um desktop até um tablet ou smartphone, e as empresas
com atualização de firmware opcional, poderão selecionar grupos de demanda para cada tipo de acesso e
que oferece capacidade de processa- de aplicativos.
mento de voz e vídeo e ajuda a fornecer
11
12. 1 COLABORAÇÃO
COLABORAÇÃO COMO
SERVIÇO DEMOCRATIZA
USO DE UC
Executivos debatem ‘Colaboration as a Service’
N
os próximos 3 ou 4 anos, e atualização de equipamentos. “Agora de ferramentas que permitam não só co-
entre 80 e 90% das empresas é só comprar o serviço, você paga pelo municação entre seus escritórios, mas
estarão usando algum tipo que usa e pronto”, pondera. Além da também a obtenção de conhecimento
de serviço hospedado na flexibilidade no atendimento da de- em lugares remotos, como plataformas
nuvem. Isso inclui não só aplicações manda, o CaaS também permite gestão e estaleiros, que antes precisavam man-
críticas de negócio, como BI e CRM, centralizada, o que facilita o trabalho dar helicópteros até suas sedes apenas
mas também ferramentas de comunica- dos departamentos de TI das empresas. para buscar alguns dados.”
ção unificada, mensageria, videocon- Para Camille, da Informa, o novo O cenário que surge como conse-
ferência e, claro, colaboração. Será o modelo de colaboração é uma grande quência da computação em nuvem é
advento do Colaboration as a Service. oportunidade de fornecer ferramentas profundo, ponderam os debatedores. A
Executivos da Orange Business nunca antes disponíveis. “A indústria na- inovação está formando uma nova ge-
Services, divisão da France Telecom, val ou petrolífera, por exemplo, precisa ração de trabalhadores, que espera ter
da Cisco e da Informa participaram disponíveis capacidades de conexão
de uma mesa-redonda para discutir o em qualquer lugar e a qualquer hora.
acesso a ferramentas de colaboração “Conectividade é fundamental para um
em cloud. Os debatedores foram unâ- ambiente de trabalho que pretenda
nimes: o modelo pode democratizar potencializar as capacidades dos tra-
essas plataformas dentro das empre- balhadores”, diz Eric Schoch, da Cisco.
sas, além de prover comunicação ime- No entanto, a adoção de serviços
diata e diminuir o tempo de resposta de colaboração na nuvem depende
para decisões cruciais nos negócios. mais de propostas de produtos e ser-
“A tecnologia está pronta e os clien- viços que atendam as necessidades
tes precisam dela. É hora de investir”, de negócio do que de tecnologia. “A
disse o diretor sênior de soluções de Cisco possui tecnologias para atender
colaboração da Cisco, Eric Schoch. essas necessidades, mas essa não é a
O novo modelo de colaboração em- questão principal”, diz Camille. “O
presarial traz não só agilidade para os importante é descobrir o que os ne-
negócios, mas também promove a redu- gócios precisam”, completa Schoch.
ção dos preços. “É um modelo em que O diretor de marketing da Orange,
se paga pelas interações, e o foco nos Cédric Parent, lembra que as mudan-
equipamentos deixa de existir”, diz Ca- ças também afetam drasticamente as
mille Mendler, analista sênior da Informa. “Agora é só comprar organizações. As atribuições do CIO,
Cédric Parent, diretor de marketing o serviço. Você paga por exemplo, diminuem, uma vez que
de soluções de comunicação e cola- a adoção de serviços na nuvem passa
boração da Orange Business Services,
pelo que usa e pronto”, a ser decidida por departamentos
ressaltou que essa mudança e conse- — Cédric Parent, diretor de de negócios, e não mais pela área
marketing de soluções de
quente queda de preços decorre do fim de TI. “A função do CIO é manter a
•
comunicação e colaboração
da necessidade de aquisição de licenças da Orange Business Services estrutura funcionando”, diz Parent.
12
14. 1 geração web
GÊNERO
DE PRIMEIRA
NECESSIDADE
Pesquisa global
revela que 33% dos Em sua segunda edição, o estudo Sessenta e cinco porcento dos es-
jovens compara anual investiga a relação entre com- tudantes e 61% dos jovens profissio-
portamento humano, internet e difu- nais brasileiros consideram a internet
conexão à web a ar, são das redes. O objetivo é conhecer tão importante para suas vidas como
água, alimento e o pensamento, as expectativas e o água, alimento, ar e moradia, enquan-
comportamento da próxima geração to a média mundial é de 33%. Cerca
moradia da mão de obra mundial e como ela da metade de todo grupo pesquisado
influenciará o mundo corporativo. Os nos 14 países (49% dos universitários e
A
s redes têm um papel cada resultados também divulgam os desa- 47% dos trabalhadores) acredita que a
vez maior na vida das pes- fios das empresas para manterem-se internet tem um grau de importância
soas. Esta é a conclusão competitivas, levando em conta o fu- “bem próximo” a isso.
