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Fregata

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaFragatas
Fregata magnificens
Fregata magnificens
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Suliformes[1]
Pelecaniformes
Família: Fregatidae
Degland & Gerbe, 1867
Género: Fregata
Lacépède, 1799
Distribuição geográfica

Espécies
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O Wikispecies tem informações sobre: Fregata

As fragatas são aves Suliformes,[1] (tradicionalmente classificadas como Pelecaniformes) pertencentes à família Fregatidae e ao seu único género Fregata.

O termo Fregata vem da latinização do termo em inglês Frigate, registrado pela primeira vez em 1738 no livro A Natural History of the Birds, por Eleazar Albin.[2] O seu nome comum está relacionado com o seu hábito de assaltar outras aves marinhas, tal como as fragatas de guerra.

Classificação

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Desde sua primeira descrição por Lineu[3] até 2010, aves do gênero Fregata eram classificadas como Pelecaniformes, juntamente com pelicanos e mergulhões. Porém, análises genéticas recentes demonstraram que pelicanos são mais próximos de garças, ibis e colhereiros, separando as fragatas e os membros da família Sulidae (atobás) em uma ordem separada, denominada Suliformes.[4]

As fragatas são aves de grande porte, com asas compridas e estreitas que representam a menor superfície de asa por unidade de peso do mundo das aves[5]. Sua silhueta enquanto voam forma um reconhecível formato de "W". Seus ossos pneumáticos compõem apenas 5% do peso total destas aves[6]. Os músculos peitorais são bem desenvolvidos. Têm cerca de 1 metro de comprimento, mais de dois de envergadura e uma cauda longa e bifurcada. A sua plumagem é geralmente preta.

As fêmeas tendem a ser 25% maiores que os machos[7] e geralmente possuem marcações brancas na região peitoral. Os machos possuem um papo grande e vermelho denominado saco gular, que é inflado durante cortejos na época de reprodução para atrair fêmeas[8].

As fragatas não conseguem andar em terra, nadar nem levantar voo de uma superfície plana pois, apesar de possuírem glândula uropigial[9], esta não produz óleo suficiente para impedir que as penas da ave encharquem.

Nome científico Nomes vernáculos Distribuição Status de conservação pela IUCN Macho Fêmea
Fregata magnificens Fragata, fragata-comum, tesourão, fragata-magnífica, rabiforcado-magnífico
Pouco preocupante[10]
Fregata aquila Tesourão-da-ascensão, fragata-da-ascenção
Vulnerável[11]
Fregata andrewsi Tesourão-de-ventre-branco, rabiforcado-de-natal Endêmica das Ilhas Christmas Vulnerável[12]
Fregata minor Tesourão-grande, rabiforcado-grande
Pouco preocupante[13]
Fregata ariel Tesourão-pequeno, fragata-pequena, rabiforcado-pequeno
Pouco preocupante[14]

Status de conservação

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Duas das cinco espécies do gênero Fregata (Fregata aquila e Fregata andrewsi) encontram-se ameaçadas de extinção de acordo com a IUCN.[11][12] As principais ameaças às espécies são a poeira gerada pela mineração de fosfato nas ilhas em que elas se reproduzem[15], populações de gatos ferais[16] e a pesca predatória[17].

  1. a b «Hamerkop, Shoebill, pelicans, boobies & cormorants». IOC World Bird List (v 6.4) (em inglês). Consultado em 23 de dezembro de 2016 
  2. A natural history of the birds. [S.l.: s.n.] 
  3. Linné, Carl von; Salvius, Lars (1758). Caroli Linnaei...Systema naturae per regna tria naturae :secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. 1. Holmiae: Impensis Direct. Laurentii Salvii 
  4. «Taxonomy Version 2 – IOC World Bird List». www.worldbirdnames.org. Consultado em 30 de julho de 2023 
  5. Pennycuick, CJ (1983). «Thermal soaring compared in three dissimilar tropical bird species, Fregata magnificens, Pelecanus occidentalis and Coragyps atratus». Journal of Experimental Biology: 307–325. ISSN 0022-0949. Consultado em 30 de julho de 2023 
  6. del Hoyo, Josep (1992). Handbook of the birds of the World. Barcelona: Lynx Edictions. p. 895 
  7. Winkler, David W.; Billerman, Shawn M.; Lovette, Irby J. (2020). «Frigatebirds (Fregatidae), version 1.0». Birds of the World (em inglês). doi:10.2173/bow.fregat1.01. Consultado em 30 de julho de 2023 
  8. Khanna, D. R. (2005). Biology of Birds (em inglês). [S.l.]: Discovery Publishing House 
  9. Nuss, Andressa (Março de 2014). «Estrutura populacional de Fregata magnificens» (PDF). Consultado em 30 de julho de 2023 
  10. IUCN (20 de fevereiro de 2020). «Fregata magnificens: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2020: e.T22697724A168982712» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t22697724a168982712.en. Consultado em 30 de julho de 2023 
  11. a b IUCN (10 de agosto de 2018). «Fregata aquila: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22697728A132597828» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2018-2.rlts.t22697728a132597828.en. Consultado em 30 de julho de 2023 
  12. a b IUCN (18 de novembro de 2021). «Fregata andrewsi: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2022: e.T22697742A210923623» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2022-1.rlts.t22697742a210923623.en. Consultado em 30 de julho de 2023 
  13. IUCN (6 de dezembro de 2019). «Fregata minor: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2020: e.T22697733A163770613» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t22697733a163770613.en. Consultado em 30 de julho de 2023 
  14. IUCN (10 de agosto de 2018). «Fregata ariel: BirdLife International: The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22697738A132598822» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2018-2.rlts.t22697738a132598822.en. Consultado em 30 de julho de 2023 
  15. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. Consultado em 30 de julho de 2023 
  16. Ratcliffe, Norman; Bell, Mike; Pelembe, Tara; Boyle, Dave; Benjamin, Raymond; White, Richard; Godley, Brendan; Stevenson, Jim; Sanders, Sarah (janeiro de 2010). «The eradication of feral cats from Ascension Island and its subsequent recolonization by seabirds». Oryx (em inglês) (1): 20–29. ISSN 1365-3008. doi:10.1017/S003060530999069X. Consultado em 30 de julho de 2023 
  17. Weimerskirch, Henri; Corre, Matthieu Le; Kai, Emilie Tew; Marsac, Francis (1 de julho de 2010). «Foraging movements of great frigatebirds from Aldabra Island: Relationship with environmental variables and interactions with fisheries». Progress in Oceanography. CLimate Impacts on Oceanic TOp Predators (CLIOTOP) (em inglês) (1): 204–213. ISSN 0079-6611. doi:10.1016/j.pocean.2010.04.003. Consultado em 30 de julho de 2023