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Maratona de Chicago

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maratona de Chicago
imagem ilustrativa de artigo Maratona de Chicago
Generalidades
Esporte atletismo
Categoria maratona
Criação 1977
N.º de edições 46
Frequência anual
Patrocinador(es) Bank of America e LaSalle Bank (en)
Formato maratona
Sítio eletrónico www.chicagomarathon.com
Vencedores
Primeiro campeão Dan Cloeter H
Dorothy Doolittle M
Maior campeão HOMENS
Khalid Khannouchi
MULHERES
Ruth Chepngetich
Campeão John Korir H
Ruth Chepngetich M
Dados estatísticos
Participantes ~ 50 000

Maratona de Chicago (nome original: Bank of America Chicago Marathon por razões de patrocínio) é uma corrida de 42,195 km de extensão disputada anualmente na cidade de Chicago, Estados Unidos, desde 1977. Junto com as maratonas de Boston, Londres, Berlim, Nova York e Tóquio, é uma das seis integrantes da World Marathon Majors.[1]

Maratona mista, aberta ao público de ambos os sexos, tem um percurso plano que atrai atletas pela possibilidade de tempos rápidos e recordes pessoais ou mundiais. Com apenas uma interrupção, em 1987, por falta de patrocínio,[2] a prova hoje conta a participação de cerca de 40 mil corredores de todo mundo a cada ano. Não há tempos qualificatórios para participar, mas ela tem uma duração máxima de 6½ horas, após o qual os tempos daqueles que a completam não são mais computados.[3]

Com o pagamento de altos prêmios em dinheiro, além dos milhares de atletas comuns a cada edição a prova atrai a elite dos maratonistas de todo mundo, que já produziram seis recordes mundiais em seu percurso. Três brasileiros e duas portuguesas já foram campeões da maratona e fazem parte de sua história. Seu recorde atual, que é o recorde mundial, pertence ao queniano Kelvin Kiptum (2:00:35 – 2023) [4] Entre as mulheres, a prova também tem o recorde mundial, estabelecido pela queniana Ruth Chepngetich (2:09:56 – 2024), que a tornou a primeira atleta a vencê-la por três vezes e a primeira mulher na história a correr uma maratona em menos de 2:10:00.[5]

Desde 2008 ela acrescentou a seu nome o nome do principal patrocinador, Bank of America, e na edição de 2012 atingiu a marca de 37 455 corredores que a completaram oficialmente.[6]

A primeira maratona criada para os Jogos Olímpicos de Atenas 1896, gerou grande interesse sobre a corrida no mundo ocidental, o que levou à criação de várias corridas similares nos anos seguintes, especialmente em St. Louis e Nova York, nos Estados Unidos.[3] No ano seguinte aos Jogos, a cidade de Boston criou sua maratona, disputada anualmente até hoje, e logo foi seguida por Chicago.[7] Iniciando em 1905, a então Maratona de Chicago (organizada em princípio pelo Illinois Athletic Club entre 1905 e 1909, depois patrocinada pelo jornal Chicago Daily News a partir de 1910) começou a ser disputada anualmente, com apoio de corredores e espectadores, até o início da década de 1920.[7]

A primeira edição, em 23 de setembro de 1905, com o favorito Louis Marks na liderança da maratona.

A maratona inaugural foi realizada em 23 de setembro de 1905, com a largada em Evanston e a chegada em frente a uma arquibancada de espectadores pagantes na pista de atletismo do Washington Park.[7] Numa virada impressionante, 100 mil espectadores assistiram a Rhud Metzner, que correu atrás por todo o percurso, derrotar o favorito Louis Marks nos últimos metros. Com o sucesso inicial, ela começou a ser disputada anualmente em provas épicas que durariam até o início dos anos 20, num percurso muito semelhante ao que é percorrido hoje em dia. A partir desta década, a corrida foi marginalizada pela população e meios de comunicação, tornando-se esporádica.[7]

Foi só a partir dos anos 1960, com a conscientização popular sobre a relação de exercícios físicos com a saúde, que as maratonas começaram a ser vistas com outros olhos pela população norte-americana. O "running boom" ocorrido no país após a vitória de Frank Shorter na maratona olímpica de Munique 1972, viram a criação de muitas maratonas e a convergência da classe média americana para elas.[3] Em 1976, a primeira Maratona de Nova York disputada em todos os bairros da cidade, estabeleceu o conceito de maratonas de grandes cidades. À medida que a prova de Nova York ia crescendo em popularidade e importância, a Maratona de Chicago, recriada em sua versão moderna em 1977, ia se estabelecendo como sua maior rival.[3] No meio da década de 80, ela era considerada uma das quatro maiores do mundo.[8] Chamada então de America's Marathon/Chicago, foi a primeira a começar a abrir o caminho para o pagamento de prêmios em dinheiro aos vencedores, numa época então ainda de completo amadorismo.