do Relatório Mundial de turo das comunicações corporativas,
Tecnologia Conectada da Cisco de mobilidade e segurança, com tecnolo- Está no sangue
2011, segundo o qual um em cada gias capazes de fornecer informações Combinados os dois grupos, quatro
três universitários e jovens profissio- em cada vez mais lugares - de data em cada cinco universitários e jovens
nais (33%) considera a internet um centers virtualizados e computação trabalhadores, dos países pesquisados,
recurso essencial para o ser huma- em nuvem a redes tradicionais com acreditam que a internet é parte vital
no, assim como ar, água, alimento e e sem fio. de seus recursos essenciais diários.
moradia. Além disso, mais da metade A pesquisa foi realizada em 14 paí- Mais da metade dos entrevistados
dos entrevistados não conseguiria vi- ses, com universitários e profissionais (55% dos universitários e 62% dos tra-
ver sem internet e a considera “parte com até 30 anos de idade dos EUA, balhadores) disse que não conseguiria
integrante de sua vida” - em alguns Canadá, México, Brasil, Reino Uni- viver sem a internet e a mencionam
casos, mais importante do que carros, do, França, Espanha, Alemanha, Itália, como “parte integrante de suas vidas”.
namoro e festas. Rússia, Índia, China, Japão e Austrália. A taxa no Brasil foi de 66% dos estudan-
14
15. tes e 75% dos profissionais pesquisados. que consideram o dispositivo móvel Cerca de nove em cada 10 (91%)
Se tivesse de escolher entre um e ou- como a tecnologia mais importante. O dos universitários e trabalhadores
tro, a maioria dos universitários de todo desktop ainda é o mais importante no (88%) em todo o mundo disseram
o mundo - cerca de dois em cada três País, citado por 47% dos empregados que têm uma conta do Facebook -
(64%) - escolheria uma conexão com a e 52% dos estudantes. entre eles, 81% dos universitários e
internet, ao invés de um carro, índice Mas os smartphones estão próxi- 73% dos trabalhadores verificam sua
praticamente igual no Brasil, com 63% mos de ultrapassar os desktops na página do Facebook pelo menos uma
dos entrevistados com esta opinião. A corrida para ser a ferramenta mais vez por dia. Desses, um em cada três
China e o Japão destacam-se na prefe- prevalente em uma perspectiva glo- (33%) afirmou que faz esse acesso
rência de internet frente ao carro, com
85% e 84%, respectivamente. No entan-
bal, já que 19% dos universitários
consideram os smartphones como
pelo menos cinco vezes ao dia. •
to, mais da metade dos universitários seu dispositivo “mais importante” NOTA: Mais detalhes sobre o Cisco
dos EUA, França e Rússia preferem um usado no dia a dia, em comparação Connected World Technology Report
carro ao acesso à internet. com os 20% dos universitários que podem ser obtidos no endereço cisco.
mencionaram seus desktops. com/go/connectedreport.
Vida social
Dois em cada cinco universitários
entrevistados em todo o mundo (40%)
disseram que a internet é mais im-
portante do que namorar, sair com
os amigos ou ouvir música, opinião
disparada no Brasil, com 72%.
Enquanto as gerações anteriores
preferiam interagir pessoalmente, a
próxima geração indica uma mudança
rumo à interação online. Vinte e sete
porcento dos universitários entrevis-
tados em todo o mundo disse que
se manter atualizado no Facebook é PALAVRA DE BLOGUEIRO
mais importante do que ir a baladas,
namorar, ouvir música ou ficar com Para comentar a pesquisa e entender as razões dos resultados
os amigos. apurados no Brasil, a Cisco reuniu blogueiros para um café da manhã
Mais uma vez, a média do Brasil em sua sede, em São Paulo. Os executivos da companhia, Renier Souza,
é maior, com 50% dos estudantes Ghassan Dreibi e Marco Barcellos, apresentaram os dados e ouviram
achando a interação pelo Facebook dos comentaristas virtuais que a facilidade de comunicação nas redes
mais importante que o contato pes- virtuais, tanto para a troca de informações quanto para desabafos e
soal. A Espanha também se destaca, comentários, é que tem ocasionado a atual necessidade de conexão.
com 54% dos estudantes com esta A demanda por conexão vai tão longe que o levantamento da
mesma opinião. Cisco identificou uma inversão nos objetos de desejo dos novos
Dois terços dos universitários (66%) profissionais. “Antes, todos queriam uma linha telefônica. Hoje as
e mais da metade dos trabalhadores pessoas estão preocupadas em ter carro, TV, etc. Elas querem um
(58%) mencionam um dispositivo mó- smartphone”, comentou Dreibi.
