Leomil (Almeida)
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização de Leomil em | ||||
Mapa de Leomil | ||||
Coordenadas | 40° 38′ 07″ N, 6° 57′ 51″ O | |||
Município primitivo | Almeida | |||
Município (s) atual (is) | Almeida | |||
Freguesia (s) atual (is) | Leomil, Mido, Senouras e Aldeia Nova | |||
História | ||||
Extinção | 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 14,62 km² | |||
População total (2016) | 103 hab. | |||
Densidade | 7 hab./km² |
Leomil é uma povoação portuguesa do Município de Almeida que foi sede da extinta Freguesia de Leomil, freguesia que tinha 13,42 km² de área e 103 habitantes (2016), e, por isso, uma densidade populacional de 7 hab/km².
A Freguesia de Leomil era constituída por duas povoações, a sede da freguesia e Ansul.[1]
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Mido, Senouras e Aldeia Nova, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Leomil, Mido, Senouras e Aldeia Nova com sede em Mido.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Esta povoação surgiu no século IX resultante de uma doação do rei a um guerreiro chamado Leodmiro pelos seus feitos na luta contra os mouros.
A Comenda de Leomil
[editar | editar código-fonte]A partir do século XIII passou a ser uma comenda pertencente à Ordem Militar Espanhola de Nossa Senhora de Roncesvalles, situada em Roncesvalles, na província de Navarra. Supõe-se que esta Comenda tenha surgido devido a uma doação de terras de algum nobre ou membro da realeza para agradecer a cura de um familiar no Hospital, situado no Mosteiro de Roncesvalles, pois neste local passavam não só muitos peregrinos, mas também membros da nobreza, que procuravam a cura para os seus males.
Esta ordem religiosa possuía várias comendas em toda a Península Ibérica, como Zamora, Villar, Sevilha, entre outras, mas a Comenda de Leomil era a única em território português e, apesar de ser a mais distante de Navarra, foi a que se manteve durante mais tempo (600 anos).
Em 1276, o prior de Roncesvalles redigiu o primeiro documento onde estabelecia os “foros” ou rendas que os camponeses deviam pagar à comenda pela ocupação das suas terras. Geralmente estas rendas eram pagas em géneros: galinhas, ovos, trigo, etc.
Domínio Territorial da Comenda
[editar | editar código-fonte]À medida que a Ordem recebia doações no território português, o domínio da Comenda também aumentava, daí possuir terras desde os arredores da Comenda, passando por toda a Beira Alta, Minho (Guimarães), Trás-os-Montes (Vinhais) até chegar a Lisboa (duas casas) e Alto Alentejo.
Os sucessivos administradores da Comenda geriram, com grande sucesso, todas estas propriedades durante 6 séculos e, enquanto as outras comendas iam perdendo domínio, a Comenda de Leomil mantinha a sua expansão.
Nos limites da povoação, existem ainda diversos marcos e padrões com inscrições “RV” (Roncesvalles)
Vestígios da Antiguidade de Leomil
[editar | editar código-fonte]Os traços da antiguidade de Leomil estão bem vincados na Fonte Romana, na igreja (1189) e nas sepulturas esculpidas na rocha. Outro vestígio arqueológico é o lagar de azeite e vinho de origem árabe o que prova que esta povoação foi habitada por vários povos, entre eles os romanos e os mouros. Hoje é uma aldeia pequena, com menos de 100 habitantes, devido à emigração, e a actividade principal é a agricultura.
Património
[editar | editar código-fonte]- Em vias de classificação:
- Igreja Matriz - século XII/XVII (Estilo Românico e Gótico)
- Edificado:
- Fonte romana (Mergulho e Pia) - Medieval;
- Marcos ou Padrões com inscrições do "Duque de Ronces Vales" - Medieval
- Religioso:
- Capela da Nossa Senhora da Conceição em Ansul - século XVIII /XIX;
- Cruzeiro - século XII (1140?);
- Arqueológico e Etnográfico:
- Povoado romano e medieval do sítio dos Telhões;
- Sepultura Antropomórfica cavada na rocha no sítio dos Telhões - Medieval;
- Cabeceira de sepultura discóide no Largo da Igreja - Medieval;
- Sepultura Antropomórfica cavada na rocha no Largo da Igreja - Medieval.
População
[editar | editar código-fonte]★ No censo de 1864 figura no concelho de Sabugal. Passou para o actual concelho por decreto de 7 de dezembro de 1870
Totais e grupos etários [3] | |||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
273 | 340 | 396 | 434 | 429 | 407 | 398 | 438 | 474 | 475 | 302 | 255 | 230 | 134 | 104 | |
i) | 8 | 3 | |||||||||||||
ii) | 7 | 5 | |||||||||||||
iii) | 58 | 30 | |||||||||||||
iv) | 61 | 66 |
i) 0 aos 14 anos; ii) 15 aos 24 anos; iii) 25 aos 64 anos; iv) 65 e mais anos
Referências
- ↑ «www.cm-almeida.pt/tudosobrealmeida/freguesias/Paginas/default.aspx». www.cm-almeida.pt. Consultado em 14 de agosto de 2017. Arquivado do original em 15 de agosto de 2017
- ↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes