Glocalização
Glocalização é um neologismo resultante da fusão dos termos global e local. Refere-se à presença da dimensão local na produção de uma cultura global.
O "local" foi definido por Manuel Castells como os "nós" - nós de valor acrescentado aos fluxos econômicos e lugares de vida social. Segundo Paul Soriano, no "glocal, " o "local" representaria os "nós" da rede global e integra as resistências mas também as contribuições das formações identitárias locais e regionais à globalização.[1]
Origem do termo
[editar | editar código-fonte]O termo glocalização foi introduzido na década de 1980 como estratégia mercadológica japonesa, inspirada na dochakuka - palavra derivada de dochaku, que, em japonês, significa "o que vive em sua própria terra" -, conceito originalmente referido à adaptação das técnicas de cultivo da terra às condições locais..
No Ocidente, o primeiro autor a explicitar a ideia de glocal é o sociólogo Roland Robertson. Segundo ele, o conceito de "glocalização" tem o mérito de restituir à globalização a sua realidade multidimensional; a interação entre global e local evitaria que a palavra "local" definisse apenas um conceito identitário, contra o "caos" da modernidade considerada dispersiva e tendente à homologia.
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Habibul Haque Khondker, "Glocalization as Globalization: Evolution of a Sociological Concept"»Bangladesh e-Journal of Sociology. Vol. 1. Nº 2. Jul., 2004.
- «The glocal iniciative - Think global; act local.»
- «Blaise Galland, "De l'urbanisation à la glocalisation"», Terminal, Nº71/72, 1996. Artigo sobre glocalização do território:
- «Nous vivons dans un monde glocalisé"» Entrevista com o sociólogo Roland Robertson.
- Artigo sobre a glocalização segundo Roland Robertson (em castelhano)
- Manuel Castells, "The Networked City: Réseaux, espace, société.", EspacesTemps.net, Textuel, 20 de janeiro de 2009
- «Erik Swyngedouw, "The making of 'glocal' urban modernities"» (PDF)