As Flores do Mal
Les Fleurs du mal | |
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Primeira edição de Les fleurs du mal com anotações do autor
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Autor(es) | Charles Baudelaire |
Idioma | Francês |
País | França |
Gênero | Poesia |
Lançamento | 25 de Junho de 1857 |
As Flores do Mal (título original em francês: Les Fleurs du mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, considerado um marco da poesia moderna e simbolista. As Flores do Mal reúnem, de modo exemplar, uma série de motivos da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio. Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.» «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.
Visão geral
[editar | editar código-fonte]Em 1857, no dia 25 de Junho, são publicadas As Flores do Mal. O livro foi logo violentamente atacado pelo Le Figaro e recolhido poucos dias depois sob acusação de insulto aos bons costumes. Baudelaire foi condenado a uma multa de 300 francos (reduzida depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, seis poemas tiveram de ser suprimidos da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular. Em 1860 sai a segunda edição de As Flores do Mal. Foi organizada em cinco secções segregadas tematicamente:
- Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)
- Tableux parisien (Quadros Parisienses)
- Le Vin (O Vinho)
- Les Fleurs du Mal (As Flores do Mal)
- Révolte (Revolta)
- La Mort (A Morte)
Observação: A obra "As Flores do Mal" foi dividida em seis grupos de poemas, depois foi adicionado mais um grupo de poemas. Esses seis grupos de poemas irão ser chamados de ciclos. O conhecimento dessa informação é importante, pois é no grupo dos "Quadros Parasienses" que Baudelaire vai tratar da cidade e das multidões.
O grupo acrescentado foi: Tableux parisien (Quadros Parisienses).
Baudelaire dedicou a obra ao poeta Théophile Gautier, descrevendo-o como um mágico perfeito das letras franceseas (parfait magicien des lettres françaises).[1]
Spleen e Ideal (Spleen et idéal)
[editar | editar código-fonte]A primeira parte do livro abrange os 85 primeiros poemas, desde (Bénédiction) até (L'horloge). O título do poema (L'horloge), pertence à obra Espanha de Gautier, e está amplamente imitada por Baudelaire. O grupo apresenta diversas formas de salvação e liberdade: a beleza, a arte, a poesia, a morte e o amor e erotismo, onde se reconhecem poemas dedicados a inúmeras amantes ao decorrer do tempo. Tendo sido verificado o fracasso dessas formas ideais, o Spleen inicia-se com o tédio perante o tempo e sua repetição.
Quadros Parisienses (Tableaux parisiens)
[editar | editar código-fonte]Abarca o poema Paysage até Le crépuscule du matin. Na edição de 1857, esta parte do livro não constituía um capítulo separado, mas sim uma parte de "Spleen e Ideal", mas através da cidade de Paris.
Referências
- ↑ Baudelaire, les Fleurs du Mal, Le Livre de poche, page 345.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Les Fleurs du Mal». Texto francês em edição HTML
- Charles Baudelaire Info- Jornal sobre Charles Baudelaire
- Association Charles Baudelaire- Associação Charles Baudelaire
- Corrected page proofs of 'Les Fleurs du mal'Tesouro da Biblioteca Nacional de França, através de The European Library