vel (laptop, smartphone, tablet) como Blogueiros e executivos concluíram que a coqueluche do momento
“a tecnologia mais importante de suas são as redes sociais, e algo que impulsiona as necessidades
vidas”. No Brasil, a taxa é menor em de comunicação e atualização e potencializa a demanda por
relação a outros países, com 35% dos conectividade sem fio.
estudantes e 36% dos trabalhadores,
15
16. 1 Borderless Networks
Borderless Networks:
nova geração de olho
no usuário
Quarta fase da arquitetura de Redes sem Fronteiras diminui limites
entre uso pessoal e profissional de dispositivos
O
s departamentos de tec- dispositivos móveis capazes de, por me gama de novos recursos de forma
nologia da informação exemplo, gerar e receber vídeo. O efetiva e segura.
das empresas se encon- trabalho remoto se torna cada vez De olho nessas dificuldades, a Cis-
tram em um momento mais comum, e pode ser feito a partir co do Brasil apresentou, em setem-
particularmente difícil. Nunca antes de qualquer lugar e a qualquer hora. bro, a quarta fase de sua arquitetura
os usuários corporativos mudaram Aos profissionais de rede, dizem as de redes Borderless Networks, ou
tão rapidamente a forma de consu- grandes consultorias internacionais, Redes sem Fronteiras, que conta com
mir dados, graças à proliferação de cabe a tarefa de suportar essa enor- novas soluções de segurança, geren-
16
17. ciamento e vídeo, visando manter a
liderança da empresa no mercado.
O conceito de Redes sem Fron-
teiras, criado pela Cisco, promete
funcionamento de forma integrada
de funcionalidades desde as mais bá-
sicas até as mais complexas, como
segurança, gestão de aplicativos e de
acesso sem fio, além de aceleração de
funcionalidades ligadas ao consumo
de energia dos equipamentos.
“Pela complexidade das redes atuais,
é impossível trabalhar soluções ou
equipamentos de forma isolada”, ex-
plicou o presidente da Cisco do Brasil, Arquitetura de Redes sem Fronteiras incorpora roteadores, switches, mobilidade,
Rodrigo Abreu, durante coletiva de segurança e otimização de rede de longa distância
imprensa para o lançamento da nova
geração da Bordeless Networks. à rede corporativa. O que a Cisco priedade da organização de disposi-
A atualização privilegiou três as- permite hoje é uma gestão de todos tivos pessoais, cujo usuário é o dono,
pectos: primeiro, a diminuição das esses dispositivos com segurança e e automatiza a segurança em toda a
fronteiras entre o uso profissional e qualidade de acesso”, explicou. organização com políticas de aces-
pessoal, com tablets e smartphones O que a nova arquitetura faz é, ba- so e criptografia impostas pela rede.
trazidos pelos usuários inseridos nas sicamente, classificar cada um dos Isso simplifica as operações de TI e
redes corporativas; depois, a possi- acessos feitos a rede corporativa por permite que as definições de política
bilidade de gerenciamento integrado meio de perfis, não importando o se espelhem nas regras de negócio
para os departamentos de TI; por dispositivo utilizado. Essa classifica- com base no usuário, dispositivo,
último, suporte a diversos tipos de ção leva em conta local de acesso e aplicação e localização.
aplicações trafegadas, principalmen- hierarquia do funcionário na empresa, Para que os departamentos de TI
te vídeo, que deve representar mais sendo que a triagem é feita a partir gerenciem as redes e serviços com
de 50% do volume transportado nos da nuvem. “O uso de cloud valoriza o mais eficiência, o lançamento inclui
próximos anos. Nesse sentido, a ar- que o usuário pode acessar, deixando também o Cisco Prime for Enterprise,
quitetura de Redes sem Fronteiras de lado a restrição por tipo de dis- criado em uma base centrada em ser-
incorpora roteadores, switches, mo- positivo - nos tornamos agnósticos viços e um conjunto de atributos ope-
bilidade, segurança e otimização de em termos de device”, contou Dreibi. racionais comuns. Ele proporciona
redes de longa distância. uma experiência de usuário intuitiva
“Estamos em um momento interes- Em detalhes
sante, de aproximar cada vez mais a Os novos produtos e serviços do
tecnologia do negócio”, disse Ghas- portifólio incluem o Cisco Identity
1
san Dreibi Junior, gerente de desen- Services Engine, ou ISE, mecanismo
volvimento de negócios da Cisco de políticas centralizadas para a so-
do Brasil. Segundo o executivo, a lução TrustSec. Ele permite que as
Bordeless Networks foca sempre a organizações definam e gerenciem po-
experiência do usuário, e que ela seja líticas de segurança de forma eficien-
de qualidade independente do lugar, te. O ISE resolve o desafio de aceitar
momento ou dispositivo de acesso. qualquer dispositivo na rede impondo
“O grande problema das empresas em uma política de segurança de acesso
termos de segurança são os dispo- com interpretação de contexto.