A maratona da nova era, iniciada em 1977, teve a oposição inicial do superintendente de parques de Chicago, Ed Kelly, que recusou permissão para que ela atravessasse parques ou fosse corrida ao longo das bordas do Lago Michigan. Porém, o prefeito da cidade, Richard J. Daley, deu seu apoio à ideia após pedidos e ponderações de um dos fundadores, Lee Flaherty. Apesar da morte de Daley, seu sucessor, Michael Anthony Bilandic, um corredor, empossado em dezembro de 1976, também aprovou a ideia. Chamada de Maratona Prefeito Daley, teve sua primeira edição corrida em 25 de setembro de 1977. Nela, três pessoas foram parar no hospital queimadas por pólvora depois que o tiro do canhão de largada falhou.[9] Bilandic e sua esposa entregaram pessoalmente as medalhas aos vencedores da primeira edição. Flaherty pagou as despesas das duas primeiras edições, que não tiveram patrocinadores. Em 1979, a fabricante de alimentos Beatrice Foods começou a patrociná-la e a partir dai a maratona cresceu.

A multidão de corredores anônimos na edição de 2007.

Em 1982 ela começou a ter fundos suficientes para atrair os melhores atletas do mundo e seu primeiro resultado de alto nível internacional foi a vitória neste mesmo ano do norte-americano Greg Meyer, em 2:10:59, um tempo bastante expressivo na época e a última vitória de um norte-americano nascido no país na história de Chicago. Em 1984, a Beatrice Foods aumentou a cota de patrocínio da prova para US$ 250 mil,[3] mais do que Nova York, e este ano viu a primeira quebra de recorde mundial em Chicago, com a vitória do britânico Steve Jones em 2:08:05. No ano seguinte, o mesmo Jones correu a prova em 2:07:13, apenas um segundo mais lento que o recorde mundial do português Carlos Lopes estabelecido naquele mesmo ano na Maratona de Roterdã. Este mesmo ano viu na divisão feminina uma batalha épica entre Joan Benoit, campeã olímpica em Los Angeles 1984, a norueguesa Ingrid Kristiansen, a recordista mundial e a portuguesa Rosa Mota, medalha de bronze em Los Angeles 1984. Benoit venceu com a então segunda melhor marca do mundo, atrás apenas do recorde de Kristiansen. Na época, ela era considerada a principal maratona dos EUA, talvez do mundo.[10]

Com a saída do patrocinador em 1986, os organizadores não tiveram como realizar uma prova em 1987 e em seu lugar foi corrida uma meia-maratona.[2] Nos anos posteriores, Chicago lutou contra a falta de patrocínio ou patrocínios insuficientes, e os grandes atletas não a disputaram, com isso causando reflexos nos tempos registrados, não mais de primeiro nível internacional. Foi a partir de 1994, com a entrada do La Salle Bank, que a maratona voltou a figurar entre as grandes do mundo.[3] Os chips de tempo nos sapatos dos corredores foram introduzidos em 1998.[3] Nos anos seguintes, vários recordes foram ali batidos e a partir de 2008, com o La Salle comprado pelo Bank of America, ela passou a ter o nome oficial que tem hoje.

Khalid Khannouchi, o recordista de vitórias em Chicago.

A Maratona de Chicago já registrou sete recordes mundiais em sua história, três masculinos e quatro femininos. O primeiro foi do galês Steve Jones, 2:08:05 em 1984. O marroquino depois naturalizado norte-americano Khalid Khannouchi estabeleceu a marca de 2:05:42 ali em 1999, quebrando a marca do brasileiro Ronaldo da Costa - 2:06:05 - conseguida um ano antes na Maratona de Berlim. A queniana Catherine Ndereba marcou 2:18:47 em 2001, e ao fim deste ano Chicago possuía os recordes mundiais tanto masculino quanto feminino.[11] A britânica Paula Radcliffe também estabeleceria outro recorde ali, 2:17:18, na edição de 2002, marca que a própria Paula quebraria um ano depois na Maratona de Londres, fazendo 2:15:25.[12] O último recorde feminino foi estabelecido pela queniana Ruth Chepngetich em 2024.[5] Em 2023, o queniano Kelvin Kiptum estabeleceu o sexto recorde mundial de Chicago, vencendo a prova em 2:00:35 e quebrando a marca mundial do compatriota Eliud Kipchoge conquistada em Berlim no ano anterior. [4] Khannouchi é o recordista entre os homens e geral, com quatro vitórias (1997–1999–2000–2002); Chepngetich é a maior vitoriosa, com três vitórias.

Cinco lusófonos já foram campeões da maratona: os brasileiros Joseildo Rocha (1991), José César de Souza (1992) e Luiz Antônio dos Santos (1993–1994), venceram em anos consecutivos; as portuguesas Rosa Mota (1983–1984) e Aurora Cunha (1990) completam a história da lusofonia em Chicago.

