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Carlinhos Felix

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlinhos Felix
Carlinhos Felix
Carlinhos Felix durante entrevista.
Informação geral
Nome completo José Carlos Felix
Também conhecido(a) como Carlinhos
Nascimento 25 de janeiro de 1962 (62 anos)
Origem Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
País Brasil
Gênero(s) Rock cristão, rock progressivo, rock experimental, hard rock, pop rock, tropicália, música popular brasileira
Instrumento(s) vocal, guitarra, violão, baixo
Período em atividade 1979-atualmente
Gravadora(s) Sony Music (2012-atualmente)
Som Livre (2011-2012)
Zekap Gospel (2006-2011)
Graça Music (2004-2006)
Franc Records (2001-2004)
Honor Music (1997-2001)
MK Music (1993-1996)
Line Records (1992-1993)
Warner Music Brasil (1991-1992)
Afiliação(ões) Sinal Verde, Rebanhão, Banda e Voz, Zé Canuto
Página oficial www.carlinhosfelix.com.br

Carlinhos Felix, nome artístico de José Carlos Felix[1] (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1962), é um cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical, professor, ator e arranjador brasileiro. Guitarrista e vocalista da banda Rebanhão, Carlinhos possui carreira solo e gravações com vários artistas do cenário religioso em quase quarenta anos de trajetória.

Iniciou sua carreira em 1979 como baixista da banda Sinal Verde. Nesta época, foi convidado para formar o Rebanhão com outros músicos da Igreja Presbiteriana de Copacabana. Formado no Instituto Villa-Lobos no Rio de Janeiro, Carlinhos é descrito como um dos responsáveis por uma revolução ocorrida na música cristã brasileira através do Rebanhão. Na banda atuou como vocalista com o cantor Janires, que saiu para dedicar-se a outros projetos em 1985. Com a saída de Janires, Felix se tornou o principal vocalista do Rebanhão, embora tenha divido a função com Pedro Braconnot e Paulo Marotta. Compôs diversas faixas de grande notoriedade do grupo, como "Selo do Perdão", "Luz do Mundo", "Novo Dia", "Grito de Silêncio", dentre outras. Em 1991, iniciou sua carreira solo com o álbum Coisas da Vida e gravou o álbum Pé na Estrada, o último do Rebanhão com sua participação. Deixou o grupo em 1991 para dedicar-se exclusivamente à carreira solo.[2]

O cantor também é também um dos músicos cristãos mais conhecidos, respeitados e conceituados de sua época.[3] Sua carreira solo destacou-se, com maior alcance durante a década de 1990. Na primeira metade dos anos 90, o músico gravou discos de alta notoriedade, como Basta Querer (1993) e Ao Vivo (1996), gravado ao vivo na casa de shows Canecão. Na década seguinte, o cantor morou fora do país e chegou a gravar o disco Ao Vivo na Flórida. De volta ao Brasil, fundou uma escola de música em Vila Velha, Espírito Santo.[4]

Natural do Rio de Janeiro, iniciou seus contatos com a música estudando violão com o professor Nilo,[5] tudo isto impulsionado através da conversão religiosa de sua mãe, quando Felix tinha oito anos. A partir daí, na igreja ao qual era membro, recebeu incentivos na música.[1]

Após isso, ingressou no Instituto Villa-Lobos, onde se formou. Mais tarde, passou a trabalhar na Petrobras.[5]

Após formar-se no Instituto Villa-Lobos, passou a atuar como músico profissional. O primeiro grupo em que se integrou foi o Sinal Verde, uma banda de rock progressivo formada por membros da Igreja Presbiteriana de Copacabana. Dentre os integrantes, o principal compositor deste conjunto era Lucas Ribeiro, e foi com o músico que Carlinhos escreveu algumas de suas primeiras composições.[6]

Enquanto o Sinal Verde se apresentava em vários locais do Brasil, Carlinhos Felix trabalhava na Petrobras, empresa a qual permitia que o músico faltasse dias de trabalho para viagens. Segundo o baterista do Sinal Verde, isto foi crucial para que Felix conseguisse conciliar seu trabalho como músico com a de funcionário público. Ao mesmo tempo, chegara na igreja o músico Janires, que estava formando o Rebanhão e precisava de um guitarrista no grupo. E como dentre de todos do Sinal Verde Felix tinha mais tempo disponível, Janires o convidou para ingressar no Rebanhão.[6]

