Discípulos de Plotino
Dentre os discípulos de Plotino, filósofo que viveu entre os anos de 270 e 205 e que é considerado um dos pais do pensamento neoplatônico, estavam Porfírio, Amélio, Castrício Firmo, Eustóquio de Alexandria, Paulino, Zótico, Zeto, Serápio,[1] Marcelo Oronte e Sabinilo[2] e Rogaciano.[3]
Discípulos conhecidos
[editar | editar código-fonte]Porfírio
[editar | editar código-fonte]Porfírio é o mais distinto discípulo de Plotino, seu editor e amigo próximo, nascido em Tiro em 233 d.C,o mesmo ano em que Plotino entrou na escola de Alexandria sob Amônio Sacas, morreu em Roma em 305 d.C.[4]
Amélio
[editar | editar código-fonte]Um dos discípulos mais devotos de Plotino, Amélio já havia estudado em Atenas, e era um grande admirador de Numênio de Apameia. [5]
Castrício Firmo
[editar | editar código-fonte]Logo após a morte de Plotino, Porfírio instigou Castrício Firmo, um romano de família rica, a aderir à sua renovação intelectual.[6]
Eustóquio de Alexandria
[editar | editar código-fonte]Eustóquio de Alexandria era um médico da Alexandria. Plotino o conheceu perto do fim de sua vida permanecendo sob seus cuidados até sua morte. Eustóquio dedicou-se inteiramente aos ensinamentos de Plotino e atingiu o estado de um verdadeiro filósofo.[7]
Entre os mais próximos amigos pessoais estava Eustóquio de Alexandria, também um médico, que veio a conhecer Plotino no final de sua vida e o assistiu até sua morte: Eustóquio consagrou-se exclusivamente no sistema de Plotino e tornou-se um verdadeiro filósofo.— Porfírio, Vida de Plotino, 2, 7
Marcelo Oronte e Sabinilo
[editar | editar código-fonte]Marcelo Oronte diligentemente se dedicou à filosofia e teve avanços rápidos[8] assim como Sabinilo, cônsul juntamente com Galiano em 266.[9]
Paulino
[editar | editar código-fonte]Paulino de Citópolis, a quem Amélio chamava de Mikkalos[10] era um dos médicos e discípulos[11] juntamente com Eustóquio de Alexandria.
Rogaciano
[editar | editar código-fonte]Rogaciano era um membro do senado romano que renunciou à sua posição, sua casa e aos seus servos; comia apenas uma vez a cada dois dias e, assim, curou-se de um caso agudo de gota.[3]
Outro senador, Rogaciano, avançou tal desprendimento de ambições políticas que desistiu de todos os seus bens, rejeitou todos os seus escravos, renunciou toda sua dignidade, e, a ponto de assumir como pretor, os lictores já a sua porta, se recusou a cair ou ter alguma coisa a ver com o ofício. Ele abandonou sua própria casa,passando seu tempo aqui e ali em na casa de seus amigos e conhecidos, dormindo e comendo com eles e tendo apenas uma refeição a cada dois dias. Ele era vítima de gota e era carregado em uma cadeira, mas este novo regime de abstinência e abnegação restaurou sua saúde: ele era incapaz de estender as mãos mas chegou a usá-las livremente como os homens que vivem pelo trabalho manual. Plotino cultivou um grande apreço por Rogaciano e frequentemente o elogiava, tendo-o como um modelo para os que visam a vida filosófica.— Porfírio, Vida de Plotino, 7
Serápio
[editar | editar código-fonte]Serápio era inicialmente um retórico e somente mais tarde se aplicou à filosofia.[2]:143
Zeto
[editar | editar código-fonte]Zeto foi um dos discípulos de Plotino, nativo da Arábia, se casou com a filha de Teodósio, amigo de Amônio. Ele era médico e muito amado por Plotino que procurou levá-lo a retirar-se dos assuntos públicos para os quais tinha uma aptidão considerável. Plotino lhe era muito íntimo e chegou a se mudar para o estado de Zeto que distava seis milhas de Minturno.[2]:143
Zótico
[editar | editar código-fonte]Zótico era um crítico e poeta que tinha revisto as obras de Antímaco e reescreveu Crítias' de Platão em forma de versos; Zótico perdeu a visão e morreu pouco antes de Plotino.[7]:90
Referências
- ↑ Paul Oskar Kristeller; Virginia Brown; Ferdinand Edward Cranz. Catalogus Translationum Et Commentariorum: Mediaeval and Renaissance Latin Translations and Commentaries : Annotated Lists and Guides. CUA Press; 1992. ISBN 978-0-8132-0713-1. p. 55.
- ↑ a b c Ramsay MacMullen; Eugene Lane. Paganism and Christianity, 100-425 C.E.: A Sourcebook. Fortress Press; 1992. ISBN 978-1-4514-0785-3. p. 143.
- ↑ a b What is Ancient Philosophy?. Harvard University Press; 2004. ISBN 978-0-674-01373-5. p. 159.
- ↑ Christos Evangeliou. Aristotle's Categories and Porphyry. BRILL; 1988. ISBN 90-04-08538-6. p. 1.
- ↑ William R. Inge. The Philosophy of Plotinus: The Gifford Lectures at St. Andrews, 1917-1918. Wipf and Stock Publishers; 2003. ISBN 978-1-59244-284-3. p. 117.
- ↑ Richard Damian Finn. Asceticism in the Graeco-Roman World. Cambridge University Press; 2009. ISBN 978-0-521-86281-3. p. 9.
- ↑ a b Pierre Hadot. Plotinus Or the Simplicity of Vision. University of Chicago Press; 1998. ISBN 978-0-226-31194-4. p. 90.
- ↑ Plotinus. Collected writings of Plotinus. Prometheus Trust; 1994. ISBN 978-1-898910-02-2.
- ↑ John Jefferson Bray. Gallienus: A Study in Reformist and Sexual Politics. Wakefield Press; 1997. ISBN 978-1-86254-337-9. p. 245.
- ↑ Richard Valantasis. Religions of Late Antiquity in Practice. Princeton University Press; 2000. ISBN 0-691-05751-6. p. 55.
- ↑ William R. Inge. The Philosophy of Plotinus: The Gifford Lectures at St. Andrews, 1917-1918. Wipf and Stock Publishers; 2003. ISBN 978-1-59244-284-3. p. 118.