sitivos wireless pessoais conectados Ele distingue dispositivos de pro-
17
18. 1 Borderless Networks
e orientada para o fluxo de trabalho
entre arquiteturas, tecnologias e rede
para simplificar o gerenciamento, me-
lhorar a eficiência operacional, ofere-
cer solução rápida de problemas e au-
mentar a previsibilidade dos serviços.
O gerenciamento unificado de aces-
so para redes com e sem fio é feito com
base no perfil do usuário, e fornece
visibilidade na política de acesso dos
dispositivos para solução mais rápida
de problemas e maior eficiência ope-
racional. Assim, pode-se obter diag-
nósticos inteligentes de mídia, usados
para monitorar, solucionar problemas e
relatar sessões e caminhos de mídia da
Telepresença, por exemplo, por meio
de inteligência de rede incorporada.
Novos e avançados recursos de aná-
lise e otimização permitem monitora- ficando o fornecimento e o gerencia- missão de vídeos ao incorporar inteligên-
mento sofisticado e aceleram a solução mento de serviços como EnergyWise, cia de mídia e rede para os dispositivos.
de problemas de aplicativos de rede e TrustSec e Medianet, reduzindo erros Seu uso permite às organizações reduzir
de desempenho. Os fluxos de traba- e acelerando implantações. custos, economizar tempo e tomar de-
lho integrados gerenciam a camada de Por último, o Medianet e a videocon- cisões melhores para o planejamento de
aplicativo até a infraestrutura, simpli- ferência permitem a otimização da trans- rede e de aplicativos de vídeo.•
RECURSOS E FUNCIONALIDADES
Os novos produtos e serviços do portifólio incluem as seguintes
ferramentas:
Identity Services Engine
mecanismo de políticas centralizadas para a solução TrustSec
Prime for Enterprise
proporciona uma experiência de usuário intuitiva e orientada para o
fluxo de trabalho entre arquiteturas, tecnologias e rede para simplificar
o gerenciamento, melhorar a eficiência operacional, oferecer solução
rápida de problemas e aumentar a previsibilidade dos serviços
Medianet e videoconferência
Os novos produtos e serviços do permitem a otimização da transmissão de vídeos ao incorporar
portifólio incluem o Cisco Identity
Service Engine, mecanismo de inteligência de mídia e rede para os dispositivos
políticas centralizadas para solução
TrustSec
18
20. 1 capa
O LEGADO DOS MUNDIAIS
Países sede de eventos esportivos, como o Brasil de 2014 e 2016,
precisam centrar esforços não só na hospitalidade e disponibilidade
de serviços, mas nos dividendos dos investimentos feitos para os
espetáculos internacionais
20
21. 6 Nec e Cisco na Soccer Ex
A Cisco marcou presença, em parceira com a Nec, na mostra de
tecnologias esportivas Soccer Ex, em novembro, no Rio de Janeiro.
Foram demonstradas as soluções da Cisco que não apenas funcionam
J
á é regra entre os interlocuto- como sinalização digital, mas integram os sistemas de telefonia IP lojas,
,
res que comentam a infraes- lanchonetes e restaurantes do estádio.
trutura necessária tanto para Um dos exemplos de aplicação apresentado foi o uso do celular
a Copa do Mundo, que mo- para realizar pedidos de comidas, bebidas ou escolher o conteúdo
biliza várias cidades no País, quanto para as telas dos camarotes. Também foi observado que é possível
para as Olimpíadas, que acontecerão inserir avisos gerais, como emergências e a indicação das saídas e de
no Rio de Janeiro, ressaltar que os procedimentos de evacuação ao público, em tempo real, nas telas de
investimentos nos grandes eventos informação espalhadas pelas dependências dos estádios.
esportivos devem privilegiar os pro- O pacote Connected Sports é composto por três soluções, a
jetos derivados dos campeonatos, Connected Stadium, a Connected Vision e a Connected Stadium
principalmente aqueles ligados à infra- Wifi. A primeira delas é uma rede que reúne acesso, comunicação
estrutura nas cidades sede, item que entretenimento e operação. Esta solução otimiza distribuição de vídeo
envolve não só as arenas esportivas, e realiza serviços de colaboração integrados com dispositivos móveis,
mas o transporte, hospitalidade, segu- além da segurança dos estádios. O Amsterdam Arena, da Holanda, usa
rança pública, broadcast, entre outros. a plataforma.
