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Dermatomiosite

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dermatomiosite
Dermatomiosite
Pápulas vermelhas sobre as articulações dos dedos de pessoa com dermatomitose juvenil, denominadas pápulas de Gottron
Especialidade Reumatologia
Sintomas Lesões na pele, fraqueza muscular, perda de peso, febre[1]
Complicações Calcinose, inflamação dos pulmões, doença coronária[1][2]
Início habitual 40 a 60 anos de idade[3]
Duração Crónica[1]
Causas Desconhecidas[1]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, análises ao sangue, eletromiografia, biópsia dos músculos[3]
Condições semelhantes Polimiosite, miosite por corpúsculos de inclusão, escleroderma[3]
Tratamento Medicação, fisioterapia, exercício físico, termoterapia, ortóteses, aparelhos de apoio, descanso[1]
Medicação Corticosteroides, metotrexato, azatioprina[1]
Frequência ~ 1 em 100 000 pessoas por ano[3]
Classificação e recursos externos
CID-10 M33.9, M33.90, M33
CID-9 710.3
CID-11 739030149
DiseasesDB 10343
MedlinePlus 000839
eMedicine 332783, 1064945
MeSH D003882
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Dermatomiosite é uma doença inflamatória crónica que afeta os músculos.[1] Os sintomas mais evidentes são fraqueza muscular que se vai agravando com o tempo e lesões na pele, como manchas violeta nas pálpebras e formações escamosas nos dedos, cotovelos e joelhos, denominadas pápulas de Gottron.[1] Os sintomas podem aparecer subitamente ou irem-se desenvolvendo ao longo de vários meses.[1] Entre outros possíveis sintomas estão perda de peso, febre, inflamação dos pulmões ou sensibilidade das lesões à luz do sol.[1] Entre as possíveis complicações está a formação de depósitos de cálcio nos músculos ou na pele.[1]

Desconhecem-se as causas exatas da doença.[1] Entre as hipóteses discutidas está a possibilidade de ser uma doença autoimune ou o resultado de uma infeção viral.[1] A dermatomiosite é um tipo de miopatia inflamatória.[1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas, análises ao sangue, eletromiografia e biópsia aos músculos.[3]

Embora não exista cura para a doença, o tratamento geralmente alivia os sintomas.[1] O tratamento consiste em medicação, fisioterapia, exercício físico, aplicação de calor, ortóteses e outros aparelhos de apoio, e descanso.[1] A medicação geralmente consiste na administração de corticosteroides, que podem ser combinados com outros fármacos como metotrexato e azatioprina quando a pessoa não apresenta melhorias.[1] A administração de imunoglobulina intravenosa pode também melhorar o prognóstico.[1] Com tratamento, a maior parte das pessoas melhora e em alguns casos a doença fica completamente resolvida.[1]

A cada ano são diagnosticados novos casos em 1 em cada 100 000 pessoas.[3] A doença tem geralmente início entre os 40 e os 60 anos de idade e afeta mulheres com mais frequência do que homens.[3] No entanto, pode ter início em qualquer idade.[3] A dermatomiosite foi descrita pela primeira vez no século XIX.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s «Dermatomyositis». GARD (em inglês). 2017. Consultado em 13 de julho de 2017. Cópia arquivada em 5 de julho de 2017 
  2. Callen, Jeffrey P.; Wortmann, Robert L. (1 de setembro de 2006). «Dermatomyositis». Clinics in Dermatology. 24 (5): 363–373. ISSN 0738-081X. PMID 16966018. doi:10.1016/j.clindermatol.2006.07.001 
  3. a b c d e f g h «Dermatomyositis». NORD (National Organization for Rare Disorders). 2015. Consultado em 13 de julho de 2017. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2017 
  4. Dourmishev, Lyubomir A.; Dourmishev, Assen Lyubenov (2009). Dermatomyositis: Advances in Recognition, Understanding and Management (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 5. ISBN 9783540793137. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017