A largada e a chegada da maratona no Grant Park.

Com início às 7:30 da manhã, a maratona tem uma rota circular, de ida-e-volta, com largada e chegada no Grant Park. Dali seu percurso cruza 29 distritos da cidade. Ele pode ser dividido em três seções, norte, oeste e sul. Em cada uma destas direções, três dos maiores estádios de Chicago assinalam o ponto de virada de direção da rota. Os primeiros cinco quilômetros são percorridos pelo centro da cidade.[13]

Os corredores são apoiados por 20 estações de água, esponjas e energéticos no caminho, cada uma delas a intervalos que variam entre 2 e 5 km umas das outras. Além disso, existem postos de primeiros-socorros com médicos em cada uma destas estações e serviços ambulatoriais estão em espalhados por todo o percurso, com uma grande tenda médica instalada no final da prova. Cronômetros digitais dando o tempo parcial também estão instalados a cada 5 km da rota, além do ponto que marca a metade da maratona. O tempo máximo antes da reabertura das ruas ao tráfego é de 6½ horas.[14]

Milhares de cidadãos da cidade, de idades e sexos diferentes, atuam como voluntários, recebendo medalhas e certificados de participação ao fim de cada edição.[15]

Ano Atleta País Tempo
2024 John Korir Quénia 2:02:43
2023 Kelvin Kiptum Quénia 2:00:35 Recorde mundial
2022 Benson Kipruto Quénia 2:04:24
2021 Seifu Tura Etiópia 2:06:12
2020 Não foi disputada *
2019 Lawrence Cherono Quénia 2:05:45
2018 Mo Farah Reino Unido 2:05:11
2017 Galen Rupp Estados Unidos 2:09:20
2016 Abel Kirui Quénia 2:11:23
2015 Dickson Chumba Quénia 2:09:25
2014 Eliud Kipchoge Quénia 2:04:11
2013 Dennis Kimetto Quénia 2:03:45
2012 Tsegay Kebede Etiópia 2:04:38
2011 Moses Mosop Quénia 2:05:37
2010 Samuel Wanjiru Quénia 2:06:23
2009 Samuel Wanjiru Quénia 2:05:41
2008 Evans Cheruiyot Quénia 2:06:25
2007 Patrick Ivuti Quénia 2:11:11
2006 Robert Cheruiyot Quénia 2:07:35
2005 Felix Limo Quénia 2:07:02
2004 Evans Rutto Quénia 2:06:16
2003 Evans Rutto Quénia 2:05:50
2002 Khalid Khannouchi Estados Unidos 2:05:56
2001 Ben Kimondiu Quénia 2:08:52
2000 Khalid Khannouchi Estados Unidos 2:07:01
1999 Khalid Khannouchi Marrocos 2:05:42
1998 Ondoro Osoro Quénia 2:06:54
1997 Khalid Khannouchi Marrocos 2:07:10
1996 Paul Evans Reino Unido 2:08:52
1995 Eamonn Martin Reino Unido 2:11:18
1994 Luiz Antônio dos Santos Brasil 2:11:16
1993 Luiz Antônio dos Santos Brasil 2:13:14
1992 José Cesar de Souza Brasil 2:16:14
1991 Joseildo Rocha Brasil 2:14:33
1990 Martín Pitayo México 2:09:41
1989 Paul Davies-Hale Reino Unido 2:11:25
1988 Alejandro Cruz México 2:08:57
1987 Não foi disputada
1986 Toshihiko Seko Japão 2:08:27
1985 Steve Jones Reino Unido 2:07:13
1984 Steve Jones Reino Unido 2:08:05
1983 Joseph Nzau Quénia 2:09:44
1982 Greg Meyer Estados Unidos 2:10:59
1981 Phil Coppess Estados Unidos 2:16:13
1980 Frank Richardson Estados Unidos 2:14:04
1979 Dan Cloeter Estados Unidos 2:23:20
1978 Mark Stanforth Estados Unidos 2:19:20
1977 Dan Cloeter Estados Unidos 2:17:52
Ano Atleta País Tempo
2024 Ruth Chepngetich Quénia 2:09:56 Recorde mundial
2023 Sifan Hassan Países Baixos 2:13:44
2022 Ruth Chepngetich Quénia 2:14:18
2021 Ruth Chepngetich Quénia 2:22:31
2020 Não foi disputada *
2019 Brigid Kosgei Quénia 2:14:04
2018 Brigid Kosgei Quénia 2:18:35
2017 Tirunesh Dibaba Etiópia 2:18:31
2016 Florence Kiplagat Quénia 2:21:32
2015 Florence Kiplagat Quénia 2:23:33
2014 Mare Dibaba Etiópia 2:25:37
2013 Rita Jeptoo Quénia 2:19:57
2012 Atsede Baysa Etiópia 2:22:03
2011 Ejegayehu Dibaba Etiópia 2:22:09
2010 Atsede Baysa Etiópia 2:23:40
2009 Irina Mikitenko Alemanha 2:26:31
2008 Lidiya Grigoryeva Rússia 2:27:17
2007 Berhane Adere Etiópia 2:33:49
2006 Berhane Adere Etiópia 2:20:42
2005 Deena Kastor Estados Unidos 2:21:25
2004 Constantina Tomescu Roménia 2:23:45
2003 Svetlana Zakharova Rússia 2:23:07
2002 Paula Radcliffe Reino Unido 2:17:18
2001 Catherine Ndereba Quénia 2:18:47
2000 Catherine Ndereba Quénia 2:21:33
1999 Joyce Chepchumba Quénia 2:25:59
1998 Joyce Chepchumba Quénia 2:23:57
1997 Marian Sutton Reino Unido 2:29:03
1996 Marian Sutton Reino Unido 2:30:41
1995 Ritva Lemettinen Finlândia 2:28:27
1994 Kristy Johnston Estados Unidos 2:31:34
1993 Ritva Lemettinen Finlândia 2:33:18
1992 Linda Somers Estados Unidos 2:37:41
1991 Midde Hamrin Suécia 2:36:21
1990 Aurora Cunha Portugal 2:30:11
1989 Lisa Weidenbach Estados Unidos 2:28:15
1988 Lisa Weidenbach Estados Unidos 2:29:17
1987 Não foi disputada
1986 Ingrid Kristiansen Noruega 2:27:08
1985 Joan Benoit Estados Unidos 2:21:21
1984 Rosa Mota Portugal 2:26:01
1983 Rosa Mota Portugal 2:31:12
1982 Nancy Conz Estados Unidos 2:33:23
1981 Tina Gandy Estados Unidos 2:49:39
1980 Sue Peterson Estados Unidos 2:45:03
1979 Laura Michalek Estados Unidos 3:15:45
1978 Lynae Larson Estados Unidos 2:59:25
1977 Dorothy Doolittle Estados Unidos 2:50:47

