Antiarabismo
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O Antiarabismo ou a arabofobia é um sentimento que inclui oposição, aversão, medo ou ódio ao povo árabe.
Historicamente, o preconceito antiárabe tem sido um problema em eventos como a reconquista da Península Ibérica, a condenação dos árabes na Espanha pela Inquisição Espanhola, a Revolução de Zanzibar em 1964 e os distúrbios de Cronulla em 2005 na Austrália. Na era moderna, o antiarabismo é aparente em muitas nações da Europa, Ásia e das Américas.
Definição de "árabe"
[editar | editar código-fonte]Árabes são pessoas cuja língua nativa é o árabe. Pessoas de origem árabe, em particular falantes nativos de inglês e francês de ascendência árabe na Europa e nas Américas, muitas vezes se identificam como árabes. Devido à prática generalizada do Islã entre as populações árabes, o antiarabismo é comumente confundido com a islamofobia.[1]
Existem proeminentes minorias árabes não-muçulmanas no mundo árabe. Essas minorias incluem os cristãos árabes no Líbano, Síria, Palestina, Jordânia, Egito, Iraque, Kuwait e Bahrein, entre outros países árabes.[2] Há também minorias consideráveis de judeus árabes, drusos, bahá'ís e não religiosos.[3][4]
Antiarabismo histórico
[editar | editar código-fonte]O preconceito anti-árabe é sugerido por muitos eventos na história. Na Península Ibérica, quando a reconquista dos nativos cristãos aos colonos mouros se completou com a queda de Granada, todos os não católicos foram expulsos. Em 1492, árabes convertidos ao cristianismo, chamados mouriscos, foram expulsos da Espanha para o norte da África após serem condenados pela Inquisição Espanhola. A palavra espanhola "moro", que significa mouro, hoje carrega um significado negativo.[5]
Após a anexação do estado muçulmano de Hiderabade pela Índia em 1948, cerca de 7.000 árabes foram internados e deportados.[6]
A Revolução de Zanzibar de 12 de janeiro de 1964 pôs fim à dinastia árabe local. Cerca de 17.000 árabes foram exterminados por revolucionários africanos, segundo relatos, e milhares de outros fugiram do país.[7][8][9]
No final do século XIX e no início do século XX, quando palestinos e sírios migraram para a América Latina, a arabofobia era comum nesses países.[10]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Bodi, Faisal (12 de janeiro de 2004). «Islamophobia should be as unacceptable as racism». The Guardian. Londres. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2008
- ↑ *Phares, Walid (2001). «Arab Christians: An Introduction». Arabic Bible Outreach Ministry
- «Majority and Minorities in the Arab World: The Lack of a Unifying Narrative». Jerusalem Center For Public Affairs
- ↑ Ori Stendel (1996). The Arabs in Israel. [S.l.]: Sussex Academic Press. p. 45. ISBN 978-1898723240
- ↑ Mohammad Hassan Khalil (31 de janeiro de 2013). Between Heaven and Hell: Islam, Salvation, and the Fate of Others. [S.l.]: Oxford University Press. p. 297. ISBN 9780199945412
- ↑ Echebarria-Echabe, Agustín; Emilia Fernández Guede (maio de 2007). «A New Measure of Anti-Arab Prejudice: Reliability and Validity Evidence». Journal of Applied Social Psychology. 37 (5). pp. 1077–1091. doi:10.1111/j.1559-1816.2007.00200.x
- ↑ Freitag, Ulrike (dezembro de 1999). «Hadhrami migration in the 19th and 20th centuries». British-Yemeni Society. Cópia arquivada em 12 de julho de 2000
- ↑ «Country Histories: Independence for Zanzibar». Empire's Children. Channel 4. 2007. Cópia arquivada em 18 de março de 2008
- ↑ Heartman, Adam (26 de setembro de 2006). «A Homemade Genocide». Adam Heartman. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2009
- ↑ Zuljan, Ralph (16 de dezembro de 2000). «Revolution in Zanzibar 1964». Armed Conflict Events Data. OnWar.com. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2001
- ↑ La "Turcofobia". Discriminación anti-Árabe en Chile.