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Batalha de Ichi-no-Tani

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Ichi-no-Tani
Guerras Guenpei

Batalha de Ichi-no-Tani
Data 18 de março de 1184
Local Ichi-no-Tani, Província de Settsu
Desfecho Vitória do Clã Minamoto
Beligerantes
Clã Minamoto Clã Taira
Comandantes
Minamoto no Noriyori, Minamoto no Yoshitsune Taira no Shigehira,
Taira no Tadanori
Forças
60.000 milhares
Desenvolvimento da batalha de Ichi-no-Tani.
Acima: O Clã Minamoto se divide em duas forças, Yoshitsune (em verde) e Noriyori (em azul); Yoshitsune entra em choque contra um contingente Taira antes de se dividir e cercar Ichi-no-Tani por três lados (centro).
Abaixo: Ampliação do complexo de Ichi-no-Tani, com vários contingentes do Clã Taira (em vermelho) defendendo várias posições; a fortaleza principal é a segunda a esquerda.
Kumagai Naozane e Taira no Atsumori

A Batalha de Ichi-no-Tani (一ノ谷の戦い , Ichi-no-Tani no Tatakai?) foi uma batalha entre o Clã Taira e o Clã Minamoto durante as Guerras Genpei, ocorrida em 1184 no final do Período Heian da História do Japão.

Minamoto no Yoshitsune, Minamoto no Noriyori e o sohei (monge-guerreiro) Saitō no Musashibō Benkei foram convocados para combater o Clã Taira nas províncias ocidentais em 13 de março de 1184 chegam no Mar Interior de Seto na Fortaleza de Ichi-no-Tani, uma importante fortaleza costeira dominada pelos Taira na Província de Harima, ao oeste da atual Kōbe [1] ; este lugar era para onde as forças Taira se retiraram quando Minamoto no Yoshinaka os expulsou de Kyoto no ano anterior. A Fortaleza de Ichi-no-Tani era reforçada com dois pequenos fortes, Mikusuyama, ao norte e Ikuta no Mori a oeste e a parte traseira da fortaleza estava protegida por uma elevação; para poder atacar Ichi-no-Tani, primeiro era preciso atacar os fortes que a rodeavam.

Yoshitsune utilizou a seguinte tática de combate para poder realizar seu objetivo, dividiu inicialmente seu exército em dois grupos: um dirigido por ele mesmo com 10.000 homens avançaria para o oeste; enquanto que uma força de 50.000 homens sob o comando de Noriyori avançaria para o leste. Na noite de 18 de março estava próximo ao flanco ocidental do Forte Mikusuyama e conseguiu destruí-lo, deixando cerca de 500 mortos Taira, los três netos de Taira no Kiyomori que defendiam el forte fugiram para a ilha de Shikoku, ao sul do Mar Interior de Seto [2].

Após esta ação Yoshitsune divide novamente seu exercito em duas partes: uma com 7.000 homens sob comando de Doi Sanehira iria para o oeste de Ichi-no-Tani; enquanto Yoshitsune seguiria comandando uma força de 3.000 homens que escalariam os montes escarpados que protegiam a retaguarda da fortaleza. Um ataque combinado das forças de Noriyori e Sanehira atacaram os homens do Clã Taira tanto no Forte Ikuta no Mori como na parte baixa da fortaleza. Assim quando o grupo de Yoshitsune iniciou a descida da escarpa, tendo Benkei como guia, fato que os Taira acreditavam ser impossível de realizar; acreditando que todos os homens de Yoshitsune estavam lutando nas duas frentes, não puderam fazer nada quando os viram entrar diretamente sobre a fortaleza [2].

Esta batalha foi uma das mais importantes da guerra, sobre todo pelos combates individuais que ocorreram e pela presença dos homens mais fortes do Clã Taira. Muitas das passagens deste combate estão dramatizadas na obra Heike Monogatari, assim como nas obras de teatro e kabuki [1], como a passagem da morte do jovem Taira no Atsumori , de 16 anos de idade, pelas mãos Kumagai Naozane , que havia perdido um filho dessa mesma idade. Ao final, o Clã Taira foi desmoralizado e derrotado, muitos fugiram de barco para Yashima, ao sul; Taira no Tadanori, um dos comandantes da fortaleza foi morto em combate e Taira no Shigehira, outro comandante, foi feito prisioneiro e posteriormente executado por vergonha ao não cometer seppuku [2].

Referências

  1. a b LOUIS FREDERIC (2008). O Japão. Dicionário e Civilização. Rio de Janeiro: Globo Livros. p. 476. ISBN 9788525046161 
  2. a b c Stephan R. Turnbull (1977). The Samurai. A Military History (em inglês). New York: MacMillan Publishing Co. pp. 67–69. ISBN 9781873410387 


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Guerras Genpei (1180 a 1185)
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