El Bagawat
O Bagawat (em árabe: البجوات) | |
---|---|
O cemitério Cristão El Bagawat no Oásis de Kharga | |
Localização atual | |
Coordenadas | 25° 29′ 09,6″ N, 30° 33′ 18″ L |
País | Egito |
Altitude | −34 m |
Notas | |
Estado de conservação | ruinas |
O El Bagawat (em árabe: البجوات ou Os Pêssegos), é um antigo cemitério cristão, um das mais antigos do mundo, que funcionava no Oásis de Kharga, no centro-sul do Egito, entre o século III e VII. É um dos primeiros e mais bem preservados cemitérios Cristãos do mundo antigo.
Local
[editar | editar código-fonte]A necrópole de El Bagawat está localizada no Deserto da Líbia, no Oásis de Kharga. Este é um dos maiores oásis no Egito, e está 34 m abaixo do nível do mar.[1]
História
[editar | editar código-fonte]O cemitério El Bagawat é considerado pré-histórico,[2] e é um dos mais antigos cemitérios Cristãos no Egito.[3][2] Antes do Cristianismo ser introduzido no Egito, era um cemitério usado pelos não-Cristãos e, anos mais tarde pelos Cristãos. Acredita-se que as capelas pertençam a ambas as épocas.[4] Afrescos Copta, do período entre os séculos III e VII, são encontradas nas paredes.[5] Há 263 capelas funerárias, sendo que a Capela de Êxodo (século V ou VI) e a Capela de Paz (de meados do século IV) possuem afrescos.[6] A palavra "Gabbat" é a pronúncia da palavra "Qabawat" pelo povo do vale. É um sinal de que todas as sepulturas são encimadas por cúpulas.
Características
[editar | editar código-fonte]O cemitério El Bagawat tem um grande número de túmulos em forma de cúpulas de capelas.[2][7] Elas foram construídas com tijolos de barro. Os túmulos têm gravuras de histórias bíblicas,[2] e também de Santos e da "personificações das virtudes".[2][7]
Na Capela de Êxodo, há a representação do martírio de Isaías[8], e também de Tecla posta com as mãos levantadas, ensopadas pela chuva, na frente do fogo. Na Capela da Paz, as ilustrações são de Tecla e Paulo.[6]
Há pinturas no cemitério que mostram a arca de Noé, na forma de um "barco egípcio". Igualmente notáveis são as representações, esculpidas, do Velho Testamento, de escrituras, inclusive Adão e Eva, Daniel na cova dos leões, o sacrifício de Abraão, Jonas engolido por um peixe.[8]
Escavações
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 1908, uma expedição Egípcia do Museu Metropolitano de Nova York iniciou a investigação do sítio.[9] Os trabalhos foram dirigidos pelo curador Albert Lythgoe, ajudado por Arthur M. Jones e o egiptólogo Herbert E. Winlock.
-
Detalhe da vista exterior
-
Capela do Êxodo com pinturas a fresco
Referências
- ↑ Stoppato 2003, p. 135.
- ↑ a b c d e Egitto. 7000 Anni Di Storia. Ediz. Inglese. [S.l.: s.n.] 1 de janeiro de 2007. ISBN 978-88-476-1867-1
- ↑ Richardson 2003, p. 544.
- ↑ Meinardus 1977, p. 483.
- ↑ Gianfagna 2013, p. 25.
- ↑ a b Wire & Chaney 2004, p. 234.
- ↑ a b Ham 2010, p. 176.
- ↑ a b Coptic Church Review. [S.l.: s.n.]
- ↑ www.metmuseum.org https://www.metmuseum.org/met-around-the-world/?page=10150&. Consultado em 21 de dezembro de 2018 Em falta ou vazio
|título=
(ajuda)
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gianfagna, Antonio. Mineralogical Application on Environments, Archeometry and Cultural Heritage. [S.l.: s.n.] ISBN 978-88-6812-067-2
- Meinardus, Otto Friedrich August. Christian Egypt, ancient and modern. [S.l.: s.n.]
- Richardson, Dan. Egypt. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-84353-050-3
- Stoppato, Marco. Deserts. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-55297-669-2
- Wire, Antoinette Clark; Chaney, Marvin L.; Holly E. Hearon. Distant Voices Drawing Near: Essays in Honor of Antoinette Clark Wire. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8146-5157-5