Eleições estaduais no Acre em 1998
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Eleições estaduais no Acre em 1998 | ||||||
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4 de outubro de 1998 (Decisão em primeiro turno) | ||||||
Candidato | Jorge Viana | Alércio Dias | ||||
Partido | PT | PFL | ||||
Natural de | Rio Branco, AC | Joinville, SC | ||||
Vice | Edison Cadaxo | Isnard Leite | ||||
Votos | 112.889 | 51.453 | ||||
Porcentagem | 57,70% | 26,30% | ||||
Candidato mais votado por município (1º Turno):
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Titular Eleito | ||||||
Eleição parlamentar do Acre em 1998 (Senado) | ||||
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Líder | Tião Viana | Flaviano Melo | ||
Partido | PT | PMDB | ||
Natural de | Rio Branco, AC | Rio Branco, AC | ||
Votos | 103.559 | 56.857 | ||
Porcentagem | 52,93% | 29,06% | ||
Candidato mais votado por municípios (22):
Tião Viana (16)
Flaviano Melo (2)
Célia Mendes (4)
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Titular(es) Eleito(s) | ||||
As eleições estaduais no Acre em 1998 ocorreram em 4 de outubro, como parte das eleições em 26 estados e no Distrito Federal e nelas foram eleitos o governador Jorge Viana, o vice-governador Edison Cadaxo e o senador Tião Viana, além de oito deputados federais e vinte e quatro estaduais.[1]
Graças ao percentual superior à metade mais um dos votos válidos a eleição terminou em primeiro turno com o triunfo do engenheiro florestal Jorge Viana, formado em 1985 pela Universidade de Brasília e na mesma ocasião a cadeira de senador ficou nas mãos de seu irmão, o médico Tião Viana, formado em 1986 na Universidade Federal do Pará. Tamanha concentração de poder numa mesma família é algo inédito na história política acriana e reflete uma situação desenhada desde 1990 quando Jorge Viana disputou o segundo turno da eleição para governador contra Edmundo Pinto (PDS) e mesmo derrotado tornou-se o primeiro membro do PT a ser finalista numa eleição estadual. Em 1992 foi eleito prefeito de Rio Branco e em 1994 seu irmão, Tião Viana, foi candidato a governador.
Evidenciado num partido de esquerda, o "vianismo" tem origens mais antigas pois o pai de ambos, Wildy Viana, veio da UDN e foi vereador em Rio Branco antes de ingressar na ARENA por conta do bipartidarismo imposto pelo Regime Militar de 1964 e nesse partido foi prefeito interino da capital acriana e se elegeu deputado estadual em 1966, 1970 e 1974 e deputado federal em 1978, ano em que o presidente Ernesto Geisel escolheu Joaquim Macedo, cunhado de Wildy Viana (reeleito deputado federal pelo PDS em 1982) e tio por afinidade de Jorge Viana e Tião Viana, governador do Acre. A vitória petista nas eleições pôs fim à polarização herdada dos extintos ARENA e MDB e mantida pelos partidos que os sucederam. Foi a primeira das cinco vitórias consecutivas do PT na disputa pelo Palácio Rio Branco, quatro delas com os irmãos Viana.
Embora não tenha quebrado o recorde de 61,38% dos votos estabelecido por Flaviano Melo em 1986, Jorge Viana foi o primeiro governador do Acre a romper a marca dos 100 mil votos.
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve no Acre 25.886 votos em branco (10,80%) e 18.067 votos nulos (7,54%), calculados sobre 239.598 eleitores, com os 195.645 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Jorge Viana PT |
Edison Cadaxo PSDB |
(PT, PSDB, PCdoB, PPS, PV, PSL, PTN, PTdoB) |
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Alércio Dias PFL |
Isnard Leite PPB |
(PFL, PPB, PTB, PDT, PSB, PMN, PRP, PSC, PRN, PL) |
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Chicão Brígido PMDB |
Adalberto Ferreira da Silva PMDB |
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Duarte José do Couto Neto PRONA |
Marcos Simões PRONA |
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Fontes:[1] |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Estava em jogo a cadeira de Flaviano Melo que não foi reeleito por conta da vitória de Tião Viana. O Tribunal Superior Eleitoral informa que houve 22.676 votos em branco (4,73%) e 21.273 votos nulos (4,44%) calculados sobre 239.598 eleitores com os 195.649 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Tião Viana PT |
Aníbal Diniz PT |
(PT, PSDB, PCdoB, PPS, PV, PSL, PTN, PTdoB) |
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Flaviano Melo PMDB |
Telmo Camilo Vieira PMDB |
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Célia Mendes PPB |
Osmar Bandeira PFL |
(PFL, PPB, PTB, PDT, PSB, PMN, PRP, PSC, PRN, PL) |
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Fontes:[1] |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
1313 | Marcos Afonso | PT | 21.556 | 11,01% | Rio Branco | Acre |
2580 | Hildebrando Pascoal[nota 1] | PFL | 18.356 | 9,38% | Rio Branco | Acre |
2510 | Ildefonço Cordeiro[nota 2] | PFL | 10.673 | 5,45% | Cruzeiro do Sul | Acre |
2500 | Zila Bezerra | PFL | 10.011 | 5,11% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
1234 | Sérgio Barros | PDT | 7.969 | 4,07% | Leme | São Paulo |
1505 | Márcio Bittar | PMDB | 7.810 | 3,99% | Franca | São Paulo |
1311 | Nilson Mourão | PT | 7.631 | 3,90% | Tarauacá | Acre |
1111 | João Tota | PPB | 5.477 | 2,79% | Teixeira | Paraíba |
Fontes:[2][3] |
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Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]Estavam em jogo 24 cadeiras na Assembleia Legislativa do Acre.
Notas
- ↑ Teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar em 22 de setembro de 1999 sendo efetivado José Aleksandro da Silva.
- ↑ Faleceu em 29 de setembro de 2002 em Bujari vítima de um acidente aéreo sendo efetivado Clovis Queiroz.
Referências
- ↑ a b c «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 10 de abril de 2024
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 8 de setembro de 2015