Rodrigo Uchoa, diretor de novos O Stadium Vision fornece vídeo de alta definição e conteúdo digital
eficiente para todos os monitores de TV do estádio. É possível
maximizar receita com patrocinadores, com anúncios customizados.
Em linha com a estimativa de que até 2015 os dispositivos móveis
cheguem a 5,6 bilhões no mundo com aumento de 2600% na
transferência de dados móveis, o Connected Stadium Wifi atende
multidões de torcedores, jornalistas e colaboradores do estádio, tanto
os que compartilham informações quanto os que trabalham. Esta
solução permite aplicativos móveis específicos para estádios.
negócios da Cisco, indica que o provi- novas divisas e atraindo público. Os in-
mento de infraestrutura de TIC é uma vestimentos não são demandas só para a
das estratégias. A fabricante provê a Copa ou Olimpíada. “Serão necessárias
infraestrutura para o planejamento. melhorias na infraestrutura do País e das
“Não vemos o evento só pela duração, cidades envolvidas”, comenta.
mas além disso: a maioria dos proje- Segundo Uchoa, a Cisco vê este
“Cada evento e país tem tos em que estamos envolvidos ficará momento como uma oportunidade
orçamentos próprios como infraestrutura legada, que vai de reflexão sobre a infraestrutura -
de TIC para eventos gerar novas oportunidades depois do transportes, aeroportos etc - do País,
evento”, diz. e percebe os eventos como elementos
esportivos. A variação Ele cita como exemplo os estádios motivadores para que as melhorias, que
vai de US$ 50 milhões que estão em construção ou reforma já eram necessárias, sejam realizadas.
a US$ 500 milhões” e devem se transformar em arenas es- “Os eventos estão expondo as necessi-
— Rodrigo Uchoa, diretor portivas. Depois da Copa e Olimpíadas, dades de melhorias. O País se organiza
da Cisco Brasil poderão sediar outros eventos, gerando e dá um salto inevitável. É uma melhoria
21
22. 1 capa
muito maior que nos Estados Unidos “Varia de US$ 50 milhões a US$ 500 a serem aprimorados para sediar estes
ou na Alemanha, que tinham mais in- milhões, dependendo da competição grandes eventos, o Brasil ainda preci-
fraestrutura. Também será necessário e local. Entre a Alemanha e a África sa melhorar a infraestrutura de banda
investir em capacitação, pois o inglês do Sul houve muita diferença, pois a larga fixa e móvel. Principalmente a
não foi uma questão crítica na África, primeira estava preparada e a outra móvel, segundo Uchoa, porque nas
mas aqui será”, alerta o executivo. não. Só em tecnologia, pelo Comitê arenas esportivas com alta concentra-
Com relação às cifras históricas de Organizador e governo, foram quase ção de pessoas, com dispositivos mó-
investimento em TIC para eventos es- US$ 500 milhões na África, mas se veis sofisticados, como smartphones e
portivos como as Copas, Olimpíadas, incluir as operadoras de telecomu- tablets, esta necessidade será enorme.
Copa das Confederações e Jogos Mi- nicações, este montante pode tri- A maioria que frequenta estes jogos
litares, Uchoa analisa que cada even- plicar”, revela. – jornalistas, torcedores – tem alta
to e cada País têm um valor diferente. Uchoa afirma que entre os desafios adoção tecnológica.
Tanto para 2014 quanto para 2016,
a expectativa é de explosão da difu-
são dos aplicativos e dispositivos mó-
6 A telepresença entra no jogo veis, com o adicional da sofisticação
dos sistemas, o que demandará alta
A ESPN estimou uma economia média de US$ 25 mil por entrevista capacidade das redes de banda larga,
usando a Cisco Telepresença na transmissão ao vivo e gravada dos não apenas pela maior quantidade de
jogos da 19ª Copa do Mundo de Futebol da Fifa, que aconteceu usuários, mas em razão do requinte
na África do Sul em 2010. Equipes, jogadores e treinadores foram das aplicações.
conectados pela ferramenta. As previsões confirmam. Segundo
Esta tecnologia permitiu qualidade de vídeo e áudio em alta definição. o Instat Research divulgou em julho
Foi usada a rede de banda larga da Cisco localizada na África do Sul, o deste ano, em 2015 espera-se 120
que agilizou a entrega do conteúdo de vídeo. Foi a estréia da solução bilhões de conexões hotspot Wi-Fi
de vídeo HD TelePresença da Cisco em cobertura ao vivo e em tempo no mercado global. E neste mesmo
real. A latência foi imperceptível, não importando a distância. No Centro ano, o mundo deve contar com 5 a
Internacional de Transmissão da Cisco, que fica em Johanesburgo, foi 6 bilhões de dispositivos móveis, de
instalado um estúdio remoto para entrevistas com técnicos, torcedores acordo com o levantamento da Cisco,
e jogadores. o Visual Networking Index.