O primeiro trabalho do Rebanhão foi lançado ainda em 1981, de título Mais Doce que o Mel. O trabalho teve alta notoriedade no segmento, considerado uma obra-prima da música cristã brasileira. Neste trabalho, Carlinhos escreveu a letra de cinco das dez canções, dividindo os vocais com Janires. Com a popularidade do Rebanhão, Carlinhos Felix deixou o Sinal Verde.[6]

Em 1983 a banda lançou o trabalho Luz do Mundo, também executado em rádios não-cristãs do Rio de Janeiro. Junto com a banda gravou o disco Janires e Amigos, o primeiro álbum ao vivo da música cristã brasileira.[7][8][9] Após a saída de Janires, o Rebanhão fechou um contrato com a gravadora PolyGram e a partir daí foram lançados trabalhos no comando do trio Felix, Braconnot e Marotta. Ao contrário de Janires, Felix e Pedro Branconott levaram o Rebanhão à uma sonoridade guiada pela música pop, mas não deixando o rock como gênero principal do trabalho. Em 1985 lançou Semeador e dois anos depois Novo Dia.[10] Anos depois era lançado o disco Princípio.[11]

Em 1988, Carlinhos participou do disco Falando de Vida, da Banda e Voz, escrevendo e cantando a música "Falando de Vida", que se tornou um dos principais sucessos do grupo carioca.[12]

Em março de 1991, Carlinhos Felix começa a gravar seu primeiro álbum solo, intitulado Coisas da Vida. Pedro Braconnot, também integrante do Rebanhão, colaborou nas gravações. Mais tarde, gravou Pé na Estrada, seu último álbum na banda. Segundo o próprio, a saída do Rebanhão foi natural e tranquila.

No ano seguinte, lançou pela Line Records seu segundo projeto solo, Carlinhos Felix, mas seu destaque veio com Basta Querer, lançado em 1993 pela MK Music, com o sucesso da faixa-título. Anos depois, produziu o primeiro álbum da coletânea Amo Você.[12] e gravou o álbum Nada a Perder, com a participação de Paulo Marotta em "Muro de Pedra".[14] A seguir, lançou vários trabalhos, recebendo prêmios e indicações, como o Troféu Promessas, Troféu Jubileu[10] e Troféu Talento, sendo neste último homenageado em 2004 por sua contribuição à música cristã brasileira.[15]

No início dos anos 2000, morou por uns anos nos EUA, onde tornou-se pastor. Após voltar ao Brasil, mudou-se para Vila Velha, no Espírito Santo.[4] Em 2004, lançou o trabalho Na Tua Sombra pela gravadora Graça Music com produção de Ruben di Souza, ao qual se destacou a música "Santo Nome". Sua versão em DVD foi gravada no Olympia em São Paulo no ano seguinte.[10]

Após fechar um contrato com a Som Livre, lançou em 2011 o disco Primeiro Amor - O Melhor de Carlinhos Felix, uma coletânea que reúne grandes sucessos do músico.[16][17]

Em outubro de 2012, o cantor fechou um contrato com a gravadora Sony Music Brasil, e a partir daí anunciou o lançamento do disco Lindo Senhor. O single, "Baião Eletrônico", foi liberado na semana seguinte.[18] O projeto reúne regravações do músico ao vivo no evento Jesus Vida Verão, unindo algumas músicas inéditas, e regravações de outros artistas, como as músicas "Baião Eletrônico", da Banda Azul, "Amor de Deus", do Fruto Sagrado e "Marca da Promessa" do Trazendo a Arca.[13]

Em 2013, o cantor atuou no filme Um Lugar para ser Feliz.[19]

Em 2014, o cantor lançou o single "Não Posso me Calar" e voltou à banda Rebanhão, juntamente com Pedro Braconnot, Paulo Marotta e Pablo Chies.[20][21] Em 2017, foi lançado o álbum 35, com Carlinhos como vocalista e guitarrista.[22]

Em uma entrevista à Folha de S. Paulo em 1991, o músico declarou que sofreu muito preconceito pelos religiosos da época principalmente por conta dos instrumentos que o Rebanhão utilizava.[23]

Guerra entre igrejas

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Em 2012, Carlinhos Felix usou seu Twitter para fazer uma crítica dos confrontos entre a Igreja Universal do Reino de Deus e Mundial do Poder de Deus, reprovando o fato. "Hoje acordei pensando nessa guerra de tronos que está existindo. O mais preocupante é que todos são profundos conhecedores da palavra! Ou não? Resolvi tirar um tempo de oração por essa galera, em vez de ficar esperando o vencedor dessa guerra! Vamos nessa? Isso é muito sério".[24]

