Zona Leste de São Paulo
Leste | |
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Visão aérea do Parque do Carmo. | |
Área | 298,8 km² |
População | 3.620.494 hab. (2008) |
Subprefeituras | Mooca, Aricanduva, Vila Prudente, Penha, Ermelino Matarazzo, Itaquera, São Mateus, Itaim Paulista, Guaianases, São Miguel Paulista e Cidade Tiradentes |
Zonas de São Paulo |
Chama-se genericamente à área do município brasileiro de São Paulo situada a leste do rio Tamanduateí.
Oficialmente porém, definem-se as seguintes zonas:
- Zona Leste 1 de São Paulo
- Zona Leste 2 de São Paulo
- Zona sudeste de São Paulo
História
A região onde hoje é a zona leste fora ocupada por tribos indígenas, como a guaianá, que formou a Aldeia Ururaí em 1580.
Os colonizadores portugueses que buscavam rumos para o oeste sofriam constantes e violentos ataques indígenas pelo caminho por terra. Então os rios Tietê, Tamanduateí, Aricanduva e seus afluentes tiveram um importante papel nas bandeiras. Estas utilizavam as vias fluviais para garantir segurança e maior rapidez.
Pouco a pouco, as localidades banhadas por esses rios, áreas distantes do Centro Histórico de São Paulo, foram povoadas, exemplo de: Mooca, Tatuapé e São Miguel Paulista.[1] Na última, o primeiro núcleo populacional da zona, houve a fundação da primeira igreja por meio dos jesuítas no ano de 1622, sendo estabelecida a Capela de São Miguel Arcanjo.
Com o passar dos anos, a região ganhou importância, pois fazia a ligação de São Paulo e Rio de Janeiro.[1] A cidade de São Paulo expandia-se, e seus territórios mais distantes tornavam-se propriedades rurais. Vilas eram criadas ao redor de igrejas, sendo assim criados novos bairros, como a Penha.[1]
No final do século XIX, a cidade industrializa-se e as antigas propriedades rurais são substituídas por indústrias e bairros proletários, caso de Vila Matilde e Vila Formosa. Houve, também, uma extensão da malha ferroviária paulistana, que escoava as mercadorias.[1]
Através da imigração, a população multiplicou-se descontroladamente e os bairros operários passaram a sofrer marginalização, por serem desprovidos de infraestrutura.[2] Os imigrantes vindos predominantemente da Itália, Espanha, Japão, Síria e Líbano estabeleceram tradições de suas culturas em seus bairros, forte exemplo da Festa de San Gennaro e Clube Atlético Juventus na Mooca. Na Vila Zelina, Vila Alpina e Vila Bela, região da Vila Prudente, há forte influência de povos eslavos.
As fábricas existentes, primeiramente produtoras de tecidos e alimentos, são gradativamente substituídas pela indústria pesada e construção civil. As mesmas passam a exigir grande quantidade de mão de obra. A imigração diminuía a cada ano, e começou a haver a atração de milhões de migrantes oriundos da Região Nordeste do Brasil.[2]
As regiões periféricas recebiam novos moradores, que, por falta de fiscalização do Governo, construíam suas moradias em áreas sem infraestrutura, saneamento básico, eletricidade, dentre outros aspectos. Surgiram, então, os bolsões de pobreza vistos na maioria dos distritos das regiões Leste 1 e 2. Aliado à decadência da indústria paulistana, a zona enfrenta inúmeros problemas, fazendo com que registre a pior renda média familiar e a menor concentração de atividade econômica, sendo uma das mais pobres da cidade.[1]
Na cultura popular
A Zona Leste de São Paulo é constantemente desconceituada por conta das habitações precárias (as chamadas malocas, dando origem ao termo depreciativo maloqueiro, referindo-se aos moradores destes tipos de moradias) e dos altos índices de pobreza e criminalidade relativas existentes na região. A presença da sede oficial do clube de futebol Corinthians no bairro do Tatuapé e a Arena Corinthians em Itaquera, ambos bairros da Zona Leste, é um dos principais motivos da forte identificação de grande parte dos moradores da região com a instituição e fazem com que haja uma forte ligação, dentro do imaginário popular, entre os moradores da Zona Leste os torcedores da equipe paulista. Outro clube conhecido do futebol paulista, que tem a sua sede social e o seu estádio situado na Zona Leste, é o Juventus da Mooca. Na linguagem coloquial, a Zona Leste é frequentemente designada pela sigla ZL.
Regiões
Zona Leste Um
A Região Leste Um de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras da Penha, de Ermelino Matarazzo, de Itaquera e de São Mateus.[3] De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 552 070 habitantes e renda média por habitante de 875,90 reais.[4] É uma região diversificada, tanto comercial, quanto residencial, que está em desenvolvimento, a qual está passando por processos de urbanização e regularização de áreas risco (favelas), canalização de córregos e do rio Aricanduva, além da verticalização.
Zona Leste Dois
A Região Leste Dois de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras do Itaim Paulista, de Guaianases, de São Miguel Paulista e da Cidade Tiradentes. De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 169 815 habitantes e renda média por habitante de 625,26 reais.[4] É a região com renda per capita mais baixa do município, com pior infraestrutura, com a maior incidência de pobreza (63,9% da população) e com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Zona Sudeste
A Região Sudeste de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras da Mooca, de Aricanduva, de Vila Prudente e do Ipiranga. Forma, com as Zonas Leste Um e Dois, a macro-zona conhecida simplesmente como Zona Leste, à exceção da subprefeitura do Ipiranga.[5]
De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 522 997 habitantes e renda média por habitante de 2 441,40 reais.[6] É a região mais desenvolvida da Zona Leste da cidade, com melhor urbanização, verticalização, infraestrutura, e bairros nobres, como o Jardim Avelino.
Divisão geográfica
Na divisão geográfica da cidade, chama-se "região leste" à área 4, compreendida entre a avenida Sapopemba, a Radial Leste, a avenida Salim Farah Maluf e o limite do município. Esta região é representada pelas cores vermelha (Zona Leste), amarela (Zona Nordeste) e verde (Zona Sudeste) nas placas de rua e nos ônibus e microônibus urbanos que circulam na região.
Referências
- ↑ a b c d e Diário do Comércio - Especiais Zona Leste
- ↑ a b Reestruturação Urbana da Metrópole Paulistana: Análise de Territórios em Situação de Transição
- ↑ Mapa oficial das subprefeituras da cidade de São Paulo: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/guia/mapas/0001/mapa_subprefeituras.jpeg
- ↑ a b Média ponderada baseado em dados de renda e população da Prefeitura: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/planejamento/plano_diretor/Plano_Municipal_Habitacao.pdf
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)»
- ↑ Média ponderada baseado em dados de renda e população da prefeitura: http://ww2.prefeitura.sp.gov