“De 2010 a 2015, o volume de tráfe-
22
23. go móvel global será multiplicado por 6 Experiência regional
26 vezes”, revela Uchoa. Segundo estu-
do feito pela Cisco, somente o tráfego De 16 a 24 de julho de 2011, as tecnologias de conectividade,
de vídeo deve representar 66% deste comunicação, segurança eletrônica e distribuição de vídeo digital
total. Uma explosão de dispositivos, da Cisco foram utilizadas nos V Jogos Militares Mundiais do Rio de
aplicativos e uso de vídeo vai gerar um Janeiro.
ambiente onde o maior desafio tecno- O evento envolveu 6 mil participantes de 144 países e 20 modalidades
lógico será o desempenho e qualidade esportivas, marcando a migração das competições dos quartéis para
da banda larga. as instalações olímpicas e a internet. A Cisco participou dos projetos
de comando e controle, dos centros integrados da rede de transporte
Capilaridade e ainda do sistema integrado de áudio e vídeo.
Outro desafio apontado pelo diretor O coronel Luiz Krau, da Fundação Ricardo Franco, detalha: “foram
da Cisco é que a Copa acontecerá em fornecidos os equipamentos de rede tradicionais, como switches,
12 cidades e em 32 subsedes brasilei- roteadores, sistemas de integração de rádio comunicação, no caso
ras. “Será preciso manter a qualidade Ipics e também câmeras digitais wireless”.
dos sistemas de telecomunicações em Segundo Rodrigo Uchoa, diretor de novos negócios da Cisco, um
todos os municípios”, alerta Uchoa. dos grandes desafios era desenvolver uma solução que permitisse a
Para ele, a Telebras e o PNBL (Plano produção de conteúdo audiovisual e sua distribuição para mais de 100
Nacional de Banda Larga) podem ser países através de novos mecanismos como a Internet.
caminhos que nivelem mais o serviço Como o evento não tinha um grande apelo de mídia, foi criada uma
nas diferentes regiões. divisão de áudio/vídeo para tentar gerar visibilidade, de acordo com
Para Uchoa, no Brasil apenas uma Roberto Gomes, da mesma Fundação. A internet assumiu um papel
parte da infraestrutura de centros primordial na distribuição deste conteúdo e integrou todos os países
como São Paulo e Rio de Janeiro tem participantes da competição.
maturidade. “Diferente de Manaus, Dezesseis engenheiros especializados da Cisco foram responsáveis
Natal ou mesmo a região Sul do País. pelo planejamento, implementação e operação das plataformas.
O interior receberá times e há uma Instalado nos lugares de competição e Internet, o Siav (Sistema
grande diferença histórica no volume Integrado de Áudio e Vídeo) permitiu o acompanhamento em tempo
de investimentos nas capitais e nas real das competições.
cidades menores. Numa Copa, não A tecnologia permitiu transmitir sinais de vídeo ao vivo e pré-gravados
pode haver desigualdade na qualida- para mais de 100 países, enviando para smartphones e tablets, com
de da infraestrutura da banda larga, alto desempenho. A operação começava quando a transmissão ao
pois receberemos jornalistas, turistas vivo iniciava. Era feito o monitoramento e controle de qualidade, com
e jogadores”, pondera. uma equipe dedicada para garantir o recebimento do sinal com
Mas então por onde começar? qualidade por todos os dispositivos em todos os países participantes.
Quais são os investimentos impres- “Nosso sistema, por suas características de abrangência, constitui-se
cindíveis? Um dos focos neste pla- na maior e mais importante solução do gênero implantada no Brasil”,
nejamento, segundo a Cisco, são as afirma Krau.
redes Wi-Fi como complemento às Amos Maidantchik, diretor do segmento de governo da Cisco,
redes banda larga móvel. “Parte da explica o peso de esportes e entretenimento para a companhia: “esta
solução do problema de expansão da experiência nos credencia e nos prepara para contribuir, provendo
rede de banda larga móvel é o uso soluções aos grandes jogos que vêm pela frente: em 2014 na Copa do
cada vez maior com novas funcionali- Mundo e 2016, nos Jogos Olímpicos”.
dades para suportar a alta concentra- No balanço dos Jogos, o Brasil superou as expectativas e conquistou
ção de dispositivos no mesmo local 114 medalhas, ficando em 1º lugar. Para os envolvidos, foi um marco na
– estádios, centros de convenções utilização da Internet como um dos principais canais midiáticos.
etc”, cita Uchoa.