Tempo em amarelo = recordes da prova masculina e feminina
Tempo em azul = recordes mundiais anteriores
Recorde mundial = recorde mundial em vigor

Vencedores por nações

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Referências

  1. «World Marathon Majors Events». WorldMarathonMajors. Consultado em 1 de maio de 2013. Arquivado do original em 11 de maio de 2013 
  2. a b «Chicago Marathon at a Glance». Runners World. Consultado em 17 de outubro de 2011 
  3. a b c d e f g Suozzo, Andrew (2006). University of Illinois Press, ed. The Chicago Marathon. [S.l.: s.n.] 
  4. a b «Kiptum smashes world marathon record with 2:00:35, Hassan runs 2:13:44 in Chicago». World Athletics. 2023. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  5. a b «Chepngetich smashes world marathon record in Chicago with 2:09:56». World Athletics. Consultado em 13 outubro 2024 
  6. «Kebede's Course Record and Thrilling Women's Finish Highlight 35th Running of the Bank of America Chicago Marathon» (PDF). Chicagomarathon.com. Consultado em 9 de outubro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 21 de outubro de 2012 
  7. a b c d Britt, Raymond. Arcadia Publishing, ed. Chicago Marathon: Images of Sport. 2009. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-7385-7718-0 
  8. Sandy, Treadwell. Stewart, Tabori & Chang, ed. The World of Marathons. 1987. [S.l.: s.n.] ISBN 0-941434-98-2 
  9. «10 things you might not know about running». The Chicago Tribune. Consultado em 1 de maio de 2013 
  10. «New York City Marathon feels chill of Windy City times». Bank of America News. Consultado em 1 de maio de 2013 
  11. «WOMEN'S MARATHON RECORD FALLS QUICKLY NDEREBA TOPS WEEK-OLD MARK IN CHICAGO». Bank of America Nwes. Consultado em 1 de maio de 2013 
  12. «World Best Progressions- Road». Association of Road Racing Statisticians. Consultado em 1 de maio de 2013 
  13. «course map» (PDF). Chicago Marathon. Consultado em 1 de maio de 2013 
  14. «Course & Amenities». Chicago Marathon. Consultado em 1 de maio de 2013 
  15. «Volunteers». Chicago Marathon. Consultado em 1 de maio de 2013 
  16. «Liliya Shobukhova stripped of London marathon title over doping». The Guardian. Consultado em 19 de agosto de 2015 
  17. «Rita Jeptoo's two-year doping ban should be doubled, says IAAF». The Guardian. Consultado em 19 de agosto de 2015 

Ligações externas

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