Andrey Pyatnitskiy
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Andrey Vladimirovich Pyatnitskiy | |
Data de nasc. | 27 de setembro de 1967 (57 anos) | |
Local de nasc. | Tashkent, União Soviética | |
Nacionalidade | Russo e uzbeque | |
Altura | 1,82 m | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | Khimik-Arsenal | |
Posição | Auxiliar-técnico (Ex-meio-campista) | |
Clubes de juventude | ||
Vityaz Podolsk | ||
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1984 1985 1986–1987 1988–1991 1992–1997 1998 2001 |
Start Tashkent Paxtakor Tashkent CSKA Moscou Paxtakor Tashkent Spartak Moscou Sokol Saratov Energiya Shatura |
32 (5) 120 (25) 100 (17) 2 (1) 16 (3) | 21 (0)
Seleção nacional | ||
1990 1992 1992 1993–1995 |
União Soviética CEI Uzbequistão Rússia |
5 (2) 2 (0) 10 (2) | 1 (0)
Times/clubes que treinou | ||
2002–2003 2003 2006–2007 2008–2012 2013 2013–2014 2015–2016 2016–2018 2019– |
Almaz Moscou Gazovik Orenburg Vityaz Podolsk Spartak Moscou (academia de base) Spartak Moscou (auxiliar-técnico) Spartak Moscou (reservas) Rosich Moskovsky (auxiliar-técnico) Rosich Moscou Khimik-Arsenal (auxiliar-técnico) |
Andrey Vladimirovich Pyatnitskiy - em russo, Андрей Владимирович Пятницкий (Tashkent, 27 de setembro de 1967) é um ex-futebolista e treinador de futebol russo nascido no atual Uzbequistão, sendo o primeiro nativo deste país a participar de uma Copa do Mundo FIFA — a de 1994.[1]
Notabilizou-se também por ter defendido quatro seleções: da União Soviética; a da CEI; e depois pelas do Uzbequistão natal e da Rússia, país com o qual se identifica etnicamente e terra natal de seus pais, que emigraram à então RSS Uzbeque para ajudar nos esforços de reconstrução após um terremoto local.[1]
Apenas ele e Akhrik Tsveiba defenderam quatro seleções oficiais perante a FIFA.[2]
Seleção soviética
[editar | editar código-fonte]Revelado pelo Vityaz Podolsk, ao longo da década de 1980 jogou também por Start Tashkent, Paxtakor, CSKA Moscou (para cumprir suas obrigações de alistamento no Exército Vermelho) e novamente pelo Paxtakor,[3] clube da capital do Uzbequistão.
Em 1990, integrou a seleção sub-23 da URSS campeã da Eurocopa da categoria, em outubro. No mesmo mês, fez sua única partida pela seleção principal, em vitória de 3-0 sobre Israel.[3] Também em 1990, o Paxtakor voltou à primeira divisão do campeonato soviético.[4] Pyatnitskiy o defendia novamente desde 1988.[3]
Seleções da CEI e do Uzbequistão
[editar | editar código-fonte]Com a dissolução da União Soviética e tendo a seleção do extinto país se classificado ainda em 1991 à Eurocopa 1992, foi criada provisoriamente a seleção da CEI para disputar a Euro, agrupando, sob bandeira da Comunidade dos Estados Independentes, os ex-soviéticos.[1]
Pyatnitskiy jogou pela CEI em cinco partidas, todas em fevereiro de 1992,[3] continuando àquela altura jogador do Paxtakor Tashkent.[5] Ainda no primeiro semestre, transferiu-se ao Spartak Moscou, a tempo de vencer a edição final da Copa da URSS válida pela temporada 1991-92;[3] com a extinção do país, o torneio chegou a ser renomeado Copa da CEI, travando-se em 10 de maio de 1992 sua decisão, vencida por 2-0 sobre o CSKA Moscou.[6]
Ainda em maio, foi anunciada no dia 19 a pré-lista de 25 convocados pela CEI à Euro. Pyatnitskiy já não se fez presente,[7] e sua ausência do torneio confirmou-se de vez na listagem final.[8]
Na sequência, ele esteve em 1992 nos dois primeiros jogos da Seleção Uzbeque, embora ele próprio compreenda apenas parcialmente o idioma local; as partidas foram clássicos com o vizinho Tadjiquistão, que também promovia sua própria estreia como seleção.[1]
Seleção Russa
[editar | editar código-fonte]No Spartak Moscou, Pyatnitskiy destacou-se continentalmente ao longo da Recopa Europeia de 1992–93: em novembro, marcou em vitória por 2-0 dentro de Anfield Road sobre o Liverpool e,[9] em março de 1993, também marcou o gol da vitória do Spartak sobre o Feyenoord em pleno De Kuip.[10] O clube moscovita chegaria às semifinais.[11]
Em paralelo, trasncorriam as eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1994. Como somente a Seleção Russa e as seleções dos três países bálticos (Estônia, Letõnia e Lituânia) eram consideradas oficiais pela FIFA para aquele momento, as partidas inaugurais (entre 1992 e 1993) das seleções das demais ex-repúblicas da União Soviética não eram reconhecidas pela entidade, o que tornava Pyatnitskiy livre para trocar de seleção. Identificando-se etnicamente como russo e motivado também pela fraqueza da Seleção Uzbeque, ele veio a adotar imediatamente a da Rússia,[1] estreando por ela em 28 de julho de 1993, contra a França.[3]
No segundo semestre de 1993, Pyatnitskiy era considerado o principal jogador do Spartak,[12][13] combinando "em doses similares técnica com força física", na análise do jornal espanhol Mundo Deportivo.[14] O clube chegou até a fase de quartas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA de 1993–94,[15] e acabou sendo o segundo time com mais jogadores convocados à Copa do Mundo FIFA de 1994, abaixo somente dos doze do Barcelona.[16] A convocação de Pyatnitskiy à competição o tornou o primeiro nativo do Uzbequistão a ir uma Copa do Mundo FIFA, visto que nenhum jogador local fora chamado a alguma Copa de seleções adultas pela antiga URSS.[1]
