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Conflito nas colinas de Chatigão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conflito nas colinas de Chatigão

Um acampamento do Shanti Bahini em 1994.
Data 1977-1997
Local Colinas de Chatigão, Bangladexe
Beligerantes
Shanti Bahini Forças Armadas de Bangladexe
Comandantes
Manabendra Narayan Larma, Jyotirindra Bodhipriya Larma (aka Shantu Larma) GOC da 24o Divisão de Infantaria do Exército de Bangladexe
Forças
2.000-47.000[1] 22.632 (estimado em junho de 1991)
Baixas
9800 (1979-30 de novembro de 1991)

morto em combate - 5700

feridos - 15.432

presos - 11.892
44 (1979-1997) (de acordo com declarações de Bangladexe)
raptados total: 1552 (1979-2008)

757 Bengali & 795 Tribal[2][3]

Conflito nas colinas de Chatigão foi um conflito político e luta armada entre o governo do Bangladexe e o Parbatya Chattagram Jana Samhati Samiti e seu braço armado, o Shanti Bahini, sobre a questão da autonomia e dos direitos dos povos budistas e hindus jumma, chakma e tribos das colinas de Chatigão. O Shanti Bahini lançou uma insurgência contra as forças do governo em 1977, quando o país estava sob regime militar, e o conflito continuou durante vinte anos até que o governo e o PCJSS assinaram o acordo de paz em 1997.[4] [5][6][7][8]

As ações empreendidas pelas forças armadas e os grupos paramilitares que as ajudavam foram descritas internacionalmente como genocídio e limpeza étnica.[9][10][11] Houve também relatos de estupros em massa por parte das milícias, conhecidas como Ansars, que tem sido descritos como "genocídio por outros meios" por Mark Levine que comparou esses ataques aos estupros em massa durante a Guerra de Independência de Bangladexe.[12]

Segundo a Amnistia Internacional desde junho de 2013, o governo de Bangladexe ainda não havia honrado os termos do acordo de paz, nem abordado os interesses dos povos jumma sobre a devolução de suas terras. A Amnistia estima que existem atualmente 90 mil famílias jumma deslocadas internamente.[13][14]

  1. Virginia Page Fortna. «Does Peacekeeping Work? Shaping Belligerents' Choices after Civil War». Princeton University Press 
  2. Chittagong Hill Tract : Peace & Situation Analysis by Maj. Gen. (Retd.) Syed Md. Ibrahim
  3. Thomson Reuters Foundation. «Thomson Reuters Foundation» 
  4. Rashiduzzaman, M. (julho de 1998). «Bangladesh's Chittagong Hill Tracts Peace Accord: Institutional Features and Strategic Concerns». University of California Press. Asian Survey. 38 (7): 653–70. JSTOR 2645754. doi:10.1525/as.1998.38.7.01p0370e 
  5. «Bangladesh peace treaty signed». BBC News. 2 de dezembro de 1997 
  6. «Chittagong marks peace anniversary». BBC News. 2 de dezembro de 1998 
  7. «Chittagong Hill Tracts Peace Accord, 1997». Banglapedia - National Encyclopedia of Bangladesh 
  8. «Ministry of Chittagong Hill Tracts Affairs». Consultado em 12 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 8 de julho de 2008 
  9. Arens, Jenneke (2010). Genocide of indigenous Peoples. [S.l.]: Transaction. p. 123. ISBN 978-1412814959 
  10. Jonassohn, Kurt; Karin Solveig Björnson (1998). Genocide and Gross Human Rights Violations: In Comparative Perspective. [S.l.]: Transaction. p. 257. ISBN 1560003146 
  11. Begovich, Milica (2007). Karl R. DeRouen, Uk Heo, ed. Civil Wars of the World. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 166. ISBN 978-1851099191 
  12. Jonassohn, Kurt; Karin Solveig Björnson (1998). Genocide and Gross Human Rights Violations: In Comparative Perspective. [S.l.]: Transaction. p. 258. ISBN 1560003146 
  13. International, Amnesty (12 de junho de 2013). «Bangladesh: Indigenous Peoples engulfed in Chittagong Hill Tracts land conflict». Amnesty International 
  14. Erueti, Andrew (13 de junho de 2013). «Amnesty criticises Bangladeshi government's failure to address indigenous land rights». ABC