Música cristã contemporânea - anos 2000

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A partir de sua volta ao Brasil, em entrevista, o cantor declarou ter encontrado muita música sem identidade, e com fraqueza lírica e sonora, e que isso estava desvalorizando a música cristã brasileira, também relaxando os talentos.[4]

"Por aqui tenho ouvido muita coisa sem identidade. Estamos atravessando um momento de cópia. Acho que a coisa está indo muito para o lado comercial e o medo de fazer um projeto e não vender faz as pessoas copiarem o que está vendendo. Acho que isso tem empobrecido a nossa rica música gospel e relaxado os talentos. Acredito que Deus tem dado muitas músicas e letras lindas para os compositores, mas estas pérolas estão sendo engavetadas e muitas indo para o lixo por causa do sistema que tem invadido o nosso ambiente".[4]

Quase dez anos depois, o músico não mudou sua opinião, porém declarando que existem pontos positivos que devem ser observados, como a abertura e a liberdade na criação e audição de músicas.[13]

Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
Compilações

Com o Rebanhão

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Com a Sinal Verde

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Como músico convidado e/ou produtor musical[12]

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  • 1988: Falando de Vida - Banda e Voz (vocal em "Falando de Vida")
  • 1988: Expresso Luz - Expresso Luz (guitarra)
  • 1988: Volta - Grupo Águas (guitarra)
  • 1995: Amo Você Vol. 1 - Vários artistas (produção musical e vocal)
  • 1996: Amo Você Vol. 2 - Vários artistas (produção musical e vocal)
  • 1997: Amo Você Vol. 3 - Vários artistas (vocal)
  • 1999: Acústico 10 Anos - Fruto Sagrado (vocal em "Amor de Deus")
  • 2006: Minhas Canções na Voz dos Melhores Vol. 1 - Vários artistas (vocal em "Festa no Céu")
  • 2007: Minhas Canções na Voz dos Melhores Vol. 2 - Vários artistas (vocal em "Pare de Sofrer" e "Sempre Juntos")
  • 2009: "Sorria" - Comunidade das Nações (vocal)

Referências

  1. a b c «Carlinhos Felix: multiplicador de conhecimentos». Comunhão. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  2. «Um cidadão da Jerusalém Celestial». Valter Júnior. Consultado em 24 de agosto de 2012. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2012 
  3. «Carlinhos Felix». Antena Gospel. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  4. a b c d «Entrevista: Carlinhos Felix». Super Gospel. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  5. a b «Biografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  6. a b c «Trazendo à memória - Sinal Verde». Gospel Músikas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  7. «Rebanhão». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 18 de agosto de 2012 
  8. Do Nascimento Cunha, Magali (2007). A Explosão Gospel: um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico. Rio de Janeiro: Google Books. ISBN 978-85-7478-228-7. Consultado em 27 de agosto de 2012 
  9. «Luz do Mundo». Arquivo Gospel. Consultado em 30 de agosto de 2012 
  10. a b c «Dados artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  11. «História». Rebanhão. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  12. a b c Luz, Érica de Campos Visentini da (2008). A produção musical evangélica no Brasil (PDF). (Tese, Doutorado em História). São Paulo: USP - Biblioteca Digital 
  13. a b c d «Conversamos com Carlinhos Felix que falou sobre Rebanhão, Sony Music e o novo CD - Lindo Senhor». Super Gospel. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  14. «Discografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  15. «Troféu Talento 2004 firma Diante do Trono como o principal nome do gospel nacional». Universo Musical. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  16. «Carlinhos Felix se prepara para lançar CD na Som Livre». Alfavip. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  17. «Biografia». Carlinhos Felix. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  18. «Carlinhos Felix fecha contrato com a Sony Music Gospel». Missão Gospel. Consultado em 25 de outubro de 2012 
  19. «Carlinhos Felix». Comunhão. Consultado em 20 de agosto de 2015 
  20. «Rebanhão inicia ensaios para gravação de DVD». O Propagador. Consultado em 1 de dezembro de 2014 
  21. «Entrevista: Carlinhos Felix». O Propagador. Consultado em 1 de dezembro de 2014 
  22. Leal, Georgeton. «CD 35 (Rebanhão) - Análise». Super Gospel. Consultado em 3 de fevereiro de 2018 
  23. a b Mariano, Ricardo (1999). Neopentecostais: Sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. [S.l.]: Edições Loyola. ISBN 978-85-1501-910-6. Consultado em 18 de agosto de 2012 
  24. «No Twitter, Carlinhos Felix critica igrejas em guerra». Gospel+. Consultado em 5 de outubro de 2012