23
26. 1 capa
Tecnologia LTE
Ele também lembra que o governo
se preparar para ter prontas as redes
LTE (4ª geração da telefonia celular)
para a Copa, em 2014. Porém, ainda
há pendências a serem resolvidas com
as operadoras, já que essas alegam
já terem investido muito na terceira
geração (3G) e não acham que sejam
válidos novos aportes para um evento
de apenas 30 dias.
A Cisco acredita, portanto, que a
tecnologia Wi-Fi pode ser, mais uma
vez, uma alternativa. “Esta tecnologia
tem um papel importante na transição
do 3G para o 4G. Ela pode oferecer
o mesmo nível de serviço que seria
ofertado pelo 4G, sem depender da
liberação, leilão de freqüência, nova re- Vice-almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, presidente da Comissão
gulamentação e, principalmente, novos Desportiva Militar do Brasil, na organização do 5º Jogos Mundiais Militares, que
aconteceram no Rio de Janeiro, em 2011
investimentos. “O Wi-Fi deve assumir
um papel mais relevante que a LTE para
a Copa, atendendo à demanda e com fortemente em Telecom, mas também Por parte do governo e da iniciativa
investimentos menores”, diz Uchoa. temos como estratégia levar TIC aos privada, o primeiro ciclo de investi-
demais setores”, diz. mentos planejados para a Copa está
Reforço internacional estimado em R$ 24 bilhões, e inclui
E a operação brasileira da Cisco rece- somente aeroportos, mobilidade
be forte apoio da matriz para desbravar urbana, estádios e portos. “Histo-
os investimentos junto com clientes e ricamente, a tecnologia embarcada
parceiros. O suporte completo vem da nestas áreas varia de 2% a 5% do
unidade de esportes e entretenimento, total. Acho que cerca de 5% deste
que demonstra a relevância da área e valor, de R$ 500 milhões a R$ 1,3
do próprio marketing da corporação, bilhão, seja TIC dentro destes pro-
que definiu a estratégia do patrocínio jetos”, esclarece Uchoa.
da Olimpíada de Londres em 2012. O segundo ciclo de investimentos
Uchoa reitera que apesar dos de- programados para a Copa está atra-
safios ligados à infraestrutura, TIC sado e se espera que seja definido
também é um componente estraté- em 2012. Nele deve se estabelecer
gico em segurança pública, hospitali- valores para sustentabilidade, segu-
dade, atendimento ao turista, saúde, rança, hotelaria, segmento turístico,
educação etc. “Não dá para integrar Telecom, TI, energia e saúde. E nele,
as polícias, capacitar colaboradores, a Cisco pode não só ser uma fornece-
viabilizar transporte público e aero- dora temporária, como agregar valor
•
Marca das Olimpíadas 2016, no Rio de
portos eficazes sem TIC. Atuamos Janeiro com sua experiência.
26
28. 1 usuário conectado
1 CONEXÃO MÓVEL
SEM RESTRIÇÃO
Cisco, Intel, IDC e Telefônica debatem tendências de uso da
telefonia móvel, necessidade de gerenciamento e expansão do
volume de dados. E concluem: a segurança é ponto crítico
A
qui no Brasil os dados da cerca de US$ 4 trilhões sejam gastos poucos, enquanto hoje 90% são da-
Anatel registram expressi- para organizar parte das informações dos não estruturados, o que deve
vos crescimentos da base entre 2005 e 2015. demandar, até 2020, dez vezes mais
de telefones celulares pré- A grande mudança discutida pe- servidores e duas vezes mais inves-
pagos, mas mundialmente é no am- los executivos foi que na época timentos em sistemas de gerencia-
biente corporativo que o uso de dispo- do mainframe, a informação era mento e mão de obra.
sitivos móveis tem apresentado maior estruturada e mais controlada por Como alternativa para minimizar
destaque. O estudo Connected Life o esforço imposto aos departamen-
User Experience, feito no ano passado, tos de TI das corporações, o cloud
indica um crescimento de 20%, sendo computing é visto por 98% dos en-
as empresas responsáveis por 14% dos trevistados no levantamento pela
novos negócios e o uso pessoal 7%. IDC como tendência consolidada e
“Isto mostra a força de uma tendên- não algo passageiro. Em quatro anos,
cia que classificamos como ‘Bring 10% das informações deverão estar
Your Own Device’, pela qual cada em cloud computing.
