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Amor (João Cândido)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Amor é uma obra de arte de João Cândido, produzida por volta de 1910. Trata-se de um bordado, na forma de uma toalha de rosto, que se tornou um símbolo da resistência de Cândido à repressão da Revolta da Chibata. A obra compõe o acervo do Museu Tomé Portes del Rei, em São João del-Rei, doado à instituição por Antônio Manuel de Sousa Guerra.[1]

Nessa obra, considerada ao mesmo tempo "ingênua" e "dramática",[1] produzida na horizontal sobre o tecido, a palavra "amor" aparece aberta sobre uma faixa, erguida por dois pássaros. Abaixo, há um coração perfurado. Em volta, há flores, borboletas e um beija-flor.[2][1]

O bordado foi realizado por João Cândido, quando esteve preso na Ilha das Cobras, entre 1910 e 1911. Foi preso com outros participantes da Revolta da Chibata. Amor faz parte de um conjunto de obras realizado por Cândido na prisão,[3] possivelmente como uma "terapia" para expressar o luto pela morte de seus companheiros na revolta, mantidos em situação precária no cárcere.[1]

Amor foi um dos destaques da 34a Bienal de Arte de São Paulo.[2]

Referências

  1. a b c d Carvalho, José Murilo de (outubro de 1995). «Os bordados de João Cândido». História, Ciências, Saúde-Manguinhos: 68–84. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59701995000300005. Consultado em 14 de maio de 2023 
  2. a b «34ª Bienal de São Paulo». 34.bienal.org.br. Consultado em 14 de maio de 2023 
  3. Gortázar, Naiara Galarraga (20 de novembro de 2021). «João Cândido, o marinheiro (e bordador) revoltado que a Marinha não quer ver como herói». El País Brasil. Consultado em 14 de maio de 2023