Ao longo daquela temporada europeia de 1993-94, ele fora sondado por três clubes do campeonato espanhol - o Atlético de Madrid, em setembro de 1993;[17] o próprio Barcelona e o Racing Santander, em abril de 1994;[18] [19] e o Sporting de Gijón, no início de junho de 1994.[20] Contudo, no Mundial de 1994, acabou sendo um dos piores em campo no jogo de estreia, contra o Brasil,[21] e não seria usado nas partidas seguintes da campanha russa.[3]
A despeito do Mundial ruim, recebeu em 1995 nova sondagem espanhola, com um diretor do Celta de Vigo viajando a Moscou para observa-lo.[22] Pyatnitskiy jogou pela sua última seleção até precisamente 1995, com uma lesão lhe inviabilizando de disputar a Eurocopa 1996, embora se recuperasse a tempo de defender novamente o Spartak. Por esse clube, foi quatro vezes campeão russo. Seu time foi seguinte foi o Sokol Saratov, onde pendurou as chuteiras com apenas 31 anos, em 1998. Convencido a voltar a jogar em 2000, Pyatnitskiy encerrou definitivamente sua carreira como atleta no ano seguinte, após 16 partidas pelo Energiya Shatura.[3]
Virou técnico em 2002, treinando o Almaz, clube amador da capital russa. Ele ainda teve passagens por Gazovik Orenburg e Vityaz até 2007, quando voltou ao Spartak para assumir a academia de base dos Krasno-Belye, chegando também a ser auxiliar-técnico e treinador do time reserva. Foi também auxiliar no Rosich Moskovsky entre 2015 e 2016, ano em que treinou outro Rosich, desta vez o de Moscou, onde permaneceu até 2018. Em 2019, Pyatnitskiy foi contratado para ser auxiliar-técnico do Khimik-Arsenal, clube da terceira divisão russa.
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Spartak Moscou
- Campeonato Russo: 4 (1992, 1993, 1994 e 1996)
- Copa da União Soviética/CEI: 1 (1992)
- Copa da Rússia: 1 (1994)
Links
[editar | editar código-fonte]- Andrey Pyatnitskiy em National-Football-Teams.com
Referências
- ↑ a b c d e f BRANDÃO, Caio (29 de abril de 2022). «Salenko e mais: os jogadores que cruzaram as fronteiras e jogaram por Rússia e Ucrânia». Trivela. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ «Os dois jogadores que disputaram por quatro seleções diferentes». 17 de junho de 2024. Consultado em 2 de julho de 2024
- ↑ a b c d e f g h «Andrey Pyatnitsky» (em russo). RusTeam. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ DO VALLE, Emmanuel (27 de outubro de 2021). «A última dança: há 30 anos o CSKA Moscou surpreendia ao vencer o derradeiro título soviético». Trivela. Consultado em 20 de março de 2024
- ↑ «Sólo siete futbolistas del rival disputan la Liga soviética» (em espanhol). Mundo Deportivo. 18 de fevereiro de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «Feyenoord y Spartak de Moscú, campeones de Copa» (em espanhol). Mundo Deportivo. 11 de maio de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ BONDARENKO, Vassyl (20 de maio de 1992). «La CEI anuncia una lista de 25 jugadores» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «Los veinte ex soviéticos» (em espanhol). Mundo Deportivo. 10 de junho de 1992. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ CÁNOVAS, M.A. (5 de novembro de 1992). «Liverpool cae en Anfield Road» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ CARBAJOSA, Carlos (3 de março de 1993). «Mendoza, exultante por el resultado y la entrega» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ CARBAJOSA, Carlos (24 de abril de 1993). «Lección práctica del Amberes frente al Spartak» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «Piatniski, duda en el Spartak de Moscú» (em espanhol). Mundo Deportivo. 23 de novembro de 1993. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ ARCHS, Jordi (24 de novembro de 1993). «Romantsev: "El Barça es el favorito del grupo"» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ ARCHS, Jordi (5 de novembro de 1993). «Spartak Moscú - Toda una amenaza fuera de casa» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ ARCHS, Jordi (31 de março de 1994). «El Mónaco consigue su pase a semifinales» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «El Barça, el club que aporta más jugadores» (em espanhol). Mundo Deportivo. 28 de junho de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «Felines ya está en peligro» (em espanhol). Mundo Deportivo. 3 de setembro de 1993. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ AGUILAR, Francesc (22 de abril de 1994). «Cruyff pide a sus hombres una maleta llena de éxitos» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «Formalizada la oferta por el blaugrana Pablo» (em espanhol). Mundo Deportivo. 29 de abril de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ «G. Remón, a por Onopko» (em espanhol). Mundo Deportivo. 2 de junho de 1994. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ AGUILAR, Francesc (21 de junho de 1994). «Romario entusiasma y Brasil gana a placer» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
- ↑ ARCHS, Jordi (11 de maio de 1995). «Prórroga» (em espanhol). Mundo Deportivo. Consultado em 2 de outubro de 2024
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