vez haverá menos fronteiras entre A segurança ainda parece uma
a utilização pessoal e profissional questão que demanda atenção, pois,
dos dispositivos. Os usuários estão segundo Peres, apenas 1/3 dos da-
intensificando o uso de equipamen- dos têm proteção mínima. Outro
tos pessoais no trabalho”, afirmou comparativo comentado no deba-
Rodrigo Abreu, presidente da Cisco te é o crescimento em 1,5 vez dos
do Brasil, em painel sobre a era dos esforços humanos para dar conta
zetabytes, realizado em setembro. do volume de informações geradas,
O debate também contou com a enquanto as máquinas para a mesma
participação dos presidentes das demanda provavelmente cresçam
operações brasileiras da Intel, Fer- 20 vezes.
nando Martins; da IDC, Mauro Pe- “Padronização do Chama a atenção também o cresci-
res; e da Telefônica, Vladimir Bar- mento de tráfego IP na América Lati-
bieri. Pelo estudo “Stracting Value
monitoramento do na ser o maior do mundo, e a previsão
from the chaos”, da IDC, o volume tráfego IP permite de que ele terá um aumento de 50% ao
de informações mais que dobrará a identificar anomalias, ano até 2015, por causa da ampliação
cada ano e em 2020 deve chegar a de dispositivos pessoais integrados às
verificar corrupção,
1.9 bilhão de terabytes. No mundo redes de dados. Em 2015, a proporção
já se somam 2.6 bilhões de smar- acompanhar tráfego deve ser de dois dispositivos conec-
tphones, 1.3 trilhão de sensores, 25 de voz, vídeo e ERP” tados per capita. Os participantes
bilhões de dispositivos inteligentes — Rodrigo Abreu, presidente reforçaram que 90% do tráfego da
em operação. A expectativa é que da Cisco Brasil Internet deverá ser de vídeo.
28
29. Segurança da informação
Com relação à segurança, a Te-
lefônica tem oferecido aos clientes
corporativos a possibilidade de, em
períodos de fechamento de balanço,
por exemplo, bloquear tráfego de
vídeo e priorizar ERP (os sistemas
de gestão). “Hoje, se uma rede para,
um banco não abastece o ATM (caixa
eletrônico), uma escola não fornece
o conteúdo e uma montadora não faz
um carro”, comenta Barbieri.
Fernando Martins, da Intel, ana-
lisou que a segurança tem sido tão
“Tem sido mais perigoso importante para a empresa que, não “O cloud computing é visto
perder o smartphone por acaso, compraram a McAfee. por 98% dos entrevistados
“Integramos arquitetos de proces-
do que a carteira” no levantamento da
samento aos de segurança. Temos
— Vladimir Barbieri, presidente consultoria como
da Telefônica no Brasil
tendência consolidada
e não algo passageiro.
Em quatro anos, 10% das
Sem controle informações deverão estar
Abreu mencionou que o volume em cloud computing”
de dados globais está dobrando a — Mauro Peres, presidente
cada 18 meses, praticamente revi- da IDC Brasil:
sando a lei de Moore, que previa
que o poder de processamento dos aliado soluções de software ao har-
computadores (a informática geral, dware e, de 2010 a 2015, devemos
não os computadores domésticos) melhorar em cinco vezes a eficácia
dobraria a cada 24 meses. No Brasil, dos processos de nuvem”, destacou.
por exemplo, estima-se que sejam Abreu aponta a padronização do
gerados, mensalmente, 3 hexabytes monitoramento do tráfego IP como
de dados. “Comparado ao ritmo de caminho para uma maior segurança.
crescimento no mundo, temos um “É possível identificar anomalias, veri-
crescimento dobrado de dados”, ficar corrupção, acompanhar tráfego
pontua o executivo da Cisco. “Integramos arquitetos de de voz, vídeo e ERP, e levar a gestão
As empresas têm cada vez mais li- processamento aos de das redes IP para qualquer disposi-
dado com colaboradores que usam tivo”, disse.
redes sociais, chat e mensagens ins- segurança. Temos aliado Barbieri indica necessidade de
tantâneas por smartphones e tablets soluções de software ao estabelecimento de políticas, pro-
e, definitivamente, distinguirão cada hardware e, de 2010 a cessos e treinamentos com funcio-
vez menos a utilização pessoal e pro- nários, agora que as fronteiras entre
fissional de seus equipamentos. Tanto
2015, devemos melhorar navegação corporativa e pessoal são
que Vladimir Barbieri, da Telefônica, em cinco vezes a eficácia tênues demais. “Com a M2M, tere-
comparou: “tem sido mais perigo- dos processos de nuvem” mos que ‘capacitar’ a geladeira para
so perder o smartphone do que a não fazer compras quando a família
•
Fernando Martins, presidente
carteira.” da Intel do Brasil sair de férias”, lembrou.
29