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Andrey Pyatnitskiy

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Andrey Pyatnitskiy
Андрей Пятницкий
Informações pessoais
Nome completo Andrey Vladimirovich Pyatnitskiy
Data de nasc. 27 de setembro de 1967 (57 anos)
Local de nasc. Tashkent, União Soviética
Nacionalidade Russo e uzbeque
Altura 1,82 m
Informações profissionais
Clube atual Khimik-Arsenal
Posição Auxiliar-técnico (Ex-meio-campista)
Clubes de juventude
Vityaz Podolsk
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1984
1985
1986–1987
1988–1991
1992–1997
1998
2001
Start Tashkent
Paxtakor Tashkent
CSKA Moscou
Paxtakor Tashkent
Spartak Moscou
Sokol Saratov
Energiya Shatura
0021 000(0)
0032 000(5)
0120 00(25)
0100 00(17)
0002 000(1)
0016 000(3)
Seleção nacional
1990
1992
1992
1993–1995
União Soviética
CEI
Uzbequistão
Rússia
0001 000(0)
0005 000(2)
0002 000(0)
0010 000(2)
Times/clubes que treinou
2002–2003
2003
2006–2007
2008–2012
2013
2013–2014
2015–2016
2016–2018
2019–
Almaz Moscou
Gazovik Orenburg
Vityaz Podolsk
Spartak Moscou (academia de base)
Spartak Moscou (auxiliar-técnico)
Spartak Moscou (reservas)
Rosich Moskovsky (auxiliar-técnico)
Rosich Moscou
Khimik-Arsenal (auxiliar-técnico)








Andrey Vladimirovich Pyatnitskiy - em russo, Андрей Владимирович Пятницкий (Tashkent, 27 de setembro de 1967) é um ex-futebolista e treinador de futebol russo nascido no atual Uzbequistão, sendo o primeiro nativo deste país a participar de uma Copa do Mundo FIFA — a de 1994.[1]

Notabilizou-se também por ter defendido quatro seleções: da União Soviética; a da CEI; e depois pelas do Uzbequistão natal e da Rússia, país com o qual se identifica etnicamente e terra natal de seus pais, que emigraram à então RSS Uzbeque para ajudar nos esforços de reconstrução após um terremoto local.[1]

Apenas ele e Akhrik Tsveiba defenderam quatro seleções oficiais perante a FIFA.[2]

Seleção soviética

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Revelado pelo Vityaz Podolsk, ao longo da década de 1980 jogou também por Start Tashkent, Paxtakor, CSKA Moscou (para cumprir suas obrigações de alistamento no Exército Vermelho) e novamente pelo Paxtakor,[3] clube da capital do Uzbequistão.

Em 1990, integrou a seleção sub-23 da URSS campeã da Eurocopa da categoria, em outubro. No mesmo mês, fez sua única partida pela seleção principal, em vitória de 3-0 sobre Israel.[3] Também em 1990, o Paxtakor voltou à primeira divisão do campeonato soviético.[4] Pyatnitskiy o defendia novamente desde 1988.[3]

Seleções da CEI e do Uzbequistão

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Com a dissolução da União Soviética e tendo a seleção do extinto país se classificado ainda em 1991 à Eurocopa 1992, foi criada provisoriamente a seleção da CEI para disputar a Euro, agrupando, sob bandeira da Comunidade dos Estados Independentes, os ex-soviéticos.[1]

Pyatnitskiy jogou pela CEI em cinco partidas, todas em fevereiro de 1992,[3] continuando àquela altura jogador do Paxtakor Tashkent.[5] Ainda no primeiro semestre, transferiu-se ao Spartak Moscou, a tempo de vencer a edição final da Copa da URSS válida pela temporada 1991-92;[3] com a extinção do país, o torneio chegou a ser renomeado Copa da CEI, travando-se em 10 de maio de 1992 sua decisão, vencida por 2-0 sobre o CSKA Moscou.[6]

Ainda em maio, foi anunciada no dia 19 a pré-lista de 25 convocados pela CEI à Euro. Pyatnitskiy já não se fez presente,[7] e sua ausência do torneio confirmou-se de vez na listagem final.[8]

Na sequência, ele esteve em 1992 nos dois primeiros jogos da Seleção Uzbeque, embora ele próprio compreenda apenas parcialmente o idioma local; as partidas foram clássicos com o vizinho Tadjiquistão, que também promovia sua própria estreia como seleção.[1]

Seleção Russa

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No Spartak Moscou, Pyatnitskiy destacou-se continentalmente ao longo da Recopa Europeia de 1992–93: em novembro, marcou em vitória por 2-0 dentro de Anfield Road sobre o Liverpool e,[9] em março de 1993, também marcou o gol da vitória do Spartak sobre o Feyenoord em pleno De Kuip.[10] O clube moscovita chegaria às semifinais.[11]

Em paralelo, trasncorriam as eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1994. Como somente a Seleção Russa e as seleções dos três países bálticos (Estônia, Letõnia e Lituânia) eram consideradas oficiais pela FIFA para aquele momento, as partidas inaugurais (entre 1992 e 1993) das seleções das demais ex-repúblicas da União Soviética não eram reconhecidas pela entidade, o que tornava Pyatnitskiy livre para trocar de seleção. Identificando-se etnicamente como russo e motivado também pela fraqueza da Seleção Uzbeque, ele veio a adotar imediatamente a da Rússia,[1] estreando por ela em 28 de julho de 1993, contra a França.[3]

