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Notas do Editor

  1. Foi mais ou menos nessa época que minha vida guinaria para um lado completamente diferente do que o que eu estava seguindo. Eu fazia faculdade de administração no Mackenzie, mas o curso, meu trabalho e a vida em São Paulo começaram a me incomodar.
  2. Abandonei aquilo tudo e fui estudar técnicas de construção com terra, permacultura e a fazer trabalho voluntário em comunidades. Não é segredo pra ninguém a forte influência norte americana aqui no Brasil, principalmente quando falamos de “comida” (Pizza hut, KFC, McDonald’s, Burger King) – na verdade, fast food. Esse tipo de alimentação é uma forte barreira para que as pessoas passem a comer alimentos mais saudáveis e naturais. E nessa minha nova fase da vida, eu entrei em contato com alimentação orgânica e vegetariana e resolvi mudar meus hábitos. Isso fez com que eu conhecesse várias pessoas que ganhavam dinheiro vendendo comida, e nesse momento eu tomei outra decisão importante na minha vida...
  3. Fui morar em Ubatuba, numa casa que a minha família tinha lá. Mas não fui pra lá simplesmente pra fugir de São Paulo. . Lembrei de um detalhe importante: no litoral não existe pão bom! Fui pra lá com a intenção de juntar minhas vontades e paixões: comida, estilo de vida mais tranquilo e saudável e a praia. Eu sempre tive afinidade com a cozinha, mas nunca tinha levado isso tão a sério. Mas esse era o momento de colocar esse meu talento adormecido a prova. Mas aí, não iria fazer pães simples. Já que meus hábitos agora eram outros, meu produto também deveria ser diferente do que se encontra em qualquer esquina. Comecei então a fazer testes e mais testes de pães integrais. Uma coisa que eu notei, foi que nos supermercados, todos os produtos ditos naturais ou integrais eram uma grande farsa [explicar o motivo disso] Meu produto viria de encontro a isso. E mais: teria valores acessíveis para que pessoas de diferentes classes sociais pudessem se alimentar de forma adequada e saudável.
  4. Esse aí foi o primeiro pão que eu fiz, e continua sendo meu carro chefe – o pão de linhaça. Mas ele só veio depois de muitas tentativas frustradas. Muitos pães duros e madrugadas mal dormidas depois, eu consegui. Bom, eu tinha a ideia e meu primeiro pão tinha ficado pronto e era gostoso! Aí vinha o próximo desafio: vende-los! Mal sabia eu a dificuldade que teria. A única solução era porta a porta. Porém, quando as pessoas não entram em uma loja, em um espaço físico, a tendência é a de achar que você é um hippie que faz as coisas de qualquer jeito no quintal da sua casa e sai vendendo por aí. [se tiver alguma história interessante sobre as vendas, é legal contar]
  5. Primeira cozinha. Aos poucos fui vencendo o preconceito, comecei a criar uma clientela e montei uma cozinha industrial nos fundos da minha casa.
  6. Alguns anos se passaram até que eu montei, no centro de Ubatuba, a Padaria Integrale, a primeira padaria integral do Brasil. [aqui seria legal falar sobre os benefícios de se substituir o tradicional pãozinho por um pão integral – valores nutritivos, vitaminas e outras informações a respeito] A cada dia que passa, ouvimos mais histórias de pessoas que precisam mudar seus hábitos alimentares, seja por opção ou necessidade. Além disso, o uso de agrotóxicos, conservantes e corantes infestam nossos alimentos. Está mais do que na hora de entendermos melhor os benefícios e malefícios do que ingerimos e adotarmos de uma vez por todas uma alimentção saudável em nosso dia a dia.
  7. Pra isso, precisamos conhecer melhor os ingredientes que compõem um produto, ler os rótulos e saber a procedência daquilo que comemos. Estou falando de uma “revolução da comida”. Temos que espalhar essa ideia e vencer os preconceitos para difundirmos cada vez mais hábitos de alimentação mais saudáveis.