No segundo semestre de 1993, Pyatnitskiy era considerado o principal jogador do Spartak,[12][13] combinando "em doses similares técnica com força física", na análise do jornal espanhol Mundo Deportivo.[14] O clube chegou até a fase de quartas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA de 1993–94,[15] e acabou sendo o segundo time com mais jogadores convocados à Copa do Mundo FIFA de 1994, abaixo somente dos doze do Barcelona.[16] A convocação de Pyatnitskiy à competição o tornou o primeiro nativo do Uzbequistão a ir uma Copa do Mundo FIFA, visto que nenhum jogador local fora chamado a alguma Copa de seleções adultas pela antiga URSS.[1]

Ao longo daquela temporada europeia de 1993-94, ele fora sondado por três clubes do campeonato espanhol - o Atlético de Madrid, em setembro de 1993;[17] o próprio Barcelona e o Racing Santander, em abril de 1994;[18] [19] e o Sporting de Gijón, no início de junho de 1994.[20] Contudo, no Mundial de 1994, acabou sendo um dos piores em campo no jogo de estreia, contra o Brasil,[21] e não seria usado nas partidas seguintes da campanha russa.[3]

A despeito do Mundial ruim, recebeu em 1995 nova sondagem espanhola, com um diretor do Celta de Vigo viajando a Moscou para observa-lo.[22] Pyatnitskiy jogou pela sua última seleção até precisamente 1995, com uma lesão lhe inviabilizando de disputar a Eurocopa 1996, embora se recuperasse a tempo de defender novamente o Spartak. Por esse clube, foi quatro vezes campeão russo. Seu time foi seguinte foi o Sokol Saratov, onde pendurou as chuteiras com apenas 31 anos, em 1998. Convencido a voltar a jogar em 2000, Pyatnitskiy encerrou definitivamente sua carreira como atleta no ano seguinte, após 16 partidas pelo Energiya Shatura.[3]

Virou técnico em 2002, treinando o Almaz, clube amador da capital russa. Ele ainda teve passagens por Gazovik Orenburg e Vityaz até 2007, quando voltou ao Spartak para assumir a academia de base dos Krasno-Belye, chegando também a ser auxiliar-técnico e treinador do time reserva. Foi também auxiliar no Rosich Moskovsky entre 2015 e 2016, ano em que treinou outro Rosich, desta vez o de Moscou, onde permaneceu até 2018. Em 2019, Pyatnitskiy foi contratado para ser auxiliar-técnico do Khimik-Arsenal, clube da terceira divisão russa.

Spartak Moscou

Referências

  1. a b c d e f BRANDÃO, Caio (29 de abril de 2022). «Salenko e mais: os jogadores que cruzaram as fronteiras e jogaram por Rússia e Ucrânia». Trivela. Consultado em 24 de fevereiro de 2023 
  2. «Os dois jogadores que disputaram por quatro seleções diferentes». 17 de junho de 2024. Consultado em 2 de julho de 2024 
  3. a b c d e f g h «Andrey Pyatnitsky» (em russo). RusTeam. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  4. DO VALLE, Emmanuel (27 de outubro de 2021). «A última dança: há 30 anos o CSKA Moscou surpreendia ao vencer o derradeiro título soviético». Trivela. Consultado em 20 de março de 2024 
  5. «Sólo siete futbolistas del rival disputan la Liga soviética» (em espanhol). Mundo Deportivo. 18 de fevereiro de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  6. «Feyenoord y Spartak de Moscú, campeones de Copa» (em espanhol). Mundo Deportivo. 11 de maio de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  7. BONDARENKO, Vassyl (20 de maio de 1992). «La CEI anuncia una lista de 25 jugadores» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  8. «Los veinte ex soviéticos» (em espanhol). Mundo Deportivo. 10 de junho de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  9. CÁNOVAS, M.A. (5 de novembro de 1992). «Liverpool cae en Anfield Road» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  10. CARBAJOSA, Carlos (3 de março de 1993). «Mendoza, exultante por el resultado y la entrega» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  11. CARBAJOSA, Carlos (24 de abril de 1993). «Lección práctica del Amberes frente al Spartak» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  12. «Piatniski, duda en el Spartak de Moscú» (em espanhol). Mundo Deportivo. 23 de novembro de 1993. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  13. ARCHS, Jordi (24 de novembro de 1993). «Romantsev: "El Barça es el favorito del grupo"» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  14. ARCHS, Jordi (5 de novembro de 1993). «Spartak Moscú - Toda una amenaza fuera de casa» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  15. ARCHS, Jordi (31 de março de 1994). «El Mónaco consigue su pase a semifinales» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  16. «El Barça, el club que aporta más jugadores» (em espanhol). Mundo Deportivo. 28 de junho de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  17. «Felines ya está en peligro» (em espanhol). Mundo Deportivo. 3 de setembro de 1993. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  18. AGUILAR, Francesc (22 de abril de 1994). «Cruyff pide a sus hombres una maleta llena de éxitos» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  19. «Formalizada la oferta por el blaugrana Pablo» (em espanhol). Mundo Deportivo. 29 de abril de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  20. «G. Remón, a por Onopko» (em espanhol). Mundo Deportivo. 2 de junho de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  21. AGUILAR, Francesc (21 de junho de 1994). «Romario entusiasma y Brasil gana a placer» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  22. ARCHS, Jordi (11 de maio de 1995). «Prórroga» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024 
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